A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o melhor patamar de 2025, com 48% de avaliação positiva, segundo levantamento Genial/Quaest. A desaprovação soma 49%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, indicando empate técnico. Cristiano Vilela e Luiz Felipe D'Avila comentaram. Comentaristas: Cristiano Vilela e Luiz Felipe D'Avila
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00:00Nove horas e treze minutos agora, a pesquisa Quest de hoje mostra que a aprovação ao governo Lula
00:05voltou a empatar dentro da margem de erro com a desaprovação.
00:11Quarenta e nove por cento dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto que quarenta e oito por cento aprovam.
00:19Esta é a primeira vez desde janeiro que há empate entre os dois indicadores.
00:23No início do ano, quarenta e nove por cento desaprovavam Lula. Já a aprovação era de quarenta e sete por cento.
00:30A diferença de um ponto é a menor desde dezembro de dois mil e vinte e quatro, quando a aprovação era maior que a desaprovação.
00:38A pesquisa ouviu presencialmente dois mil e quatro brasileiros aptos a votar, ou seja, com dezesseis anos ou mais, entre dois e cinco de outubro.
00:46Margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança de noventa e cinco por cento.
00:54É assunto para a gente ouvir também os nossos analistas de hoje.
00:56Luiz Felipe Dávila e Cristiano Vilela estão com a gente.
01:00Dávila, aqui a gente pode acreditar essa nova pesquisa com esse empate técnico entre aprovação e desaprovação,
01:11mas claro, indicando que a aprovação subiu um pouco mais.
01:14É verdade. E aí duas coisas ajudaram o governo.
01:19Primeiro foi a conversa com Donald Trump e essa percepção de que as tarifas poderiam ser reduzidas.
01:26E segundo foi o apoio desastroso da oposição a tal da PEC da blindagem, ou seja, aquela PEC oral que permitiria parlamentares envolvidos em atividades criminosas não serem mais investigados pelo Supremo.
01:44E o governo aproveitou essas duas coisas para mostrar a sua visão moralista, porque votou contra a PEC da blindagem, e agora a questão de Donald Trump.
01:54O fato é que a oposição está perdendo grandes oportunidades para mostrar o desastroso governo que vivemos,
02:02com a maior taxa de juros dos últimos 20 anos, com recorde de inadimplência, 80 milhões de brasileiros inadimplentes,
02:10com a taxa, a taxação mais alta entre os países emergentes.
02:16É impossível hoje produzir e investir no Brasil.
02:19E agora querem aprovar essa medida, Nath, de aumentar imposto, que vai taxar investimento.
02:24Onde é que já se viu taxar investimento?
02:26Investimento devia ser longe de ser taxado, devia ser encorajado, apoiado.
02:33Então, realmente, há dois Brasis.
02:36O Brasil que produz, investe e trabalha está muito descontente com o país com taxa de juros gigantesca,
02:44inadimplência gigantesca e crédito cada vez mais caro.
02:48E o Brasil, que depende de ajuda do governo, esse está aplaudindo.
02:52É esta a divisão que mostra a pesquisa.
02:56Aqueles que vivem das tetas do governo aplaudem, aqueles que vivem do mercado condenam.
03:03Agora, Vilela, a concretização da retirada das tarifas impostas aqui ao Brasil,
03:07em meio à negociação entre Trump e o presidente Lula, pode melhorar ainda mais a popularidade do presidente Lula.
03:13Exatamente. Caso realmente tenha um desfecho positivo, o presidente Lula sairá fortalecido,
03:21tal como já se fortaleceu ao longo desses últimos meses, desde que se iniciou a crise do tarifas em relação aos Estados Unidos.
03:29Agora, isso não é suficiente para garantir o sucesso eleitoral nas eleições de 2026,
03:35que vão ocorrer exatamente daqui a um ano.
03:37Portanto, tem muito tempo e todo esse vigor obtido agora com a crise do tarifácio,
03:44ele não tem capacidade de se manter.
03:46É verdade que o governo Lula, ele está organizando uma série de boas notícias,
03:52uma série de benesses gastas, custeadas com recurso público,
03:57para que possa, ao longo desse último ano, fazer realmente com que o seu nome esteja em evidência.
04:03Agora, é necessário ainda que a oposição, ela tenha uma leitura real da situação e se articule de modo a conseguir fazer
04:14com que haja uma força unificada capaz de parear as forças, as armas com o presidente da república.
04:22O presidente, ele tem uma força eleitoral que é significativa,
04:26mas ele também tem uma rejeição muito significativa.
04:30Então, a oposição, sabendo construir, sabendo agregar, especialmente através do centro,
04:36eu vejo que tem capacidade de fazer com que essa disputa, ela fique balanceada
04:40e ela possa pender para o lado que conseguir se articular melhor.
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