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No Check Up desta semana, o Dr. Cláudio Lottenberg conversa com a reumatologista Dra. Evelin Goldenberg sobre a fibromialgia. Eles abordam os principais sintomas da doença, fatores de risco, estratégias de manejo e os avanços no diagnóstico e tratamento, trazendo informações essenciais para compreender melhor os impactos da fibromialgia na saúde e na qualidade de vida.
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NotíciasTranscrição
00:00Bora falar de fibromialgia?
00:04Dores frequentes nos músculos, tendões e ligamentos,
00:09problemas cognitivos, distúrbios do sono e cansaço excessivo.
00:14Esses são alguns dos sintomas da fibromialgia,
00:17uma condição crônica que afeta milhões de pessoas de todas as idades em todo o mundo.
00:23No check-up de hoje, o Dr. Cláudio Lutenberg recebe a reumatologista do Hospital Israelita,
00:28Albert Einstein, Evelyn Goldenberg, autora do livro O Coração Sente, O Corpo Dói.
00:34O que é fibromialgia? Qual a relação da doença com a saúde mental?
00:38E como realizar o tratamento corretamente?
00:41Fique ligado, o check-up já está no ar.
00:49CECAP Jovem Pan, com o Dr. Cláudio Lutenberg.
00:54Kevin, seja muito bem-vindo.
00:56Muito obrigada, Cláudio, pelo convite.
00:57Vamos pelo princípio. O que é a fibromialgia?
01:01É, eu sempre gosto de, antes de te responder isso, fazer uma pergunta para quem está nos ouvindo.
01:07Você tem dor no corpo todo?
01:09Uma fadiga inexplicável?
01:11Você dorme mal?
01:13Acorda cansado?
01:14Sente formigamento nos braços e pernas?
01:17Dor de cabeça e tonturas?
01:19Rodou múltiplos médicos?
01:21Fez múltiplos exames que não deram nada ou não justificaram a sua queixa?
01:26Pense, você pode ter fibromialgia.
01:30Ela é uma das grandes síndromes de amplificação dolorosa.
01:35Onde a pessoa tem dores em várias partes do corpo, um cansaço inexplicável.
01:42Ou seja, ela tem um cansaço muito além do que ela fez.
01:46Dorme ou não dorme e acorda cansada?
01:51Vamos lembrar cansado também, porque homens podem ter também fibromialgia.
01:55Muitas vezes, sensação de formigamento em braços e pernas, sensação de inchaço no corpo
02:01e algumas síndromes associadas, como a síndrome do cólon irritável,
02:06onde a pessoa horas tem diarreia, horas prisão de ventre.
02:10A síndrome da bexiga irritável, a pessoa faz várias vezes por dia xixi,
02:15crente que tem infecção urinária e também não tem.
02:19E a disfunção de ATM, ou seja, da articulação temporomandibular,
02:24causando muita dor de cabeça.
02:26Quer dizer, na verdade, o paciente pode apresentar uma série de sintomas e uma série de sinais.
02:32Uma série de sintomas e sinais, que inclusive muitas vezes se confunde com outras doenças.
02:37A gente vê muito pacientes que têm fibromialgia e recebem diagnóstico de artrite reumatoide,
02:43outros que têm lúpus, que na verdade não têm lúpus, são fibromiálgicos.
02:47Então existe uma grande confusão nesses diagnósticos,
02:50porque várias doenças reumáticas começam com sintomas muito parecidos
02:55e, na verdade, a gente sabe que alguns médicos examinam rápido,
03:00se baseiam nos laudos de exames e daí você vê os mais diversos diagnósticos.
03:05Até pouco tempo atrás, pouco se falava da fibromialgia.
03:09Você acha que a fibromialgia é subestimada ou ela é até confundida com algum outro tipo de doença?
03:16Com certeza sim, Cláudio, porque o que acontece?
03:19A fibromialgia tem como diagnóstico exclusivamente uma consulta bem feita.
