O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que a tarifa de 50% imposta por Trump pode gerar perdas bilionárias e até demissões, com impacto semelhante ao da pandemia. A coletiva ocorreu após reunião com Geraldo Alckmin em Brasília.
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00:00Duas horas em ponto e está acontecendo agora a coletiva da Embraer sobre os impactos das tarifas. Vamos ouvir.
00:07Acho que é do interesse de todos no momento o tema das tarifas e eu tenho só duas idades para dividir com vocês,
00:15para a gente fazer uma introdução e um aquecimento do tema.
00:20Podemos passar para a primeira?
00:22Bom, falar um pouquinho da presença da Embraer nos Estados Unidos.
00:26A Embraer é um grande exemplo de relacionamento ganha-ganha com os Estados Unidos.
00:33Os Estados Unidos são o principal mercado para a companhia,
00:38é uma parte relevante da nossa receita, dos nossos produtos vêm dos Estados Unidos.
00:45Nós estamos no país há mais de 45 anos.
00:48A gente hoje suporta mais de 2.500 empregos qualificados nos Estados Unidos, quase 3 mil empregos.
00:59Nós temos mais de 3 bilhões de dólares de ativos no país.
01:05Assim, se vocês pegarem aeroportos como o Ronald Reagan em Washington e o La Guardia em Nova York,
01:11cerca de um terço dos voos nesses aeroportos são com aviões da Embraer
01:17e as exportações para os clientes lá dos Estados Unidos representam 45% nos jatos comerciais
01:24e 70% nos jatos executivos.
01:28Aquele mercado de jatos executivos representa mais de 65% do mercado mundial de jatos executivos.
01:36Aqui falando um pouquinho dos impactos em poucos números,
01:42para vocês terem uma ideia, essa tarifa de 50% vai gerar um custo adicional
01:50de cerca de quase 9 milhões de dólares,
01:56que significa 50 milhões de reais por avião, um valor altíssimo.
02:01E neste ano aqui, somando os impactos da Embraer, dos nossos clientes em tarifas,
02:08chegaria a quase 2 bilhões de reais, aproximadamente 2 bilhões de reais.
02:14Se a gente multiplicar isso aí pelo nosso crescimento previsto até 2030,
02:19significariam aí algo em torno de 20 bilhões de reais em tarifas até 2030.
02:25Muito bem, o que pode acontecer além disso?
02:31Podemos ter cancelamento de pedidos, podemos ter reposto de regação de entregas,
02:38isso acarretaria uma revisão do plano de produção da companhia,
02:44certamente redução dos investimentos, queda de receita, queda de rentabilidade,
02:50geração de caixa e, sem dúvida alguma, um possível ajuste no quadro de funcionários,
02:57que a gente, pela relevância do mercado americano, pode ser similar ao que aconteceu com o impacto da Covid.
03:05Ou seja, é uma situação, para a Embraer, muito séria,
03:09e que, por outro lado, nós tivemos uma reunião hoje muito positiva aqui em Brasília,
03:17com o vice-presidente Alckmin e alguns ministros,
03:21e a gente está, assim, está optimista que o governo vai conseguir buscar uma solução para esse problema.
03:30Bom, eu paro por aqui e, certamente, vocês estão, devem ter muitas perguntas aí,
03:35estamos aqui disponíveis para responder.
03:38Tem um slide adicional, Francisco.
03:43Ah, está certo, pode pôr lá.
03:47Vamos lá.
03:47Então, aqui é para confirmar que é uma tarifa de 10%.
03:50Já era muito prejudicial para a Embraer e para o setor como um todo.
03:54A gente já vinha trabalhando com autoridades nos Estados Unidos, no Brasil,
03:59com clientes, com fornecedores, para a gente reverter essa líquida de 10%,
04:04que, desde 1979, essa líquida foi zera para o setor aeronáutico
04:11e passou a ser 10% a partir de abril para o Brasil.
04:16Um ponto importante.
04:18Não tem como remanejar essas encomendas.
04:20Avião não é commodity.
04:21O A1-75 é um.
04:24A gente só vende para o mercado americano
04:25e o maior mercado de aviões executivos é nos Estados Unidos.
04:29Não tem como reposicionar isso para outros mercados.
04:32E aí, o último, é o que eu falei antes
04:35e eu queria ressaltar só aqui
04:37o acordo que foi celebrado, divulgado,
04:41entre os Estados Unidos e o Reino Unido,
04:43onde teve concessões de ambas as partes
04:45e, no caso do setor aeroporto,
04:48a alíquota que era 10% foi para zera
04:52para o Reino Unido exportar para os Estados Unidos.
04:56Então, de novo, a gente está otimista com essa situação
05:00e esse exemplo do acordo entre o Reino Unido e os Estados Unidos
05:05fica como uma boa base para o Brasil também.
05:08Bom, agora eu terminei a apresentação.
05:19Alberto, a pergunta.
05:21Obrigado, Francisco.
05:22Vamos começar, então, a sessão de perguntas e respostas.
05:25A primeira que a gente tem aqui é a da Raquel da Bloomberg.
