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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes, e votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus da ação envolvendo os atos do 8 de Janeiro. Com a decisão, o placar do julgamento está em 2 a 0 pela condenação. Os comentaristas do 3 em 1 discutiram sobre o assunto.

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Transcrição
00:00Estamos de olho no julgamento do Supremo Tribunal Federal e o ministro Flávio Dino acabou de dar o seu voto
00:04seguindo o relator ministro Alexandre de Moraes, mas já indicando que pode sinalizar penas mais brandas
00:12em relação ao que é apontado pelo ministro Alexandre de Moraes, em relação a três personagens.
00:17General Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e trazendo também Alexandre Ramagem.
00:24As outras figuras, no caso, o ministro Flávio Dino deve acompanhar aquilo que é apontado pelo ministro Alexandre de Moraes.
00:32E tem uma questão muito importante. Ele coloca Jair Bolsonaro e General Braga Neto como os principais articuladores e líderes do plano golpista
00:43que agora está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal.
00:47Aqui comigo já estão os nossos amigos do 3 em 1, também acompanhando tudo e preparados para trazer as suas análises e informações
00:53sobre todos os votos e participações de ministros que acompanhamos até aqui.
00:58Tivemos uma longa explanação do ministro relator Alexandre de Moraes, que começou pela manhã e terminou agora na metade da tarde,
01:06e em seguida o voto, então, do ministro Flávio Dino.
01:09Agora o Supremo Tribunal Federal faz mais uma pausa, o que é interessante também para a gente poder te, digamos assim,
01:15colocar a par de tudo aquilo que você precisa acompanhar com opinião crítica sobre a maneira como os ministros têm se posicionado
01:22em relação a esse processo de Jair Bolsonaro e outros sete réus.
01:27Eu acho que tem um termo muito importante que a gente precisa colocar aqui.
01:30Fábio Piperno, Alan Gani, boa tarde para vocês.
01:33Bruno Musa, Zé Maria Trindade também estão conosco à distância.
01:37Muito boa tarde para vocês.
01:38Se der para a gente fazer aquela tela cheia, já dividimos, então, as opiniões e trazemos aqui as informações.
01:44Eu acho que tem um termo principal que nós precisamos manter o olhar para,
01:49diante do que foi colocado pelo ministro Alexandre de Moraes e também pelo ministro Flávio Dino,
01:55atos executórios.
01:56Os ministros repetiram esse termo dezenas de vezes ao longo de sua argumentação ou de suas argumentações.
02:06Por quê?
02:08Diferentemente do que tenta pregar a defesa dos réus e também muitas análises de juristas que acompanhamos ao longo dos tempos aqui,
02:16desde que esse processo começou a ser avaliado ali no Supremo Tribunal Federal,
02:20muito se fala que Jair Bolsonaro e seu grupo apenas cogitaram um ato golpista.
02:27E em alguns momentos teriam até planejado situações que pudessem levar ao ato golpista,
02:33mas não executado nenhuma função para que houvesse a abolição do Estado Democrático de Direito.
02:40O que o ministro Alexandre de Moraes coloca é o oposto,
02:44que todas as mensagens, participações, menções, questionamento das urnas eletrônicas,
02:52atos de 7 de setembro, lives feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro,
02:57serviram como atos executórios que preparavam aquela cúpula para um plano golpista
03:05que levasse à abolição do Estado Democrático de Direito.
03:08E o ministro Flávio Dino acompanha o relator nesse sentido.
03:12E aí eu quero saber de vocês qual a avaliação de vocês sobre o que eles apontam como execução
03:18e o que muitos dizem que seria apenas cogitação, no máximo planejamento.
03:23Alangani.
03:25Olha só, Evandro, ele coloca ali os atos preparatórios como atos executórios.
03:32Alguns deles, de fato, houve uma ligação de Jair Bolsonaro, outros não.
