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O excesso de performance pode ser o "inimigo da longevidade". Em um alerta surpreendente, o ortopedista Dr. Gustavo Constantino explica que, embora o movimento seja essencial, a alta intensidade e o alto impacto podem acelerar o desgaste da cartilagem e causar uma artrose precoce, como acontece com muitos atletas.

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Transcrição
00:00E pra esse papo sobre artrose, eu recebo o ortopedista doutor Gustavo Constantino,
00:11que é um craque, um especialista no assunto.
00:14Obrigado, Gustavo, por ter aceitado bater esse papo.
00:18Ô, Márcio, eu que agradeço o convite.
00:19É uma honra estar aqui, sou seu fã de carteirinha.
00:22Acho que você faz um trabalho nessa promoção de saúde que é ímpar.
00:26Então, eu que agradeço o convite.
00:28Obrigado, Gustavo.
00:29E assim, nunca se falou tanto de longevidade.
00:32E aí as pessoas falam assim, olha, ganhar massa muscular é a melhor coisa que você pode fazer.
00:39É, ó, é importante ter um VO2 máximo.
00:42Mas eu escuto muito pouco se falar do cuidado com as articulações, da mobilidade articular.
00:48Muitas vezes a pessoa não consegue fazer um treino pra ganhar o melhor condicionamento cardiovascular
00:54porque tem dor.
00:55Muitas vezes ela não consegue fazer um treino bacana pra ganhar massa muscular
00:59porque tem muita dor em relação à artrose.
01:02Então eu queria que você falasse um pouquinho das nossas cartilagens.
01:06Legal.
01:06Bom, então, primeiro assim, a gente fala muito de longevidade, né?
01:11E hoje a gente tá vivendo mais, mas a gente tem que ficar atento se a gente tá só sobrevivendo mais
01:18ou se a gente tá vivendo mais com saúde, né?
01:20E aí, entre as doenças crônicas que a gente vai adquirindo aí no final da vida,
01:27a artrose, né, o dano das cartilagens, ele realmente chama atenção porque é justamente isso.
01:34Acaba alimentando a pessoa e deixa a pessoa, muitas vezes, incapaz de justamente fazer o que a gente pede.
01:39Fazer exercício, fazer uma atividade física.
01:41Ela tem capacidade pulmonar, ela tem músculo, mas ela tem dor no joelho, em alguma articulação
01:47e aí ela não consegue praticar essa atividade física que é tão importante pra gente ter uma vida com qualidade.
01:54Não só uma vida em anos, mas uma vida em anos bem vividos, né?
01:57E aí a gente tem uma questão que é a cartilagem, ela vai se desgastando com o tempo, certo?
02:03Certo.
02:04E aí a gente tem um componente, se a gente olha os dados populacionais hoje,
02:09de nunca se teve tanta gente com obesidade e sobrepeso.
02:15E nunca as pessoas foram tão sedentárias.
02:18Que impacto isso tem na longevidade das nossas articulações, da nossa cartilagem?
02:23Tem todo o impacto.
02:24Então a cartilagem, ela vai se desgastando com o passar do tempo, né?
02:30Mas ela não é assim, a artrose, o desgaste da cartilagem não é uma consequência inevitável do envelhecimento.
02:35Não é?
02:36Não é.
02:37Com certeza não é.
02:37Senão não tinha nada a fazer.
02:39Existem, assim, múltiplos fatores que fazem com que a gente tenha desgaste de cartilagem, né?
02:45Claro que o fatoridade é um fator fundamental, mas o fator obesidade, o fator falta de atividade física,
02:52existem fatores metabólicos, existem algumas doenças, existem uma série de coisas que levam ao desgaste mais precoce da cartilagem.
03:01E aí é uma causa e efeito, né?
03:04Que você acaba tendo mais dor, tem desgaste da cartilagem, isso leva a dor, faz com que você tenha menos movimento.
03:12Com menos movimento, sua cartilagem gasta mais rápido.
03:14Com menos movimento, talvez você engorde, vai ter obesidade.
03:17Mais sobrecarga.
03:19Mais sobrecarga.
03:20Então, vamos dizer que, assim, é uma coisa um pouco complexa, mas, de fato, se a gente puder citar, assim,
03:27três grandes fatores em relação à cartilagem e saúde de cartilagem,
03:32um é a idade, é natural, a gente vai usando a máquina e vai envelhecendo e gastando,
03:37mas, certamente, dois modificáveis são a obesidade e a falta de atividade física.