05:29Raquel, por favor.
05:30Oi, Francisco, tudo bem? Bom dia.
05:34Queria, imagina, queria entender um pouquinho melhor
05:38como é que seriam esses impactos de revisão do plano,
05:42o que seria primeiro atingido
05:45numa eventual necessidade de revisão
05:47e quando isso deveria acontecer,
05:49se isso, teoricamente, entra em vigor em 15 dias,
05:53se a companhia já está prevendo anunciar isso
05:55dia 1º de agosto,
05:56caso não tenha uma revisão nessa tarifa
06:01e queria entender se alguma companhia
06:03já entrou em contato com a Embraer
06:06pedindo para suspender algum pedido firme
06:10que já tenha sido realizado,
06:12se já teve algum contato nesse sentido dos clientes.
06:16Bom, Raquel, obrigado pela pergunta.
06:17Vamos começar de trás para frente.
06:19Não teve até agora nenhum cancelamento,
06:22nenhum pedido de adiamento de entregas
06:24nesse momento.
06:25Eu acho que é uma situação muito nova,
06:29então está todo mundo tentando entender
06:32esse processo e ir até trabalhando
06:37para uma solução dentro do prazo.
06:41Muito bem, o que pode acontecer?
06:44Pela relevância desse imposto, dessa tarifa,
06:48clientes da aviação comercial, principalmente,
06:51não querem receber os aviões,
06:53porque o valor é muito elevado.
06:57Isso impactaria o plano de negócio deles.
07:00E, obviamente, nós temos vários aviões na linha de montagem
07:03e nós temos que negociar com eles.
07:05mas se eles falarem, bom, com essa tarifa eu não quero mais receber avião,
07:12nós não vamos poder produzir avião que não tem cliente.
07:15Então, nós vamos ter que entender como nós vamos tratar isso,
07:18como a gente vai desacelerar essa produção
07:21e aí nós vamos entender os empatos dentro do quadro da Embraer.
07:29Então, é uma situação que a gente não tem os números agora,
07:32mas, de novo, pela relevância que esse mercado tem,
07:37por isso que a gente estima que,
07:40se isso for para frente,
07:42nessa magnitude,
07:43nós vamos ter um impacto similar à da Covid
07:45em termos de queda de receita da companhia.
07:51Bom, a próxima pergunta é do Gabriel Araújo, da Reuters.
07:55Gabriel.
07:57Obrigado, Luiz. Obrigado, Francisco.
08:00Gostaria de perguntar,
08:01Bom, o governador Tarcísio e o ministro Silvio usaram o termo
08:07as tarifas tornariam as exportações da Embraer para os Estados Unidos
08:12possíveis, inviáveis.
08:15Gostaria de saber se inviável é um termo correto para isso
08:18e também se há diferenciação.
08:20Você comentou sobre os jatos da aviação comercial
08:22em relação aos jatos executivos, qual o cenário,
08:26dado que vocês produzem alguns jatos executivos,
08:28têm as linhas de montagem nos Estados Unidos,
08:31mas com peças, com componentes vindo do Brasil.
08:34Obrigado mais uma vez, Francisco.
08:36Bom, Gabriel, obrigado pela pergunta.
08:38Bom, Gabriel, 50% de alíquota é quase um embargo, né?
08:42Não só para a Embraer, para qualquer empresa.
08:4550% dificulta ou inviabiliza as exportações para qualquer país.
08:54É um valor muito elevado.
08:55E para avião é mais impactante ainda,
08:57devido ao alto valor agregado do produto.
09:02A gente tem trabalhado internamente com várias medidas de mitigação
09:06para poder reduzir o impacto de 10%, que já é elevado.
09:1150% fica... é muito difícil, né?
09:14É quase que impossível.
09:16Então, eu diria, por exemplo, o jato E1,
09:20ele fica inviabilizado com essa tarifa para os Estados Unidos.
09:25Dificilmente uma companhia vai concordar em pagar uma tarifa deste montante.
09:30Por isso que a gente acredita que isso pode e deve ser revertido
09:36num processo de negociação.
09:39A aviação executiva tem o atenuante de a gente ter uma produção importante na Flórida,
09:46e isso diminui muito o impacto,
09:50mas afeta bastante aquilo que a gente manda daqui para lá,
09:53que nós estamos também fazendo, estudando quais maneiras a gente pode conviver com isso no futuro.
09:59Mas, sem dúvida alguma, 50% tem um impacto enorme nas contas da companhia.
10:08Antônio, fica à vontade aí, se você quiser fazer algum comentário adicional, hein?
10:11Você que é o homem dos números, hein?
10:13Não, a preocupação é só, complementando aí,
10:19é competitividade a médio e longo prazo, né?
10:21Para que a gente possa viver num cenário desse,
10:23mesmo com 10%, você tem que ajustar preço,
10:26e aí você tem concorrente local,
10:28então, principalmente na executiva, né?
10:30Então, competitividade fica prejudicada localmente também,
10:35por mais que você faça toda mudança de produção.