03:39Então, quando a gente fala de uma live, de um questionamento de urnas,
03:42a gente está colocando ali Jair Bolsonaro como o responsável do ato preparatório, certo?
03:51Do ato executório, melhor dizendo.
03:54Agora, por outro lado, quando se fala de eventos, de invasões, de paralisação dos caminhoneiros,
04:02não há uma prova material concreta que ligue isso a uma ordem de Jair Bolsonaro.
04:08De qualquer modo, a gente tem que se ater ao que é tipificado como tentativa de golpe.
04:16Então, um ato executório por si só, por exemplo, uma reunião, não seria uma tentativa de golpe.
04:25Por quê, Evandro?
04:26Porque a tipificação da tentativa de golpe de Estado teria o uso da violência ou grave ameaça.
04:34Em nenhum momento houve o uso da violência ou grave ameaça.
04:40Grave ameaça não no sentido de risco, mas no sentido de comunicar, fazer o mal a alguém para conseguir uma vantagem.
04:48Então, não houve isso.
04:50Portanto, esses atos preparatórios não seriam crime.
04:55Pessoal, agora cinco horas e cinco minutos.
04:57A gente mostrou há pouco os ministros saindo no plenário.
05:00Não é uma pausa, mas um encerramento do julgamento nesta terça-feira.
05:05Então, o julgamento só será retomado amanhã, a partir das nove horas da manhã, com o voto do ministro Luiz Fux.
05:12Diante da quantidade de tempo que o ministro relator Alexandre de Moraes levou para apresentar os seus argumentos,
05:20somente o ministro Flávio Dino concluiu o seu voto nesta terça-feira e haverá continuidade, então, a partir de quarta-feira, nove horas da manhã.
05:27E é por isso que aqui no 3 em 1 a gente vai ter a possibilidade e o privilégio também de analisar até agora o que os ministros trouxeram
05:34e te preparar para o que está por vir nesta quarta-feira.
05:38Piper, atos executórios ou cogitação?
05:41Quero ouvir a tua análise.
05:42Bem-vindo.
05:44Obrigado, Evandro.
05:45Boa tarde.
05:45Bom, inicialmente, eu sinto que, a partir do primoroso voto do ministro Alexandre Moraes,
05:55eu me sinto até com um aval para as teses que eu defendi desde janeiro de...
06:03Aliás, desde o final de 2022.
06:05Por quê?
06:06Porque eu sempre entendi que havia conexões entre vários atos em diferentes momentos
06:17e essa trama golpista não se limitava, obviamente, ao 8 de janeiro.
06:24Disse isso aqui centenas de vezes.
06:26Então, o ministro Alexandre Moraes, por exemplo, ele cita o caso do então ministro da Defesa,
06:37Paulo Sérgio Logueira, que, como chefe daquele grupo das Forças Armadas que fazia parte da comissão eleitoral,
06:48ele faz com que esse grupo redija lá um relatório, a pedido, inclusive, do presidente Bolsonaro,
06:56apontando que o processo eleitoral não havia sido fraudado, porém, não havia como constatar a impossibilidade de fraudes.
07:12O que, evidentemente, o ministro classificou como algo absolutamente aviltante,
07:22uma vez que foi um jogo, se tratou de um jogo de palavras para lançar dúvidas
07:27em um momento em que grande parte do país estava disposta a tomar atitudes mais radicais.
07:36E aí, o que significa isso?
07:38Isso faz parte de uma urdidura golpista, de uma trama golpista,
07:44e é um ato que se conecta aos outros.
07:47Então, esse ato, ele não é simplesmente um ato preparatório,
07:53ele é, sim, a execução de parte do plano.
07:57Coisa que, aliás, o Flávio Dino, o filme-ministro Flávio Dino,
08:01no seu voto, ele classifica muitas dessas ações como atos atentatórios,
08:10ou seja, que são atos de tentativas, se bem ou mal sucedidos, era uma outra história.
