Victoria's Secret Fashion Show 2025 revoluciona com diversidade e luxo; Dani Rudz analisa evento

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Dani Rudz comentou no Fast Money o segundo desfile da Victoria's Secret Fashion Show após pausa de seis anos, destacando a representatividade de corpos, idades e gêneros. Dani ainda abordou o impacto econômico e cultural do desfile, que trouxe modelos como Jasmine Tookes, Valentina Sampaio e Ashley Graham, reforçando a diversidade como estratégia de mercado.

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00:00E com um desfile mais inclusivo e com as clássicas asas e pedrarias,

00:05Vitória Secrets Fashion Show deste ano deixou uma marca nas passarelas.

00:10Depois de um hiato de seis anos e da estreia de Adam Selman como diretor executivo e criativo da marca,

00:16o desfile marcom um passo significativo para a representatividade global

00:20e celebrou a beleza em sua pluralidade e luxo.

00:24Falei essa palavrinha? Já sabe de quem que eu tô falando, né?

00:27Dani Hood já tá na área.

00:28Tudo bem, Dani?

00:29Nath, tô bem. E você?

00:30Tudo jóia. Que bom. Chegou sexta-feira, chegou o dia de ter você aqui com a gente, Dani.

00:35Verdade.

00:36Conta mais pra gente, então. Teve um hiato. Eu vi que ficou sumido, ficou fora da pauta, fora do hype,

00:42mas seis anos se passaram, então, Dani.

00:44Seis anos se passaram, Nath, e a Vitória Secrets entrou numa espécie de crise que a gente diz, né?

00:51Ela saiu do ar devido a uma série de críticas que ela recebeu por conta da falta de representatividade

00:57nas passarelas, né?

01:00Os desfiles foram muito pontuados com relação à falta de representatividade, com relação

01:06a corpo, então, a corpos diversos, a questão com relação a raças, enfim, a idade também.

01:13Então, o público que assistia e que curtia a Vitória Secrets decidiu que ali aquele desfile não representava mais a si mesmo, né?

01:24Então, isso é muito importante quando uma marca forma a comunidade, né?

01:27A gente percebe que a comunidade está tão engajada que percebe que a marca parou no tempo.

01:32E aí, eles pararam, perderam muito dinheiro com isso, viu, Nath?

01:36Porque eles faziam aí picos de 8 bilhões de dólares de faturamento e passaram a uma queda de 6 bilhões de dólares de faturamento nesse momento.

01:47E aí, então, eles fizeram uma pausa, fizeram a lição de casa, se debruçaram, né?

01:53De verdade, ali, no papel do que a sua comunidade pedia e voltaram, assim, já no desfile do ano passado e desse ano,

02:00muito reformulados e maravilhosos.

02:03É o assunto da semana, ainda é o assunto mais falado.

02:06Eu trouxe aqui algumas imagens do desfile para a gente dar uma olhada.

02:11Ah, você vai escrever melhor, porque eu vi que teve uma grávida, né?

02:16Uma grávida, adorei isso.

02:17Sim, exatamente.

02:18A grávida, a Jasmine Tux, abriu o desfile, grávida de 9 meses.

02:24Uau!

02:24Está quase aí nascendo, enfim, e abriu o desfile e foi uma dos takes mais comentados

02:30na internet, enfim, trazendo essa pluralidade.

02:34A gente teve também várias mulheres de corpos diversos na passarela.

02:39Isso é muito importante a gente falar, né?

02:42Em tempos de desfile, onde a gente tem um apelo para corpos muito magros,

02:46agora, então, na era de canetas emagrecedoras,

02:49tem se exigido por parte de agências modelos mais magras.

02:54Então, assim, estão deturpando o discurso e não usando...

02:57Não estão usando muito bem a positividade, né?

03:02O lado positivo que as canetas trouxeram, né?

03:04Essa é a Jasmine.

03:05Ai, que linda.

03:06Lindíssima, né?

03:07Então, assim, nós vimos várias modelos de corpo diverso na passarela.

03:12Nós tivemos a Paloma Elsticer, a Ashley Graham e a Precious Lee,

03:17que são relevâncias, enfim, referências mundiais em beleza, autoestima e body positive.

03:22Maravilhosas.

03:24Mas muito legal que também a gente teve brasileira na passarela.

03:27Nós tivemos a Valentina Sampaio, que é uma modelo transgênera.

03:31Tivemos a Carla Bruni, que é uma representante das...

03:37Quebrando o tabu de etarismo, das mulheres mais velhas.

03:3956 anos na passarela.

03:41E a gente teve, ó, a Alessandra Ambrose, a Adriana Lima, as Eternas Angels.

03:46Ah, mas aí é o filme, né?

03:46O clássico, né?

03:48Exatamente.

03:48Maravilhosa também.

03:49E Gabriela Moura e Barbie Ferreira também, influenciadora Gabriela e a Barbie Ferreira também aí nesse desfile.

03:56Algo que eu acho que é legal a gente pontuar, a questão econômica falar aqui, sabe, Nath?

04:01Por quê?

04:01A gente fala em diversidade e parece só uma militância corporal, mas não é isso, né?

04:07Na verdade, empresas que apostam em diversidade e entendem qual é a identidade do seu público e a necessidade do seu público, crescem muito.

