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Ao mesmo tempo em que andava a investigação da Polícia Federal sobre o esquema bilionário de evasão de divisas que envolvia criptoativos, lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e financiamento do grupo terrorista Hezbollah, começava a tramitar no Congresso Nacional um projeto que levou à exclusão de parte da responsabilidade dos bancos investigados pela Polícia Federal.

A mudança na legislação sobre operações de câmbio acabou sendo aprovada e anistiou cinco instituições financeiras investigadas pela PF por suposta participação no esquema criminoso. Os bancos investigados pela PF eram Master, Genial, Travelex Banco de Câmbio S/A, Santander e Haitong Banco de Investimento do Brasil S/A. Outros quatro bancos e uma corretora de valores se recusaram a entrar na operação e denunciaram o esquema para a PF. Procurados, os bancos negaram envolvimento em irregularidades, disseram cumprir as normas e que sempre estiveram à disposição das autoridades.

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Transcrição
00:00Uma alteração na legislação cambial resultou na anistia de cinco instituições financeiras
00:05investigadas pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema bilionário de evasão de divisas.
00:12As apurações indicam que as operações envolviam compra de criptoativos e lavagem de dinheiro
00:18para organizações criminosas como o Resbolá do Líbano e o PCC.
00:23E a repórter Fernanda Sete chega ao vivo direto de Brasília com essas informações.
00:27Oi, Fernanda, uma investigação importante que tem, inclusive, ramificações internacionais?
00:36Exatamente. A Polícia Federal investiga um esquema bilionário de evasão de dívidas
00:41envolvendo o uso de criptomoedas, lavagem de dinheiro do PCC e também financiamento do grupo terrorista Resbolá.
00:49E, olha, entre os investigados estão grandes instituições financeiras, como, por exemplo, Santander, Travelex e Genial,
00:57que negam qualquer irregularidade e afirmam que sempre cumpriram com a lei.
01:03Enquanto a investigação da Polícia Federal avança,
01:06a Cláudia tramitava no Congresso Nacional um projeto do ex-presidente Jair Bolsonaro
01:10que criou o novo marco legal do câmbio.
01:13Porém, esse projeto foi enviado lá em 2019 e não deixava claro
01:17quem era responsável pelas operações de câmbio,
01:21se eram as instituições financeiras ou os próprios clientes.
01:24Porém, em 2021, o relator da proposta da época, o deputado Otto Alencar,
01:30mudou o texto, mudou os dispositivos ali da proposta a pedido do Banco Central
01:36e transferiu essa responsabilidade totalmente para os clientes.
01:40Segundo ele, a ideia foi, de fato, simplificar um pouco as regras
01:45e dar mais segurança jurídica às instituições financeiras.
01:49Porém, o COAF, o Conselho de Controle de Atividade Financeira,
01:54enviou um relatório à Receita Federal, ao Ministério Público de São Paulo,
01:58ao Banco Central e também à Polícia Federal,
02:02mostrando aí essas movimentações bilionárias de empresas
02:06e também de operadores de criptoativos suspeitos.
02:10A Polícia Federal também chegou a pedir à Justiça,
02:13ou Cláudia, quebra de sigilo bancário para entender
02:16por que alguns bancos aceitaram fazer negócios com esses investigados
02:20e outras instituições financeiras se negaram a fazer essas negociações.
02:26Mas, com a aprovação desse novo marco legal do câmbio
02:29que aconteceu em dezembro de 2021,
02:33a regulamentação foi, de fato, feita pelo Banco Central
02:36no finalzinho ali de 2022.
02:39Então, a responsabilidade pelas informações
02:40passou, de fato, a ser exclusivamente dos clientes
02:44e não das instituições financeiras.
02:46E, olha, segundo a investigação da Polícia Federal,
02:49isso criou um vácuo legal e impediu que os bancos
02:52fossem responsabilizados, claro, por eventuais erros
02:56ou fraudes nas operações.
02:59Então, o que acontece?