08:17Mas, por exemplo, quando há uma vigilância aos trajetos, por exemplo,
08:27que os ministros do STF faziam, quando há esse tipo de monitoramento,
08:35isso, obviamente, é também um ato executório.
08:38Por quê? Porque faz parte da trama.
08:41E o ministro, Alexandre Moraes, ele especifica não apenas isso,
08:45como ao final do seu voto, ele aponta o presidente Bolsonaro
08:49como o chefe de uma organização criminosa.
08:53Fala, Gani.
08:53Piperno, mas todos esses atos executórios que você exemplificou,
08:58por exemplo, o monitoramento ou reunião,
09:01não há o uso da violência e não há a grave ameaça,
09:06ou seja, comunicar, fazer o mal a alguém.
09:09Portanto, se enquadraria como um ato preparatório e não executório à luz da lei.
09:15Agora, eu quero trazer para vocês o que o ministro Alexandre de Moraes colocou
09:19sobre as penas que serão aplicadas e para quais crimes esses réus vão responder,
09:24para depois a gente fazer uma comparação também com o que trouxe o ministro Flávio Dino
09:28e chamar os nossos amigos que estão conectados conosco,
09:30Zé Maria Trindade e Bruno Mousa. Por quê?
09:33O ministro Alexandre de Moraes coloca que Jair Bolsonaro deve ser condenado por
09:36organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito,
09:42tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União,
09:46deterioração de patrimônio tombado.
09:48Colocando Jair Bolsonaro como o líder de todo esse grupo do núcleo crucial
09:53que agora está no banco dos réus no Supremo Tribunal Federal.
09:55Vamos para a próxima. Pode trazer aqui na tela para a gente.
09:59A mesma coisa se aplicaria aqui para o Mauro Cid, porém, a gente lembra que
10:05Mauro Cid fez a delação premiada, então pode ser que haja mudanças em relação
10:09à dosimetria e as penas que serão aplicadas a ele por causa desse acordo,
10:13que foi inclusive questionado pela Procuradoria-Geral da República,
10:16mas que a gente saberá que tipo de decisão que os ministros na primeira turma vão tomar
10:21em relação ao que foi apontado pela PGR e se vão acatar de fato
10:25tudo aquilo que foi negociado com o Mauro Cid lá atrás,
10:28após os questionamentos de que ele não teria cumprido com todas as regras da delação.
10:33Algo, aliás, que é questionado também pelas defesas dos réus.
10:36Próximo.
10:37A mesma coisa vai se aplicando a todos os réus.
10:40Braga Neto.
10:41Vamos para a próxima.
10:42Vamos passando um por um aqui já na sequência,
10:43porque eu já trouxe os detalhes sobre as penas.
10:46Augusto Heleno.
10:48Vai lá. Pode seguir.
10:49Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa.
10:53Anderson Torres também e Almir Gagnier.
10:58Temos aqui, então, Alexandre Ramagem.
11:01Aqui fechamos os oito, né?
11:02Fechamos os oito?
11:03Bom, nesse caso do Alexandre Ramagem,
11:06há ali os crimes que seriam aplicados,
11:08mas a gente sabe que no caso dele há uma situação diferente
11:10por causa da decisão tomada no Congresso,
11:12então Alexandre Ramagem responderia por dois crimes.
11:15Mas, ok.
11:16Além de Alexandre Ramagem,
11:18o que a gente percebe ali no voto de Flávio Dino
11:20que é diferente do que traz o ministro Alexandre de Moraes,
11:23que ele, general Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
11:26poderiam ter penas menores em relação aos outros condenados,
11:30porque o ministro Flávio Dino entende que a participação deles,
11:34embora tenha sido preponderante para os crimes que são apurados,
11:39eles não tiveram o mesmo protagonismo que os outros réus,
11:42principalmente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Neto.
11:51O pessoal estava perguntando do Ramagem aqui.
11:52Ramagem era diretor da BIM à época,
11:56então por isso que ele entra também,
11:57exatamente por causa da atuação da BIM Paralelo.