10:39Então, a companhia precisa de tempo para se adaptar a isso.
10:42Ok, a próxima pergunta é da Isabela Bolzani,
10:48Isabela do G1, por favor, Isabela.
10:52Oi, gente, obrigada por receber perguntas.
10:55O Francisco já falou um pouquinho sobre todo esse cenário de impacto,
10:59falando que não tem como abrir para outros mercados,
11:02que vai ser difícil porque os Estados Unidos é o principal mercado da empresa,
11:05mas eu queria entender um pouquinho como que vocês estão estudando alternativas, né?
11:10Se isso ficar vigente ou que seja algo semelhante a isso, né?
11:15Ainda que sejam as tarifas de 10%,
11:16como que vocês planejam driblar isso para não ter tantas perdas, assim?
11:20O que vocês estão estudando nesse cenário?
11:22Bom, assim, na tarifa de 10%, a gente já vinha trabalhando em algumas alternativas,
11:30algumas já estão até implementadas, né?
11:33Bom, um atenuante é que os nossos aviões,
11:35cerca de 45% do custo do avião é equipamento americano.
11:39E nesta parte não incide a tarifa.
11:43Mas os 20 milhões de reais por avião já levam em conta essa condição.
11:51Então, vocês verem como é impactante essa tarifa de 50%.
11:58Muito bem, um atenuante seria a produção,
12:03aumentar a produção nos Estados Unidos,
12:05que é uma alternativa que a gente precisa estudar.
12:08No caso dos aviões comerciais,
12:10do executivo, talvez seja um pouco mais partilho fazer isso.
12:16Mas vai levar tempo e muito mais investimentos.
12:20No comercial, é muito mais difícil.
12:22Bom, o avião já é quase 50% americano.
12:25Os volumes desse avião para o futuro não são crescentes.
12:30A gente vê uma manutenção aí de cerca de 40, 45 aviões por ano,
12:35nos próximos 10 anos.
12:36Então, fica difícil fazer um modelo de negócio
12:39com um investimento muito alto para um volume que não cresce.
12:45Ele vai se mantendo e a perspectiva é a reposição
12:49dos aviões mais velhos que estão voando por lá.
12:53Então, a gente não tem ainda um plano para isso.
12:57Nossos times estão trabalhando como a gente faz
13:00para conviver nessa situação no futuro.
13:02Mas o impacto no curto prazo é muito grave para a companhia.
13:09A próxima pergunta é da Mariana Barbosa, do UOL.
13:15Mariana, por favor.
13:18Ele está no mudo.
13:19Oi, boa tarde, pessoal.
13:23Boa tarde, Francisco.
13:26Uma das minhas perguntas era nessa linha da substituição da importação.
13:30Quer dizer, se seria alguma contrapartida que vocês estariam dispostos
13:34ou teria condição.
13:35Quer dizer, no comercial, você já falou que no 175 é muito difícil.
13:40Mas se isso estaria na mesa da negociação, vocês ampliarem esse conteúdo americano.
13:50E aí, queria complementar.
13:52Você falou que vocês já estão negociando desde abril essas 10%
13:58para reduzir como fez o Reino Unido.
14:01Como estão essas negociações?
14:03Quer dizer, tinha canal?
14:05Essas negociações estavam avançando?
14:07Vocês tinham interlocução?
14:09Ou era só um wishful thinking?
14:12E como é que você vê agora a posição do Brasil
14:15para negociar mais essa pancada aí?
14:21Mariana, vamos olhar o copo meio cheio aqui.
14:23Eu comentei desse acordo entre o Reino Unido e os Estados Unidos.
14:29Nesse acordo foi divulgado aí uma compra, se não me engano,
14:34foi pela British Airways, de 32,787 no valor de 10,7 bilhões de dólares
14:43para ser entregue nos próximos anos.
14:45Muito bem.
14:46Só a Embraer, só a Embraer, nos próximos cinco anos, até 2030, vamos dizer assim,
14:53pouco mais de cinco anos, só a Embraer tem potencial de comprar 21 bilhões de dólares
15:01em equipamentos americanos, que vão equipar os nossos aviões,
15:05que vão ser exportados para os Estados Unidos, mas para vários outros países do mundo.
15:09Então, é por isso que nós achamos que uma solução negociada é possível.
15:14No setor aeronáutico, a gente já tem uma importância para gerar empregos
15:21de alto nível nos Estados Unidos, porque, de novo, são 21 bilhões de dólares.
15:26É praticamente o dobro do que esse anúncio que foi feito de venda de aviões da Boeing
15:32para o Reino Unido, é o que a Embraer vai comprar de equipamento americano nos próximos anos.
15:39Fora outros aviões da Boeing que ela vai vender para o Brasil, também nesse período.
15:44Então, ou seja, tem argumentos muito fortes, nós dividimos isso,
15:49hoje, na reunião, com o doutor Geraldo Alckmin e os outros demais ministros,
15:55que, no caso da aeronáutica, tem, sim, uma boa base para negociar
16:00e buscar essa alíquota zero, como foi, como aconteceu com o Reino Unido.