03:42E quando tem lesão, porque, às vezes, você tem uma lesão, vamos supor, no joelho,
03:47você machuca o menisco, enfim, alguma coisa que você tenha, algum tipo de lesão,
03:51isso pode ser um acelerador do desgaste das cartilagens e promover uma artrose precoce?
03:57Pode, certamente é um acelerador, né?
03:59E a gente vai ter também um outro tipo de artrose que a gente chama de artrose pós-traumática,
04:04uma artrose pós-lesão.
04:06Então, um indivíduo, posso dar o exemplo aqui do indivíduo Márcio Atala,
04:13tem uma lesão jogando bola, acaba machucando o menisco, machucando o ligamento cruzado.
04:20Isso realmente é um enorme fator.
04:24Hoje eu pego muitos pacientes que jogaram futebol de alto nível ou de um nível intermediário,
04:30tiveram lesões como essa, lesões dentro do joelho,
04:33e muitas vezes as cirurgias do passado tiravam esse menisco,
04:37eram cirurgias abertas, mais invasivas,
04:40e aí essa pessoa, com certeza, vai para um processo de artrose muito mais rapidamente.
04:45E hoje a medicina evoluiu muito.
04:49E você tem medicamentos para uma série de coisas muito eficientes.
04:53Existe alguma coisa capaz de regenerar uma cartilagem ou de proteger para que você tenha uma qualidade de vida melhor
05:05e consiga fazer essas coisas que você comentou como uma atividade física, um controle de peso mais eficiente?
05:13Eu acho que a prevenção é a palavra que a gente pode falar com propriedade que existe.
05:18A regeneração da cartilagem que já foi danificada, isso é uma coisa um pouquinho mais complicada.
05:23Mas a prevenção certamente existe e não é medicamentosa.
05:28A prevenção é com o estilo de vida adequado.
05:30É com o estilo de vida.
05:31Então assim, você manter-se magro e manter-se esportivamente ativo,
05:36certamente, às vezes a pessoa está no meu consultório já,
05:40uma situação já de final de artrose, que a gente vai fazer uma prótese
05:44e a gente orienta e tal.
05:46E geralmente tem a filha, tem uma acompanhante que fala
05:49Doutor, para eu não chegar nisso, o que eu faço?
05:52Dá para fazer muita coisa.
05:53Então assim, sem dúvida, manter-se magro e esportivamente ativo é o principal.
05:58Que vai às vezes até de encontro, a pessoa acha assim
06:01Poxa, mas se eu preservar não é melhor?
06:04Se eu não fizer muito esforço?
06:06Eu ouço muito isso.
06:08E no fim, a cartilagem tem um mecanismo que ela depende do movimento.
06:13Para ter saúde, né?
06:16Eu gosto de dar o exemplo que a cartilagem funciona como uma esponja
06:19que ela absorve e solta água
06:21e para receber os nutrientes, o oxigênio.
06:25E para ela trocar de água, eu preciso movimentar.
06:28Se eu deixar uma esponja parada com água, ela não troca água.
06:31Agora, se eu apertar essa esponja e expulsar a água repetidamente,
06:35essa troca vai sendo a respiração da cartilagem.
06:38Então, o movimento, quando eu movimento a minha articulação,
06:41a minha cartilagem está respirando.
06:43Então, eu preciso de movimento diário,
06:46com alta repetição e baixa carga.
06:51O que faz mal para a cartilagem é a intensidade de carga, né?
06:54Então, quando você...
06:55Alto impacto.
06:56Alto impacto.
06:57Então, ah, eu conheço o cara que era jogador profissional
06:59e tem o joelho arrebentado.
07:01Sim, porque os atletas de alta performance...
07:03Não, ele joga com dor.
07:05E precisa superar limite, precisa entregar desempenho.
07:08Eu gosto de dizer que o desempenho é o inimigo da longevidade.
07:11Você quer a longevidade, você segura um pouquinho o desempenho.
07:13Se você quiser desempenhar...
07:14É por isso que não tem atleta com mais de 40 anos atuando em alta performance.
07:19Porque, realmente, ele começa a machucar, né?
07:21Exato.
07:22Então, o que tem hoje, realmente, assim, que é extremamente estabelecido,
07:27que vai te fazer chegar ao fim da vida com a cartilagem melhor,
07:31é um estilo de vida adequado,
07:33que inclui não só manter-se magro e esportivamente ativo,
07:38como toda a parte do estilo de vida.