12:00O que a gente tem aqui na tela?
12:01Desculpa.
12:02Ah, tá.
12:03Era a imagem do Ramagem ali.
12:04Beleza, vamos lá.
12:05Deixa eu seguir aqui.
12:06E aí, Zé Maria Trindade,
12:08o ministro Flávio Dino já indica que esses três,
12:10eles podem ter uma dosimetria diferente em comparação com os outros.
12:14Já o ministro Alexandre de Moraes, tirando o Alexandre Ramagem,
12:18coloca todos já num combo de grande atuação e protagonismo.
12:22E aí a Janaína Camilo estava trazendo aqui na nossa redação
12:25alguns, digamos assim, algumas reações dos advogados e das defesas
12:30ao perceber as falas do ministro Flávio Dino.
12:33Eles bastante apreensivos,
12:34outros em alguns momentos indicando certo alívio
12:37pela possibilidade de uma redução de penas
12:39diante do que o ministro Flávio Dino considera
12:42uma atuação que não seria do primeiro grupo,
12:46mas em segunda escala.
12:47E aí eu quero saber de você, meu amigo,
12:49o que a gente pode esperar dessas situações
12:52e se você entende que, de fato,
12:54Braga Neto e Bolsonaro estavam ali no primeiro pelotão
12:58e estes vieram na sequência?
13:02Olha, o andamento desse julgamento mostra
13:05que já há um consenso ali de que houve pelo menos a tentativa.
13:09É constrangedor saber que houve no Brasil
13:13uma tentativa, uma organização,
13:16para tentar roubar a nossa liberdade,
13:19a nossa liberdade de expressão e assim por diante.
13:22Porque um golpe de Estado se dá
13:24e a partir daí é o fechamento de tudo.
13:27Mas foi só a organização,
13:30foi um pensamento de alguns ali
13:32e que não houve, na verdade, prática.
13:34Estou com o Ala.
13:35Houve organização,
13:37nenhum dos advogados de defesa,
13:40ou seja, as defesas,
13:41porque o advogado não existe sozinho,
13:43sem o réu,
13:44os dois são a mesma coisa,
13:46não houve ninguém que dissesse no Supremo,
13:49olha, não houve organização,
13:51não houve tentativa e não houve,
13:53vamos dizer, planejamento.
13:55Houve, mas daí, a colocar em prática,
13:58o que está acontecendo
13:59é um duplo salto encarpado jurídico
14:02e não uma samambaia
14:04na tentativa de mostrar
14:06que uma interligação que não existe.
14:08Não há interligação dos atos
14:10do dia 8 de janeiro
14:12com esta organização,
14:15com estas reuniões,
14:17nenhum desses que serão condenados agora
14:20foram, no dia 8, insuflar as massas
14:23ou mandaram representantes
14:25não tem absolutamente nenhum documento
14:28que indica que essas pessoas
14:30que estão sendo agora
14:31serão condenadas,
14:32já são dois votos,
14:33só falta um
14:34e esse voto está garantido.
14:36Nenhum deles participou
14:37do dia 8 de janeiro,
14:39não há essa interligação,
14:41então não há a possibilidade
14:43de tentativa,
14:45e sim a organização.
14:47Eu considero constrangedor,
14:49considero muito grave
14:51que alguém tenha pensado
14:53nessa possibilidade
14:55de quebrar a Constituição,
14:57de rasgar a Constituição
14:58e de nos prender,
15:00nos prender
15:01num regime fechado.
15:03Mas não houve crime
15:04e o que está acontecendo,
15:06na verdade,
15:07é uma forçação de barra
15:08para fazer esta interligação.
15:11Há uma preocupação, sim,
15:13com a iniciativa da população,
15:16com o que pensa a população.
15:17A gente vê isso claramente,
15:19eu acompanho os votos
15:21de ministros do Supremo,
15:22que na verdade não são votos,
15:23são sanções,
15:25são condenações,
15:28e eu não vejo
15:29esse rigor jurídico
15:32dos outros julgamentos.
