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O presidente Lula convocou uma reunião de emergência com Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Mauro Vieira para decidir a resposta brasileira ao tarifaço de Donald Trump. A medida afeta diretamente as exportações e pressiona dólar e inflação. Eduardo Gayer, direto de Brasília, traz os bastidores dessa decisão.

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00:006 horas 20 minutos, informação que acaba de chegar, o presidente Lula convocou uma reunião
00:09de emergência para debater o tarifácio de Donald Trump. O presidente americano anunciou agora há
00:15pouco tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. Nosso repórter Eduardo
00:21Gair está em Brasília, fala com a gente ao vivo, é dele essa apuração sobre a reunião de emergência
00:26e o Gair agora traz mais informações para a gente. Boa noite, Gair.
00:32Oi, Turci, boa noite. O presidente Lula está reunido neste momento com o vice-presidente da República,
00:38Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
00:43com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira,
00:49para debater o tarifácio imposto por Donald Trump. Essa tarifa é de 50% sobre todas as exportações
00:56brasileiras que vão para os Estados Unidos. A reunião de emergência foi convocada, claro,
01:01às pressas após esse anúncio absolutamente inesperado por parte do líder da Casa Branca.
01:07E nesta reunião, pelo que eu pude apurar, reunião que não consta da agenda oficial,
01:11o governo está debatendo qual será a resposta a Donald Trump. Se será uma tarifa de 50% aos
01:19produtos americanos, com base na lei da reciprocidade comercial, se o Brasil vai adotar uma tarifa parcial,
01:25ou seja, de 25%, uma tarifa intermediária, ou se vai continuar pregando o diálogo, que é o que
01:33parte do governo defende fazer desde o início da guerra comercial. Mas o fato é que agora a guerra
01:38escalou a níveis inimagináveis com essa tarifa de 50%. Ninguém esperava uma tarifação tão alta,
01:45mesmo após Donald Trump já ter sinalizado de que iria fazer algum tipo de taxa sobre o Brasil.
01:53Então, informação de momento, o presidente Lula sentado à mesa com Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e
01:58Mauro Vieira. E a expectativa é, de fato, para qual vai ser o posicionamento do Brasil após essa
02:05tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao nosso país. Só para contextualizar, Turci, o papel do
02:12ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nessa reunião vai ser crucial, porque o que assessores aqui do
02:17Palácio do Planalto tem alertado é que uma resposta na mesma medida, ou seja, uma tarifa de 50% sobre as
02:25importações americanas pode esbarrar na inflação. E justamente no momento em que o Brasil já enfrenta
02:32uma inflação muito acima da meta, inflação que tenta ser contida com juros muito altos de 15%,
02:38inflação que tem afetado, inclusive, a popularidade do presidente Lula. Então, é, de fato, uma equação difícil de
02:45fechar, é difícil escolher o caminho que vai ser adotado e é isso o que o presidente Lula está
02:52debatendo neste momento com seus principais auxiliares. A expectativa é que uma definição saia
02:57ainda na noite desta quarta-feira. Estou aqui no Palácio do Planalto acompanhando tudo isso de perto
03:01e volto a qualquer momento com atualizações.
03:05Em inflação, né, e claro, a lógica econômica aponta para isso que você disse, né, se taxar o produto
03:12americano, isso vai representar uma pressão inflacionária a mais. E o próprio dólar já está
03:17disparando nesse momento no mercado futuro, o que, se continuar, já vai ser uma pressão
03:22inflacionária nova, né, que está sendo colocada sobre a mesa novamente, porque até agora o dólar,
03:28ele estava ajudando a reduzir a inflação aqui no Brasil, ele vinha em trajetória de queda.
03:32Pode estar revertendo a tendência agora. Portanto, já temos um problema inflacionário.
