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A defesa de Mauro Cid se manifesta no STF sobre o delator do suposto golpe de Estado, prestando esclarecimentos nesta terça-feira (02). O advogado de Cid afirmou que "ele literalmente perdeu sua carreira militar" e que, devido às suas condições psicológicas, a "natureza autoriza que ele escorregue".

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Transcrição
00:00Acho que precisamos ponderar também algumas questões quanto à eficácia, e aí o doutor
00:10Gounet não está aqui, mas a procuradoria está, então precisamos fazer algumas considerações
00:16contra a eficácia da colaboração premiada.
00:20Então, não é exigível que se pretenda que um colaborador que se expõe do jeito que
00:30se expôs o Mauro Cid, que perdeu, literalmente perdeu a carreira, se afastou da família,
00:37se afastou dos amigos, de uma carreira militar, que foi o sonho, não é exigível que ele
00:43consiga trazer detalhes que a investigação, por argumentos que nós não tínhamos acesso,
00:50que por detalhes um ou outro, acabe numa contradição.
00:57Eu não posso exigir dele, pelo abalo psicológico, por tudo que ele sofreu durante a pressão,
01:05sendo procurado, vamos mudar de advogado, vamos mudar a tese.
01:13Isso é uma coisa que a natureza do ser humano autoriza que algumas vezes ele possa dar uma
01:19escorregada, nada, nada, jamais sem comprometer o acordo.
01:27E tudo isso que nós falamos, nós falamos a respeito dos fatos.
01:34Quando se diz que o Mauro Cid, e foi através dele que se descobriu a reunião com os comandantes,
01:41e que hoje é, na verdade, o cerne da presenciação penal, que é a reunião com os comandantes
01:49para discutir, nas palavras do Mauro Cid, considerandos.
01:54Que eram considerandos que era o que ele tinha, o que ele ouviu e o que ele viu de documentos.
02:00Se ele não fala que a reunião, que esses considerandos tinham sido discutidos com os comandantes,
02:11talvez ninguém soubesse, talvez ninguém falasse.
02:16Mas isso não tem mais como negar.
02:21O general Freire Gomes prestou depoimento na polícia e disse que a reunião existiu e que discutiram isso.
02:27o Brigadeiro Batista Júnior também falou, o Almir Gagné, o comandante, também falou,
02:38o presidente Bolsonaro falou que teve a reunião com os comandantes para discutir alguns considerandos
02:42e o que ele ia fazer.
02:44E o Cid sempre falou, e para ver como não tem coação, nem da polícia e nem do ministro relator,
02:53que o Cid sempre disse, e as palavras dele ficaram no processo, elas estão registradas lá.
02:58Ele disse, eu jamais acreditei que o presidente Bolsonaro assinasse qualquer documento
03:04que subvertesse a ordem constitucional.
03:07Se ele tivesse coagido, se a colaboração dele fosse preparada só para acusação,
03:12ficaria um trecho desses?
03:16É evidente que não.
03:17Mas ele falou, e ficou lá.
03:24Quais as versões que ficaram na colaboração premiada do Mauro Cid?
03:30As versões que ele deu, que ele gravou.
03:33Os embates com a polícia, com o delegado, é normal e está dentro dos termos.
03:39Faz parte do legítimo processo.
03:41O professor Paulo Gouliné fez algumas considerações, apontando, inclusive,
03:53que o Mauro Cid resistiu ao confessar os delitos.
04:01E eu, além de não concordar com a denúncia do professor Paulo Gouliné,
04:05vou discordar dele também nesse ponto.
04:08Porque eu não acho que ele tenha resistido.
04:10Ele falou tudo o que sabia.
04:11Entre falar tudo o que sabe e praticar tudo o que viu,
04:15tem uma diferença muito grande.
04:18Eu não posso imaginar que o Cid tenha tentado dar um golpe de Estado
04:22quando ele já estava, em março, nomeado para assumir o batalhão de Goiânia,
04:27com casa alugada, os filhos matriculados no colégio.
04:30A vida dele seguia fora da ajudância de ordem.
04:34E, na verdade, a ajudância de ordem só atrapalhou a vida do Cid,
04:37para ser bem sincero.
04:38Então, nós não podemos imaginar que ele tivesse que confessar para falar o que sabe.
04:47Aí nós não teremos colaboradores.
04:50E até porque fazia parte lá do acordo e está lá.
04:54Eu não vou atrapalhar vossas excelências, porque o julgamento vai ser longo.
05:00Mas ele está lá em uma das cláusulas do acordo,
05:08que a obrigação dele era falar o que tivesse conhecimento,
05:11o que participou ou tivesse conhecimento.