07:40Dormir bem, recuperar a cartilagem, alimentação balanceada, né?
07:44Todo esse tipo de coisa.
07:45Quando que ela sabe que ela pode ter uma boa resposta com o estilo de vida?
07:52Quando ela sabe que ela pode ter que entrar, sei lá,
07:55com uma infiltração, com alguma coisa que vai ajudar?
07:59Ou quando ela tem que partir por uma coisa um pouco mais extrema,
08:04por exemplo, uma prótese?
08:06Legal.
08:06Então, essa pergunta é importante porque a gente recebe pacientes
08:09com diversos graus de artrose, diversas características,
08:13e, realmente, às vezes a gente dá um tratamento pra esse cara,
08:16ele vai super bem e o outro não adianta nada, né?
08:18Então, essa variabilidade de tratamentos é porque as doenças são diferentes, né?
08:23Então, você tem a pós-traumática, você tem a metabólica,
08:26você tem perfis de pacientes diferentes.
08:28Então, acho que, assim, essa resposta quem vai dar é o médico ortopedista,
08:32que ele vai identificar naquele paciente quais são os fatores
08:36que estão causando a artrose, os fatores que estão levando essa artrose a piorar,
08:41e isso muda de paciente pra paciente.
08:42Então, a gente tem que ter uma abordagem mais individualizada.
08:45E aí, nesse paciente, eu consigo identificar,
08:48não, esse paciente tem uma inflamação mais articular,
08:50vale a pena eu fazer uma infiltração, uma medicação injetável.
08:53Hoje, a gente tem aí ácido alurônico, a gente tem os ortobiológicos,
08:57a gente tem uma série de tratamentos injetáveis,
09:00que são tratamentos, vamos dizer, os mais avançados fora cirurgia, né?
09:04Você tem alguns medicamentos por boca que têm uma atuação limitada, né?
09:09Se escondem protetores, etc.
09:11E, nos casos mais graves, você tem o tratamento com cirurgia de prótese,
09:17que o pessoal, às vezes, chama de falha do tratamento,
09:20na verdade, pra mim, é a continuação do tratamento.
09:22Então, você tem uma pessoa que vai melhorar com infiltração,
09:25você tem uma pessoa que vai melhorar com a prótese, né?
09:27E também, vou abusar do seu exemplo aqui hoje,
09:31mas eu sei que você é uma pessoa que estava ali com uma limitação grande, né?
09:36E, no seu caso, por exemplo, não tinha infiltração, não tinha remédio,
09:40no seu caso, era uma prótese.
09:41Você nem reza, cara, que resolvesse.
09:43E, com certeza, a prótese te liberou aí o sintoma, né?
09:48Te melhorou o joelho.
09:49Então, é interessante isso.
09:50Tem gente que não pode fazer prótese,
09:53porque tem uma artrose leve que vai melhorar com outras coisas,
09:56mas tem gente que não vai melhorar com nada.
09:58E aí, eu tenho essa função, às vezes, no consultório,
10:01de convencer essa pessoa e dar segurança pra ela fazer a prótese,
10:04que ela vai melhorar com isso, né?
10:06Pra mim, o risco de vida é você...
10:09É você ficar com a alimentação que a artrose traz, né?
10:12Você falou uma coisa que é interessante,
10:14continuação do tratamento.
10:18Quando você coloca uma prótese,
10:20você não pode acreditar que aquilo, por si só, resolveu, né?
10:23Exato.
10:24Você tem que ter os mesmos cuidados
10:26que você teria pra cuidar de uma cartilagem saudável.
10:30Quer dizer, você vai ter que ter massa muscular,
10:32você vai ter que controlar o seu peso,
10:34pra que isso seja uma continuidade no tratamento.
10:38É, porque a artrose não tem cura.
10:40Ela tem controle.
10:42E a prótese também não cura a artrose.
10:44A prótese, ela resolve o seu problema mecânico.
10:47Você tava com o joelho todo deformado,
10:50osso no osso, você tava com o joelho numa situação,
10:53que você trocou essa situação por uma superfície que funciona,
10:57mas você continua, né, com problemas de artrose.
11:00Então, você tem que ter os mesmos cuidados,
11:03manter o peso, fazer atividade, né?
11:06Com certeza, a pessoa que faz uma prótese e fica sedentária,
11:09ela vai pior do que a pessoa que mantém uma atividade física.
11:12Agora, é...