03:25Então o diagnóstico é fundamentalmente clínico, onde você vai tirar a história do paciente,
03:33mas uma história não só física.
03:35Por exemplo, está doendo, está cansado, dorme, não dorme.
03:39Uma história também do ponto de vista emocional.
03:42Como foi a sua infância?
03:44Como foi a sua adolescência?
03:46Como é a sua vida hoje no dia a dia?
03:48Como está você no ambiente que você vive, no seu trabalho?
03:52Porque muitas vezes um estresse emocional pode ser o que deflagrou a crise de fibromialgia.
03:59A partir de você fazer uma hipótese diagnóstica, você vai solicitar os exames.
04:05Então vamos refrisar isso.
04:08A partir de uma hipótese diagnóstica, você vai pedir os exames.
04:13Por que é importante a gente frisar isso?
04:16Porque na área da reumatologia, você tem muitos exames alterados em pessoas normais.
04:23Exemplificando dois.
04:25Você pode ter FAM positivo em baixos títulos e até 13% na população normal.
04:31Se você pegar, por exemplo, 10 pessoas que não têm dor nas costas
04:35e submeter a uma ressonância de coluna lombar,
04:3830 vão ter no laudo hérnia de disco.
04:40Então vamos voltar agora para o fibromialgia.
04:43Ele fala que tem dor no corpo todo, inclusive nas costas,
04:47um cansaço muito grande, pelo estresse ele até está perdendo um pouco de cabelo.
04:52O médico tirou aquela historinha mais ou menos, mal examinou,
04:55foi lá, pediu a ressonância lombar ou FAM.
04:58Pronto, vem na ressonância a hérnia.
05:01O que o médico vai falar?
05:02Ah, está vendo?
05:03Você está com essa dor aí por causa da hérnia.
05:05Manda o coitado do paciente fazer RPG 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10 RPGs.
05:11Resolveu.
05:11Não porque ele está com o diagnóstico errado.
05:13O médico está tratando o laudo do exame e não o doente.
05:16A partir daí, ele vai piorando.
05:19Fala, meu Deus do céu, isso aqui não sairá nunca.
05:21Ah, então agora você vai operar a coluna.
05:22Então a quantidade de cirurgias desnecessárias que você vê e diagnósticos errados
05:29pela falta da anamnese e o exame físico corretos,
05:33trazem tanto o superdiagnóstico, ou seja, o médico às vezes nem sabe o que tem
05:39e fala que é fibromialgia, e o subdiagnóstico ou diagnóstico errado.
05:45Quer dizer, pelo que você está explicando, o diagnóstico da fibromialgia depende de uma anamnese,
05:50ou seja, um exame clínico, uma avaliação com profundidade, um diálogo profundo com o paciente.
05:56Isso me faz entender que o conhecimento da fibromialgia, a rigor,
06:02deve ser algo que diz respeito não só ao reumatologista, mas ao clínico geral.
06:06Sim, um bom clínico teria que dar o diagnóstico da fibromialgia,
06:10mas infelizmente a gente vê até vários clínicos e próprios reumatologistas que não dão.
06:15A população tem que entender que a fibromialgia é um diagnóstico clínico
06:20onde os exames basicamente são para afastar outras doenças com sintomas parecidos.
06:27Então, por exemplo, uma tiroide descompensada pode dar dor no corpo e fadiga.
06:33Então você vai pedir exames da tiroide para afastar outra doença.
06:39Uma artrite reumatóide pode começar com uma dor no corpo e uma fadiga.
06:43Então você vai pedir provas inflamatórias, uma pesquisa, por exemplo,
06:47para artrite reumatóide, para afastar essa doença.
06:51A partir daí você vai concluir o diagnóstico.
06:55Agora, exames laboratoriais que você está fazendo,
06:58sem nem saber por que está fazendo, vão te trazer erros diagnósticos.