05:14Foi isso que ele fez.
05:19Ele não confessou, ele não tinha conhecimento do punhal verde-amarelo,
05:23ele não podia falar sobre ele, porque ele não tinha conhecimento.
05:27O Copa 22, ele não tinha conhecimento, não fazia parte dos grupos de WhatsApp.
05:33Ele apenas e tão somente, ele recebeu um arquivo.
05:36Isso, vossas excelências, já foi extensamente discutido aqui.
05:42Então, ele não tinha conhecimento desses planos.
05:45No início, e lá no recebimento, ministro Fux,
05:52vossa excelência disse que precisava, ao final, examinar a colaboração premiada do Mauro Cid,
05:58porque ela teria feito 11 colaborações.
06:01Eu só vou fazer uma ressalva aqui, ministro.
06:04Porque ele fez uma colaboração e deu, acho que, até mais de 11 depoimentos.
06:08Eu não vou precisar, porque eu posso me equivocar.
06:11Mas até acredito que mais.
06:12Mas, inúmeras vezes, ele foi chamado na polícia para reconhecer pessoas locais, endereços.
06:18No caso das joias, por exemplo, ele foi chamado para reconhecer
06:22a quem tinha sido vendido nos Estados Unidos, a galeria, o endereço.
06:26Então, ele foi chamado inúmeras vezes lá para fazer reconhecimentos.
06:31Nem sempre para prestar depoimentos.
06:33Os depoimentos foram prestados, essencialmente, nos três primeiros dias.
06:37E aí, o resto foram complementações que o delegado ia solicitando no curso.
06:42Então, professor, a senhora...
06:45Claro, por favor.
06:46Como você me citou, eu gostaria de esclarecer o porquê eu fiz aquele questionamento.
06:55Então, o senhor está me dizendo que ele foi fazer uma colaboração,
07:02na primeira oportunidade, mas depois ele não foi fazer.
07:06Ele era chamado, é isso?
07:08Perfeito, silêncio.
07:09Quantas vezes?
07:10Para prestar esclarecimentos.
07:15E aí, nós nos deparamos, no tudo isso, com os benefícios da colaboração premiada.
07:24Não há como dizer que ela não tem sustentação.
07:29Isso é impossível.
07:30Se nós dissermos que ela não tem sustentação, a ação penal também não tem.
07:34Porque ela instrui, ela ajuda.
07:36Ela não é prova.
07:37Ela é meio de obtenção de prova.
07:40Mas ela contribuiu indiscutivelmente para a ação penal.
07:46O Mauro Cid deu fatos que foram confirmados em juízo.
07:50Pelo menos os fatos de extrema relevância.
07:55Nem todos confirmaram.
07:56A prova, isso é uma questão de prova, isso é o devido processo legal.
08:00Nem toda prova se confirma.
08:02Muitas vezes se denuncia e se pede a absolvição ao final.
08:05Mas o professor Paulo Nugonê sugeriu uma pena.
08:12Sugeriu que os benefícios dele fossem alterados.
08:15E nós aí vamos discordar novamente da acusação, doutor.
08:19Porque se a colaboração premiada dele é sólida, e é.
08:26E foi reiterada inúmeras vezes, inclusive, pelo professor Paulo Nugonê.
08:29Se ela dá sustentação e dá dinâmica dos fatos.
08:32E dá.
08:32Por que ele não teria os benefícios que ele ajustou?
08:38Não seria justo que o Estado, agora, depois de fazer tudo isso.
08:43Depois dele estar com cautelares diversas da prisão por mais de dois anos.
08:52Afastado de suas funções.
08:53Inclusive, agora, pediu baixa do exército.
08:55Porque não tem mais condições psicológicas de continuar como militar.
08:59Que agora, chegando ao final, o Estado diga assim, não, realmente, tu me ajudou, está tudo certo, mas eu vou te condenar.
09:09Se fizermos isso, se fizermos isso, acabou o Instituto da Colaboração Premiada.
09:18Ou ele vale, ou ele não vale.
09:21Ou nós anulamos e não tem pedido acusatório de anulação.
09:25Nem da autoridade policial que contratou, e é um contrato jurídico.
09:33Foi validado pelo ministro, relator, inúmeras vezes.
09:37Inúmeras vezes.
09:37Então, fazendo essas considerações, já avançando além do tempo, e não posso me passar no tempo do meu professor,
09:49eu peço a confirmação da colaboração premiada, com todos os benefícios ajustados, nos termos das nossas alegações finais.
09:57Muito obrigado a todos, a vossas excelências, pela atenção.
09:59Obrigado.
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