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O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a complementariedade econômica entre Brasil e México após assinatura de memorandos de cooperação. A ministra Simone Tebet reforçou a sinergia cultural e comercial. Acompanhe a análise de Raphael Coraccini.

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Transcrição
00:00E após a reunião da Comitiva Brasileira, ontem no México, como Fernanda Sete acabou de dizer,
00:06foi assinado o Memorando de Entendimento sobre Cooperação para a Agropecuária entre os dois países.
00:13Esse documento garante um intercâmbio de informações, de tecnologias e também de boas práticas,
00:18além da facilitação do comércio bilateral de produtos agrícolas.
00:23O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância da complementariedade econômica,
00:29mas também afirmou que os Estados Unidos seguem sendo prioridade. Vamos ver.
00:35As duas maiores democracias da América Latina, as duas maiores economias da América Latina.
00:43Muitas empresas brasileiras, inclusive aqui no México, fabricando aqui, investindo aqui,
00:49e uma boa complementariedade econômica.
00:52Nós podemos avançar mais na questão dos produtos agropecuários.
00:58Vamos cuidar da questão do PASIC, a renovação do contrato, um prazo mais longo, questões sanitárias.
01:07Na área industrial, boas possibilidades de novos investimentos recíprocos.
01:13Atualizarmos a CE53, que é o Acordo de Cooperação Brasil-México, deve ser atualizado.
01:20A CE55, que é o Acordo Automotivo, discutimos questão de indústria ferroviária, automotiva, aviação.
01:31Embraer tem uma importante empresa também aqui no México.
01:34Está avançando o Mercosul, Emirados Árabes, Canadá.
01:39Então, acho que esse é o bom caminho, né?
01:41Defender o multilateralismo e o livre comércio.
01:44E Estados Unidos é prioridade do Brasil.
01:48Nós temos 201 anos de parceria e amizade.
01:52Então, é diálogo e buscarmos avançar, fazendo aí um ganhe-a-ganhe em termos de complementariedade econômica.
02:01Também na comitiva, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
02:06destacou a importância de fortalecer as relações econômicas e culturais entre os dois países.
02:12Vamos acompanhar, então, o que ela disse.
02:15A gente foi habituado e cresceu, pelo menos a minha geração, dizendo assim,
02:19ah, o México compete com o Brasil, o Brasil compete com o México.
02:22E nós não poderíamos estar mais enganados em relação a isso.
02:25Nós estamos falando das duas maiores economias da América Latina.
02:28Nós estamos falando das duas maiores populações, enfim.
02:32E nós temos uma sinergia muito grande, é verdade.
02:34Eles têm belas praias e nós também.
02:36Mas uma não briga com a outra.
02:37Nós precisamos fortalecer o turismo, né, dos brasileiros vindo para o México,
02:42dos mexicanos conhecendo as praias belíssimas, né, do Nordeste, do Sudeste, do Sul do Brasil.
02:48E com isso, um dos pedidos aqui foi que o visto eletrônico venha o mais rápido possível,
02:52porque 100 mil brasileiros deixaram de vir nesses dois últimos anos,
02:57diante da dificuldade aqui para o México.
03:00Então, nós temos sinergia e disputas saudáveis que a gente se encontra, né, positivamente.
03:07Mas, nós temos uma complementariedade comercial impressionante.
03:13Por exemplo, nós, ambos os países, produzem muito açúcar.
03:18Nós não temos como exportar açúcar, nem temos como comprar açúcar.
03:22Mas eles precisam do etanol.
03:24Então, eles precisam dessa tecnologia de ponta que nós temos.
03:27Isso é bom para nós, porque quanto mais o mundo utilizar etanol, melhor para o meio ambiente,
03:32mais melhor para nós, porque nós vamos ter que produzir mais cana-de-açúcar.
03:36Então, quando a gente olha, né, a gente tem o cuidado de olhar com calma,
03:40a gente vê que o multilateralismo, ele é fundamental para o crescimento de todos os países.
03:47Então, neste momento em que nós temos ataques ao multilateralismo,
03:51nós temos barreiras tarifárias muito altas,
03:54nós temos política, muitas vezes, envolvida numa discussão que sempre foi econômica,
04:02passou da hora da América Latina como um todo, especialmente das maiores economias da América Latina,
04:07se darem as mãos.
04:08Na área de tecnologia e inovação, nós temos a Embrapa,
04:12nós temos todo o setor, por exemplo, do etanol.
04:15E eles estão muito avançados, porque tem uma presidenta que é física e está investindo muito em ciência,
04:23tecnologia e inovação.
04:25Então, da mesma forma como a gente empresta tecnologia do etanol,
04:29eles podem emprestar tecnologia naquilo que nós precisamos.
