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Uma avaliação interna do governo brasileiro aponta que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enxerga o Brasil como uma "vítima perfeita" em sua estratégia de política externa. Segundo a análise do Planalto, a pressão sobre o país seria motivada pelo fato de o presidente republicano se identificar com a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/AUXka231EmE

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Transcrição
00:00Pessoal, integrantes do governo avaliam que ao menos três fatores levaram Donald Trump a enxergar o Brasil como uma vítima perfeita para os ataques comerciais.
00:10A Vitória Bell tá com essa apuração e vai trazer as informações já no comecinho aqui do nosso 3 em 1.
00:16E aí Vitória, quais são essas questões que nos tornam uma vítima perfeita? Bem-vinda, boa tarde.
00:22Evandro, pois é, isso mesmo. Essa é uma avaliação de auxiliares do Palácio do Planalto e também de integrantes da equipe econômica do governo Lula.
00:33Desses três fatores, o principal deles é que Donald Trump vê na prisão de Jair Bolsonaro e nos processos contra o ex-presidente brasileiro
00:42uma ameaça justamente de que os democratas americanos utilizem isso como munição contra ele mesmo, contra Trump.
00:51Então ele se espelha muito, ele se vê muito em Jair Bolsonaro.
00:56Ele teme justamente, de acordo com a interpretação desses integrantes do Palácio do Planalto e da equipe econômica,
01:02ele teme que os democratas utilizem esse exemplo das punições que o ministro do STF, Alexandre de Moraes,
01:09vem aplicando, as medidas cautelares que ele vem aplicando ao Jair Bolsonaro, os processos contra o ex-presidente,
01:14que os democratas utilizem isso como munição para que Donald Trump também sofra da mesma coisa quando ele sair da Casa Branca.
01:25Outro fator também é que a interpretação dos governistas é de que o presidente americano enxerga o Brasil como um país americano
01:34que deveria ser subserviente aos Estados Unidos, não deveria manter uma relação próxima à China, não deveria manter uma relação...
01:43Travamos ali com a Vitória Bel, daqui a pouco a gente vai trazer outros motivos que estão ligados então a esse incômodo de Trump com o Brasil
01:50e transformando o país inclusive numa vítima perfeita.
01:54Alangani, eu quero saber de você, como é que você avalia esse primeiro fato que a Vitória contou e que é o principal de que
01:59a situação que ocorre aqui no Brasil e que atinge um aliado de Donald Trump, Jair Bolsonaro,
02:05poderia servir de munição para os democratas no momento em que Donald Trump sair também do mandato
02:11e que sanções fossem aplicadas a ele.
02:14Faz sentido para você esse temor?
02:16É, esse é um risco que ocorre mesmo, né?
02:19Então vamos supor que o Brasil ceda em algum tipo de negociação que não teria como ceder.
02:27Ou seja, né? O protecionismo, ou seja, baixa lá a tarifa protecionista, né?
02:34Aqui no Brasil, aceita a tarifa norte-americana fazendo concessões à justiça.
02:40Vamos imaginar que essa situação, ela fosse possível.
02:44É claro que isso também traz um risco. Por quê?
02:47Porque isso abre um precedente.
02:50Amanhã é um governo democrata.
02:51Aí o governo democrata vai falar o seguinte, olha, a gente quer que lá no judiciário tenha
02:58X% de cotas para trans, por exemplo, né?
03:02Caso contrário, a gente vai tarifar fortemente o Brasil.
03:06Então é claro que a depender da concessão que você faz e principalmente ligada à tarifa,
03:14você abre um precedente para quando Donald Trump sair, entrar um governo democrata e o risco é esse mesmo.
03:20Vamos conversar novamente com a Vitória Bel, que vai trazer os outros motivos.
03:24Conta pra gente, Vitória.
03:28Pois é, voltando, Evandro.
03:30O segundo fator que eles mencionam como algo que pode, que torna o Brasil uma vítima perfeita nessa equação de Trump
03:38seria justamente o Brasil ser um país sul-americano e que poderia ser um país fiel aos Estados Unidos,
03:45que deveria ser subserviente aos Estados Unidos sob a batuta de Trump
03:49e nesse pensamento da extrema-direita mundial aí que vê os países sul-americanos como uma espécie de algo a ser utilizado.
03:59Essa é a visão, é claro, do Palácio do Planalto e de integrantes da equipe econômica.
04:04E um terceiro fator é que os Estados Unidos, eles não dependem do Brasil comercialmente,
04:11como eles dependem da China, de países europeus, então eles podem importar isso.
04:17Puxa vida, gente, é assim, é um mistério, mistério.
04:22Vitória Bel vai trazendo uma informação, a gente fala, vamos ouvir mais uma, aí trava para criar um mistério.
04:27Aí daqui a pouco ela volta a falar, é isso que está acontecendo.