07:03Quando os pacientes são operados de síndrome do túnel do carpo
07:07e que na verdade não precisariam, porque ele fala para o médico
07:10que está formigando o braço e perna, o médico faz aquela eletromiografia
07:15que vem uma síndrome do túnel do carpo leve que não tem nada a ver com o caso
07:20e fala, olha, vai operar.
07:22Então a quantidade de erros pela falta da anamnese do exame físico bem feito
07:27é monstruosa.
07:29Desde cirurgias de coluna, cirurgias de síndrome do túnel do carpo.
07:34Outra coisa que é muito interessante na fibromialgia,
07:36é o custo que ela gera para a sociedade, porque você imagina esse paciente
07:41que não tem diagnóstico, ele procura inúmeros serviços médicos
07:45desnecessários também.
07:47Por quê?
07:48Começa a doer o peito e formigar o braço esquerdo,
07:50o que ele acha que está acontecendo?
07:52Estou infartando.
07:53Vai no pronto-socorro uma vez, duas vezes, três vezes,
07:56achando que está infartando e não está.
07:58Ele está com dor de cabeça e com tontura,
08:00o que ele acha que ele está tendo?
08:01Um AVC, um derrame, também não está.
08:03Então, é uma doença que, quando não diagnosticada,
08:06traz um impacto muito grande para o portador,
08:10para os familiares e para o próprio serviço de saúde.
08:13Você falou que o estresse ou alguma situação emocional
08:15pode desencadear o quadro da fibromialgia.
08:19Eu queria agora, talvez, que você explicasse o contrário.
08:23Se a fibromialgia pode ter uma repercussão importante,
08:27levando a quadros de depressão, ansiedade,
08:30existe esse tipo de evolução?
08:31Muito, Cláudio.
08:33Porque, veja, uma vez que esses pacientes rodam múltiplos médicos,
08:39fazem múltiplos exames,
08:40que, em geral, não justificam as suas queixas,
08:43eles caem num descrédito deles próprios e da família.
08:48Fica assim, os familiares.
08:49Mas, espera aí, o que você tem?
08:51Que você roda tanto médico, faz tanto exame e não dá nada?
08:54Isso aí é coisa da sua cabeça.
08:57Ele vai rodando médicos que também falam,
08:59ah, você não tem nada.
09:00Então, muitos desses pacientes entram em depressão,
09:03em crises de ansiedade,
09:05porque eles passam a acreditar que eles têm uma coisa tão rara e tão grave
09:09que ninguém consegue dizer o que eles têm.
09:12Então, muitos pacientes desenvolvem quadros de depressão e ansiedade extrema
09:17por não saberem o que têm e pela falta do diagnóstico correto.
09:21A fibromialgia afeta de 2% a 4% da população em todo o mundo.
09:29No Brasil, estes números chegam a 3%.
09:32Em sua maioria, mulheres entre 30 e 55 anos.
09:37E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia,
09:40de 10 pacientes com a doença,
09:42de 7% a 9% são mulheres.
09:45Em decorrência da falta de explicação para a origem da fibromialgia,
09:49apenas 2,4% dos portadores são diagnosticados e tratados corretamente.
09:56Quando a gente fala com os reumatologistas,
10:00eles falam muito sobre imunossupressão,
10:02uso de anti-inflamatório não hormonal,
10:05uso de anti-inflamatório hormonal.
10:08Como você trata a fibromialgia?
10:10Existe uma combinação entre anti-inflamatório e analgésico?
10:14Como é que a gente lida no dia a dia no aspecto medicamentoso?
10:18Essa pergunta é excelente, Cláudio,
10:20porque, assim, a primeira coisa,
10:22não se usa anti-inflamatório e corticóide em fibromialgia, tá?
10:25Até o momento, ela não é considerada uma doença inflamatória.
