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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ao presidente Donald Trump que o ex-presidente Jair Bolsonaro é uma "página virada" na política brasileira.

A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa na Malásia, após a reunião bilateral entre os líderes. Reportagem: André Anelli.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/THsnZlS1GQQ

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Transcrição
00:00Um dia depois do encontro com Donald Trump, Lula passou a segunda-feira reiterando o otimismo pela aproximação com os Estados Unidos.
00:08Direto para Brasília, repórter Andréa Nelly chegando, o presidente brasileiro declarou que se depender dos dois, vai ter acordo.
00:16A grande questão é saber a partir de quando. Andréa Nelly, bem-vindo, boa noite, bom trabalho.
00:23Pois é, Tiago, muito boa noite a você também e a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:28De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o encontro de domingo entre os presidentes Lula e Trump foi o primeiro passo de um caminho que se inicia no rumo das negociações para um possível fim do tarifaço aos produtos importados aqui do Brasil.
00:46A partir de agora, será estabelecido um cronograma de reuniões que vão definir quais setores da economia vão ser debatidos entre os governos.
00:55Ainda de acordo com Mauro Vieira, o Brasil também deve pedir a suspensão das tarifas impostas pelos Estados Unidos durante o período de negociação.
01:05Mas mesmo assim, ainda não existe uma previsão quando e se as taxas devem ser suspensas.
01:12O próprio presidente Lula prometeu telefonar para Donald Trump dentro de alguns dias, no sentido de tentar promover um avanço nas negociações.
01:22Após a reunião ocorrida ontem, Lula disse estar confiante nos próximos passos.
01:29Vocês sabem que se depender do Trump e de mim vai ter acordo.
01:37Então é importante que quando vocês sentarem na mesa, que alguém disser não às coisas que nós descrevemos,
01:44vocês têm que saber que não é nem da parte dele e nem da minha parte.
01:47Porque nós estamos dispostos a fazer com que o Brasil e os Estados Unidos continuem com uma relação, sabe, como tem há 201 anos.
01:58Não são pouco tempo.
01:59São dois séculos de reunião diplomática, sabe, muitas vezes vantajosas por dois países,
02:06muitas vezes perigosa por o Brasil, como em 1964.
02:09Mas tudo isso a gente deixa de lado, porque o que interessa numa mesa de negociação é o futuro.
02:17Um dos argumentos do governo americano para impor as tarifas ao Brasil, a gente relembra,
02:25foi uma suposta perseguição política ao ex-presidente Bolsonaro no julgamento por tentativa de golpe de Estado.
02:32Lula disse que explicou para Trump que a condenação do ex-presidente foi resultado do que ele chamou de um processo judicial sério
02:41e com provas contundentes e que, portanto, não existe motivação política para o tarifácio.
02:48Eu disse para ele que o julgamento foi um julgamento muito sério, com provas muito contundentes.
02:55Nenhuma prova da oposição, uma prova é tudo de relato das pessoas que estão sendo julgadas.
03:01Disse para ele a gravidade do que eles tentaram fazer no Brasil.
03:05Disse a eles que eles têm um plano para matar a mim, para matar o meu vice-presidente,
03:10para matar o presidente Alexandre de Moraes.
03:13E eles foram julgados com direito de defesa que eu não tive quando eu fui processado.
03:18E que, portanto, sabe?
03:20Isso não está em questão, isso não está em discussão.
03:23Sabe?
03:24E ele sabe que rei morto ou reposto.
03:28Ele sabe.
03:30O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira.
03:35E eu ainda disse para ele, com três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber, sabe?
03:42Que o Bolsonaro era nada, praticamente.
03:43As declarações foram dadas em coletiva de imprensa, na Malásia, logo depois da reunião com o Trump.
03:54Conforme a gente já vem antecipando aqui nos últimos dias,
03:57além dessa argumentação de cunho político de que o julgamento de Bolsonaro não teve irregularidades,
04:03o governo vai apostar no discurso de que o tarifácio é prejudicial, principalmente, aos Estados Unidos,
04:10que tem balança comercial favorável nas relações com o Brasil
04:14e que pode sofrer com a alta nos preços populares no dia a dia,
04:19de produtos populares no dia a dia americano,
04:22a exemplo de carnes e também frutas, como inclusive os Estados Unidos já vêm observando,
04:28ao longo dos dias, ao longo das últimas semanas,
04:32um sobrepreço nesses produtos que costumam ser, então, mais sensíveis na mesa do americano.
04:38E isso também deve pesar, então, nas negociações.
04:42E é esse o argumento principal que o Brasil deve usar nessas próximas reuniões entre os dois governos.
04:49Tiago.
04:50Daqui a pouco a gente detalha a sequência dessas negociações entre Brasil e Estados Unidos.
04:54E o André Nelly também volta no Jornal Jovem Pan.