11:16Antigamente, você acreditava o seguinte,
11:20leva a sua lesão, a sua dor, o seu desgaste, o seu desconforto,
11:25o mais longe possível.
11:27Então, pô, só vai colocar, fazer uma cirurgia com 70, 75 anos,
11:33e aí você faz.
11:36Isso continua, ou a gente privilegia viver com qualidade.
11:40Quer dizer, a pessoa tem 50, 55, 60 anos,
11:43ainda não tem doenças associadas, como hipertensão, diabetes,
11:47tem uma condição de recuperar melhor da cirurgia.
11:50Se ela faz uma cirurgia que vai resolver esse problema de limitação e dor,
11:56não é melhor do que ela viver 15 anos limitada e sofrendo?
12:01Bem melhor.
12:02Eu nunca consegui chegar para a pessoa e falar,
12:05não, fica mais 15 anos sofrendo, aí depois você volta.
12:07Não faz sentido nenhum, né?
12:09E a gente escuta, às vezes, principalmente os caras mais antigos,
12:12pacientes que passaram com médicos que falaram,
12:14não, ele mandou eu voltar quando eu não aguentasse mais,
12:16alguma coisa assim, né?
12:19Mas é o que você falou, assim,
12:21esse período que eu estou com grande limitação e sofrimento,
12:25fora o sofrimento mental, as alterações psicológicas,
12:28você está perdendo saúde, porque você está limitado,
12:31você não consegue andar, você não consegue ter uma atividade.
12:34Então, eu acho que assim,
12:37se você chega num momento que você precisa de uma prótese,
12:40porque realmente não há nada mais a fazer,
12:43não interessa se você tem 35 ou 75 anos,
12:46acho que ele tem que fazer para você ter uma qualidade de vida boa.
12:50O nosso cérebro, ele é muito, muito inteligente, né?
12:54Então, se você é uma pessoa que vai sentindo dor, né?
12:58Naturalmente, as escolhas inconscientes do seu cérebro
13:01é para você poupar movimento,
13:05porque isso causa desconforto.
13:08E eu falo isso porque, por exemplo,
13:10não gosto muito de falar de exemplo pessoal,
13:12mas antes da cirurgia, minha média de passos era baixa.
13:16E aí eu reparava que pequenos trajetos,
13:19ou eu evitava de fazer, ou eu fazia até de carro.
13:23Sim.
13:24E aí, de repente, sem nenhuma programação,
13:27sem ser uma coisa consciente,
13:32quando você olha um pós-cirurgia,
13:34você dobra o número de passos.
13:36Aí você vê o quão limitado vai ficando a sua vida, né?
13:39Então, isso que você trouxe é interessante, né?
13:42Eu não preciso sofrer 15 anos, eu posso fazer.
13:45As técnicas evoluíram muito?
13:48Evoluíram muito.
13:49Hoje a gente tem...
13:50Primeiro a gente tem hoje já o auxílio da robótica,
13:52na prótese de joelho,
13:53que é uma coisa, uma realidade hoje,
13:55praticamente universal.
13:58E as técnicas também,
14:00o material da prótese evoluiu,
14:01e a técnica de se fazer uma prótese também evoluiu.
14:04Hoje a gente tem usado...
14:06Existiam técnicas de alinhamento,
14:07que a gente chamava de mecânico,
14:08hoje as técnicas novas a gente chama de alinhamento cinemático,
14:11que a gente tem usado,
14:13que são técnicas que reproduzem melhor,
14:15por exemplo, no caso do joelho,
14:16reproduzem melhor o joelho da pessoa.
14:18A gente não coloca a prótese de uma maneira dogmática ali,
14:21tem que ficar desse jeito.
14:22Agora a gente coloca a prótese
14:24de acordo com o que o joelho pede, vamos dizer assim.
14:27Então, isso evoluiu bastante.
14:28Mais personalizada.
14:29Sim, e o que a gente vê
14:30são pós-operatórios com menos sofrimento,
14:33mais rápidos, né?
14:34Porque realmente a pessoa,
14:36ela substitui uma coisa,
14:37não por uma coisa tão diferente,
14:39mas por uma coisa muito parecida com o joelho dela.
14:41Agora a gente está numa época
14:42de querer resultado rápido
14:45e de terceirizar a solução.
14:47Sim.
14:48E aí você tem,
14:49eu escuto,
14:51muita propaganda
14:52de remedinhos naturais,
14:57suplementos,
14:58que tiram só a dor.