10:31Inclusive, já tem alguns trabalhos,
10:33isso é bem bacana, uma coisa que eu estou te passando bem nova,
10:37mostrando que em torno de 30% de pacientes com fibromialgia,
10:42em especial quando associados a algumas doenças autoimunes,
10:45como o Jogren, ou que apareceu após o Covid,
10:49estão tendo um quadro chamado neuropatia de fibras finas.
10:54Então, já está se estudando esse ramo na área de fibromialgia.
10:59E agora, nesse Congresso Europeu de Rheumatologia,
11:02o EULAR, que foi agora em junho,
11:04já está se apresentando alguns trabalhos
11:06questionando se quadros graves de fibromialgia
11:09não possam ter algum componente autoimune.
11:12Mas, em relação à autoimunidade,
11:14não se provou nada até o momento ainda,
11:16então o tratamento não é feito com anti-inflamatórios e com corticóides.
11:20Daí você me pergunta, mas tem um tratamento padrão de fibromialgia?
11:24Não tem, porque cada caso é um caso aqui também.
11:27Se você tem um paciente que predomina a dor,
11:30é diferente de um tratamento de um paciente que predomina a fadiga,
11:34é diferente de um paciente até que predomina um quadro de depressão,
11:37que se associa em torno de 25% a 50% dos casos.
11:41Mas, em vias de regra,
11:43antidepressivos, estabilizadores do humor,
11:46analgésicos, já tem trabalhos com o canabidiol
11:50no tratamento de fibromialgia,
11:53mas a gente sabe claramente que anti-inflamatórios e corticóides
11:57não devem ser usados nessa doença.
12:00E aí vem até uma coisa interessante,
12:02quando chega um paciente no seu consultório que fala,
12:04ai, doutor, eu tenho uma dor no corpo todo,
12:07uma coisa horrível,
12:08eu só melhoro quando eu tomo corticóide,
12:10o médico diz que eu tenho fibromialgia.
12:12Esse é um que pode estar com o diagnóstico errado,
12:15porque a polimialgia reumática, por exemplo,
12:17pode dar sintomas muito parecidos e ela melhora com corticóide.
12:21Então, aí vem algumas confusões
12:23e quando o paciente chega no seu consultório e te fala isso,
12:26já te alerta que ele realmente pode estar com o diagnóstico equivocado.
12:30E onde entra terapia cognitiva comportamental?
12:33Isso é muito importante para o paciente com fibromialgia,
12:37porque imagina você que o paciente desenvolveu por um estresse emocional.
12:43Agora, dando um exemplo bem prático da vida, tá?
12:46Ele está trabalhando no mundo corporativo
12:48e ele tem aquele chefe que ele não gosta,
12:50ou ela não gosta.
12:52E ela fala, ai, meu Deus do céu,
12:53todo dia que eu vou trabalhar,
12:54eu vejo a cara daquele chefe,
12:55meu Deus, me dá um negócio,
12:57me começa a doer o corpo todo.
12:59Daí eu faço a pergunta,
13:00tudo bem, você pode levar um emprego?
13:01Ah, não posso, então.
13:03Você pode, vai trocar de chefe?
13:04Ah, então, também não vou.
13:05Então, você tem que fazer terapia
13:08para se adaptar melhor à sua realidade
13:11e passar, encarar melhor o seu chefe.
13:15Isso é terapia cognitivo comportamental,
13:18é você aprender a mudar o seu comportamento
13:21frente a um agente estressor
13:24para que você fique bem com você mesma.
13:27Ou até para você aceitar a sua doença.
13:32Ai, mas eu não vou sarar nunca.
13:35Ai, meu Deus do céu,
13:36acho que eu vou morrer disso.
13:37Não.
13:37Você tem que mudar o seu pensamento
13:40em relação a você mesma
13:42e entender que você pode melhorar
13:44e você pode ser uma pessoa normal.
13:47Isso a terapia cognitiva ajuda.
