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O apresentador Marcelo Favalli explicou a reunião de 5 de setembro em Pequim, que reunirá líderes da Rússia, Coreia do Norte e China. O encontro vai além das celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra e mostra como alianças estratégicas e cooperação econômica desafiam sanções e alteram o equilíbrio global.

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Transcrição
00:00A China anunciou que os presidentes da Rússia e da Coreia do Norte vão participar da parada militar em 5 de setembro em Pequim.
00:07Esse evento faz parte das celebrações pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
00:12No entanto, a presença dos três líderes juntos na tribuna de honra vai além das homenagens à vitória dos aliados em 1945.
00:21O Marcelo Favalli, que é apresentador do Conexão, está aqui para explicar para a gente quais são as intenções desse encontro aí, Favalli.
00:28Boa noite para você.
00:29Meu xará, Marcelo Torres. Lição número um da complexidade das teorias políticas.
00:35Para entendermos, temos de olhar para as entrelinhas.
00:39Às vezes as respostas, elas não estão na primeira página.
00:42A gente tem que virar para ver ali o verso do que está escrito.
00:46Boa noite. Boa noite a todo mundo que nos acompanha.
00:49Vamos começar com esta imagem, que aqui é uma montagem, mas que vai ser real daqui 10 dias.
00:57Porque é o seguinte, vão celebrar os 80 anos do final da Segunda Guerra.
01:01Na época, os então soviéticos, hoje representados pela Rússia de Vladimir Putin, foram preponderantes para a vitória dos aliados.
01:10Que na época, então, no palco do Pacífico, os japoneses, o então Império do Japão, naquele modelo,
01:17havia invadido o que era a unificada Península Coreana e parte da China.
01:24Então, faz sentido essa celebração, a memória daqueles que lutaram na Segunda Guerra Mundial,
01:31contra, na época, um inimigo comum, o Império Japonês.
01:35Só que hoje, essa aliança é muito maior e esse aqui não é mais um recado para o Japão.
01:42Vamos para a próxima arte.
01:43Agora, eu vou fazer junções destes personagens para a gente entender as alianças paralelas e depois todo mundo junto.
01:50Em 2024, Coreia do Norte e Rússia assinam um tratado mútuo de defesa,
01:59que, resumindo numa linha só, significa o seguinte, é uma cláusula de cooperação
02:04em que um auxilia o outro imediatamente em caso de uma agressão.
02:11Qual que é a vantagem da Rússia, que tem um exército muito maior do que a Coreia do Norte?
02:16Embora a Coreia do Norte seja o país mais militarizado do mundo,
02:22se a gente fizer uma conta da quantidade de pessoas, da população, que está inserida nas Forças Armadas.
02:28Mas vamos olhar um dado mais concreto, real, agora, contemporâneo.
02:33Esta operação militar, a guerra, a invasão da Rússia à Ucrânia,
02:37aparentemente teve ajuda, mais recentemente, de 11 mil soldados norte-coreanos.
02:44Eu estou colocando aqui tudo na condicional, porque esse aqui é um número dado por observadores internacionais.
02:51Os dois lados diretos aí envolvidos, a Coreia do Norte e a Rússia, jamais confirmaram esse número.
02:57Mas a Ucrânia diz que é verdade, porque, inclusive, capturou alguns desses soldados norte-coreanos.
03:03Agora, olhando essa relação que vai além da guerra na Ucrânia,
03:07a Rússia é fundamental para a parte da sustentação da Coreia do Norte,
03:14enviando para os norte-coreanos comida, combustível, dinheiro e desenvolvimento tecnológico.
03:22Eles têm um objetivo comum, claro que sim, demonstrar uma força política, militar,
03:28apesar das sanções que o Ocidente aplica à Coreia do Norte,
03:32que é um dos países mais sancionados do mundo, junto com Cuba e Irã,
03:36e agora, mais recentemente, contra a Rússia.
03:39Agora, tem mais personagens nessa história.
03:41Eu vou pedir a próxima arte para a gente ver outra combinação,
03:45que é da Coreia do Norte com a China.
03:48Aliás, uma relação muito mais antiga.
03:51Eles também têm um tratado mútuo de defesa de um auxiliar ao outro,
03:55assinado em 1961.