03:01Com essas mudanças aí,
03:03por meio desse projeto de lei,
03:05dessa proposta tramitada no Congresso Nacional,
03:09com essas mudanças, os bancos investigados,
03:11como falei agora, Santander, Travelers e Channel,
03:13acabaram, assim, ficando livres aí das punições,
03:18tanto penais quanto administrativas,
03:20mesmo diante desse esquema bilionário,
03:24ligado tanto ao PCC quanto ao grupo terrorista Hezbollah.
03:30Então, está em curso essa investigação da Polícia Federal,
03:35que, de fato, investiga aí essa negociação,
03:38essas instituições financeiras que aceitaram aí fazer negócios
03:43dessas pessoas que estão sendo investigadas.
03:48Então, a Polícia Federal investiga esse esquema bilionário
03:51de evasão de dívidas,
03:53que conta aí com a participação,
03:56envolve aí o uso de criptomoedas,
03:58lavagem de dinheiro e também financiamento do grupo terrorista.
04:03A gente segue aqui acompanhando esse desdobramento aí
04:06dessa operação da Polícia Federal,
04:09que impacta diretamente as instituições financeiras
04:12e, claro, também os clientes dessas instituições.
04:15Eu volto com você, Cláudio.
04:16Obrigado, viu, Fernanda Sete, mais uma vez pelas suas informações.
04:20Sobre esse assunto ainda,
04:21eu vou conversar com o nosso analista Rodrigo Loureiro.
04:24Loureiro, não é mais segredo para ninguém
04:26que o Hezbollah é um grupo político,
04:28mas também tem um braço armado importante,
04:30um grupo extremista libanês,
04:33que ele atua na tríplice fronteira aqui na América do Sul.
04:36Então, a tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina.
04:40Essa investigação, segundo apurações aqui de bastidores,
04:44também teria apoio dos Estados Unidos,
04:46que oferecem recompensas por prisão de lideranças
04:51do Hezbollah aqui na América do Sul
04:52e também na América Latina.
04:54Então, é uma investigação importante
04:56que pode chegar a algumas lideranças,
05:00não só do crime organizado no Brasil,
05:01mas também de braços internacionais.
05:04É um grande problema, né, Cláudio?
05:06A gente fica até assustado de falar,
05:08olha, só Hezbollah aqui no Brasil.
05:10Geralmente, a gente fala sobre esse grupo
05:12só quando tem as notícias ali lá do Oriente Médio.
05:15Agora, trazendo aqui para o Brasil,
05:17e é uma investigação que já parte ali desde 2019,
05:21teve uma mudança no marco legal em 2021.
05:25O que que isso...
05:26Qual que é o grande problema disso tudo?
05:28É que, assim, essa mudança que teve na lei
05:30tirou a responsabilidade dos bancos.
05:33Então, você criou uma espécie de blindagem para os bancos
05:36em relação a essas transações financeiras.
05:39E isso é preocupante,
05:40porque você começa a limitar
05:42quem pode ser culpado por todas essas transações,
05:46e aí você fica ali meio que de mãos atadas.
05:49É por isso que é tão importante
05:51que a gente fique ligado,
05:53que a gente fique atento
05:54a todas essas movimentações jurídicas,
05:56a todas essas leis que são passadas no Congresso.
06:00Porque, às vezes, parece que é só uma medida legal
06:02ali para desburocratizar um setor,
06:05mas ela pode ter consequências muito graves,
06:07como a gente está vendo agora.
06:09Essas consequências que atrapalham
06:10as investigações criminais.
06:13Se há um crime ali a ser impedido
06:16e a ser julgado,
06:18precisa ser feito de forma completa,
06:21de forma correta.
06:22Só que se tem uma lei que impede
06:24que isso aconteça,
06:26aí você tem um problema muito maior nas mãos.
06:29Obrigado, viu, Rodrigo Loureiro.
06:30Já, já a gente volta a conversar.
06:31Obrigado.
06:32Obrigado.
06:33Obrigado.
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