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O vice-presidente Geraldo Alckmin iniciou missão oficial no México para fortalecer relações políticas e comerciais. Em 2024, o comércio bilateral superou US$ 13 bilhões, com destaque para setores como agronegócio, automotivo e manufatura. Liborio Rauber, presidente da Câmara Brasil-México, analisou o potencial dessa aproximação.

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Transcrição
00:005 horas e 39 minutos, o radar está de volta.
00:04O vice-presidente, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
00:09embarca nesta terça-feira para uma missão oficial na Cidade do México.
00:14A viagem tem como objetivo fortalecer as relações políticas e ampliar os laços comerciais e de investimentos
00:21entre as duas maiores economias da América Latina.
00:24O ponto alto da agenda é a reunião com a presidente do México, Cláudia Sheinbaum, no Palácio Nacional,
00:30na quinta-feira, o último dia da missão.
00:33Em 2024, a corrente de comércio entre Brasil e México somou mais de 13 bilhões de dólares.
00:39O México está entre os principais parceiros comerciais do Brasil.
00:43Para falar sobre o potencial dessa aproximação, eu converso agora com o Libório Halber,
00:49presidente da Câmara do Brasil no México.
00:51Libório, boa tarde para você. Obrigado pela sua disponibilidade em conversar aqui com a gente.
00:56Libório, a gente vê que a presidente mexicana, Cláudia Sheinbaum,
01:00vem sendo habilidosa no trato com o presidente Donald Trump,
01:04embora seja uma política de esquerda, vem lidando bem com ele,
01:07que está no extremo oposto do espectro ideológico.
01:11E aí existe uma afinidade ideológica com o atual governo brasileiro.
01:16Como é que você vê esse clima político e todo o histórico,
01:19já de relação comercial entre os dois países, para avançar nessa relação comercial?
01:25Muito obrigado, Fábio. Prazer participar e aumentar mais, intensificar o negócio Brasil e México,
01:33a relação bilateral que a gente tem.
01:35Eu tenho uma experiência já como empresário aqui no México já de 20 anos.
01:38E nesses 20 anos, nos últimos dois anos, como você mencionou, 2024 e também contando 2023,
01:47é o período de maior abertura que eu tenho visto na relação bilateral dos dois países.
01:51Aumentado, intensificado muito em vários segmentos.
01:55Multissectorial, não unicamente em alimentos, mas também em produtos manufaturados.
01:59Então, essa relação aumentou muito mais, desde o anterior presidente Manuel Lopes Obrador,
02:06com o presidente Lula e agora também com Cláudia Scheinbaum,
02:08que assumiu e foi em outubro do ano passado, no dia 30, também participamos de todos os eventos,
02:15que tem intensificado já nesse ano muito mais a participação do Brasil.
02:19Em 20 anos, é a primeira vez que nós temos um superávit de exportação para o México
02:26contra a importação mexicana do Brasil.
02:29Então, está uma balança positiva para o Brasil, principalmente pelo agronegócio.
02:34E também depois pelo setor manufatureiro.
02:36Agora, a diferença do mercado mexicano com o brasileiro
02:39é que o México hoje já é um país de manufatura.
02:43Já a agricultura, a economia primária, não é o que manda na economia,
02:47o que manda é a indústria.
02:49E o Brasil, não. O Brasil tem a vocação agronegócio, agrotecnologia,
02:52que é o que vem apresentar como sendo um aliado estratégico
02:57e para intensificar o mercado mexicano internamente.
03:01Bom, os dois países já assinaram vários acordos,
03:04eles têm acordos de complementação econômica no setor automotivo, por exemplo.
03:09Em quais setores, em quais produtos você vê possibilidades maiores
03:14de estreitar essa relação entre Brasil e México?
03:17Em termos de competitividade mundiais, se a gente fizer um comparativo,
03:27no índice mundial de comércio, o México tem um índice 75 de abertura
03:34e o Brasil tem 34.
03:37Significa que o Brasil é muito mais fechado no mercado exterior,
03:40comparado com o mercado mexicano.
03:41Agora, sendo um país mais aberto para o mundo, outros mercados,
03:46claro, as empresas que querem estabelecer esse aqui,
03:49que é o que nós fazemos na Câmara,
03:51que é ajudar a empresa brasileira a se estabelecer,
03:54você vai ter um nível de competitividade muito maior,
03:56não só em preço, em qualidade, logística e outros fatores
04:00que você possa trazer de valor agregado.
04:03Então, agora, os setores que a relação está muito forte, bilateral,
04:07já dos últimos 15 anos para cá, é o setor automotivo.
04:11Tanto veículos já montados, quanto o setor de autopeças.
04:17Ou o mercado de reposição, o aftermarket, que é conhecido o mercado.
04:21Então, é nesses dois setores, a relação é muito forte
04:24e é o único setor que não tem taxação nas tarifas de importação e exportação,
04:30nos NCMs brasileiros, que aqui se chama Arancelhas.
04:33Então, esse é um setor que está totalmente aberto à porta de negociação bilateral.