15:34Há uma popularização
15:35e uma linguagem mais popular
15:38para se explicar
15:39do que está acontecendo.
15:42Por exemplo,
15:43o relator,
15:44o ministro Alexandre de Moraes,
15:46diz que não é vítima
15:48nesse processo,
15:48que a vítima é o Estado.
15:50É um raciocínio
15:51que se a vítima é o Estado,
15:53não haveria quem julgar,
15:54a não ser o funcionário público
15:56que representa o Estado.
15:58Então ele não se considera vítima,
16:01se afastando
16:02e tirando alguns argumentos
16:04do que pensa a população.
16:06Então é um julgamento, sim,
16:08que está ligado aí
16:09na opinião pública
16:10e na área política.
16:12Olha, me deixa atualizar
16:13aqui para vocês, então,
16:14Alexandre Ramagem,
16:15por conta daquela decisão
16:16tomada na Câmara
16:17em relação aos prazos
16:18até ele se tornar deputado
16:20e não.
16:21Então ele responderia
16:22por organização criminosa armada,
16:24tentativa de abolição violenta
16:25do Estado democrático de direito
16:27e entraria também
16:28golpe de Estado aqui.
16:29Os outros crimes
16:30pelos quais os outros respondem,
16:32então Alexandre Ramagem
16:33não estaria.
16:34E o próprio ministro Flávio Dino
16:35também traz, de certa forma,
16:37a possibilidade de abrandar
16:38a condenação
16:39ou a pena que ele entende
16:40para Alexandre Ramagem
16:42por perceber ou entender
16:43que ele pertenceria
16:45a um segundo pelotão.
16:46Piperno, eu vi que você
16:47discordou do Zé Maria Trindade.
16:48Por quê?
16:50Porque
16:50há, na minha avaliação
16:54e também dos ministros,
16:55sim,
16:56um encadeamento,
16:57uma conexão
16:59entre esses atos.
17:00Veja,
17:00o que está em julgamento
17:02não é apenas o 8 de janeiro.
17:04O 8 de janeiro
17:05foi o gran finale
17:07de toda essa urdidura.
17:10Mas, por exemplo,
17:12quando o partido político
17:15contrata uma auditoria
17:18para, de forma
17:20absolutamente ficcional,
17:23inventar que houve
17:24uma fraude
17:25em 48% das urnas,
17:28essa é mais uma etapa
17:30na tentativa
17:33de se,
17:35de caracterizar
17:37a fragilidade
17:39de um processo eleitoral.
17:41E isso foi,
17:42obviamente,
17:42pago.
17:43Houve a materialização
17:46do fato.
17:47Zé Maria Trindade,
17:47quer acrescentar algo?
17:50Sim,
17:50é porque não há realmente
17:51essa interligação.
17:53Eu não vejo,
17:55e se o Piperno tiver,
17:57o que aconteceu
17:59nesse cronograma,
18:00eles não se interligam.
18:02Não há como ligar
18:03o planejamento lá atrás.
18:06O Braga Neto
18:07já não estava mais
18:09na ativa.
18:11Os planejadores
18:12não foram
18:13no dia 8 de janeiro
18:15e precisa
18:16desta interligação
18:18para definir ali
18:19atos violentos
18:20e justificar
18:21a formação de quadrilho.
18:23Bruno Musa,
18:23o ministro Alexandre de Moraes
18:25também utilizou bastante
18:26do tempo dele
18:27para falar do plano
18:27Punhal Verde Amarelo.
18:29Mencionando que,
18:30sim,
18:30era um plano
18:31que poderia levar
18:32ou que tinha
18:33como planejamento
18:34as mortes
18:35daqueles que assumiriam
18:36o poder,
18:37inclusive do próprio
18:38ministro Alexandre de Moraes,
18:39e que o presidente
18:40Bolsonaro saberia disso,
18:42trazendo, então,
18:43trocas de mensagens
18:44e de áudios
18:45que indicavam
18:46que ele foi comunicado
18:47sobre o andamento
18:48desse plano.
