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No Visão Crítica, o economista Roberto Giannetti detalha os elementos cruciais para o Brasil negociar uma saída do tarifaço imposto pelos EUA, propondo uma solução de "ganha-ganha". A bancada discute se o governo brasileiro terá a habilidade e a estratégia de concentrar o diálogo em temas econômicos e evitar a politização que prejudica as exportações.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/vVDbYDQEyM8

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Transcrição
00:00Roberto, é claro, numa hipótese, negociação deve ter um encontro, provavelmente, do presidente do Brasil com o presidente dos Estados Unidos.
00:07É bastante provável que isso ocorra.
00:10E nessa negociação que vai se ter, certamente a questão das terras-aras é um dos elementos dessa...
00:16Os metais críticos.
00:17Metais críticos, melhor dizendo.
00:19Dos metais críticos vai estar presente nesta negociação.
00:23Então, como negociar, eu sei que nós, garantindo a soberania nacional e defendendo os nossos interesses,
00:31mas que os Estados Unidos vai defender os seus, é claro, cada país defende o seu.
00:34Quer dizer, como garantir de chegar a um bom termo?
00:37Afinal, nós temos 200 anos de relações com os Estados Unidos, uma relação de ontem.
00:42E foi durante boa parte da história do Brasil, no século XX, em certo momento, o maior parceiro comercial.
00:47Não é, já há algum tempo, que é a China, como nós sabemos.
00:50Como fazer isso, no caso, com os Estados Unidos?
00:53Olha, a primeira coisa que eu quero dizer aqui, que me deixou muito preocupado,
00:57teve uma conversa qualquer aí nos últimos dias, de criar um estatal do governo federal,
01:07para trabalhar nessa questão dos metais críticos.
01:10Isso é um grande equívoco.
01:12Eu acho que é uma atividade, obviamente, privada.
01:16E privada, tanto nacional quanto estrangeira.
01:19Não temos que ter discriminação para capital, até porque nós temos carência de capital.
01:24Se tem empresa canadense que abre o capital na Bolsa de Toronto e investe aqui, seja bem-vinda.
01:29Mas obedece a legislação brasileira.
01:32Obedece as regras, as regulações do nosso país.
01:35E se associa com o capital nacional quando isso é necessário.
01:39Como é, por exemplo, vamos voltar de novo ao caso da CBMM,
01:43é 70% da família Moreira Salles, como falou Raul Jungmann,
01:47mas tem capital japonês, coreano e chinês.
01:49Por quê?
01:50Porque os consumidores se associaram à CBMM para garantir suprimento.
01:55O mesmo modelo serve para os outros metais.
01:58Nós podemos associar com capitais americanos e garantir a eles,
02:04o tal off-take que eu falei, contratos de longo prazo, com preço mínimo,
02:09que dê garantia que esse projeto no Brasil tenha retorno,
02:13porque senão o investidor não coloca dinheiro.
02:15Você que é do ramo sabe que tem que ter a taxa interna de retorno equivalente
02:20a um outro projeto de outra atividade,
02:23senão ninguém vai pôr dinheiro em mineração.
02:25Por que gosta de mineração?
02:26É porque dá lucro.
02:28Tem que ser muito pragmático.
02:30E a questão é fazer com que essa exploração mineral
02:34seja feita de forma eficiente, econômica e sustentável.
02:40Olhando o meio ambiente, olhando o lado socioeconômico,
02:42que também o Raul falou com muita propriedade.
02:45Não pode deixar a solta.
02:47Tem que ter certo controle.
02:49Mas que seja feito de uma maneira também rápida, ágil,
02:56eu acho que essa questão do prazo da licença ambiental e o prazo da licença mineral,
03:02a Agência Nacional de Mineração, IBAMA e a Secretaria de Meio Ambiente dos Estados,
03:07tem que ter prazo para poder responder aos requerimentos,
03:13às demandas do setor privado.
03:15Senão, o capital não vem.
03:17E aí eu acho que para negociar com os Estados Unidos,
03:20nós temos sim que oferecer, olha, o Brasil pode ser um fornecedor dessa lista de metais aqui,
03:26que a gente tem reservas ou indícios bastante favoráveis.