16:04E as negociações, como é que estavam as negociações desde abril?
16:11Vocês tinham interlocução, já chegaram a ter reuniões com o Departamento de Comércio americano?
16:17Quer dizer, como é que estavam essas conversas?
16:19Sim, nós tivemos, nós temos sido nosso time muito ativo nesse processo,
16:25até pelo impacto, a relevância do impacto na companhia.
16:29A gente tem sido muito ativo, nós tivemos várias reuniões com autoridades de alto nível nos Estados Unidos
16:37para mostrar para eles a contribuição da Embraer para aquele país.
16:42Nos 45 anos, os empregos que a gente gera,
16:45quanto a gente vai comprar de equipamentos dos Estados Unidos nos próximos anos.
16:48E, aliás, outro ponto, quando a Embraer exporta um avião para a Europa, para a Ásia, para a Oceania,
16:57com equipamentos americanos, esses fornecedores americanos,
17:01eles fazem contratos de serviços diretamente para os nossos clientes,
17:05gerando milhões de dólares de receita durante muitos anos.
17:09Então, a Embraer é um grande parceiro dos Estados Unidos,
17:12a gente foi lá para mostrar isso para eles,
17:14mas eles entendem isso, mas eles querem ver uma negociação bilateral avançando,
17:21como estão buscando em vários outros países.
17:24E aí eu volto de novo no exemplo que eu citei entre os Estados Unidos e o Reino Unido.
17:31Obrigada.
17:32De nada.
17:38Bom, pessoal, a próxima pergunta é do Marcos, da Folha.
17:41Marcos, por favor.
17:44Ele escreveu a pergunta dele.
17:55Estou com problema no microfone.
17:57Presidente, o que pensa da interferência do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro
18:02nas negociações em torno do tarifácio?
18:05Acha que a questão da anistia que é exigida pelo presidente Trump deve estar na mesa?
18:10Francisco.
18:10Olha, eu não tenho porquê comentar esse ponto aqui.
18:14O nosso foco agora é na negociação econômica.
18:18E o que eu posso garantir aqui é que a gente está muito confiante
18:22com o engajamento do governo federal nesse processo.
18:25e nós achamos que esse é o caminho, e a gente só está trazendo esse senso de urgência,
18:31essa importância do senso de urgência,
18:33mas a gente acha que esse é o caminho que vai solucionar o problema, não só da Embraer,
18:37mas assim, de grande parte dos exportadores brasileiros para os Estados Unidos.
18:41A próxima pergunta é do Mitchell, da Examin.
18:46Mitchell, por favor.
18:48Olá, boa tarde.
18:50Francisco, eu queria só confirmar, diante agora...
18:54Agora, acho que tem um microfone ligado, desculpa, me desconcentrei aqui.
19:01Queria só entender se vocês, de fato, já começaram a desacelerar a produção de aeronaves
19:07diante disso, ou isso vai vir a acontecer caso...
19:12Só depois do dia 1º de agosto.
19:14Isso não ficou muito claro.
19:16E a minha outra dúvida, voltando um pouco para a sua apresentação inicial,
19:19o impacto que o senhor falou por ano de 2 bilhões, são 2 bilhões de reais ou de dólares?
19:24Por favor.
19:25Bom, primeiro, respondendo a primeira pergunta.
19:28Não, nós não...
19:29Por enquanto, o plano de produção de entregas permanece inalterado.
19:35A gente não tem nenhuma mudança de sentido.
19:37A gente só vai entrar neste ponto quando a gente tiver uma confirmação
19:41do que vai acontecer aí até 1º de agosto.
19:45Mas, por ora, sem mudança nenhuma.
19:48E a segunda pergunta foi...
19:51Ah, em reais.
19:52São 20 bilhões de reais.
19:54Se você dividir por 5,5, esse chega no valor em dólar.
19:58Obrigado.
20:03Obrigado.
20:04De nada, Métil.
20:07Uma próxima pergunta é do Vanderlei.
20:09Por favor, Vanderlei.
20:11Olá, presidente.
20:12É Vanderlei do UOL.
20:13Bom, primeiro, eu queria confirmar também algumas informações.
20:16São 50 milhões de reais por avião.
20:21É isso, né?
20:21O impacto...
20:23Exatamente isso.
20:24Se você dividir por 5,5, vai chegar em 8 pontos, alguma coisa, 8,7 de dólar por avião.
20:31Por avião e 20 bilhões de reais em tarifas até 2030.
20:35Não, não, não, não.
20:38Isso.
20:3920 até 2030 é 50 milhões por avião.
20:42Cada avião entregue teria que pagar uma alíquota de 50 milhões de reais.
20:47E em tarifa seria 20 bilhões até 2030?
20:51Isso.
20:51Nós somamos aí as entregas.
20:54Deixa eu ver.
20:57Até 2030, em aviões comerciais, seriam 10 bilhões de reais.
21:03E somando com o executivo, é verdade, 20 bilhões de reais.
21:06É isso mesmo.
21:07E agora, o senhor mencionou que o impacto seria semelhante ao da Covid.
