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Após a derrota com a MP do imposto, o Governo Federal sinalizou a líderes que vai tentar recompor a base para avançar com outras agendas no Congresso Nacional. A repórter Victoria Abel detalha o assunto. Acompanhe a análise de João Belucci em Tempo Real.

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00:00Gente, após a derrota do governo com a MP do Imposto, o governo sinalizou a Lidres que vai tentar recompor esta base para avançar com outras agendas no Congresso Nacional.
00:13Vamos então a Capital Federal conversar com a Vitória Abel ao vivo, que vem com informações sobre essa nova articulação do governo, que seria quase que recalcular essa rota, Vitória?
00:24É isso mesmo, Bruno. Boa tarde para você, para a Márcia e para todos que nos acompanham.
00:33O governo tem sido, já tem recebido recomendações de líderes de centro que é necessário moderar o tom, não ir para o enfrentamento, não permanecer nesse enfrentamento de Congresso, inimigo do povo, Congresso versus Executivo, se ele quiser continuar aprovando projetos de interesse do Executivo.
00:53Esse alerta também serviu para despertar no Palácio do Planalto e nos líderes próximos ali ao governo, próximos ao presidente Lula, a iniciativa de tentar reorganizar essa base governista.
01:07Por quê? A gente lembra que ainda existem necessidades do governo no Congresso Nacional e a gente cita aqui, por exemplo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026,
01:17que precisa ser votada, deve ser votada na semana que vem, e se o governo não tiver apoio, muito provavelmente deputados de oposição vão acabar incluindo ali uma série de penduricalhos na LDO,
01:30que é a matéria que coloca ali, que trabalha o cerne do orçamento do próximo ano.
01:36Além disso, o governo pensa o seguinte, já que a gente não consegue conversar com os presidentes dos partidos, com os comandos das legendas,
01:46para conseguir apoio e fidelidade dessas legendas, já que a entrega de ministérios não está funcionando,
01:54e já que os líderes dos partidos de centro acabam obedecendo as orientações dos presidentes,
01:59que são já presidentes dos partidos, que olham para 2026 e estão vendo os interesses eleitorais, qual é a solução, então?
02:09É trabalhar deputado a deputado, é trabalhar um convencimento individual dos parlamentares
02:15para tentar atrair eles novamente para a base governista e tentar garantir uma fidelidade deles nas votações com o governo.
02:23Então, o que os líderes governistas, junto com o Planalto, querem fazer nos próximos dias
02:27é abrir a lista mesmo de todos os deputados dos partidos de centro,
02:32identificar quem tem um perfil de maior negociação,
02:36quem tem a possibilidade de, ainda tem uma simpatia pelo presidente Lula, por exemplo,
02:41e tem a possibilidade de votar junto com o governo e já colocar esse deputado na lista ali de fidelidade.
02:48É um trabalho de formiguinha, mas vai ser o necessário,
02:51já que o governo não pode somente contar com as lideranças,
02:54os cabeças dos partidos de centro que estão olhando ali para 2026
02:59e fazem um trabalho muito alinhado já com a oposição ao presidente Lula.
03:05A gente também pontua que isso é importante, essa recomposição da base,
03:10justamente para o governo tentar tapar o buraco que se abriu aí,
03:14o rombo fiscal que se abriu no ano que vem,
03:17com a rejeição da medida provisória que taxava as aplicações financeiras.
03:21Vamos lembrar que na semana passada o Congresso nem votou,
03:25a Câmara acabou aprovando o requerimento de retirada de pauta,
03:28rejeitando, portanto, a apreciação da medida provisória
03:32que previa essa taxação de aplicações financeiras,
03:35que costumam ser aplicações feitas pelos mais ricos,
03:39como títulos, ações de mercado.
03:41Essa taxação podia ficar em cerca de 18%
03:44e nessa mesma medida provisória também tinha o aumento da taxação das BETs,
03:50dos sites de apostas.
03:53O que o governo olhou, então, para essa derrota
03:55é estar pensando já em alternativas para tapar esse buraco,
03:59esse rombo que pode ficar em cerca de 30 bilhões de reais por ano que vem.
04:04Entre as alternativas discutidas estão a publicação de decretos
04:10que possam trabalhar com o aumento de impostos,
04:13aqueles impostos chamados regulatórios,
04:15que não dependem de aval do Congresso,
04:17que apenas ali na canetada o governo consegue fazer um aumento,
04:20e são eles, por exemplo, o IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras,
04:24e também o Imposto de Importação.
04:27O governo também estuda da onde pode cortar despesas por ano que vem.
04:31E, por último, o líder do PT, Lindbergh Farias,
04:34apresentou ontem um projeto de lei que prevê o aumento de taxação das BETs,
04:40mesma coisa que a medida provisória também previa.
04:43Só que o Lindbergh quer aumentar de 12% o imposto hoje cobrado
04:47sobre as receitas dessas empresas para 24%.
04:51A medida provisória previa um aumento de 12% para 18%.
04:55Qual é a questão?
04:56O Ministério da Fazenda ainda não se posicionou sobre esse projeto do Lindbergh,
05:00e uma questão é que um projeto de lei precisa justamente
05:04dessa base governista organizada e fiel para avançar.