04:30Vai lá, Vitória Bel, pelo amor de Deus, traz o final dessa novela.
04:36O terceiro fator, espero que vocês tenham ouvido o segundo fator,
04:40mas o terceiro fator da equação de Donald Trump seria justamente o fato dos Estados Unidos
04:45não dependerem comercialmente do Brasil,
04:48deles não terem essa dependência como eles têm da China e dos países europeus.
04:53Por isso que Trump desistiu de tarifar os países europeus como ele queria
04:58e também vem dando prazos maiores para a negociação com a China,
05:02porque ele depende desses países.
05:04Em relação ao Brasil, ele não depende muito, então ele pode tarifar e deixar acontecer.
05:08Portanto, aí os três fatores da iguação de Donald Trump,
05:11de acordo com integrantes do Palácio do Planalto e da equipe econômica,
05:15para que o Brasil seja a vítima perfeita da vez.
05:18Evandro.
05:18Mistério Resolvido, Deus abençoe esse sinal que durou até o fim
05:22para a gente ouvir a história completa.
05:23Obrigado, Vitória Bel, voltamos contigo já já.
05:26Muito boas as apurações da Vitória Bel aqui no nosso 3 em 1.
05:29Piperno, é por isso que chama a atenção, desde o começo,
05:32aqui de toda a nossa equipe do 3 em 1,
05:34o fato de os Estados Unidos serem superavitários em relação ao Brasil
05:38e mesmo assim o Brasil está se ferrando nessa história de tarifar.
05:41Tem a ver com um desses motivos aí que a Vitória Bel acabou de nos contar
05:45na visão dessas fontes com as quais ela conversou,
05:48que é o fato de os Estados Unidos não precisarem tanto do Brasil
05:52em relação a essa questão de balança superávit e déficit
05:56em comparação com outros países dos quais eles precisam mais.
06:00Faz sentido para você?
06:02Claro que faz.
06:02No auge da Guerra Fria,
06:04e principalmente depois que os Estados Unidos criaram um negócio
06:10chamado Protocolo Jacarta,
06:12o Protocolo Jacarta era uma espécie assim de um manual de intervenção
06:17em outros países que foi testado com sucesso na visão americana
06:22lá na Indonésia na década de 50 para derrubar o então governo indonésio
06:27a partir de cooptação de elites locais de setores das forças armadas,
06:36de setores empresariais, políticos.
06:40E naquele momento então se testou essa forma para se derrubar adversários e governos incômodos.
06:46E aí isso se espalhou pelo mundo.
06:48Aqui na América Latina isso aconteceu em vários países.
06:52no Brasil, na década de 60,
06:54quando há o golpe militar em toda a região.
07:00E era uma prática disseminada abertamente,
07:03porque afinal de contas se vivia o auge da Guerra Fria
07:07e naquele momento entendia-se, lá em Washington pelo menos,
07:11que a América era de fato para os americanos,
07:14como aliás apregoava a doutrina Trump.
07:16Muito bem.
07:18Passaram-se os anos, as décadas, o mundo mudou e tal.
07:21E agora nós temos então um novo momento dessa Guerra Fria.
07:26Só que agora não é mais com o golpe militar.
07:28Porque não dá mais para ficar toda hora pensando em intervenção militar.
07:33Agora as estratégias são diferentes.
07:36E usa-se também entre essas estratégias,
07:39não apenas a pressão política,
07:42de novo, cooptando setores internos,
07:45o bolsonarismo claramente é um deles,
07:47como também esse tipo de pressão econômica.
07:50Por quê?
07:51Porque com essa pressão econômica se gera instabilidade política
07:55e que pode chegar no seu extremo
07:59a queda então daqueles que são incômodos.
08:02E é essa estratégia hoje abertamente usada pela administração Trump
08:07em relação ao Brasil.
08:08José Maria Trindade, como é que você avalia também essa questão política, né?
08:11Que é o fato dos Estados Unidos entenderem no Brasil
08:14um aliado fiel e que precisa estar alinhado à política
08:20e ao governo norte-americano.
08:22Bem-vindo.
08:24Pois é, Freud, né?
08:25Eu sabia que tinha Freud no meio dessa história, né?
08:28Essa espelhação, né?
08:31Muito boa tarde.
08:32Boa tarde aos colegas aqui de bancada.
08:36Olha, faz todo o sentido.
08:39É uma espelhação que o presidente Donald Trump faz
08:42no ex-presidente Jair Bolsonaro.
08:45Eu conversei com um alto funcionário da Embaixada dos Estados Unidos
08:51que me falou mesmo, assim, francamente,
08:53há uma proximidade muito grande do deputado Eduardo Bolsonaro,
08:57que agora ele assina lá deputado exilado.
09:01Criou uma nova categoria no Congresso Nacional.
09:04Deputado exilado.
09:05Tinha deputado licenciado, agora deputado exilado, né?