21:12Eu queria entender mais ou menos o que isso significa, como foi na época,
21:16tanto em termos de demissões, quanto em produção e vendas de aeronaves.
21:24Por favor.
21:25Bom, muito bem.
21:26Agora a gente ainda não tem uma dimensão exata,
21:30porque a gente está esperando essas negociações avançarem.
21:34Nós temos que depois conversar com os nossos clientes
21:36para entender o que nós vamos fazer com os aviões que estão na linha de produção hoje.
21:40que nós já compramos as peças, a mão de obra já está contratada, está trabalhando.
21:45Então, tudo isso, nós vamos ter que passar por todo esse processo
21:48antes de entender os impactos.
21:50Eu relacionei isso com a Covid,
21:52porque na época da Covid a gente teve uma queda de receita um pouco superior a 30%.
21:57E aquilo foi um impacto enorme.
22:00A Embraer teve que reduzir o quadro naquela época,
22:02foi em torno também de 20% para redução do quadro.
22:07Então, assim, por isso que eu fiz essa correlação.
22:10Mas, de novo, para a situação atual,
22:14nós vamos ter que avançar um pouco mais para entender
22:17negociação para os clientes,
22:19o processo de desaceleração da produção, se esse for o caso,
22:22e aí sim nós vamos chegar no impacto.
22:24Mas, de novo, face à gravidade da situação,
22:27a gente entende que pode ser muito similar ao da Covid
22:31se essa situação não se resolver.
22:34Perfeito. Obrigado.
22:36De nada.
22:36A Raquel tem mais uma pergunta.
22:39Raquel?
22:40Opa, voltei. Desculpa.
22:42Eu queria entender, Francisco, duas coisas.
22:45Nessa parte de desaceleração da produção
22:47e eventual queda de redução do quadro de funcionários,
22:51isso aconteceria no Brasil e nos Estados Unidos também.
22:54E eu queria entender, no caso de uma negociação com o governo,
22:58quais são as possibilidades que a Embraer trabalha hoje
23:00se não for possível zerar?
23:03Mantendo os 10%, dá para manter o plano de negócio
23:06e a companhia da forma com que ela está operando hoje?
23:08Bom, Raquel, obrigado pela pergunta.
23:12Bom, primeira resposta.
23:13Sim, vai afetar os funcionários, não só no Brasil,
23:17mas também nos Estados Unidos.
23:19E mais do que isso, vai afetar funcionários,
23:21os nossos fornecedores nos Estados Unidos.
23:23Imagina que se a gente produzir menos aviões
23:25e vender menos aviões para os Estados Unidos,
23:27nós vamos comprar menos motores, menos aviônicas, menos válvulas.
23:31Vamos comprar todos os equipamentos americanos, menos.
23:35Significa que os fornecedores vão reduzir a produção também.
23:38Por isso que, nessa situação, é um perde-perde.
23:43E a segunda pergunta foi...
23:45Quais as opções se não zerar a tarifa de suas opções de negociação?
23:49Bom, tudo que é...
23:50E com os 10% dá para manter o plano de negócio da companhia
23:53do jeito que ele foi apresentado?
23:56Esse ano, nós anunciamos que a gente vai manter o guidance
23:59que a gente divulgou em janeiro, mesmo com os 10%.
24:02Agora, ele impacta na nossa competitividade.
24:08O Brasil, os nossos produtos vão ficar menos competitivos.
24:10Então, isso impacta nas vendas futuras.
24:13Por isso que nós estamos trabalhando, não só a Embraer, viu, Raquel?
24:17O setor inteiro.
24:19Os próprios fabricantes americanos
24:22são favoráveis a retornar à alíquota zero.
24:26Porque a aviação é muito globalizada.
24:29Então, assim, você fala, dá para viver com 10%?
24:32Nós vamos achar uma forma.
24:34A Embraer é forte, é resiliente, vamos achar uma forma.
24:37Mas que vai impactar os nossos negócios?
24:40Sim, vai impactar os nossos negócios.
24:41A próxima pergunta é do Guilherme.
24:48Por favor, Guilherme.
24:53Boa tarde.
24:55Aqui é o Guilherme do Neoclid.
24:56Prazer em falar contigo, Francisco.
24:59Eu queria entender o que foi sinalizado
25:01nessa reunião com o governo.
25:02Se vai ser, enfim, a alíquota zero
25:05vai ser a principal meta mesmo nessa negociação.
25:08Você está trabalhando, enfim, com uma redução também
25:09de 50 para 30, 20.
25:13E se também foi sinalizado uma contrapartida
25:15em algum outro setor
25:16que a relação ali de negociação dos Estados Unidos e do Brasil
25:21fosse mais favorável aos Estados Unidos
25:23com uma eventual, enfim, alguma contrapartida
25:27utilizando outro setor de interesses dos Estados Unidos também.
25:30Obrigado pela pergunta.
25:33Bom, a reunião foi muito positiva hoje
25:35e foram ouvidos os diversos setores da área industrial,
25:40que é onde a gente está inserido ali.