03:30Vamos pesquisar, vamos desenvolver.
03:31É um momento estratégico para nós investirmos pesadamente em pesquisa geológica,
03:38em tecnologias de processamento mineral e tecnologia de metalurgia,
03:43para fazer, inclusive, o uso desses minerais,
03:45como é o caso das baterias dos ônibus, citado agora de Inióbio,
03:49mas de muitos outros metais, como fez também alguns outros setores na área de aço,
03:55ligas de aço, por exemplo, que você usa o tungstênio, por exemplo,
04:01para fazer perfuratriz de petróleo em turbinas de avião.
04:05Tem muita tecnologia embutida que a gente tem condição de desenvolver no Brasil.
04:11E eu falo isso com conhecimento, que eu sei, eu já ouvi de cientistas falarem isso.
04:15E eu acho que, tanto Estados Unidos como China,
04:19que são esses dois grandes polos hoje de atenção mundial,
04:23o Brasil pode conviver com ambos de uma forma equilibrada, pragmática,
04:29e visando o interesse nacional, em primeiro lugar.
04:33Porque ambos têm uma dependência benigna do Brasil.
04:37Estados Unidos, principalmente agora, com essa dependência dos metais críticos.
04:41E a China, além também de alguns metais, que dependem muito do Brasil,
04:46também tem a dependência agroalimentar.
04:49Sem o alimento brasileiro, a China sucumbe, vamos ser claros.
04:53Então o Brasil, por acaso, nesse século XXI, se torna uma potência estratégica.
04:59Mas a gente tem até dificuldade de reconhecer e entender isso.
05:04E usar isso de uma maneira inteligente.
05:06São questões fundamentais, né?
05:11Eu vou passar para o Raul Júlman, e sempre essa história do tempo é terrível.
05:18Um minuto, parece campanha eleitoral, um minuto e meio de debate eleitoral, Raul.
05:23Eu sei, desculpe.
05:23Mas o Ibram tem convênios com institutos de pesquisa,
05:29as universidades públicas, desempenham um papel fundamental.
05:32O CNPQ Capes, criado no segundo governo Vargas.
05:35A FAPESP, aqui em São Paulo, criada no governo Carvalho Pinto,
05:39mas por uma emenda à Constituição paulista.
05:42O projeto é de 1947, do Caio Prado Júnior, deputado estadual.
05:47É, constituinte aqui em São Paulo, e a FAPESP é criada em 62.
05:50E eu sei que, dois minutos é muito difícil falar isso,
05:54mas infelizmente é o que temos, Raul.
05:56Tem essa relação o Ibram e as agências de pesquisa,
05:59as universidades, os centros de pesquisa?
06:06Vou acertar um exemplo de parceria que nós tivemos com o CETEM,
06:10mas também com a USP, por exemplo.
06:12Nós produzimos, me permita a presunção,
06:14o melhor estudo até hoje no Brasil
06:17sobre fundamentos para uma política de minerais críticos estratégicos.
06:23Nós pesquisamos 16 países,
06:25nós fomos fundo nessa pesquisa,
06:28e eu acredito que ali existem muita informação,
06:32não só para o setor privado, mas também para o setor público.
06:35Nós temos convênios com diversos institutos,
06:38com diversos centros de pesquisa em tecnologia,
06:41e com a universidade.
06:42Aliás, nós temos uma universidade à distância,
06:45que é a chamada Unibram,
06:46que produz exatamente cursos à distância,
06:49voltados exatamente para o público-alvo.
06:53Mas eu queria, ao encerrar, dizer que foi um prazer,
06:56foi muito rico esse debate,
06:58agradecer demais o convite de participar
07:01com o Gustavo Pessoa,
07:03e também com o Jean Neves,
07:05que eu tenho um prazer aqui de reencontrar,
07:07e particularmente com você, professor,
07:09que fazia muito tempo que eu não via,
07:10e que vejo que está em plena forma,
07:14e que eu espero que assim continue.
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