04:57Eu vou chamar as nossas comentaristas entrando aqui nos estúdios Deise e Seucari
05:00e também a Dora Kramer conosco.
05:03Dora, vou começar por você.
05:05São dois os pontos.
05:06Primeiro, o futuro dessa negociação entre Brasil e Estados Unidos
05:09e essa questão política que o presidente Lula coloca na mesa
05:13fazendo apontamentos em relação a Jair Bolsonaro
05:16e trazendo, claro, só a versão dele sobre essa discussão em relação a Jair Bolsonaro
05:22nessa conversa com o Donald Trump.
05:24Boa noite, Dora.
05:25Boa noite, Tiago.
05:27Boa noite, Deise.
05:28Boa noite a todos.
05:29Pois é, são vários aspectos.
05:31Vamos começar logo com o político.
05:33Claro que o presidente Lula foi bom.
05:36Para essa direita que ainda funciona como refém do Bolsonaro é ruim, né?
05:40Porque ficou claro, quem tem acesso ao telefone do Trump é o Lula, não é o Eduardo Bolsonaro.
05:47Agora o presidente Lula também, quando diz que Bolsonaro não é nada, Trump vai perceber que não é verdade.
05:54O ex-presidente está nessa situação jurídica complicada, prestes a ser preso, perdeu muito da sua relevância,
06:03mas não é o nada.
06:05Ele, quando você coloca pesquisa, ele mesmo preso, não sendo candidato, ele tem lá seus 40% e mais adiante a gente vai falar de pesquisa e tal.
06:16Então, não é nada, é um menosprezo pelo adversário, não acho correto.
06:20Agora, é claro que para o país foi um passo importante.
06:23É preciso ver, porque aquela fase de atritos mais críticos foi superada.
06:29Por enquanto, abriu-se uma negociação.
06:31Então, evidentemente, isso é super positivo para o país, claro que é, para o país.
06:37Não dá discussão se o presidente da República tira benefícios políticos disso.
06:44Bom, essa é uma questão.
06:45A questão que é muito bom para o Brasil agora.
06:48Claro que não é esse sucesso estrondoso, é o início de uma negociação dura,
06:54porque o Trump, a gente já viu como é que é, a gente já sabia como era,
06:59mas aí, nesse segundo mandato, a gente está vendo como ele é, como negociador.
07:04Não dá para a gente esperar, acho eu, que haja um recuo esplendoroso naquelas sanções impostas ao Brasil.
07:13É claro que ele vai querer sair com vantagem, mas isso a gente não pode saber,
07:18porque as equipes vão agora, as equipes de ambos os países vão encaminhar, vão elaborar tudo isso,
07:27ver o que interessa de parte para parte, o que dá para ceder aqui e ali.
07:31E acho, sobretudo, Tiago e Deise e a nossa audiência, que esse não é um processo rápido.
07:37Portanto, sempre é bom a gente olhar as coisas com equilíbrio,
07:41para não ficar depois, sabe, expectativa excessiva e depois uma grande decepção.
07:46Não, isso é complicado. O problema é complicado, mas o importante, acho essencial,
07:53é que o problema está na mesa para ser resolvido.
07:56É desde aquela história. A política já aproximou os dois presidentes,
08:00mas agora a discussão é técnica entre as equipes econômicas dos dois países,
08:04para saber o que você concorda, qual a sua reivindicação e é o que a Dora falou.
08:08Isso deve demorar, é tijolo por tijolo, é assim que se constrói a diplomacia, não é isso?
08:12Bem-vinda, boa noite.
08:13Exatamente, Tiago.
08:14A gente está falando aqui de tarifas, de soberania, de comércio.
08:20Então, isso deve ser uma conversa bem prolongada.
08:23Boa noite para você, Dora.
08:24Boa noite para a audiência da Jovem Pan.
08:27O presidente Lula faz o que ele tem que fazer.
08:29Ele diz que as cartas estão na mesa, que tudo vai ser negociado
08:34e que a solução deve vir logo.
08:37Ele apela, obviamente, para uma diplomacia,
08:39traz o comando para ele, coloca o Brasil como um parceiro ativo dos Estados Unidos,
08:46mas a gente sabe que não é bem assim.
08:49Os Estados Unidos estão em vantagem,
08:51o Brasil não é esse parceiro comercial incrível dos Estados Unidos.
08:57Então, essa narrativa do presidente Lula,
08:58se ela der certo, se esse acordo comercial sair no médio prazo,
09:03que já seria uma vantagem,
09:04o presidente Lula acaba ganhando aí um fôlego político.
09:07Agora, se demorar um pouquinho mais para sair,
09:10aí ele entrou numa estratégia arriscada.
09:12Mas, de novo, são temas muito complexos
09:15e a gente não deve esperar, obviamente, que esse resultado saia rápido.
09:19E aí ele apela também para essa narrativa política.
09:21A gente está num ano para eleitoral.