13:49Agora, veja,
13:50a gente tem que tomar muito cuidado,
13:51Cláudio, você sabe,
13:52eu trabalhei como reumatologista
13:54no contratado do Einstein
13:56por 10 anos
13:57no setor de medicina do trabalho
13:58e a gente tem que tomar cuidado
14:00com aquelas pessoas
14:01que têm ganho secundário da doença.
14:03Porque isso é um problema, né?
14:04Aquela pessoa que se vale da doença.
14:06Quer dizer,
14:07eu tive um caso com o Sórcio
14:08que é interessante até sobre isso,
14:09a gente também viu em alguns funcionários.
14:11Eu atendi uma mãe
14:13que tinha três filhos homens
14:14que só davam bola para ela
14:15quando ela dizia
14:16que ela estava muito mal.
14:17Ai, meus filhos só me dão bola
14:18quando eu fico reclamando.
14:19Ela vai sarar?
14:21Tem terapia que resolva?
14:23Quem tem que fazer terapia
14:24é os filhos para darem bola para ela.
14:26Algumas pessoas têm vantagens.
14:31Isso se chama ganho secundário da doença.
14:33Mas daí isso aqui
14:34não é só em fibromialgia
14:35é em qualquer coisa.
14:36Daí não tem terapia que resolva, né?
14:39É complicado.
14:39Você falou a respeito
14:40de fatores agressores, né?
14:42E eu queria saber
14:43em cima da alimentação.
14:45A alimentação interfere?
14:46Ela pode desencadear?
14:48Pode melhorar?
14:49Como é que você orienta isso?
14:50Na verdade, a alimentação
14:52pouco muda a fibromialgia.
14:55Claro, algumas atitudes
14:56como você manter o peso,
14:58você comer uma alimentação saudável,
15:01é bom para tudo.
15:02Hoje a gente sabe
15:03que a obesidade
15:03é um problema global.
15:06Na área da reumatologia,
15:07a obesidade é quase um caos, né?
15:09Porque você imagina
15:11que independente da fibromialgia
15:13com envelhecimento,
15:15as pessoas perdem a massa muscular,
15:17as pessoas têm osteoartrose,
15:19que é o desgaste,
15:20as pessoas têm doenças inflamatórias
15:22e as pessoas têm fibromialgia
15:24e elas estão obesas,
15:26sobrepeso,
15:27aquilo não vai piorar a dor dela?
15:29Claro que vai.
15:29Vai piorar a dor da fibromialgia,
15:31da artrose,
15:31da coluna,
15:32de tudo.
15:32Inclusive,
15:33tem trabalhos
15:34com alguns medicamentos
15:35que fazem emagrecer
15:37que diminuíram
15:38índices inflamatórios.
15:40Quer dizer,
15:40obesidade é uma doença
15:41inflamatória,
15:42inclusive.
15:43Então,
15:43se apresentou isso no olhar,
15:44assim,
15:44é bacana,
15:45porque a população
15:46tem uma ciência,
15:46por exemplo,
15:47apresentaram a utilização
15:48de um determinado medicamento
15:50para a redução do apetite
15:53em pacientes com artrite reumatóide
15:54e se viu que baixou
15:55os níveis de inflamação.
15:56Então,
15:57a perda de peso
15:58em todas as doenças reumáticas
16:00é importante
16:01e, evidentemente,
16:02na fibromialgia também,
16:04lembrando que também
16:05você ficando magrinho,
16:07arrumadinho,
16:08a sua autoestima melhora,
16:10você vai se sentir melhor
16:11como um todo.
16:12E atividade física?
16:14Qual é a correlação?
16:16É recomendado,
16:16prejudica?
16:18É bom?
16:18Então,
16:19é legal essa pergunta.
16:20Quando o paciente
16:21está em muita crise
16:23e você fala,
16:24você vai fazer
16:25atividade física,
16:26ele fala,
16:26não vou não,
16:27não vou,
16:28não vou porque eu vou piorar.