25:42Então, os diversos setores puderam trazer
25:44o seu ponto de vista,
25:47os impactos nos seus negócios
25:49e o que eles esperam.
25:51E assim, não teve nenhuma meta.
25:52A meta foi seguir com as negociações.
25:56Seguir com as negociações com os Estados Unidos,
25:58tentar buscar prazo ou propostas
26:03para poder avançar nisso.
26:06Com relação à alíquota zero,
26:07nós fizemos isso, né?
26:08Nós fizemos essa colocação
26:10de que o acordo com o Reino Unido
26:13teve concessões em ambos os lados,
26:16mas na indústria aérea espacial,
26:21a alíquota que era de 10% pro Reino Unido
26:23foi para zero,
26:24voltando ao que era antes,
26:25que é muito importante para o nosso setor.
26:29Agora, não quero dizer que esse seja
26:31um objetivo geral ou não, né?
26:33Não foi definido nada disso na real de hoje.
26:35Simplesmente, as negociações vão prosseguir.
26:37Nós é que insistimos
26:38que no nosso setor, a alíquota zero
26:40é fundamental para nós
26:42e para os demais fabricantes.
26:45Só mais uma pergunta.
26:46Eu queria saber se eventuais cancelamentos
26:49dos pedidos já realizados,
26:51eles eventualmente teriam que ser,
26:55haveria uma multa para a empresa
26:56que fez o pedido,
26:57algum tipo de reembolso para a Embraer?
27:01Guilherme, tudo isso vai passar
27:02por um processo de negociação, né?
27:04Os contratos nossos com os clientes
27:06não previam de novo.
27:09Desde 1979,
27:11a indústria vem operando com alíquota zero.
27:13Então, nenhum contrato,
27:16nem nós com o fornecedor,
27:17nem nós com o cliente,
27:18tem esta previsão, né?
27:20Então, uma vez que isso...
27:21Nós esperamos que isso tenha uma solução.
27:24Mas, uma vez que isso continue,
27:25nós vamos ter que negociar
27:26com os clientes
27:28e buscar uma solução
27:29que seja razoável
27:32pros dois lados, né?
27:34Mas, no momento,
27:35não tem nenhum cancelamento,
27:36nenhum pedido de postergação, nada.
27:39Nós estamos entregando os aviões
27:40ainda com base
27:43na alíquota de 10%.
27:45Mas, sempre na perspectiva
27:46de que esses 10
27:48poderiam virar zero
27:49em algum momento, né?
27:51Obrigado.
27:52De nada.
27:53Então, a gente tem tempo
27:54só para mais duas perguntas.
27:55Então, Mariana e o Maurício, tá?
27:58Tá, Joia.
27:58Obrigada.
27:59Eu queria saber
28:00se a Boeing
28:01está sendo envolvida,
28:03se ela já foi nessa desde abril
28:05e se ela vai ser envolvida
28:06agora.
28:07porque, se o Brasil resolver,
28:09imagino que se ficar 50,
28:12vai ter 50
28:13para a Boeing vender
28:14para a Gol, né?
28:16Queria saber
28:17se a Boeing
28:18está sendo...
28:19A Boeing
28:20está envolvida aí
28:21nessa negociação.
28:22Vocês podem contar
28:23com a Boeing
28:24como parceiro
28:25para tentar
28:26reduzir essa alíquota?
28:28Olha, a gente não conversa
28:30com a Boeing
28:30nem com outro competidor, né?
28:33O que eu posso falar
28:34é que a gente escuta
28:35no mercado.
28:35A gente escuta no mercado
28:36que a Boeing
28:37também é favorável
28:38à alíquota zero
28:39porque ela vem
28:40de aviões
28:40o mundo inteiro.
28:41E é o que você falou, Mariana.
28:42Se os outros países
28:43começam a também
28:44colocar taxa,
28:46isso vai interferir
28:47no negócio deles também, né?
28:49Então, assim,
28:50mais uma vez,
28:51na aviação
28:52a alíquota zero
28:54é bom para todo mundo.
28:56Tudo que mudar isso
28:57vai interferir
28:59nos negócios
29:00de cada um.
29:01Então,
29:01eu acho que para a Boeing,
29:03para a Airbus,
29:03para os outros fabricantes
29:04é o mesmo.
29:07A alíquota vai,
29:08se der para um país
29:09e para o outro,
29:10vai atrapalhar
29:10o negócio de todo mundo.
29:14Ah, João, é.
29:16Maurício,
29:17por favor,
29:18última pergunta.
29:19Boa tarde, Luiz.
29:20Antes de mais nada,
29:21eu só queria fazer um pedido.
29:22É possível cancelar
29:23essa tela com o avião
29:24só porque a gente faz televisão?
29:26A gente é da Rede Vanguarda
29:27aqui de São José dos Campos
29:28para a imagem do presidente
29:30ficar com a qualidade melhor
29:31quando a gente utilizar
29:32na televisão.
29:33Ótimo,
29:34muito obrigado.
29:35Presidente,
29:35boa tarde.
