Willian Valiante, sócio-líder de varejo da EY na América Latina, detalhou estratégias do varejo para a Black Friday 2025. Apesar da instabilidade econômica, 60% dos brasileiros devem comprar, com inteligência artificial e e-commerce impulsionando anúncios e decisões de consumo.
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00:00Seis horas, dois minutos. Para os consumidores, a Black Friday é só em novembro, mas para o varejo a hora já chegou.
00:11Setembro é o mês de finalizar a preparação para uma das principais datas promocionais do ano.
00:17Nesse 2025 de tantas instabilidades, as empresas que melhor entenderem o comportamento dos consumidores terão mais possibilidades de sucesso.
00:27E mesmo diante de uma economia instável, a expectativa é de que seis em cada dez brasileiros comprem alguma coisa na Black Friday.
00:37Isso segundo um estudo do Google. E quase 50% até já tem uma lista pronta de itens.
00:44Para falar mais para a gente sobre as estratégias do varejo para a Black Friday 2025, incluindo o uso de inteligência artificial,
00:51eu recebo aqui no estúdio o William Valiante, sócio líder de varejo da EY na América Latina.
00:58William, boa noite, tudo bem?
00:59Boa noite, turma. Tudo bem?
01:01Boa noite a todos.
01:02Seja mais uma vez bem-vindo aqui ao nosso estúdio, William.
01:04Obrigado.
01:05O que a gente pode esperar para a Black Friday desse ano?
01:08Você até preparou aqui para a gente uma arte, uma tela aqui.
01:12É isso aí.
01:13Trazendo mais informações sobre os anúncios, crescimento dos anúncios para essa Black Friday.
01:17Sim. Bom, a Black Friday já é consolidada aqui no Brasil. O brasileiro já acostumou com a Black Friday na agenda anual de eventos de varejo.
01:26Já brasileirou, já não é aquela data gringa só, né?
01:29Exatamente. Já acostumamos com isso e acostumamos em diferentes categorias também.
01:34Começou com uma coisa talvez mais parecida com os Estados Unidos, mais eletrônicos, roupas.
01:39Hoje, mercados e farmácias, por exemplo, itens de consumo mais básicos, representaram e cresceram 20% em relação ao ano passado dentro da Black Friday.
01:47Então, já é uma realidade em tudo. Serviços como viagens, itens menores e itens maiores, tradicionais, como eletrônicos e tudo mais.
01:57Mas se a gente olha aqui, efetivamente, aqui dentro da Black Friday como um todo, tanto em e-commerce, em gastos e lojas físicas,
02:07e-commerce especificamente e as lojas físicas se beneficiam muito da mídia dentro do varejo.
02:12O famoso retail media, ou a mídia de varejo, cada vez mais consumida, tanto nos aplicativos, nos e-commerce tradicionais, quanto dentro da loja.
02:21Em todos os formatos, desde displays até o famoso banner ou pôster na ponta da gôndola da loja que a gente está acostumado a ver.
02:30William, acho que a gente pode dizer que do ano passado para cá, da última Black Friday para essa,
02:34houve um avanço expressivo da inteligência artificial e da presença da IA nas nossas vidas.
02:41Como é que ela, como é que essa tecnologia deve impactar essa Black Friday 2025?
02:47Muito boa.
02:47Bom, esse é um ponto importante, porque isso ajuda tanto na estruturação do como o produto é exibido para o cliente,
02:55tanto quanto o cliente utiliza a inteligência artificial para escolher.
02:59Então, cada vez mais comum as pessoas conversarem com seus aplicativos de inteligência artificial e pedir conselhos.
03:05Pedir, monte a minha viagem, ou vou fazer festa para o meu filho, festa de aniversário de 10 anos,
03:10e por favor, monte a lista de desejos para a festa de aniversário.
03:15Isso é cada vez mais comum.
03:16E o varejo, tanto brasileiro quanto global, se prepara para esse tipo de busca por contexto.
03:23Tanto a conversação do aplicativo com a pessoa, quanto a pessoa perguntar para um e-commerce tradicional, por exemplo, um contexto.
03:32Ninguém mais faz uma lista de coisas que quer buscar.
03:35Ela pergunta um contexto e espera receber de volta isso.
03:37Nem todo mundo está preparado para entregar isso hoje e é mais um dos avanços que o varejo está se preparando para fazer.
03:44Existe aí uma reação da venda nas lojas físicas durante a Black Friday?
03:49Sim.
03:49É sempre bom, lojas físicas e virtuais, é sempre bom o feriado, o evento da Black Friday.
03:56Se você para para pensar como chegou aqui no Brasil, chegou via e-commerce e acabou atingindo todo o lugar.