16:29Ele está mentindo?
16:29Não,
16:30não está.
16:30Ele está falando a verdade.
16:33Fibromialgia é um problema
16:34com a atividade física,
16:35porque toda a literatura,
16:37a prática médica,
16:38nós médicos,
16:39todo mundo,
16:39a gente fala
16:40que ele tem que fazer.
16:41Mas quando o paciente
16:42me fala,
16:43doutor,
16:43o que eu tenho que fazer?
16:45A primeira pergunta,
16:45eu pergunto.
16:47O que o senhor gosta de fazer?
16:48O senhor gosta de dançar?
16:49O senhor gosta de fazer pilates?
16:51O senhor gosta de fazer yoga?
16:53O senhor gosta de musculação?
16:54O que o senhor gosta?
16:55Isso é o número um.
16:57Ah,
16:57eu não gosto de nada.
16:58Ah,
16:58então vai ter que começar
16:58a gostar de alguma coisa.
17:00Então,
17:00o que eu recomendo?
17:01Iniciar uma atividade física,
17:03em geral,
17:04a que ele gosta,
17:06de caráter lento
17:07e progressivo.
17:09Eu sempre falo
17:09para o paciente
17:10com fibromialgia,
17:12se uma pessoa normal
17:13faz aquele famoso
17:14três séries de 15,
17:16você começa
17:17com uma série de 10
17:18e já está muito bom.
17:19Então,
17:20tem que ser uma coisa
17:20de caráter lento
17:22e progressivo,
17:23porque todo o excesso
17:25aumenta a dor
17:26e a fadiga,
17:27em especial
17:28quando ele está
17:29começando
17:30aquele tratamento.
17:32Mas a atividade física
17:34é fundamental
17:35e sem dúvida
17:36nenhuma
17:37para qualquer um,
17:38porque a partir
17:39dos 40 anos
17:39a gente começa
17:40a perder a massa muscular,
17:41que é a sarcopenia
17:43e isso vai impactar
17:44na sua autonomia
17:46na velhice.
17:47Eu sempre brinco um pouco,
17:48Cláudia,
17:49assim,
17:49com o paciente.
17:51Você faz um investimento
17:52financeiro
17:53para autonomia
17:54na sua velhice?
17:55Claro,
17:55doutor,
17:56que eu faço.
17:56Então,
17:57e você investiu
17:58no seu banco de músculos
17:59para você ter autonomia
18:01na sua velhice?
18:03Porque senão,
18:04você não vai conseguir
18:04levantar da cadeira.
18:06Você não vai conseguir
18:07andar.
18:09E daí,
18:09tudo aquilo
18:09que você guardou
18:10de dinheiro
18:10para pagar o cuidador
18:11para te tirar
18:12da cadeira.
18:13Então,
18:13a gente tem
18:14que sempre
18:15orientar,
18:17estimular
18:18que todo
18:19e qualquer paciente
18:20faça uma atividade física.
18:22A diferente
18:23é que no fibromiálgico
18:24tem que ser lento
18:25e progressivo.
18:27Interessante.
18:27A doutora Everly
18:28chama atenção
18:28para aquilo
18:29que ela chama
18:29de investimento
18:31na musculatura,
18:32o seu banco de músculo,
18:33fundamental
18:34para as questões
18:35do envelhecimento.
18:36E para nós
18:36que acompanhamos
18:37aquilo que há
18:38de ponta
18:39e novo
18:40em termos
18:40de tecnologia,
18:41alguma coisa
18:42de diferente
18:43que você pudesse
18:43registrar
18:44em termos
18:45de terapêutica
18:46ou mesmo
18:46de medicina
18:47de precisão?
18:48Olha,
18:48Cláudio,
18:49sim.
