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O presidente Lula (PT) admitiu a possibilidade de aprovação do projeto de anistia no Congresso e pediu a reação da população para evitar o avanço da medida. Ele reconheceu o crescimento da direita e sua articulação política. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00O presidente Lula afirmou que caso o Congresso coloque a anistia em pauta, há uma grande chance de o projeto ser votado.
00:07Repórter André Anelli trazendo as últimas informações.
00:10Essa fala seria um reconhecimento de que a discussão está andando no parlamento.
00:16André, boa noite pra você, bem-vindo.
00:20É isso mesmo, Tiago. Muito obrigado. Boa noite a você também e a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:25O presidente Lula afirmou que caso o projeto da anistia seja votado no Congresso, existe o risco de que seja aprovado.
00:35A medida defendida pela oposição ao governo perdoa os condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023,
00:42incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores de tudo aquilo que aconteceu
00:48e que resultou nas depredações dos prédios aqui do Palácio do Planalto, também do Congresso Nacional,
00:55e do Supremo Tribunal Federal.
00:57Se aprovada, a lei também pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no STF,
01:03por tentativa de golpe de Estado, por estar entre as principais cabeças por trás dessa suposta trama golpista.
01:11O presidente Lula afirmou que a mobilização contra a aprovação do texto também tem que ser feita pela população.
01:19Se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia.
01:25É importante ter essa pergunta, porque o Congresso, vocês sabem, sabe que não é um Congresso eleito pela periferia.
01:32O Congresso tem ajudado o governo, o governo aprovou quase tudo que o governo queria,
01:36mas a extrema-direita tem muita força ainda.
01:39Então é uma batalha que tem que ser feita também pelo povo.
01:42Então o que eu queria pedir de vocês é isso, é que vocês tenham um compromisso.
01:48Da mesma forma que eu disse o seguinte, o Brasil só tem um dono que é o povo brasileiro,
01:52as comunidades têm o melhor representante que são vocês.
01:55Essas declarações foram dadas durante um encontro com comunicadores e influenciadores de redes periféricas.
02:06Na ocasião, Lula também fez críticas à mobilização nos Estados Unidos
02:10para que sejam aplicadas sanções contra o Brasil
02:14e o presidente afirmou que é preciso debater a política usando a verdade.
02:19Então se o governo não merecer crítica, que faça crítica.
02:23Se o governo não merecer, que também não faça.
02:26Apenas o jogo da verdade para a gente poder defender a democracia.
02:29Nós estamos vendo agora os falsos patriotas nos Estados Unidos pedindo intervenção do presidente Trump no Brasil.
02:36Nós estamos vendo.
02:38Os caras que fizeram campanha embrulhada na bandeira nacional,
02:42lidando que eram patriotas, agora estão embrulhados na bandeira americana,
02:46pedindo para o Trump intervir no Brasil.
02:47E sobre a anistia, que inclusive a gente falava agora há pouco,
02:55o presidente Lula fez um comentário a respeito do assunto,
02:58o próprio STF já considerou a medida inconstitucional por crimes contra a democracia
03:05e na decisão que anulou justamente o indulto concedido ao ex-deputado federal Daniel Silveira
03:11pelo então presidente Jair Bolsonaro.
03:13O parlamentar foi condenado em abril de 2022 pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes
03:21e também coação no curso do processo.
03:24Mesmo com essa jurisprudência e também com as declarações do presidente Lula,
03:30até o presidente da Câmara agora,
03:31Hugo Mota, que até então se recusava a discutir a anistia,
03:36já começou a admitir essa possibilidade de pautar a medida diante da pressão de líderes.
03:41É isso, a discussão no Congresso Nacional e ainda aguardando o desfecho do julgamento no Supremo.
03:48Andréa Nelly, em instantes você volta ao Jornal Jovem Pan,
03:51direto para os comentários.
03:53Dora Kramer aqui no nosso telão,
03:54Cristiano Vilela hoje aqui nos nossos estúdios com a gente,
03:57pode entrar, Vilela.
03:59Dora, começo por você.
04:00A gente ontem falava muito sobre essa discussão da anistia
04:03e de ontem para hoje alguma coisa mudou, não mudou
04:07e o presidente Lula falando sobre
04:09será que ele acha que pode ser aprovada a anistia
04:13ou ele fala isso num sinal de alerta?
04:16Boa noite para você, bem-vinda.
04:18Boa noite, Tiago. Boa noite, Vilela. Boa noite a todos.
04:22Olha, o que aconteceu de novo de ontem para hoje
04:25foi a entrada do presidente Lula na campanha contra a anistia, né?
04:31E isso é um sinal, primeiro, de que o projeto ganhou força realmente, né?
04:38Se vai ser aprovado é outra história, mas no momento ganhou força.
04:43E sinal também de que essa anistia agora, essas movimentações,
04:47tem tudo a ver com a eleição de 2026.
04:51E ela vai ficando com jeito, essa questão, essa bandeira da anistia,
04:56ela vai ficando com jeito de se tornar um embate
05:00entre o presidente da república e o governador de São Paulo
05:05nos papéis principais dessa guerra aí.
05:09Claro que é uma batalha de gente grande
05:12com a participação do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
05:17Se a proposta for aprovada, o Congresso fica na posição de defensor
05:23e o Supremo Tribunal Federal na condição de quem tem possibilidade
05:29de derrubar o projeto e ficar, como sempre, com a última palavra.
05:35Ô, Vilela, boa noite pra você.
05:36Bem-vindo sempre aqui ao Jornal Jovem Pan.
05:38Se o Supremo já se posicionou, já mandou recados,
05:42porque tem muito recado de bastidor também,
05:44dizendo que se isso for aprovado pelo Congresso Nacional,
05:46o Supremo toma alguma decisão.