04:33Eles estão, assim, muito à frente em alguns pontos, o Brasil muito à frente em outros.
04:38E quem está comigo já aqui no estúdio nessa manhã de quinta-feira é o Rafael Coracini.
04:45Rafael, primeiramente, bom dia, tudo bem por aí?
04:47Bom dia, Paula. Tudo bem e você?
04:49Tudo ótimo. Obrigada por perguntar.
04:51Bom, Rafa, a gente viu, então, Fernanda Sete trazendo informações lá de Brasília, ao vivo,
04:56falando sobre essa comitiva de Geraldo Alckmin no México,
04:59agora entrevista também com a Simone.
05:02Em relação a essa visita, a gente vê que, sem os Estados Unidos,
05:07o foco agora do Brasil é, de fato, nos vizinhos.
05:10O México, sendo uma das maiores economias também da América Latina,
05:13já era esperada essa aproximação entre os dois países.
05:18Agora, do ponto de vista econômico, de fato, na sua opinião,
05:21dá para suprir a falta que os Estados Unidos fariam para o Brasil nesse sentido?
05:28Então, o Brasil está no caminho certo de focar nesse tipo de aproximação com o México,
05:34com o Canadá e com outros países também?
05:36Olha, Paula, é sempre difícil substituir um parceiro comercial do tamanho dos Estados Unidos.
05:41A maior economia do mundo já foi o maior parceiro comercial do Brasil,
05:46hoje tem uma representatividade um pouco menor,
05:49por conta da exposição que o Brasil criou nos últimos anos com relação ao mercado chinês,
05:54mas, ainda assim, os Estados Unidos é um grande parceiro comercial
05:58e o Brasil sempre dependerá das relações comerciais com a maior economia do mundo.
06:03Porém, tem como fazer alguns movimentos, sim, na direção de abrir novos mercados.
06:10O governo brasileiro se orgulha de ter aberto cerca de 400 novos mercados,
06:16principalmente para o agronegócio.
06:19O ministro Carlos Fávaro toca muito nesse ponto,
06:22fala que desde 2023 foram abertos 400 novos mercados para empresas brasileiras,
06:30100 mercados só neste ano, mas existe uma ponderação.
06:36Quase sempre esses novos mercados absorvem produtos de baixa intensividade e de tecnologia.
06:43Então, produtos como a carne brasileira encontram destino,
06:47como no México, por exemplo, a gente tem visto o avanço das exportações de carne brasileira para o México,
06:54em contrapartida às barreiras tarifárias que os Estados Unidos impôs à carne brasileira.
07:01Por outro lado, produtos de maior valor agregado que o Brasil produz ainda encontram dificuldades.
07:06A gente vê a WEG, uma das maiores empresas brasileiras na Bolsa de Valores,
07:11que coloca bastante valor agregado nos seus produtos, no seu maquinário industrial,
07:17enfrenta alguns problemas, cito a WEG por causa da sua relevância,
07:21mas vários outros agentes do mercado hoje sofrem, alguns mais, outros menos,
07:28exatamente por conta das restrições tarifárias e a dificuldade de você encontrar novos mercados
07:33que absorvam principalmente os produtos de maior valor agregado.
07:38México e Brasil têm economias que a gente dá para comparar.
07:42Eles, no mercado global, ocupam mais ou menos o mesmo espaço, como a ministra disse.
07:48São grandes produtores de commodities, exportam esse tipo de material
07:53e compram, muitas vezes, produtos industrializados de outros mercados.
07:57Talvez aí esteja a possibilidade.
07:59Mas o Brasil precisa que o México tenha interesse de desenvolver alguns pontos com relação às relações comerciais
08:09mais voltadas para essa questão dos produtos industrializados.
08:13Por enquanto, a questão está muito centrada no agronegócio.
08:17O vice-presidente do país, o Geraldo Alckmin, já mostrou preocupação com relação à indústria brasileira,
08:23como que o mercado global vai absorver o que o Brasil não está vendendo aos Estados Unidos.
08:29Por isso, eu acho que esse ponto da absorção dos produtos industrializados que o Brasil produz
08:34é um ponto a se prestar atenção.
08:37Tomara que o México venha absorver, sim, não só o México, mas o Canadá e tantas outras economias
08:42que estejam prontas para absorver essa produção que o Brasil não estará repassando aos Estados Unidos,
08:50como esteve até recentemente.
08:51É isso, Rafa.
08:53Obrigada, então, pela ótima análise.
08:55A gente segue acompanhando porque, com certeza, muitas novas negociações,
09:00é o que o Brasil espera, né?
09:01Muitas novas negociações vão sair, então, desse encontro, dessa comitiva no México
09:06e a gente segue mostrando por aqui.
09:08Obrigada e até já.
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