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O presidente Lula autorizou o Itamaraty a acionar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica contra os EUA. A medida busca responder ao tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros e pode abrir uma nova frente de tensão no comércio bilateral. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00O Itamaraty acionou a Câmara de Comércio Exterior para avaliar a aplicação da lei da reciprocidade econômica contra os Estados Unidos com aval do presidente Lula.
00:11A medida pode resultar em retaliações ao tarifácio de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
00:19Para comentar esse assunto, eu vou à Brasília ao vivo com a repórter Fernanda Sete.
00:25Fernanda, primeiramente, bom dia para você. Seja bem-vinda ao Agora.
00:29Fernanda, essa medida, então, é uma tentativa, mais uma tentativa de destravar esse impasse entre Brasil e Estados Unidos.
00:40Exatamente, Paula. Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
00:43O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin em sua missão oficial no México ontem afirmou aos jornalistas
00:51que essa medida é, de fato, uma tentativa de destravar esse impasse, de destravar as negociações com o governo norte-americano.
01:01Pois o governo federal iniciou, de fato, esse processo que pode levar à lei da reciprocidade econômica contra os Estados Unidos
01:10por conta do tarifácio imposto pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.
01:16Então, o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que sim, que essa medida é uma tentativa de destravar os impasses,
01:23é uma estratégia para trazer de volta à mesa de negociação os Estados Unidos.
01:29O governo federal, a gente vem reparando nas suas falas aqui no Palácio do Planalto,
01:34em seus discursos que não vê abertura por parte dos Estados Unidos para seguir com as negociações,
01:40para seguir com o diálogo.
01:42Então, essa medida de aplicar a reciprocidade é, sim, uma forma de tentar trazer de volta os Estados Unidos para a mesa de diálogo.
01:53Isso quem falou foi, de fato, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin em uma entrevista que deu no México.
02:01A gente vem percebendo, a presidente Lua também vem falando,
02:04que não vê essa abertura da Casa Branca para as negociações.
02:08Então, foi confirmado, sim, que é, de fato, uma estratégia usada pelo governo brasileiro
02:14para conseguir avançar nas negociações com os Estados Unidos.
02:18Então, o Ministério das Relações Exteriores enviou a CAMEX, a Câmara de Comércio Exterior,
02:23um comunicado informando que o Brasil iniciou as consultas e medidas para aplicar a lei da reciprocidade econômica
02:32contra os Estados Unidos.
02:33E a CAMEX tem até 30 dias para enviar o relatório dizendo se essa medida será possível ou não.
02:42E caso, Paula, a CAMEX, a Câmara de Comércio Exterior,
02:47ela conclua mesmo que a base para o Brasil aplicar a reciprocidade,
02:52será criado agora um grupo de trabalho específicos para sugerir as contramedidas.
02:59Quais seriam essas contramedidas?
03:01Seria, por exemplo, claro, a aplicação de tarifas sobre bens e produtos
03:06e também seria também sobre a questão de medidas em áreas de propriedade intelectual.
03:13Então, seriam esses dois caminhos aí para que o Brasil consiga trazer de volta os Estados Unidos
03:19para a mesa de diálogo e tentar aí diminuir ou derrubar essa tarifa,
03:25essa sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros.
03:29E essa aplicação de impostos adicionais sobre os produtos brasileiros,
03:34lembrando aos nossos telespectadores, entrou em vigor agora no dia 6 de agosto.
03:39Então, sem ver aí uma abertura, uma brecha da Casa Branca,
03:44o Brasil iniciou esse processo de consulta aí juntamente à Câmara de Comércio Exterior
03:50para saber se é possível aplicar a lei da reciprocidade econômica,
03:55lembrando que foi aprovada pelo Congresso Nacional, já foi sancionada pelo presidente Lula,
04:01mas até então não tinha sido usada, não tinha sido mencionada como estratégia de negociação.
04:07E agora, depois sem ver, de fato, essa abertura, chegou a hora do governo.
04:12E a expectativa, viu, Paula, é que o governo envie ainda nesta sexta-feira,
04:18comunique às autoridades norte-americanas ainda nesta sexta-feira sobre o início desse processo.
04:25A gente continua, claro, aqui em Brasília acompanhando de perto esses desdobramentos
04:30e aguardando o governo federal notificar as autoridades norte-americanas,
04:34que tudo indica, será ainda hoje, sexta-feira.
04:37Eu volto com você, Paula.
04:39Muito obrigada, então, pelas suas informações.
04:41Fernanda Sete falando ao vivo de Brasília.
04:44E ela volta com a gente a qualquer instante aqui ao longo da programação do Agora.
04:48Bom trabalho, Fernanda.
04:50E hoje a Mariana Almeida, minha colega, está com a gente virtualmente.
04:56Então, Mari, bom dia para você.
04:58Bem-vinda ao Agora.
04:59Sempre um prazer falar contigo.
05:01Mari, em relação a esse tema que a Fernanda Sete trouxe da lei de reciprocidade
05:06que o governo federal autorizou, do ponto de vista econômico, na sua opinião,
05:11você acha que a estratégia é válida para voltar a chamar a atenção da Casa Branca?
05:16Porque o governo vinha reclamando que a Casa Branca não está dando a devida atenção
05:21para as tentativas de negociação daqui do Brasil.
05:25Bom dia, mais uma vez.
05:27Bom dia, Paula.
05:28Para você, para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
05:30Segunda-feira eu volto pertinho de você, viu, Paula?
05:33Que bom!
05:35Bom, então, do ponto de vista...
05:37Vamos lá, é importante dizer.
05:39Vamos separar o ponto de vista econômico do ponto de vista político
05:42e da lógica de estratégia de negociação.