15:01Isso mais ajuda
15:02ou mais atrapalha
15:03nesse processo?
15:05Essa coisa da propaganda,
15:07hoje,
15:08atualmente está circulando
15:10um hidrogel
15:11que cura a artrose.
15:12Exato.
15:13Realmente são coisas
15:14perigosas, né?
15:16E principalmente essa coisa do
15:17escutei, vi no Instagram,
15:19escutei na internet,
15:20ou antigamente
15:21era só do vizinho, né?
15:22Mas são coisas perigosas
15:25porque realmente
15:26eu já ouvi casos
15:27inclusive de remédios
15:28naturais,
15:29entre aspas,
15:30que melhoraram super
15:32a dor da pessoa
15:33a ponto de a gente estranhar,
15:34mandar analisar
15:35e tinha corticoide no remédio, né?
15:37Então,
15:38tem que tomar cuidado.
15:39Pois,
15:39quando você com a minha mãe,
15:40ela comprava um remedinho
15:41e nada tirava a dor dela.
15:44Aí veio uma matéria
15:46dizendo que esses remédios
15:47tinham corticoide.
15:48mas muitos falam,
15:50por exemplo,
15:50eu vejo,
15:51ah,
15:52cúrcuma,
15:52magnésio,
15:54ora pronópolis,
15:55toma isso e tira a sua dor.
15:57Não,
15:58tem seu espaço.
15:59A cúrcuma é um
16:00anti-inflamatório
16:01natural, né?
16:03Você tem algumas substâncias
16:04que são condoprotetores
16:06que tem uma ação,
16:07assim,
16:07tem uma ação.
16:08Em estágio inicial?
16:09Principalmente em estágio inicial.
16:11Então, assim,
16:12e em conjunto
16:13com outras medidas, né?
16:14Sozinho?
16:15Então,
16:15se eu falar assim,
16:15toma essa cúrcuma aqui
16:16que está solucionada
16:17a sua artrose,
16:18é um erro.
16:18Mas, assim,
16:19eu acho que ela pode entrar
16:20como um adjuvante
16:22num contexto maior
16:24de tratamento.
16:25Eu acho que a gente,
16:25não é que assim,
16:26não serve para nada proibido.
16:27Eu acho que eles servem
16:28para alguma coisa,
16:29eles têm a sua ajuda.
16:30Você,
16:31nesse nosso papo aqui,
16:32você trouxe
16:33quantas variáveis
16:34a gente tem que mexer
16:35e um pouquinho em cada uma
16:37para ter um resultado melhor.
16:39E aí,
16:40você tem um problema grande
16:42e aparece alguém
16:43oferecendo uma opção
16:45muito simples
16:46com uma coisa só,
16:48tem que desconfiar, né?
16:49Tem que entender
16:50o que funciona
16:51para você
16:52dentro do seu dia,
16:53adaptar,
16:54procurar um bom profissional
16:55para fazer esse controle.
16:57Exato.
16:58É,
16:59acho que tudo, né?
16:59Na vida,
17:00não tem o atalho fácil
17:02e, principalmente,
17:03quando a gente fala
17:03de artrose,
17:04eu falo que parece que
17:05a gente está falando
17:06ah, chegou a cura do câncer,
17:08porque a cura da artrose
17:09realmente é uma coisa
17:10que não existe,
17:11talvez nunca vai existir, né?
17:12célula-tronco.
17:14Então,
17:15células-tronco são,
17:16a palavra,
17:17ela traz para a gente
17:18uma,
17:19quase que uma fantasia
17:20na cabeça, né?
17:21Uma fantasia
17:21que eu vou colocar
17:22um negócio aqui
17:23que vai refazer
17:23meu joelho.
17:25Aí eu fico me perguntando
17:26e aqueles bicos
17:27vão para onde?
17:28Então,
17:29eu acho que
17:30existem, né,
17:31tratamentos.
17:32Hoje até
17:32a nomenclatura
17:33célula-tronco
17:34já foi colocada
17:35um pouquinho em xeque.
17:36O próprio Arnold Kaplan
17:39que quem cunhou isso aí
17:40agora ele achou melhor
17:41chamar de células medicinais
17:43porque realmente
17:44elas não têm
17:45a capacidade
17:45de virar a cartilagem
17:46mas elas podem ajudar.
17:48Então,
17:48existem tratamentos
17:49com células medicinais,
17:50com plasma rico em plaquetas,
17:53os ortobiológicos.