18:49E o ministro Flavio Dino
18:50também faz uma alusão
18:52ao plano Punhal Verde Amarelo,
18:54utilizando até
18:55de uma ironia.
18:56Ele diz,
18:56o nome era
18:57Plano Punhal,
18:59não era
18:59Bíblia Verde Amarela,
19:01colocando, então,
19:02esse plano
19:03como algo também
19:05que garantiria
19:06o ato executório,
19:07ou seja,
19:08já estava em andamento,
19:09já havia documentos.
19:11E o que o ministro
19:11Alexandre de Moraes
19:12considera muito grave
19:13é que esses documentos,
19:16eles não estavam ali
19:17em diários,
19:17como ele também falou
19:18ironicamente.
19:19Eram documentos
19:20que tinham passagem
19:21pelo Palácio do Planalto,
19:23eram documentos
19:24que eram impressos
19:25na instituição
19:27governo federal
19:28à época de Jair Bolsonaro
19:29nas palavras do ministro
19:30Alexandre de Moraes.
19:32Como é que você avalia
19:33essas provas
19:34que são apresentadas
19:35na argumentação
19:37dos ministros
19:38e que tem a corroboração
19:39agora do ministro
19:40Flavio Dino?
19:41Bom, vamos lá.
19:43Primeiro,
19:44para ter as palavras
19:45do Alexandre de Moraes
19:46ou do próprio Flavio Dino,
19:48não passam nenhum tipo
19:50de surpresa
19:51com relação
19:52ao que nós estamos vivendo.
19:53É como muito bem
19:54colocou o próprio
19:55Zé Maria Trindade.
19:57Foram dois votos,
19:58falta um,
19:59ou seja,
19:59nenhum tipo de surpresa
20:01nesse cenário
20:02de condenação
20:03que, na verdade,
20:04todos nós já sabíamos
20:05há meses.
20:06Os próprios juízes,
20:08principalmente os dois
20:09que já votaram,
20:10fizeram até mesmo
20:11o favor de colocar
20:13fora dos autos
20:14o que não é permitido
20:15a sua sensação
20:17e, obviamente,
20:18acaba colocando
20:19o seu voto.
20:20Isso ficou muito claro,
20:21acho que não causa
20:22nenhum tipo de surpresa.
20:24Portanto,
20:25isso não surpreende,
20:27mas, obviamente,
20:28sobre o ponto de vista
20:28da Constituição,
20:30eu concordo muito
20:31com o que foi dito
20:32pelo Allan
20:33e pelo Zé Maria.
20:34Você se coloca
20:35como conjecturar,
20:38sentar,
20:39discutir se isso
20:41for um crime,
20:42a gente realmente
20:43muda por completo
20:44a Constituição.
20:45Eu acho que
20:46fazer qualquer tipo
20:47de defesa
20:48ao voto favorável
20:50a isso
20:50é puramente
20:51não defender
20:52a Constituição
20:53e colocar à frente
20:55a sua situação
20:55política e ideológica
20:57de cada um
20:57individualmente
20:58acima da Constituição.
21:01Veja,
21:01eu já fiz
21:01amplas críticas
21:03aqui à Constituição
21:04que eu discordo
21:04de grande parte dela,
21:06mas,
21:06se quisermos mudar,
21:07tem que fazer
21:08todo o processo
21:09que o rito legal
21:11para isso
21:12e não simplesmente
21:13valer para um lado
21:14e não valer para outro.
21:16Isso traz
21:16falta de segurança,
21:17falta de previsibilidade
21:18em contratos
21:19e não tem
21:20como um país
21:21crescer e se sustentar
21:22sem previsibilidade
21:24de contrato.