05:09O que eu ouvi de aliados do presidente Lula próximos aqui no Palácio do Planalto
05:14é que não dá para você tocar um projeto sem ter a certeza
05:17de que você vai ter a base para levar ele para frente.
05:20Então, primeiro, é necessário arrumar a casa antes de tocar qualquer projeto de lei
05:25que dependa da maioria do Congresso Nacional, Bruno e Márcia.
05:29A gente segue acompanhando a Vitória Abel na Capital Federal,
05:34de olho nessa articulação do governo.
05:36João Bellucci, se o governo vai tentar recompor, vai recalcular essa rota,
05:41é um sinal que o governo entendeu que, se está em alta aqui nas ruas,
05:47lá dentro do Congresso, enfrenta dias difíceis, né?
05:50Pois é, Bruno.
05:51Você vê que o governo ficou super feliz com a aprovação do imposto de renda,
05:54praticamente por unanimidade.
05:55bastante feliz, elogiou o parlamento, falou que o parlamento teve sensibilidade.
06:01Agora, quando o parlamento vai lá e veta esse aumento de impostos,
06:04especialmente do IOF, questão das bets,
06:07aí o governo faz um discurso, vocifera bastante contra o parlamento.
06:11É evidente que não há uma clareza da base do governo.
06:13Tivemos agora o desembarque do União Brasil e do PP,
06:16o Partido Progressistas, que formou uma federação,
06:20a União Progressistas, que, em tese, já se equivoca de largada ao querer se alinhar à direita,
06:26sendo que o nome do partido é o próprio Partido Progressista,
06:28que é uma palavra sabidamente conhecida dos campos da esquerda.
06:31Então, o partido já é centrão, de fato, essa nova federação.
06:35E o centrão não se incomoda se o governo é de esquerda, de direita, de centro.
06:39Ele está sempre ali no governo.
06:40E agora, esse desembarque, me parece que o União Brasil e o PP
06:43sentiram que a tendência era de derrota para o Lula.
06:46E agora, com esses novos ventos, essa malegada popularidade do Lula por pesquisas,
06:51eles estão na dúvida.
06:51Pô, será que a gente fez o certo de sair ou deveria ficar?
06:54Então, dá um desembarque muito estranho.
06:56Lembrando que também os próprios ministros,
06:58foi o desembarque mais lento da história,
07:00tanto do Fufuca nos esportes, quanto do Sabino no turismo.
07:03Eles demoraram, demoraram o quanto podiam.
07:06Eles estavam certamente ali no cargo, visando a eleição,
07:09provavelmente, para o Senado Federal.
07:11Agora, João, da onde o dinheiro, então, vai sair para fechar essa conta,
07:16já que realmente o governo aprovou essa medida do imposto de renda,
07:20da isenção até 5 mil reais.
07:23E agora, vão propor projetos, tanto de taxação das BETs,
07:27como ontem o secretário de comunicação do PT falou para a gente também,
07:32cortes de medida, de medida não, de emenda, perdão.
07:35E tem também ali as fintechs, que também podem ser taxadas.
07:40Quais desses planos você acredita que podem passar?
07:44Que pode ser a melhor saída?
07:46Olha, Márcio, eu acredito que se o governo focar especialmente na questão das BETs
07:50e das fintechs, teria um grande apelo popular,
07:53não similar ao do imposto de renda,
07:55mas um apelo popular no sentido de,
07:56as BETs necessitam ser taxadas até pela questão do vício que gera,
08:01um problema de saúde pública imenso para o país.
08:03E, curiosamente, muito mais no Brasil do que em outros países.
08:06As BETs aqui realmente dominaram o mercado,
08:08seja no próprio mercado formal do esporte,
08:11patrocinando os times.
08:13As BETs são as maiores patrocinadoras dos times do Campeonato Brasileiro,
08:16patrocinam o próprio campeonato,
08:18todos os campeonatos em vigor têm patrocínio das BETs,
08:21então elas realmente estão alastradas.
08:23Acho que esses dois pontos talvez sejam os mais simpáticos para o governo
08:26conseguir apoio na população, não no Congresso,
08:28porque é uma grande dificuldade.
08:30Agora vamos lembrar que a oposição não conseguiu fazer um contraponto
08:33nessa questão do imposto de renda,
08:35até no sentido de aumentar o valor.
08:37Em vez de 5 mil, vamos dar isenção para 10 mil, 15 mil?
08:40Seria um contraponto bastante interessante,
08:42mas a oposição acabou não fazendo.
08:45Agora o Lula tem essas bases de cálculo para buscar.
08:47Toda operação financeira de movimentação de capital,
08:50em tese, constitui uma base de cálculo
08:52para tarifação ou para taxação.
08:54E o Haddad deixou isso bem claro,
08:55que ele está buscando atividades econômicas
08:58onde não há taxação.
08:59Então, quem tem alguma atividade aqui hoje,
09:01é isento ou alíquota é zero,
09:03fique preparado, porque pode ser o seu setor
09:05que vai ser taxado para cobrir esse buraco.
09:08Obrigada, João Belu.
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