09:23Rei morto é rei posto, né?
09:24Ele está querendo dizer aí que o ex-presidente Jair Bolsonaro
09:27já está fora do jogo, já deve entrar um outro nome.
09:31Mas eu concordo com a Dora, não é bem assim, não.
09:33Ô, Dora, e a repercussão política?
09:36Porque eu até li um artigo de alguém de ontem para hoje
09:39dizendo que os governadores aliados a Jair Bolsonaro
09:42estão em silêncio por causa dessas falas do presidente Lula.
09:47É preciso já fazer uma leitura dessa maneira ou ainda não?
09:50É muito cedo.
09:51O Congresso Nacional também.
09:53Hoje, segunda-feira, um dia mais morto lá?
09:55Pois é, dá para fazer pelos sinais iniciais.
09:58A excelência dos governadores acho, assim, muito deselegante, tá certo?
10:04Porque isso é uma questão que atinge ao país todo.
10:09Claro, não precisa soltar fogos, comemorar.
10:11Isso é função dos políticos da área governista.
10:14Agora, fazer um comentário, reconhecer que, bom, caminhamos, ok.
10:19Também não precisa ficar se remetendo lá ao aliado deles, Eduardo Bolsonaro.
10:24Não precisa revolver essa ferida.
10:27Mas em nome do país poderiam falar.
10:29Agora, o que foi, eu vou dizer para você, risível,
10:34para não dizer canhestro, desengonçado,
10:37foi a reação daqueles mais canticais,
10:40o senhor Eduardo Bolsonaro incluído.
10:42E aí, umas bobagens, continuam falando que vai vir a armadilha.
10:47Meu Deus do céu, estão falando em armadilha desde o encontro da ONU.
10:53E a armadilha não se configurou.
10:55O Trump não é tonto, sabe?
10:57Qualquer grosseria com o Lula, para o Lula é bom aqui, internamente.
11:02Sabe que o Brasil, concordo muito com a Deice,
11:04não é lá esse parceiro mais importante,
11:07mas em termos regionais, em termos também
11:09de um campo que a China está querendo tomar para ela,
11:15é importante, entendeu?
11:16Então, não tem essa coisa de armadilha.
11:19Aí, dizem, ah, falou o nome do Bolsonaro.
11:22Ora, falou porque um jornalista perguntou.
11:24E falou e desconversou.
11:26Não quis falar no assunto.
11:28Por quê?
11:30Jair Bolsonaro é ex-presidente.
11:33Estamos tratando de um problema
11:34entre presidentes atuais.
11:36O que eles iriam tratar do Joe Biden?
11:39Por exemplo, nessa mesa de negociações.
11:42Não tem porquê.
11:44Então, é uma reação, sabe?
11:48Essa mais radical,
11:50de quem não tem traquejo
11:51para lidar com os acertos dos adversários.
11:54E não tem nem picardia, sabe?
11:57Imaginação, inteligência,
11:59para dar aquele tirinho inteligente.
12:02Dar um troquinho, não.
12:03Parte logo para uma grosseria
12:04que fica ridículo para quem faz.
12:06Estão falando sobre o parceiro mais ou menos, né?
12:10Hoje o mercado financeiro
12:11teve uma reação muito forte.
12:12Já já a gente vai falar sobre isso.
12:14Mas foi lá mais ou menos
12:15o meio a meio, né?
12:17Porque tem a aproximação
12:18dos Estados Unidos com a China
12:19que isso também agita
12:21o mercado financeiro, Deise.
12:22Pois é, Tiago.
12:23Se a gente for pensar,
12:25essa história toda
12:26de tarifaço,
12:27de briga com os Estados Unidos,
12:29de divergências,
12:31começou lá em fevereiro.
12:33E a gente só teve
12:34uma reunião
12:35entre os dois presidentes agora, né?
12:36Os anúncios do Trump
12:37ali de tarifaço mesmo,
12:39eles foram,
12:40eles aconteceram em abril.
12:41E a gente está vendo
12:43essa reunião
12:43entre os dois presidentes
12:44agora no final de outubro,
12:46quase novembro, né?
12:47Então, isso indica que
12:49de tudo que a gente viu
12:51nesse ano,
12:52esse talvez seja
12:53um momento mais positivo.
12:55E aí é o que a Dora falou.
12:56Quando os adversários políticos,
12:58eles não sabem tratar
12:59a realidade
13:00que está sendo imposta
13:02para eles,
13:02eles acabam se perdendo.
13:04Reitera que,
13:05ano que vem é um ano eleitoral,
13:06se você ficar só tripudiando
13:08e reagindo em cima do outro
13:09e não utilizar
13:10uma inteligência estratégica,
13:12a chance da desorganização
13:14ela vai ser maior ainda.
13:15Daqui a pouco a gente volta
13:16a esse assunto,
13:16a relação Brasil
13:17e Estados Unidos.
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