03:57Não vou dizer que a China é importante para a Coreia do Norte.
04:02A China é a espinha dorsal da Coreia do Norte.
04:06Existe uma ampla parceria em que a China sustenta praticamente tudo da Coreia do Norte
04:12em troca de alguns substratos que são mais comuns na Coreia do Norte.
04:18Estabilidade regional e uma zona de amortecimento.
04:22Amigos, amigos, peronou mútuo.
04:25Significa o seguinte, que a China tem a Coreia do Norte como uma zona tampão,
04:32porque a Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, o Japão,
04:37ficam mais distantes das fronteiras chinesas com esta barreira, entre aspas,
04:43dessa aliança Coreia do Norte com a China.
04:46Queria avançar mais uma tela agora para a gente fazer a terceira combinação
04:50que está faltando de Vladimir Putin com Xi Jinping, Rússia e China,
04:56que se tornou crucial para a Rússia com as sanções do Ocidente por conta da guerra na Ucrânia.
05:03Uma parceria estratégica e, como eles dois disseram, já sem limites, reorganizar a ordem mundial.
05:12Com este eixo, os Estados Unidos, a Europa Ocidental,
05:16ficam com menos força de ação a este novo panorama do Oriente.
05:22A gente viu isso durante a guerra da Ucrânia.
05:24Estamos vendo, aliás, porque a guerra não acabou.
05:26Um apoio econômico, a China é crucial hoje para a Rússia,
05:31para comprar tudo que a Rússia não vende mais para o Ocidente, por exemplo.
05:35E aí avancemos, vamos colocar todo mundo junto agora no mesmo balaio?
05:41Existe uma dinâmica trilateral?
05:43Existe, ela é muito curiosa.
05:45Posição cautelosa da China, que tem uma certa preocupação
05:49com uma aproximação entre Coreia do Norte e Rússia.
05:54É importante, como eu já mostrei?
05:56Claro, mas aí tira um pouco do protagonismo de Pequim naquela região,
06:00segundo a maior economia do mundo, e agora quem briga com os Estados Unidos
06:03pela hegemonia do século XXI.
06:05Mas, por outro lado, tem uma frente unida.
06:09Apesar da cautela chinesa, a coordenação entre os três
06:13cria um novo eixo de força no século XXI.
06:17Lembra daquela história de americanos e os soviéticos no século XX,
06:23o mundo bipartido, bipolarizado?
06:26Agora, essa bipolarização tem um outro personagem principal,
06:30chamado China, com este apoio dos seus vizinhos ali geográficos.
06:36Deixa eu avançar para a gente olhar também a uma questão econômica,
06:40porque não é apenas uma questão geopolítica e de defesa.
06:44Está aqui, olha.
06:46Houve um aumento do comércio entre Rússia e Coreia do Norte por conta da guerra.
06:53Existe uma relação íntima entre China e Coreia do Norte.
06:58E, claro, que a China passou a sustentar a Rússia depois das fortíssimas sanções do Ocidente.
07:05E, para a gente encerrar, olhando os três como uma proteção em que eles criaram entre si
07:12para redesenhar nova ordem mundial.
07:15A Rússia ganha suprimentos desses dois parceiros.
07:19A ditadura da Coreia do Norte, com ajuda paralela, ganha uma sobrevida, uma sobrevivência,
07:26porque ninguém tem coragem de atacar diretamente a Coreia do Norte,
07:30por causa desse auxílio, por causa das ogivas nucleares que o ditador tem.
07:34E a China tenda, depois, outros cães de guarda para criar um desgaste do Ocidente.
07:41Por isso que a geopolítica, a gente faz um paralelo com o tabuleiro de xadrez.
07:46Cada peça se move acompanhada de outras e uma movimentação parece pequena,
07:52mas ela vai ter um reflexo no futuro.
07:54E eles vão se encontrar em 5 de setembro.
07:57Amarrei tudo, espero ter sido claro, Marcelo Torres.
08:00Mais claro é impossível.
08:01Inclusive o Favalli é professor e a gente vê ele falando aqui, é sempre uma aula, né?
08:05Obrigado, obrigado.
08:06Alguma coisa tinha que servir.
08:08Até já.
08:09Até.
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