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A exposição “Sobre aquilo que permanece invisível”
Canal Arte1
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há 22 horas
O artista visual espanhol José Manuel Ballester provoca o olhar do espectador ao retirar digitalmente as figuras humanas de pinturas famosas.
Categoria
🦄
Criatividade
Transcrição
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Música
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Esta obra do Zabanoa Ballester é inspirada na obra icônica de Botticelli, A Primavera,
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em que Botticelli compõe a cena com as três graças e as outras figuras que fazem parte da composição,
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e nessa obra ele apaga os figuras e a partir do vazio que elas deixam, ele recompõe a obra de uma nova imagem.
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Música
00:43
O artista José Manuel Ballester é um artista visual.
00:48
O início da sua carreira foi baseado no estudo clássico da pintura espanhola e italiana do século XV e XVI,
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e ele teve uma formação muito sólida como artista plástico, estudando profundamente o desenho, a pintura,
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todas as técnicas, inclusive de restauro.
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Ou seja, ele conseguiu construir um repertório técnico que deu suporte ao desenvolvimento da sua linguagem estética
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como artista contemporâneo, criando uma linguagem própria.
01:23
Música
01:24
A exposição que ele traz aqui em São Paulo,
01:33
é um conjunto de obras em que ele refotografa obras clássicas da história da arte,
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Michelangelo, Botticelli, Leonardo da Vinci,
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e ele retira as figuras humanas dessas imagens digitalmente,
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deixando apenas o fundo, ou seja, o cenário dessas pinturas.
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A primeira questão que mais lhe interessa é a questão da solidão,
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ou seja, a solidão é um fato incontornável para todo ser humano.
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Tem outras questões também.
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A gente começa a observar melhor determinados elementos, detalhes,
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que com as figuras costumeiras a gente deixa passar em branco.
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Aqui, no fundo, você tem a famosa pintura Última Ceia, do Leonardo da Vinci,
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em escala real.
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Essa é uma exigência da estratégia do Balestère,
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só que sem a figura de Jesus e dos apóstolos.
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Aí nós começamos a perceber os detalhes dos utensílios,
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a toalha dobrada, enfim, os pães,
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coisas que não nos chamam a atenção quando a gente vê a pintura original com as figuras em cena.
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Nessa composição também de Botticelli,
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O Nascimento de Vênus,
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José Manuel Balestère retira a figura principal,
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que é a Vênus que fica pousada sobre essa concha,
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e ele recompõe a obra com uma técnica que remete à técnica original
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e a uma fotografia impressa em tela com o resgate dessa obra,
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como se fosse uma obra atual.
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O Balestère fez uma homenagem ao Brasil,
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pegando uma pintura icônica também do Vitor Meirelles,
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a Moema, só que ele retirou o corpo nu deitado na praia de Moema,
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e a gente vê, então, apenas os elementos deixados,
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o rastro, por assim dizer, da figura na paisagem.
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Então, é uma exposição muito instigante,
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é uma exposição que provoca o olhar do espectador,
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e as cores das obras originais,
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a textura das obras originais,
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elas estão presentes.
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É como se você estivesse diante da pintura real.
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Aqui atrás, a gente está diante de uma das principais obras
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presentes na exposição,
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que é uma releitura do Jardim das Delícias,
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de Hieronymus Bosch.
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O Jardim das Delícias é dividido em três painéis,
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o retábulo original.
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Você tem o paraíso, depois você tem o purgatório,
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e na outra extremidade, o inferno.
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Então, ele escolhe figuras, né,
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ao longo da história da arte,
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que são adequadas, de acordo com a visão dele,
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para habitar o paraíso, o purgatório e o inferno.
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Por exemplo, figuras do Guernica, de Picasso, né,
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que o público conhece mais, talvez seja um bom exemplo,
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ele recoloca essas figuras na parte do inferno.
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Por quê?
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Porque Guernica trata da guerra, né,
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das mazelas humanas, né, da miséria, né,
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que toda guerra traz.
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Então, ao fazer isso, né,
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ele também nos provoca a pensar
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nas questões contemporâneas, atuais, né,
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no que mais nos aflige, né,
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no que nós deixaríamos, né,
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se fosse eu, se fosse vocês, né,
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em cada um desses cantos.
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Faz parte também da exposição
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um conjunto de obras
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que o Balester denomina
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Variações sobre Maievich.
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O que o Balester faz
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é uma espécie de jogo
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com a trajetória do Malevich,
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porque o Malevich não começa suprematista,
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ele começa como um pintor cubista, né,
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e depois do cubismo,
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ele assimila formas do futurismo italiano,
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que registra, né,
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a velocidade das coisas,
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o mundo em movimento, né.
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Então, esse movimento, né,
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essa instabilidade,
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ela desaparece dos quadros,
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das pinturas do Malevich
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na sua fase suprematista.
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Então, o que o Balester faz
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é pegar os elementos
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da fase suprematista
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e trabalhá-los, né,
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com ritmo e com movimento,
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como se esses elementos
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estivessem dançando.
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É uma espécie de brincadeira,
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de jogo,
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que é possível
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graças à tecnologia,
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enfim,
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graças a essa manipulação digital.
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Essa provocação,
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essa reflexão
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com o tempo,
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com a passagem do tempo,
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com a presença,
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com a ausência,
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com a técnica
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e também a possibilidade
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de usar uma nova tecnologia,
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que é a fotografia digital
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e a impressão digital
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numa dimensão
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que, historicamente,
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isso nunca foi possível,
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permitiu ao Balester
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criar essa nova série
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que é inovadora
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no sentido de que
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ele faz esse diálogo
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entre passado e o presente
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e aponta para o futuro
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uma reflexão
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sobre a história da arte
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e sobre o tempo que vivemos,
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que é a função
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onde eu acho que só contei por aí.
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Legenda Adriana Zanotto
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