04:02Nos Estados Unidos era mais forte dentro das lojas físicas,
04:05aquelas famosas filas da madrugada para abrir a loja, o pessoal pegar o que encontrava na frente.
04:11Aqui no Brasil isso também acontece, um pouco menor, mas o grande volume de crescimento é sempre no e-commerce.
04:17Se você compara as últimas Black Fridays, o e-commerce cresceu quase 18%,
04:22enquanto as lojas físicas cresceram quase 9%.
04:25Os dois cresceram, os dois números são bons, o e-commerce cresce mais,
04:29as lojas físicas ainda são 85% do varejo, mas mostra um bom indício para os dois canais.
04:36Dá para falar em fronteiras um pouco diluídas entre os dois canais?
04:39Sem dúvida nenhuma, especialmente empresas que atuam nos dois canais,
04:43que têm as duas operações de forma muito claras.
04:48Hoje é muito difícil você encontrar uma empresa que só opera no canal físico ou só no canal virtual,
04:55uma empresa conceituada que tem reconhecimento de marca, obviamente.
04:58Mas claro que isso ainda acontece, você tem grandes plataformas de e-commerce
05:03que agora pensam em expor lojas, branches menores para a experiência, por exemplo.
05:10Isso cada vez mais claro para todos nós.
05:12William, temos mais uma tela aqui que você preparou para a gente,
05:15sobre um comparativo entre os países e o uso de IA, é isso?
05:20Conforto dos países com o uso de IA?
05:21É isso aí, o uso do consumidor final, o uso da pessoa, como nós aqui,
05:25pessoas que estamos no dia a dia ligando para um banco, ligando para uma empresa
05:30e sendo atendido por inteligência artificial.
05:32Se a gente enxerga aqui, a Índia está bem na frente junto com a China,
05:36mas o Brasil não fica tão longe assim.
05:38O Brasil está entre um dos países que mais utilizam inteligência artificial pelo consumidor final.
05:44Ou seja, as pessoas estão se acostumando cada vez mais, aceitam a ser atendidas
05:50e se relacionar por uma inteligência artificial, o que causa pontos importantes,
05:57pontos importantes de atenção para como se relacionar com esta pessoa.
06:02Porque em algum ponto essa pessoa vai se...
06:04Ela já prefere, né?
06:0576% deles gostam disso.
06:07Ela vai preferir se relacionar com uma inteligência artificial do que com o ser humano em algum momento.
06:12Ela entende valor nessa relação.
06:13E é uma relação diferente, porque quando você falar com ela de volta,
06:17ela também vai pôr uma inteligência artificial na frente.
06:19Então, acho que esse é o grande desafio dos próximos, talvez não anos,
06:24talvez trimestres que a gente veja, é como as empresas vão falar com a inteligência artificial
06:29do consumidor final e não o contrário só.
06:33E o Brasil aparece bem posicionado nessa pesquisa,
06:37mesmo com todos os desafios que a gente tem aqui, tecnológicos, econômicos,
06:42de exclusão digital em níveis importantes ainda no país, né?
06:46Sim, mas o Brasil também é um dos países mais acostumados e com a maior inserção de smartphones.
06:52Por exemplo, tem mais smartphones do que pessoas no Brasil.
06:54Então, isso de alguma forma ajuda com que o consumo seja mais, seja alto aqui, né?
07:00As pessoas brasileiras estão acostumadas com isso.
07:03E, ao que parece também, ainda existe uma preocupação menor do que em outros países.
07:08Se você pega países europeus, por exemplo,
07:10que ainda se preocupam um pouco mais com a questão de LGPD,
07:14de efetivamente o que estão fazendo com os meus dados, minhas informações.
07:18O brasileiro também se preocupa com isso.
07:19A gente tem uma legislação forte para isso.
07:22Mas acho que eles se preocupam, talvez, um pouco menos.
07:24Então, de alguma forma, ele interage mais.
07:26Acho que o Brasil é mais sociável.
07:28E aí, quando você é mais sociável, você se preocupa um pouco menos com barreiras, né?
07:32Se você olha os países europeus aqui, são um pouco mais preocupados com isso.
07:35Interessante, né?
07:36São só países desenvolvidos aqui nessa segunda parte e estão atrás dos demais, né?
07:41É isso.
07:42Eu acho que tem a ver com a sociabilidade, né?
07:44E talvez o único acesso a algum tipo de informação, né?
07:48Talvez é um pouco diferente também como esses países, as pessoas,
07:52podem ter acesso à informação, a produto e como nós podemos ter.
07:56Talvez o brasileiro se acostumou no canal digital ser um canal fácil, né?
08:00E realmente democratiza acesso a muita coisa.
08:04William Valiante, sócio líder de varejo da EY na América Latina.
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