18:49Você sabe
18:50que hoje
18:51no consultório
18:52a gente adquiriu
18:53algumas tecnologias
18:54que ajudam
18:55a aumentar
18:56em até 25%
18:57a massa muscular
18:58nas áreas
18:59que a gente
19:00aplica
19:00e queima
19:0130%
19:02da gordura
19:03nas áreas
19:03inclusive visceral.
19:05A gente tem
19:06uma aderência
19:06muito grande
19:07disso nos pacientes
19:08reumáticos
19:09porque imagina
19:11que o paciente
19:11tem muita dor
19:12no joelho,
19:13por exemplo,
19:14e você fala
19:14que ele tem
19:15que iniciar
19:15uma atividade física,
19:16uma pessoa
19:17que praticamente
19:18nunca fez nada
19:19e tem que iniciar.
19:20Quando ele inicia
19:21naquele momento
19:22ele tem muita dor.
19:24Então a tecnologia,
19:25como a pessoa
19:26fica deitada
19:27e a máquina
19:28ela faz
19:29essa massa muscular,
19:32quando ele vai
19:33para a atividade física
19:34ele já está
19:34melhor preparado.
19:36Então isso é uma tecnologia
19:37que a gente trouxe
19:38para o consultório
19:39e os pacientes
19:40estão tendo
19:40uma grande melhora
19:42na questão
19:44dessa musculatura.
19:45Eu tenho vários pacientes
19:46que não conseguiam,
19:48por exemplo,
19:48empresários,
19:49que não conseguiam
19:50andar numa feira
19:52para ver novas
19:53tecnologias inclusive
19:54e que aderiram
19:55a essa nova tecnologia
19:57e hoje eles estão
19:58conseguindo
19:58uma liberdade
20:00muito boa.
20:00Eu falo que
20:01o investir na saúde
20:03é um investimento,
20:04não é um gasto.
20:05Muita gente acha que
20:07mas eu vou gastar
20:08para isso.
20:08Não, não.
20:08Você está investindo
20:09para a sua autonomia futura.
20:12É muito diferente.
20:14Não é só envelhecer,
20:15mas envelhecer
20:16com qualidade.
20:16Envelhecer com qualidade.
20:17Eu falo que não adianta
20:18ter dinheiro no banco
20:19e não conseguir
20:19levantar da cadeira.
20:20Onde você investiu
20:21na sua musculatura,
20:23no seu bem-estar,
20:25no seu físico.
20:26Isso é fundamental
20:27para qualquer doença reumática,
20:29aliás,
20:29para qualquer doença.
20:30Nós temos o nosso
20:31check-up,
20:31Evelyn.
20:32Algumas perguntas
20:33dentro da sessão
20:34de mitos e verdades,
20:36que é feito
20:36de maneira
20:37quase que telegráfica.
20:39Então,
20:39eu pergunto
20:40e você responde.
20:41Vamos sentar?
20:41Claro.
20:43Mitos e verdades.
20:48Fibromialgia
20:49é um tipo de artrite?
20:50Não.
20:51Não é um tipo de artrite,
20:53é uma amplificação dolorosa.
20:54Pode ser vista
20:55como uma doença imaginária?
20:57Muitas pessoas pensam
20:59que sim,
21:00porque como os exames
21:00não normais,
21:02quem não entende
21:02sobre a doença
21:03acha que a pessoa
21:04está imaginando.
21:05Mas eu quero frisar
21:06que ela é uma doença real
21:08e que causa
21:09um imenso sofrimento
21:10ao paciente
21:11e aos familiares
21:13que estão em volta.
21:14Fibromialgia
21:15pode levar à morte?
21:16De jeito nenhum.
21:17Ela não é uma doença
21:18potencialmente fatal,
21:19mas ela causa
21:20um prejuízo enorme
21:22na qualidade de vida.
21:23Inclusive,
21:23tem um trabalho,
21:24Cláudio,
21:25super bacana,
21:25comparando qualidade de vida
21:27de pacientes
21:28com fibromialgia,
21:29HIV positivo,
21:31doença pulmonar obstrutiva crônica
21:33que usa torpedo de oxigênio
21:35e, para a surpresa,
21:36o que pior qualidade de vida
21:38tem é o fibromiálgico.