17:53Esse plasma rico em plaquetas
17:55ele também pode fazer parte
17:57em algum momento
17:58desse tratamento?
17:59Com certeza pode.
18:00São tratamentos
18:01que têm, assim,
18:03tratamentos biológicos
18:04injetáveis.
18:05eles ajudam,
18:07eles melhoram sintomas,
18:08eles melhoram o inchaço,
18:10eles melhoram
18:11o ambiente articular.
18:12Então,
18:13eles têm seu papel,
18:14mas, de novo,
18:15em casos
18:16de determinado nível
18:18você não vai pegar
18:19o joelho
18:20que nem você tinha
18:21que era super deformado
18:22e o plasma rico em plaqueta
18:24transformar num joelho bom.
18:26O seu joelho
18:26era de prótese,
18:27entendeu?
18:28Então,
18:28acho que, assim,
18:29aí o bom ortopedista
18:30ele vai entender
18:31qual caso é
18:32a necessidade
18:34e pode lançar a mão
18:35desses tratamentos.
18:36Mas nada milagroso.
18:38Se você achar
18:38que vai fazer
18:39um ortopiológico
18:40e vai curar
18:41a sua artrose
18:43também não vai.
18:44O mais importante
18:44é saber
18:45que independente
18:46da fase que você está,
18:48se no estágio inicial
18:49de desgaste,
18:51no intermediário
18:52ou no avançado,
18:53hoje a medicina
18:54te dá ferramentas
18:56para que você
18:57restabeleça
18:57sua qualidade de vida.
18:59É por aí.
19:00Isso.
19:00E de repente
19:01você vai fazer
19:01um tratamento
19:02por infiltração
19:03que vai te deixar
19:04um período sem dor
19:05para você voltar
19:06para a academia,
19:06voltar para um esporte.
19:08E aí,
19:08nesse tempo de esporte,
19:09você já não precisa
19:10mais do injetável
19:11porque você já,
19:13com o esporte,
19:13já superou esse problema.
19:14Você já conseguiu
19:15resolver isso?
19:16Então, com certeza,
19:17a gente usa as ferramentas,
19:18mas o ideal
19:19é propiciar
19:20que o tratamento
19:21principal seja feito,
19:23que é o emagrecimento
19:25e a atividade física.
19:26Bom,
19:27a gente falou muito aqui
19:28de desgaste de joelho
19:30e tal.
19:31E quando você tem
19:32aqueles desgastes
19:33nos discos da coluna,
19:35isso também é uma desidratação,
19:37também é um desgaste
19:38dessa cartilagem?
19:39Sim.
19:40Chamado
19:41bico de papagaio.
19:42Bico de papagaio.
19:43No joelho tem o biquinho,
19:44mas na coluna
19:45a gente chama de papagaio.
19:47Sim,
19:48a coluna também tem desgaste,
19:49também tem artrose,
19:50os discos desidratam,
19:52que a gente chama
19:52de discopatia,
19:53doença do disco.
19:54Agora a coluna,
19:57ela é um pouquinho diferente
19:59porque isso é mais natural ainda.
20:02Eu, graças a Deus,
20:03não tenho nenhuma dor na coluna.
20:04Se eu fizer um exame,
20:05uma ressonância,
20:06um raio-x da minha coluna,
20:07vai aparecer bico de papagaio.
20:08Com certeza absoluta.
20:10Então a coluna é um pouquinho mais...
20:12Eu até passaria essa mensagem
20:14para o leigo.
20:15Às vezes o leigo faz um exame
20:16de coluna e fala...
20:19Tô ferrado.
20:19Tô ferrado,
20:20vou precisar trocar essa coluna.
20:22A coluna é o que mais existe
20:24uma dissociação
20:25entre imagem e sintomas.
20:27Então,
20:28às vezes você tem
20:28pessoas cheias de bico de papagaio
20:31que não tem dor nenhuma.
20:32E você tem pessoas,
20:33às vezes,
20:33com uma coluna melhorzinha
20:34que estão morrendo de dor.
20:35E adivinha qual que é a diferença
20:37dessas pessoas?
20:38É se elas são fortes,
20:39principalmente musculatura
20:40paravertebral ali,
20:42e se elas são magras.
20:43Geralmente a pessoa
20:43que tem uma musculatura firme ali,
20:46musculatura do tronco,
20:48ela não vai ter dor,
20:49vai ter um controle melhor.
20:50E aí
20:55o
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