21:26Eu vou fazer aqui
21:26um detalhe,
21:27só um ponto,
21:28que eu discordo
21:29do que foi colocado
21:30nessas
21:31colocações
21:32em que
21:34houve
21:35uma tentativa
21:37de roubar
21:37a nossa liberdade.
21:38Ok,
21:39houve esse encontro,
21:40conversaram a respeito,
21:41concordo com o Zé Maria
21:42nesse ponto,
21:44mas isso não configura
21:45crime porque não houve
21:45ação,
21:46não houve violência,
21:47como muito bem disse
21:48o Alan,
21:50mas,
21:50quando a gente fala
21:51que isso nos causa
21:53surpresa,
21:54como é que nós também
21:55não nos demonstramos
21:56surpresos
21:57diariamente
21:58desde 2019,
22:0120,
22:02na tentativa
22:03não de roubar
22:04a nossa liberdade,
22:05mas sim na ação
22:06concreta
22:07por parte dos burocratas
22:08de roubar
22:09a nossa liberdade.
22:10As nossas liberdades
22:11já estão sendo
22:12roubadas
22:13diariamente.
22:14Pessoas têm medo
22:15de se posicionar
22:16hoje em dia
22:17no Brasil.
22:18Portanto,
22:18não faz sentido
22:19em uma democracia
22:20livre
22:21que nós tenhamos
22:22crimes de opinião.
22:24Não importa a opinião
22:25de cada um,
22:26elas devem ser colocadas
22:27e debatidas
22:28para que um país
22:30cresça e floresça
22:31com o amadurecimento
22:32das instituições
22:33e amadurecimento
22:34da sua população.
22:36E hoje em dia,
22:37grande parte das pessoas
22:37têm sim receio
22:39de se posicionar
22:40da forma como gostariam.
22:42E se posicionar
22:43não é crime.
22:44Crime de opinião
22:45não deve existir
22:46em qualquer
22:47Constituição
22:48democrática.
22:49Portanto,
22:50quando eles falam
22:51em pensar
22:52em quebrar
22:53a Constituição,
22:54ela já vem sendo
22:55quebrada
22:56diariamente
22:57com pessoas
22:58que não quebraram,
23:00mas passam a sofrer
23:01punições
23:01sem ter individualização
23:03de conduta.
23:04Portanto,
23:04também devemos
23:06mostrar surpresas
23:07com relação
23:08a esse tipo de coisa
23:09que vem acontecendo
23:10no Brasil.
23:10E para finalizar,
23:12quando a gente ouve
23:13o próprio Alexandre Moraes
23:15falando que ele
23:15não é vítima
23:16porque o vítima
23:17é o Estado,
23:18significa um ponto
23:19que eu falo
23:20sempre aqui.
23:21O Estado
23:22é um ente abstrato.
23:24E culpar um ente
23:25abstrato
23:25é mais fácil
23:26porque parece
23:27que você não tem
23:27um CPF
23:28a quem cuidar,
23:29a quem condenar,
23:30a quem colocar a culpa,
23:31atribuir essa culpa.
23:33Ninguém sai na rua
23:34dando bom dia,
23:34boa tarde,
23:35boa noite ao Estado
23:36porque ele é abstrato.
23:37Só que nós temos
23:38que entender
23:38que o Estado
23:39é formado
23:41e representado
23:42pelos burocratas
23:43que o representam.
23:44E esse sim
23:45tem nome,
23:46tem CPF
23:46e tem uma função
23:47específica.
23:49Tem endereço,
23:49tem nome,
23:50sobrenome,
23:51tem uma fisionomia,
23:52tem uma ideologia,
23:53seja ela qual for.
23:54Portanto,
23:55o Estado
23:55tem sim
23:56que sair da forma
23:57abstrata
23:58e quem é vítima
23:59num processo
24:00não pode
24:01julgar esse réu.
24:02Portanto,
24:03a Constituição
24:03está sendo quebrada
24:04diariamente
24:05e não importa aqui
24:06o espectro político
24:07ideológico
24:08de quem está sendo julgado.
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