21:40Fibromialgia
21:40pode ser entendido
21:42como a doença
21:42de quem não tem o que fazer?
21:44De forma alguma.
21:45Isso aqui
21:46é um absurdo
21:48que a gente escuta
21:49às vezes
21:50alguns parentes falando
21:51ah,
21:52não faz nada,
21:54falta de tanque,
21:55falta do que fazer.
21:56Não,
21:56coitada da pessoa,
21:57ela está sofrendo horrores
21:58e ainda tem que escutar
21:59esse absurdo.
22:00É lamentável, né?
22:02E o clima
22:02interfere na dor
22:04da fibromialgia?
22:05Muito.
22:05Particularmente
22:06o frio e a umidade.
22:07Agora,
22:07com esse frio,
22:08os pacientes estão sofrendo
22:09bastante nesse momento.
22:11Fibromialgia compromete
22:12mais mulheres?
22:13Compromete mais mulheres,
22:15mas homens
22:16também têm fibromialgia.
22:17Eu gosto de frisar isso,
22:19porque você sabe
22:19que o fibromiálgico
22:21homem sofre mais
22:22que a mulher.
22:23Primeiro,
22:23porque nem ele acredita
22:25que ele tem isso.
22:26Porque como se mistificou
22:27que a fibromialgia
22:28é uma doença de mulher,
22:30quando você fala
22:30para um homem
22:30que ele tem fibromialgia,
22:31ele diz,
22:32ai meu Deus do céu,
22:32tem doença de mulher?
22:33Não,
22:33não tem.
22:34Você tem uma doença
22:35que compromete homens
22:36também.
22:36bem,
22:38essa foi a doutora
22:39Evelyn Goldenberg
22:40que nos falou
22:41a respeito
22:42de uma doença
22:43hoje bastante comentada
22:45e objeto de dúvidas
22:46e que certamente
22:47você pôde sanar
22:48assistindo o nosso check-up.
22:50Evelyn Goldenberg
22:51que é médica
22:52reumatologista,
22:53doutora em reumatologia.
22:54Evelyn,
22:55muito obrigado.
22:55Obrigada a você
22:56pela oportunidade
22:57e estamos aqui
22:58para tirar qualquer dúvida
23:00em relação à reumatologia.
23:01Muito obrigada.
23:02Esse foi o nosso
23:03check-up
23:03sobre fibromialgia.
23:05Se você tem dúvidas,
23:07quer sugerir alguma coisa,
23:09escreva
23:09doutorcláudio
23:11arroba jovempan
23:12ponto com ponto BR.
23:14Vamos ficando por aqui
23:15e semana que vem,
23:16se Deus quiser,
23:17estaremos novamente
23:18presentes
23:19na nossa Jovem Pan.
23:22E no check-up de hoje
23:24você viu
23:25a importância
23:26do diagnóstico correto,
23:28impactos emocionais
23:29da fibromialgia,
23:31como tratar
23:32a fibromialgia
23:33tendo em vista
23:33a diferença
23:34entre os casos,
23:36a importância
23:36de mudar o comportamento
23:38frente ao agente estressor,
23:40os efeitos
23:41do sobrepeso
23:42e a relevância
23:43de praticar exercícios físicos
23:45de maneira adequada.
23:46CICAP Jovem Pan
23:53Condutor Cláudio Lotenberg
23:55A opinião
23:58dos nossos comentaristas
24:00não reflete necessariamente
24:02a opinião
24:02do Grupo Jovem Pan
24:04de Comunicação
24:04Realização Jovem Pan
24:09Realização Jovem Pan
24:10do Grupo Jovem Pan
24:12do Grupo Jovem Pan
24:13do Grupo Jovem Pan
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