09:07Com a família do presidente Donald Trump.
09:10Ele já determinou, o presidente norte-americano,
09:13que este é um assunto da Casa Branca.
09:16Tinha que ser tratado do Palácio do Planalto para a Casa Branca.
09:19convenceram o Lula de jogar a toalha
09:21que não há mais como reverter a situação, né?
09:25Agora é tentar incluir o café, carnes, talvez o alumínio, né?
09:30E pronto.
09:30É assumir entubar.
09:32E aí, o presidente Lula está fazendo um caminhão
09:35muito perigoso e problemático.
09:38É a aproximação com os adversários dos Estados Unidos.
09:43Ele telefonou, em vez de telefonar por Donald Trump,
09:46telefonou para o russo, Vladimir Putin,
09:49e para o Xi Jinping, o presidente, sei lá mais o quê,
09:53da China.
09:54Ele é todo poderoso, né?
09:56Presidente do partido, presidente dos comitês,
10:00presidente do país.
10:02E nomeou todos os presidentes.
10:03Muito poderoso.
10:05Difícil de ser substituído na China.
10:07Então, assim, essa é a situação atual,
10:09a situação política.
10:11E aí, Donald Trump está entendendo, né?
10:14Que o ex-presidente Jair Bolsonaro é ele.
10:16Ele passou por o constrangimento de quase ser preso,
10:20de prestar depoimento, humilhação,
10:23e está se vendo exatamente nessa situação.
10:26Só que ele voltou à presidência da República
10:28e a legislação é muito rígida.
10:30Um presidente da República não pode responder por processos,
10:34aqui também, por processos anteriores, não.
10:37Mas é que o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi reeleito
10:41e agora está difícil.
10:44Ele está com duas ineligibilidades e um processo do Supremo.
10:47Então, esse componente é fortíssimo.
10:50E é um argumento para os Estados Unidos prestarem atenção no Brasil,
10:54porque até então o Brasil era um país desconhecido.
10:56achavam que a capital do Brasil era Buenos Aires.
11:00Arremate, Bruno Musa.
11:01Bem-vindo.
11:03Muito boa tarde.
11:04Vamos lá.
11:05Eu acho que o Zé Maria trouxe um ponto extremamente importante.
11:08O Lula vem se aproximando da Rússia
11:10e se aproximando da China.
11:12A gente está vendo, por exemplo, a Índia
11:14comprando dessa briga com os Estados Unidos.
11:17Afinal de contas, também é uma tarifa elevada para a Índia.
11:20Mas a Índia tem uma situação geopolítica
11:21bastante mais importante que o Brasil.
11:23Vale lembrar, por exemplo,
11:24que a China é uma das nove potências nucleares ao redor do mundo.
11:28Então, o caminho que o Lula tem feito,
11:31ele não é apenas, voltando naquilo que nós falamos ontem,
11:34muito fraco sob o ponto de vista de gerenciamento de risco.
11:37Mas ele também toma riscos adicionais
11:40onde ele não pode ter retorno.
11:43Já se mostrou muito claro isso.
11:45Ao longo desses últimos dias,
11:46nós vimos matérias justamente a respeito disso.
11:49em outras, em jornais de grande circulação,
11:53comentaristas mencionando isso,
11:55essa falta de retorno ou falta de percepção do próprio governo,
12:00justificando sempre o que está acontecendo ainda no governo passado.
12:04Isso é muito ruim.
12:05Parece que a gente não consegue virar a página.
12:08Tudo o que está acontecendo depois desse tempo que tem de governo,
12:12mesmo assim, é culpa do governo anterior.
12:14Veja, eu acho, realmente concordo com o Zé Maria,
12:17que o Eduardo Bolsonaro está com uma,
12:20digamos, com uma situação privilegiada lá dentro.
12:23Ele será recebido, ao que tudo parece,
12:25amanhã na Casa Branca.
12:26Então, claro que sim, há uma situação de privilégio.
12:29Mas parecer ou acreditar que o Trump
12:32faz tudo o que o Eduardo Bolsonaro quer,
12:36me parece até ingênuo.
12:37Mas claro que ele é uma fonte importante
12:39do que está acontecendo aqui no Brasil.
12:42E um pouco mais, um pouco menos,
12:43eu acho que chegamos num ponto
12:45onde é impossível discordar
12:47que há excessos praticados
12:49dentro do judiciário brasileiro
12:51e o Brasil está sendo punido por isso.
12:53Repito o que eu falei nos últimos dias.
12:55Ou mudamos a nossa dinâmica
12:56ou continuaremos dando murro em ponta de faca
12:59e chega um ponto
13:00onde as pessoas começam a perceber
13:02que não adianta culpar terceiros
13:05e responsabilizar terceiros.
13:06O problema na economia chega
13:07e o governo, ele é, o de turno,
13:10normalmente culpado pelas mazelas econômicas.
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