04:17Então a Victoria's Secret realavancou levando e trazendo essa diversidade na passarela.

04:22E quando ela traz essa diversidade, olha essa Ashley Graham, maravilhosa, as meninas aqui, olha.

04:28Quando a gente traz essa diversidade para a passarela, a gente não só traz buzz e engajamento,

04:34porque quando essas modelos entraram na passarela, todo mundo comentou, foi muito repostado o desfile,

04:40estava na boca de todo mundo, furou a bolha, porque saiu da bolha da moda,

04:44então o desfile estava sendo falado na esquina, no cafezinho, em todos os lugares.

04:48Então a marca se coloca como posicionamento e de verdade, dentro da sua gama de produtos,

04:54tem o produto para oferecer para esse público e aumenta a sua faixa de atendimento de público.

05:00Ela já tinha, não tinha?

05:01Ela tinha.

05:02Produtos, mas aí eles não estavam no desfile, era isso?

05:05Exato.

05:05Era desconectado então, né?

05:06Totalmente desconectado, Nath.

05:07Você tem alguns produtos, você vende uma gama de produtos pequena e você não traz aquelas pessoas.

05:12Hoje não, hoje tem uma gama de produtos maior, você consegue ver em todas as linhas.

05:18Vamos falar em termos de negócio, a Victoria's Secret tem várias linhas de produtos,

05:22então eles têm os produtos mais sexys, mais para a noite, streetwear, que são roupas.

05:28Aqui é mais jovem, aqui é mais jovem, olha, streetwear, geração Z, então eles colocaram

05:33mulheres maiores e reais e corpos reais em todas as linhas da Victoria's Secret.

05:39Isso foi muito importante para posicionamento de negócio.

05:41Vender esse produto também é muito importante, por quê?

05:44Se você imaginar, você tem uma fatia de mercado onde você atende um público X,

05:48mulheres de tamanho PMG.

05:52Quando você amplia GG, G1, G2, G3, você abre a sua gama e vende muito mais.

05:59Então você atinge também um número maior de mercado, então você não aumenta só o

06:02seu faturamento por conta de engajamento, propósito e representatividade.

06:07Você aumenta de fato porque você atinge um range maior de mulheres do mercado.

06:11Isso é muito significativo, é uma política positiva, né?

06:14Nós temos várias empresas de mercado que abraçam a autenticidade e a diversidade hoje

06:19e tem números muito altos de engajamento e de venda por conta disso.

06:23A própria Victoria's Secret está nesse patamar.

06:28A gente tem a Rihanna, que tem a Savage Fenty, que é a maior concorrente da Victoria's Secret,

06:33que fala totalmente em diversidade.

06:35Então nasceu já uma marca diversa e vende para mulheres de corpos diversos.

06:39A Fenty Beauty, que tem uma das maiores gamas de coloração de maquiagem e o maior range

06:45de coloração de bases do mercado para peles diversas, atingindo várias tonalidades de

06:53pele retinta.

06:54A gente tem a Nike também, que são altos faturamentos que dialogam com diversidade.

06:58A L'Oreal, que falamos aqui é um dia desses.

07:01Ela fala de diversidade e fala principalmente aqui no Brasil da diversidade de cabelos, né?

07:06E a gente tem a Natura também, que fala com relação à diversidade, fala com relação

07:10a mulheres.

07:11Então quando a gente fala, né, globalmente, de que a pauta da diversidade está sendo

07:16esvaziada, a gente vê por um outro lado algumas empresas que já tinham feito esse

07:22posicionamento, que se mantiveram firmes nesse propósito e nesse discurso e que estão

07:27nadando de braçada ainda, apoiando o tema diversidade e fazendo a lição de casa com plena

07:35e ampla aceitação do público.

07:37Então esse desfile não foi à toa, Nath.

07:39É realmente a resposta do público por um posicionamento de mercado atual e necessário

07:44com relação à diversidade raça, corporal e todo tipo de diversidade de gênero, identidade

07:51e orientação sexual que acho que a gente precisa em pleno século XXI.

07:55Então é financeiramente estratégico, eficiente, funciona e lucrativo.

08:01Marcas de luxo, tem que olhar com atenção para isso, Dani.

08:04Muito, Nath.

08:05As marcas de luxo são muito excludentes com relação a corpos, principalmente as marcas

08:09de luxo.

08:10Eu acredito muito nessa questão com relação a você colocar cercas para o nível do seu

08:19produto.

08:20Claro que sim, você classificar o seu produto.

08:22Então, eu vendo para a base, para um público mais CDE, ou eu vendo para um público A,

08:27para um público AAA.

08:29Mas quando você cerca demais e limita, você tira acesso e tira oportunidade de lucratividade.

08:35Pessoas de todos os corpos existem.

08:37Essa beleza muito magra, ela é uma beleza atingível só para profissionais que trabalham

08:42em passarela.

08:43Isso não existe na vida real.

08:45E o consumidor da vida real, tanto no luxo como no não luxo, ele quer, merece e precisa

08:51consumir.

08:52É um investimento certo de retorno financeiro para as marcas abrirem para corpos diversos

09:02e para a diversidade.

09:04Boa pauta, Dani.

09:05Muito obrigada, viu?

09:06E daqui a pouco a gente conversa mais, que eu sei que tem mais assuntos interessantes.

09:09Então, até já, já.

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