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A escritora espanhola, que esteve em Paraty numa das primeiras edições da festa literária, retornou ao Brasil para encontrar leitores agora familiarizados com sua escrita inventiva e provocadora.
Transcrição
00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
01:02A CIDADE NO BRASIL
01:04A CIDADE NO BRASIL
01:06A CIDADE NO BRASIL
01:08A CIDADE NO BRASIL
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01:20A CIDADE NO BRASIL
01:22A CIDADE NO BRASIL
01:24A CIDADE NO BRASIL
01:26A CIDADE NO BRASIL
01:28A CIDADE NO BRASIL
01:30Lúgubre, quizá, incluso morboso
01:32Yo no lo veo así
01:33Antes, al contrario
01:35Me resulta algo tan lógico, tan natural, tan cierto
01:39Solo en los nacimientos y en las muertes se sale uno del tiempo
01:43A ridícula ideia não é um livro de duelo, na verdade.
01:48Eu lembro quando minha pareja se morreu,
01:51como minhas amigas e meus amigos sabem o importante que é para mim escrever,
01:56me disseram, por que não escreves um livro de duelo?
02:00E eu lhes conteste que não podia, porque essa não é minha relação com a literatura.
02:04Eu não sei escrever sobre o biográfico, o directo.
02:09Necesito interponer personagens imaginarios que não têm nada que ver comigo.
02:15Então, não tenho essa relação direta.
02:17Então, passaram dois anos de morte de Pablo,
02:20e minha editora me mandou o diário de duelo,
02:24que é pequeno, de 25 páginas,
02:27que Marie Curie fez a morte de seu marido, de Pierre Curie.
02:31E que é um desgarrador grito de pena.
02:35Então, ao ler isso, de repente, se me ocorreu que podia,
02:38começar a falar, não já do duelo, mas da vida.
02:42Porque eu estava em um desses momentos,
02:44quando você vai vivendo, você vai parando de quando em quando.
02:47Você diz, estou fazendo a vida que eu quero fazer,
02:51como me relaciono com o meu trabalho,
02:53como me relaciono com meus amigos, com meus amantes.
02:55Eu estava em uma dessas mesetas, a raiz da morte de Pablo.
02:59Então, pensei que podia compartilhar essas dúvidas e perguntas
03:05sobre coisas básicas da vida de todos nós,
03:07com a vida de Marie Curie.
03:10Então, o livro que eu fiz era um livro sobre a vida,
03:14sobre a vida, e sobre como aprender a viver a vida
03:18mais serenamente, sem ansiedade, sem angustias,
03:23mas para chegar a viver melhor a vida,
03:26antes, você tem que chegar a um acordo com a morte,
03:29com a morte própria e com a morte dos seres queridos.
03:32Por isso, enquanto é um livro sobre a vida,
03:35fala da morte.
03:36Não escolhas as histórias que contas,
03:45mas que as histórias te escogen a ti.
03:47As novelas são como os sonhos da humanidade,
03:50e são como os sonhos do escritor ou da escritora,
03:53porque nascem do mesmo lugar de onde nascem os sonhos,
03:56do mesmo lugar do inconsciente.
03:57Então, como vêm diretas do inconsciente,
04:00você não controla, não sabe muitas vezes do que estás falando.
04:03Há 4 ou 5 anos, tive um descobrimento sobre a minha própria obra,
04:08e me dei conta de que, dentro das muitas divisões que podes colocar
04:12em escrever, me dei conta de que havia um monte de escritores e escritoras
04:18que escreviam sobre o mais habitual,
04:22sobre o mais...
04:24sobre a suposta normalidade, sobre personagens como muito reconhecíveis e tudo isso,
04:31que poderia acercarse mais,
04:33seu tipo de escritura, ao costumbrismo, digamos,
04:36a um realismo muito realista, muito pegado a o real,
04:40e que depois havia outros escritores que escrevíamos sobre personagens extravagantes,
04:45frikis raros, que faziam coisas raríssimas.
04:48E essa sou eu, e não me havia dado conta.
04:51E então me entrou um orgulho muito grande,
04:53um orgulho, talvez estúpido,
04:56mas eu disse,
04:56escrevo personagens que realmente são raríssimos,
05:00e, sem embargo, tenho decenas de miles de escritores que se identificam com eles,
05:05por tanto, de alguma maneira,
05:07seré capaz,
05:08apesar de que sean personagens raríssimos,
05:11de chegar a rozar
05:12as verdadeiras emoções do ser humano.
05:21O que está falando o peligro de estar,
05:24de Lúcida,
05:25é de algo que é real,
05:29é a dizer,
05:30nos han estado engaçando,
05:32nos dicen que a normalidade é sinónimo
05:35de o mais habitual,
05:37de o mais comum,
05:38e é mentira.
05:40Em realidade,
05:41é um sinónimo,
05:42vem da norma,
05:44da lei,
05:45e é um pouco como um marco normativo,
05:47como um marco oficial,
05:50que cada cultura,
05:52cada país,
05:53impone e que impone na gente.
05:56Então,
05:56na Universidade de Yale,
05:58em Estados Unidos,
05:59em 2018,
06:00hicieron un estudio
06:01que concluía isto,
06:03que a normalidade non existe,
06:05todos somos divergentes en algo,
06:07absolutamente todos somos divergentes en algo.
06:10Entón,
06:10a normalidade non existe,
06:12o normal é ser raro,
06:15e é ser raro en unha amplia variedade de rarezas,
06:19os hai un poquito raros,
06:20os hai moi, moi raros.
06:21Pero incluso,
06:22se eres moi, moi raro,
06:23hai moita gente tan rara como tú.
06:26Entón,
06:26entón,
06:26claro que te sientes retratado,
06:29porque lo que,
06:31la tesis del libro,
06:32e o que o libro dice,
06:33é que ser diferente,
06:35non é patológico.
06:37Entón,
06:37o que temos que hacer para ser felices,
06:40é intentar buscar a nosa manada de raros,
06:43que máis se parezca a nosa.
06:45Hace 21 anos que vine,
06:54que é un tercio de mi vida,
06:56e o recuerdo como un momento luminoso,
07:00porque me sorprendió muchísimo este parachi tan lleno de vida,
07:08era unha fiesta en la calle,
07:10a gente tan exuberante, tan cariñosa.
07:13Nunca había estado en un lugar
07:16en donde os libros fueran unha fiesta física,
07:19incluso tan increíble.
07:21Me encantou.
07:22Fernando Pessoa dice,
07:23la existencia misma de la literatura
07:25é a prueba inequívoca de que a vida non basta.
07:28A vida non nos basta.
07:30A vida é demasiado pequena.
07:31A vida do hombre máis grande,
07:33da mujer máis grande,
07:34do Alejandro el Magno,
07:35de Marie Curie,
07:36non basta para a cantidad de sueños
07:39que temos os seres humanos,
07:40para a cantidad de potencias,
07:42de posibilidades,
07:44de curiosidades,
07:45de necesidades.
07:46Non basta.
07:47Música
07:48Música
07:49Música
07:50Música

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