05:45Por quê?
05:45Porque economicamente, a gente pensa qual que é o resultado econômico
05:50de uma aplicação de uma tarifa de reciprocidade.
05:52É ruim.
05:53É ruim tanto para a economia brasileira quanto para a economia americana.
05:56Porque a gente sempre diz, o processo de colocação de tarifas,
05:59o processo de qualquer...
06:02E agora, no caso, uma reciprocidade se pôr também pelo lado da questão
06:06dessa parte de propriedade intelectual,
06:10ele é um entrave aos processos, ao fluxo econômico de qualquer maneira.
06:14Então, ele provoca, sim, variações de preço, redução de vendas, instabilidade.
06:19Então, economicamente, é algo não desejável.
06:22A questão é que, como o que veio dos Estados Unidos no início foi exatamente uma tarifa
06:29que foi colocada por questões políticas, que não tinha base econômica,
06:33que prejudicava, inclusive, os consumidores norte-americanos,
06:37isso foi usado pelo governo brasileiro como uma forma de pressão,
06:41de alguma maneira criou-se, lá atrás, as exceções.
06:45E as exceções foram criadas, estou falando do suco de laranja, do ácido alumínio,
06:50tem vários produtos que entraram da parte toda da Embraer,
06:55acabaram saindo do tarifaço principal, entrar numa lista de exceções por pressão econômica.
07:01Ou seja, o argumento político inicial dos Estados Unidos,
07:04ele tem consequências econômicas, porque ele sai do político,
07:07mas impacta econômicas, inclusive, para os Estados Unidos.
07:10O governo brasileiro foi negociar, conseguiu algum espaço,
07:14principalmente naquilo que dentro dos Estados Unidos também ia ser muito pesado para eles o impacto,
07:20e aí abriu-se as exceções.
07:22Agora, na reciprocidade, o caminho é mais ou menos esse,
07:24é tentar criar uma situação suficientemente ruim, inclusive para os norte-americanos,
07:31para, de alguma maneira, trazer de volta.
07:33Essa é a ideia.
07:34Se for ruim também para eles, eles voltam a negociar, mas é uma aposta.
07:38É uma aposta, é uma aposta que coloca a nossa economia também em jogo,
07:41porque na tarifação vinda daqui, aí os consumidores brasileiros também podem ser impactados.
07:48A CAMEX provavelmente vai tentar analisar exatamente quais as possibilidades de ação,
07:53no caso do Brasil, que impactam mais os produtores norte-americanos
07:57do que os consumidores brasileiros.
07:59Essa é a mágica agora, tentar entender o que é que pressiona economicamente o lado de lá,
08:05para que a economia americana pressione a política americana,
08:08e que faça o menor dano possível aqui no Brasil.
08:12Pássio não será, e a gente segue nessas grandes instabilidades
08:15que têm marcado a atividade econômica no mundo a partir de Donald Trump.
08:19Paula.
08:20É isso, né, Mari?
08:22E, na verdade, você sempre comentou aqui, ao vivo, nos seus comentários aqui no estúdio,
08:27que essa tentativa de aplicar a lei de reciprocidade, ela já vinha sendo uma ameaça, né?
08:34Mas, por algum tempo, então, o Brasil conseguiu segurar a onda, esperou,
08:39mas agora não teve jeito.
08:40Eles estão, de fato, tentando chamar a atenção da Casa Branca
08:43e colocar os Estados Unidos, então, de volta à mesa de negociação.
08:47É, inclusive, pegando, talvez, o...
08:50Não sei se é nem um copo meio cheio, mas o dedinho de água ali no copo,
08:54desde que o Donald Trump fez o anúncio do Primeira Tarifa em relação ao Brasil,
08:59o Brasil conseguiu, politicamente, se organizar de maneira relativamente unificada
09:04para quem está aqui internamente, né?
09:06E o Congresso aprovou a lei de reciprocidade logo no início mesmo.
09:10Isso foi uma ação importante para colocar o país enquanto, de fato, Estado, né?
09:14Enquanto nação em processo de negociação com os Estados Unidos.
09:19E é isso.
09:20Você sabe que a lei de reciprocidade é escalar.
09:23É escalar e colocar mais setores que não necessariamente estão afetados agora
09:27dentro do pacote que será afetado.
09:29Por quê?
09:29Não por tarifa de lá, mas porque agora,
09:32produtos que vêm, que são insumos ou produtos finais
09:35para pessoas que estão aqui no Brasil, podem ser afetados.
09:39Então, essa escalada não era desejável.
09:41Agora, o governo entende que precisa pressionar até para os outros setores brasileiros
09:45que ainda não conseguiram entrar na lista de exceções.
09:48Então, acho que é isso.
09:50De novo, a aguinha meio cheia é que o Brasil está agindo de maneira mais unificada
09:53entre executivo e legislativo e seguindo processos, né?
09:57O envio para a CAMEX, o pedido, a análise.
10:00Isso é seguir processo.
10:01Processo é algo que aqui a gente está conseguindo manter,
10:03enquanto lá nos Estados Unidos é exatamente o que está faltando.
10:06Vias de negociação, vias de acordo e um ambiente institucional
10:10que esteja conjuntamente com o que as instituições podem fazer,
10:13cada uma aí no seu quadrado,
10:15atuando em prol de soluções, Paula.
10:19É isso, Mari.
10:20Obrigada, então, pela sua análise.
10:22A gente volta daqui a pouco com você.
10:23Obrigada.
10:23Obrigada.
10:24Obrigada.
10:25Obrigada.
10:26Obrigada.
10:27Obrigada.
10:28Obrigada.
10:29Obrigada.
10:30Obrigada.
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