29:37A gente é da Rede Vanguarda
29:39aqui de São José dos Campos,
29:40então a gente faz
29:41um jornalismo
29:41mais voltado
29:42para o regional.
29:44Gostaria de saber
29:45se é possível o senhor
29:46avaliar possíveis impactos
29:47nas diferentes fábricas
29:49de São Paulo,
29:50especialmente
29:51São José dos Campos
29:52e Itaubaté.
29:53E também se o senhor
29:54pode comentar
29:55se isso pode trazer
29:56algum,
29:57essas tarifas
29:59podem trazer algum impacto
30:00para o futuro
30:00da IVE
30:01do desenvolvimento
30:02do carro voador
30:03em Itaubaté.
30:05Muito obrigado
30:06pela pergunta.
30:08Bom,
30:08a operação
30:10da Embraer
30:11é basicamente
30:12no estado de São Paulo.
30:14Nós temos escritórios,
30:15temos escritório
30:16em Brasília,
30:17onde eu estou nesse momento,
30:18temos escritório
30:19em Belo Horizonte,
30:20temos escritório
30:20em Florianópolis,
30:22mas a base
30:23grande da Embraer
30:24de produção
30:24é no estado de São Paulo.
30:26Então,
30:27aí é o que eu falei
30:27no início.
30:28se essa situação
30:30não for resolvida
30:32e a gente voltar
30:34para a alíquota zero
30:35ou alguma coisa
30:37que a gente possa operar
30:38e isso
30:39e os clientes
30:40não receberem aviões
30:41ou a gente vender
30:42menos aviões,
30:44é claro que nós temos
30:44que ajustar o quadro
30:45ao nível de produção
30:47que nós vamos ter
30:48lá na frente.
30:49Então, assim,
30:50eu indiquei
30:51o impacto da Covid
30:52como uma,
30:53fazendo uma correlação,
30:55mas ainda é muito cedo
30:56para a gente definir
30:56o que pode acontecer
30:57nessas fábricas.
30:58O IVI ainda está
30:59em uma fase
31:00muito preliminar,
31:01então, assim,
31:03não dá nem para estimar
31:04nada do IVI,
31:05o IVI vai começar
31:06em 2027,
31:07então, até lá,
31:08tanta coisa
31:08que pode acontecer.
31:10Mas, assim,
31:11o impacto
31:12dessa alíquota,
31:13ele pode afetar
31:14todas as nossas fábricas,
31:16inclusive as fábricas
31:17fora do Brasil,
31:17e como eu falei,
31:19inclusive os nossos
31:20fornecedores
31:21no Brasil
31:22e principalmente
31:23nos Estados Unidos.
31:23Obrigado.
31:29Bom, gostaria
31:30de agradecer
31:30a participação
31:31aí de todos,
31:33principalmente do Francisco
31:34e do Antônio
31:34nessa coletiva.
31:35Bom, vocês acompanharam
31:36aí, então,
31:37a entrevista
31:37do Francisco Gomes Neto,
31:39que é presidente
31:40e CEO
31:40da Embraer,
31:42respondendo às perguntas
31:43aí dos jornalistas,
31:44né, Felipe?
31:45A gente acompanhou
31:46números bem alarmantes,
31:48eles estão com muito medo,
31:49né?
31:50O que mais você destaca
31:51aí dessa reunião?
31:52Olha, não,
31:54foi realmente a gente ver,
31:55né, a preocupação
31:55do CEO da Embraer,
31:57lógico, Francisco Gomes Neto,
31:58é uma preocupação real,
31:59porque a Embraer
32:00tem muitos negócios,
32:01o principal cliente
32:01da Embraer,
32:02os principais clientes
32:03ficam nos Estados Unidos
32:04e ela tem, inclusive,
32:05operações nos Estados Unidos.
32:07Para fazer um resumo,
32:08mais ou menos, né,
32:08é claro que ele colocou
32:09que essa tarifa,
32:11se ela fosse levada à frente,
32:13ela teria um impacto
32:13de aproximadamente
32:1450 milhões de reais,
32:16dá 8,7 milhões de dólares,
32:18em cada aeronave
32:19que seria negociada,
32:20ou seja,
32:21praticamente inviabiliza
32:22ele até disse,
32:23praticamente um embargo,
32:24não chega nem a ser uma tarifa,
32:25é um embargo
32:26que inviabiliza o negócio.
32:28Algumas questões
32:29que ele tratou
32:30que são interessantes
32:31é o seguinte,
32:32na questão
32:34da aviação comercial,
32:35quer dizer,
32:36jatos de médio
32:37e grande porte
32:38que são vendidos
32:38para empresas americanas,
32:40essas operações
32:40são feitas no Brasil,
32:42as peças,
32:43muitas peças são americanas,
32:44mas elas são principalmente
32:44montadas no Brasil.
32:46Então, para isso,
32:47você teria realmente
32:47um grande impacto.
32:48E o Brasil,
32:49a Embraer tem
32:49180 encomendas
32:52de aviões
32:53para empresas comerciais
32:54americanas.
