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Bruno Musa analisa o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados no Supremo Tribunal Federal. Para ele, há uma "divergência processual de armas" no caso envolvendo a disponibilidade do processo para os ministros e as defesas.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/D--MOIpeMmM

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Transcrição
00:00Eu quero conversar então agora com o Bruno Musa, que já está conectado conosco também.
00:03Um dos argumentos trazidos pelo advogado de Jair Bolsonaro é a falta de paridade de armas, Bruno,
00:09porque ele fala que o processo é gigantesco e que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal
00:13tiveram muito mais tempo do que a defesa para analisar todas as provas e documentos
00:18e apresentar esse relatório do que a defesa teve para acompanhar os mesmos arquivos
00:25e preparar uma defesa que conseguisse cobrir tudo aquilo que é trazido de ofensiva
00:32ou de acusação pela Procuradoria-Geral da República.
00:35Você entende que houve uma falta mesmo, uma disparidade de armas, digamos assim?
00:40Bem-vindo, meu amigo.
00:42Muito obrigado. Boa tarde. Boa tarde a todos aqui da bancada.
00:45Alan, prazer estar aqui contigo novamente. Seja bem-vindo.
00:48Bom, vamos lá. Eu acredito que sim. Eu acho que isso, repito o que eu venho falando,
00:53independente de espectro político-ideológico.
00:55Se nós abstraíssemos aqui o réu, quem está sendo julgado,
01:00e colocássemos uma pessoa X, que não há uma aprovação ou rejeição por parte da população,
01:07a justiça deveria ser assim, cega, por completo, para defesa política-ideológica
01:12e sim para um respeito constitucional, para seguir todo aquele rito processual,
01:18tudo aquilo que a própria Constituição brasileira manda
01:21para um determinado julgamento ser o mais justo e o mais transparente possível.
01:27Veja, nós sabemos, e não é só de hoje, Evandro,
01:29nós sabemos que muitos dos advogados vieram a público relatar a dificuldade
01:34de conseguir ter acesso aos autos.
01:37Muitos deles, inclusive, o advogado do Bolsonaro mencionou isso hoje,
01:41da dificuldade dele construir uma banca de advogados,
01:44que nunca viu um processo com tantos advogados,
01:48onde cada um deles nunca teve o total acesso ao que estava sendo colocado no processo.
01:54Então veja, como você pode defender uma pessoa, seja ela quem for,
02:00se você como advogado tem o direito constitucional e a obrigação de ter acesso
02:05a tudo que está sendo imputado ao seu cliente, a esse réu, e você não pode,
02:11como é que você vai defender, como é que você vai criar uma linha de raciocínio
02:15e uma defesa técnica para poder defender o teu cliente
02:20se você não tem acesso a tudo ou a todas as provas
02:24que supostamente estariam incriminando o seu réu.
02:27Obviamente, isso deixa muito claro a divergência processual e de armas
02:33que foi mencionada aí.
02:35Eu acho que isso, partindo um pouco do que o próprio Piperno falou,
02:38que eu concordo com ele, uma discussão de valores e éticas,
02:41no Brasil isso aí simplesmente foi deixado de lado.
02:44Como é que nós podemos defender valores e éticas num país
02:49onde depende de quem está sendo julgado
02:52para ter acesso a uma determinada forma de processo ou outra?
02:57Ou, se eu gosto da pessoa, devo condená-la ou devo absolvê-la.
03:02Se eu não gosto da outra, eu devo ter uma outra tratativa.
03:05Mas a Constituição não diz isso.
03:07A Constituição pouco importa se você gosta daquele ou do outro réu.
03:12Ela diz que você deve segui-la.
03:14E, obviamente, repito, se nós não gostamos da Constituição,
03:17e eu sou um deles, um amplo crítico da Constituição de 88,
03:21façamos do rito legal de todo o processo
03:24para conseguir alterar a Constituição de acordo como ela manda que seja alterada.
03:29mas não inventarmos regras e darmos mais força para um lado
03:33porque nós gostamos mais de um ou não gostamos pessoalmente do outro.
03:37Isso não é justiça, isso são armas diferentes
03:40e isso é uma discussão, sim, de valores e éticas,
03:43de virtudes, que simplesmente no Brasil foi completamente abandonado,
03:48deixando de lado e funciona para um lado.
03:50Portanto, não há ética, não há moral e não há Constituição.
03:53Então, vamos lá, vamos lá, vamos lá.
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