05:49Isso, claro, o parlamento tem todo o direito de discutir o que quiser.
05:53Mas o Supremo mandando esses recados.
05:55Isso não acaba também frustrando as expectativas da oposição,
06:00de quem pensa nessa proposta de anistia?
06:03Bem-vindo mais uma vez.
06:04Tiago, uma ótima noite a você, a Dora Kramer
06:07e todos que acompanham o Jornal Jovem Pan.
06:09Olha, por um lado sim, por outro lado não.
06:12A partir do momento em que o judiciário transmite eventuais recados,
06:17eventuais manifestações do que entenderia constitucional ou não,
06:22de alguma forma, o judiciário se posiciona politicamente,
06:26faz política e busca deixar claro os limites da construção política
06:32de um determinado projeto de anistia.
06:35Nesse sentido, pode-se dizer, pode-se analisar o papel do judiciário
06:39até atuando como um ator, um ator dos bastidores, naturalmente,
06:44mas atuando como um ator para a construção de um texto
06:47que, eventualmente, seja palatável do ponto de vista jurídico
06:52e possa ser aceitável do ponto de vista constitucional.
06:55É evidente que existe uma queda de braço
06:58e todos os setores aí envolvidos vão, de alguma forma,
07:02tentar puxar a brasa para o seu lado
07:05no sentido de fazer valer suas pretensões.
07:08Uns querem beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro,
07:11outros querem beneficiar os manifestantes,
07:14outros querem ficar bem com todo mundo.
07:16Enfim, existem vários papéis nessa confusão política
07:19e quem realmente demonstrar mais força,
07:22conseguir articular uma maioria mais significativa,
07:26tem tudo para poder ter sucesso,
07:28desde que, naturalmente, consiga modular a questão constitucional.
07:33Odora, hoje voltou a se falar de que o Supremo estaria
07:37disposto a ouvir essa discussão,
07:41trocando anistia pela revisão, talvez,
07:44das penas dos envolvidos em 8 de janeiro.
07:47De novo, isso volta à baila, né?
07:50Olha, isso se fala.
07:51Agora, não sei se é isso que está acontecendo,
07:54porque realmente não é papel do Supremo
07:58ficar negociando, trocar isso por aquilo,
08:01nada por nada.
08:02Não é papel.
08:03A negociação é uma questão, cabe à política,
08:07cabe ao legislativo, cabe ao executivo.
08:10Agora, ao Supremo Tribunal Federal,
08:13cabe o resguardo da Constituição.
08:15E o André Aneri nos trouxe aí
08:17que há um precedente nessa questão.
08:20Eu acho que isso, sim, é a questão concreta, né?
08:24Se há um precedente objetivo,
08:27se a Constituição não admite
08:30que se anistiem crimes
08:31que visem derrubar o próprio regime,
08:35ou seja, que agridam a própria Constituição,
08:39que anulem o que está escrito na Constituição,
08:43é assim que deve ser analisado,
08:45e não sob o prisma da negociação,
08:48da troca disso ou daquilo.
08:49Se o Congresso aprovar realmente
08:52uma mudança na legislação
08:53que permita ao Supremo reduzir as penas,
08:58assim será feito.
09:00Está em questão.
09:01Esse ponto está em questão, né?
09:03Com dois crimes de golpe de Estado
09:05e a abolição violenta do Estado de Direito.
09:11Então, isso é uma questão.
09:13Agora, se o Supremo também entender
09:18que não se pode anistiar caso
09:20venha a ser consultado a respeito
09:23na hipótese da aprovação de uma anistia,
09:26se o Supremo entender
09:31que a anistia, nesse caso, não pode,
09:34ele será derrubado.
09:36Isso é super normal.
09:37Olha, a anistia de 1979,
09:41ela já foi algumas vezes submetida
09:44ao crivo do Supremo Tribunal Federal.
09:47E sempre o Supremo Tribunal Federal
09:50validou aquela anistia
09:53que é completamente,
09:55foi completamente diferente
09:57do que se tem agora.
09:59Era uma transição de uma ditadura
10:02para um regime democrático.
10:04Toda essa discussão, Vila,
10:05ela esbarra de que maneira
10:06na própria Constituição,
10:07como a Dora citou,
10:08o André Anelli também citou,
10:11porque eu me lembro que muitas vezes
10:12a gente discutia
10:12como se faz uma nova Constituição,
10:14porque a atual Constituição não prevê
10:16uma substituição, por exemplo.
10:18Como é que isso funciona?
10:19Exatamente.
10:20Tiago, o que a Constituição prevê
10:23é a possibilidade de alterações pontuais
10:27através das emendas.
10:29Uma nova Constituição,
10:31ela seria realmente
10:32uma mudança da estrutura constitucional,
10:34da estrutura do Estado brasileiro.
10:37Então, ela jamais seria prevista
10:40pelo texto atual,
10:41pelo texto de momento,
10:43ela poderia eventualmente partir
10:45de uma revolução,
10:47de um contexto revolucionário
10:48ou de um contexto onde se venha
10:50a construir uma nova Carta
10:52em reformulação em relação àquela.
10:56O fato é que, em termos de Estado,
10:58o papel que o Legislativo tem
11:00é o de propor emendas constitucionais.
11:03E, com isso, a sua submissão,
11:06o seu acolhimento pelo texto constitucional,
11:09ele fica submetido
11:10ao cribo do Supremo Tribunal Federal,
11:12que é o guardião
11:13e é quem tem a capacidade
11:15de analisar a harmonização dessas normas
11:18ao texto constitucional ou não.
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