04:37E outros setores têm um pouco mais de barreiras protecionistas pelo lado mexicano,
04:43como na tecnologia e nos alimentos.
04:45Agora, os alimentos foram abertos muito, a importação de proteína,
04:49que é o que vem muito à agenda brasileira dessas 190 empresas
04:52que estão participando, chegando hoje, aqui na Cidade do México,
04:55a participar dessas reuniões bilaterais.
04:57São dois dias de intensa agenda que nós estamos convidados por organismos mexicanos
05:04que quem organizou essa agenda, nós como brasileiros somos convidados a subir nessa agenda,
05:11nós estamos organizando.
05:13E, como Câmara, nós vemos potencial no mercado automotivo,
05:19no mercado proteína, no mercado soja, milho e também infraestrutura,
05:25até porque o México agora está num período muito forte de investimento e reinvestimento
05:29para a competitividade interna do país.
05:32Hoje, para saber, a gente está muito, muito próximo dos Estados Unidos,
05:37daqui da Cidade do México até nos Estados Unidos são 1.200 quilômetros.
05:41E é o maior sócio hoje comercial dos Estados Unidos, já é o México.
05:47É o maior exportador dos Estados Unidos, antes era a China,
05:50agora, nesse momento, já nos últimos dois anos, o México é o melhor aliado.
05:54E tem um tratado livre de comércio, nesse caso.
05:57Então, nós estamos no melhor momento para aproveitar as oportunidades de negócio,
06:01porque é multissectorial.
06:04O convite da agenda que vem, o vice-presidente Alckmin,
06:08não é unicamente no setor manufatura, mas também no setor motores,
06:13motores elétricos, já tem a presença de companhias brasileiras aqui,
06:17e outros setores mais que o Brasil tem uma competitividade,
06:20e o México, sim, necessita esse tipo de fornecedor na cadeia de valor.
06:26Agora, apesar desse estreitamento da relação recente entre México e Estados Unidos
06:32e da mencionada habilidade da presidente Claudia Sheinbaum em ir lidando nesse tarifaz com o Donald Trump,
06:39o México está fazendo o movimento que outros países também estão fazendo,
06:44de buscar depender menos do mercado americano, olhar para o lado,
06:49valorizar outros parceiros comerciais, tentar expandir as relações com eles.
06:54O México está aberto também a esse processo?
06:56Sim, o Brasil, na balança comercial, o cliente principal é a China,
07:04são 35%, anda entre 33% e 35%, oscilando na participação.
07:10Já no caso mexicano, a participação na exportação de cada 100 dólares exportados pelo México,
07:1582 dólares vão para o mercado dos Estados Unidos.
07:20Então, depende muito já do mercado norte-americano,
07:22e, nesse caso, o México também está buscando outras áreas para diminuir
07:27ou intensificar a presença em outros países.
07:31Dentro da filosofia, dentro da agenda que nós temos da Câmara,
07:35da BramexCAM, que é a Câmara Brasil-México,
07:38é também promover o México a outros países, não unicamente o Brasil.
07:42E, claro, vendo muito pelo interesse do Brasil dentro do México.
07:45Somos a Câmara oficial aqui no país.
07:47E, comparativo com o mercado chinês,
07:53já faz praticamente três anos que o México passou a ser o principal jogador estratégico para os Estados Unidos.
08:02E aqui se vive, se respira,
08:05todo mundo sabe, você pode perguntar para qualquer pessoa,
08:08todo mundo sabe qual é a cotação do dia do câmbio, do dólar.
08:12Por quê?
08:12A economia depende muito também dessa transação.
08:15Só para você ter uma ideia, Fábio,
08:17por minuto, o mercado bilateral transaccional entre o México e os Estados Unidos
08:22é 1,2 milhões de dólares por minuto.
08:26Por minuto.
08:28É incrível.
08:29Todo o que se exporta e importa,
08:31e todo o valor agregado e serviços que se chama maquila,
08:34que o México presta para os Estados Unidos.
08:36Tanto em alimentos, quanto em manufatura.
08:40Inclusive, logo após o anúncio do tarifaço,
08:43havia expectativa de organismos internacionais de que o México seria um doce,
08:48ou mais afetado por esse tarifaço.
08:51Depois, muita coisa aconteceu, muita água passou por baixo da ponte,
08:54está agora o Brasil com a maior tarifa do mundo, ao lado da Índia.
08:58E o México numa outra posição aí.
09:01Claro, existe um nível muito diferente de dependência dos americanos
09:04em relação ao produto mexicano também.
09:06Mas a gente aguarda, então, o andamento das conversas aí nos próximos dias
09:12entre representantes do governo e do setor privado dos dois dias.
09:17Eu agradeço a você, Libório Halber, presidente da Câmara do Brasil do México,
09:20pela gentileza da entrevista.
09:22Muito obrigado.
09:22É um prazer.
09:23Muito obrigado.
09:24Muito obrigado.
09:25Obrigado.
09:25Obrigado.
09:25Obrigado.
09:26Obrigado.
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