32:54Então,
32:55você imagina isso,
32:56180 aeronaves,
32:57181, na verdade,
32:59você imagina
32:59a complicação
33:01que vai ser
33:01você tentar,
33:02você aplicar
33:03esse 50%
33:05nos valores
33:06que já foram negociados,
33:07as encomendas
33:08estão para ser entregues,
33:09claro que em vários níveis
33:10de processo
33:12de entrega,
33:13de entrega
33:14dessas aeronaves,
33:14mas enfim,
33:15dá para a gente ter
33:16uma ideia
33:18de como vai ser complicado
33:19isso.
33:19Outra coisa que ele falou
33:20é que é o seguinte,
33:21na questão da aviação
33:22executiva,
33:23qual seria uma alternativa
33:24para a Embraer?
33:25Claro,
33:26ampliar talvez
33:27as suas fábricas
33:29nos Estados Unidos
33:30para não ter que pagar
33:30essa tarifa,
33:31mas no caso
33:32dos Estados Unidos,
33:33a aviação executiva
33:36que é a grande,
33:37que é a maior parte
33:39dessa produção feita
33:41nos Estados Unidos
33:42seria a aviação executiva.
33:44Mesmo assim,
33:44teria um impacto grande.
33:46E o que acontece com isso?
33:47Você tendo um impacto
33:48no preço
33:49das aeronaves da Embraer,
33:50você beneficia
33:51os produtores locais.
33:52Então, vamos imaginar,
33:53no caso da Bombardier,
33:55que é a maior concorrente
33:57da Embraer,
33:59a briga não ficaria
34:00tão desigual,
34:01vamos dizer assim,
34:02porque a Bombardier
34:03é canadense,
34:04então ela teria
34:05uma tarifa de 35%,
34:06claro,
34:07que é um pouco melhor
34:07que a brasileira,
34:08mas assim,
34:09duas tarifas muito altas.
34:10Quem que seriam beneficiadas
34:11com isso
34:12no caso dos jatos executivos?
34:14A Gulfstream,
34:15por exemplo,
34:15a Gulfstream
34:16é uma empresa americana,
34:17a Cessna,
34:18a Cessna é uma outra,
34:19são as duas maiores empresas
34:20de jatos executivos americanos.
34:22Então, claro,
34:23aviação comercial
34:24é mais complicado,
34:27você precisa
34:27de um avião
34:29para atender
34:30seu público,
34:31você tem já
34:31um planejamento.
34:32Agora,
34:32uma aviação executiva,
34:34claro,
34:34o executivo pode trocar,
34:35ah,
34:36o executivo vai comprar
34:37um jato da Embraer,
34:38ele troca o jato da Embraer
34:39e compra um jato
34:40da Gulfstream,
34:41que é uma empresa americana,
34:43ele vai pagar 8 milhões
34:44de dólares a menos,
34:45por exemplo.
34:45Então,
34:46claro que você
34:47praticamente inviabiliza
34:49o negócio da Embraer.
34:50Quem vai comprar
34:50um jato executivo
34:52da Embraer,
34:53sendo que você pode comprar
34:54um concorrente americano
34:55muito mais barato?
34:56Então,
34:56essa questão das tarifas,
34:58se ela for aplicada
35:00realmente nos 50%,
35:01o próprio Francisco Gomes Neto
35:03falou que praticamente
35:04inviabiliza
35:04uma grande parte
35:06da operação
35:06e não só isso,
35:08vai ter impacto
35:08nas operações
35:09no Brasil também,
35:10possível desemprego,
35:12possível redução
35:12das operações
35:13no Brasil,
35:13mas também
35:14nos fornecedores americanos.
35:16Então,
35:16olha só a complicação,
35:17olha como é complexa
35:18essa logística
35:19em torno da produção
35:20das aeronaves
35:21da Embraer.
35:22Então,
35:22os próprios fornecedores
35:24americanos também
35:24podem ser impactados
35:25e podem sofrer com isso.
35:27Então,
35:27a alíquota,
35:27que era uma alíquota zero,
35:29passa a ser 50%,
35:30realmente inviabiliza
35:31totalmente o da Embraer.
35:32Então,
35:32vamos torcer
35:33para que essa negociação
35:34seja feita
35:35e consiga reduzir
35:36a alíquota
35:36para zero,
35:38como era antes
35:39do Liberation Day.
35:40Paula.
35:41É isso, Felipe,
35:42obrigada.
35:42Inclusive,
35:43eles falam,
35:44eles estão com muito medo
35:45de que haja um impacto
35:46tão grande
35:47como houve
35:48na época do Covid.
35:50Exatamente,
35:51ele fez essa comparação.
35:52Claro que é muito difícil
35:53ainda saber
35:54quais vão ser
35:56as tarifas finais,
35:57enfim,
35:57mas o presidente
35:58da Embraer
35:58falou que pode ter
35:59um impacto
36:00tão grande
36:01quanto foi o da Covid.
36:02Então,
36:02é super preocupante mesmo.
36:03A gente segue
36:04acompanhando por aqui.
36:05Obrigada,
36:05viu, Felipe?
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