03:37Se houver uma reciprocidade, se houver uma reação taxando o produto americano, a gente
03:43pode reforçar essa tendência inflacionária. Mas, Gayer, o Brasil agora, eu diria que ele
03:48se torna um ponto completamente fora da curva dentro do tarifácio do Donald Trump, porque
03:53quando o Trump agora, nessa nova escalada, ele vai anunciando novamente tarifas mais altas
03:59a outros países, ele se aproxima daquelas tarifas que ele tinha anunciado no começo de abril.
04:03E para o Brasil, naquele momento, ele tinha anunciado 10%. Agora ele coloca 50%. Quer dizer,
04:10o que aconteceu na relação comercial entre os dois países, de abril para agora, para
04:15justificar que uma tarifa passe de 10% para 50%? Não aconteceu nada. O que aconteceu, não
04:20tem nada a ver com comércio, foi a entrada da política nessa decisão do presidente Donald
04:26Trump. Isso está claro, inclusive, em Brasília, né?
04:28Com certeza, Tursi. Quando eu estava ali no Palácio do Itamaraty, da última vez que
04:34nós conversamos, e vindo para cá, para o Palácio do Planalto, eu consegui descer uma
04:39escada junto com uma alta autoridade, um diplomata, de fato, que estava indo até a caminho do gabinete
04:45de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, para conversar sobre o tema. E todo mundo está
04:51com a seguinte leitura aqui em Brasília. Olha, não é possível, não é razoável, não é
04:55plausível que o presidente dos Estados Unidos faça uma tarifa dessa monta ao Brasil, que
05:02tem déficit comercial com os americanos. Até em um determinado momento da carta, o presidente
05:08americano fala que há um desequilíbrio na relação comercial, mas quando você pega
05:12o número, isso não é verdade. O Brasil tem déficit comercial, mais compra do que vende
05:17para os Estados Unidos. Se você coloca parte de serviços, aí essa diferença vai muito,
05:23muito além do que nós já estamos calculando. Então, não há uma razão comercial, de fato,
05:30para essa reação. E é uma reação política, de fato, do presidente americano ao governo
05:37brasileiro. Essa é a leitura, pelo menos, que eu ouvi ali nos corredores do Itamaraty.
05:42E é a mesma leitura, claro, que é aqui do Palácio do Planalto, porque o próprio ministro
05:45Mauro Vieira está trazendo essa leitura para cá, de que não há razões técnicas,
05:51pelo menos a tese que o governo defende, para qualquer tipo de tarifação nesse patamar
05:57em relação ao Brasil. E a própria carta de Trump, ao trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro
06:02para o início da carta, da argumentação, mostra, de fato, deixa muito claro que é uma
06:08questão política. Só para finalizar, para te devolver, qual que é a expectativa que eu estou
06:13ouvindo agora dos bolsonaristas? Porque eu trouxe o lado dos governistas. Mas dentro do
06:19bolsonarismo, desse cosmo bolsonarista, a expectativa, ou pelo menos a torcida, é que o
06:25próprio ex-presidente Jair Bolsonaro entre em campo, numa tentativa de falar com o presidente
06:29americano, para modular as tarifas. E aí a narrativa política está pronta, de que o Brasil
06:34foi taxado por ações do governo Lula e depois teria tarifa reduzida por ação do ex-presidente
06:42Jair Bolsonaro, que quer ser candidato em 2026. Enfim, a política contaminando totalmente esse
06:48debate que deveria ser prioritariamente econômico, Turci.
06:52Muito bem, Eduardo Gair, falando ao vivo de Brasília, a gente vai acompanhar os desdobramentos,
06:56inclusive quem serão os agentes políticos envolvidos na negociação desse processo.
07:01Gair, portanto, trouxe para a gente a informação de que o presidente Lula convocou uma reunião
07:06de emergência no Palácio do Planalto para discutir a taxação de 50% a produtos brasileiros,
07:12anunciada agora há pouco pelo presidente Donald Trump. Gair segue lá, acompanhando então
07:17os bastidores dessa reunião e a gente volta a se falar. Gair, muito obrigado pela sua participação.
07:22Até logo mais. O Gair não sai do celular, ali está apurando informações. Quando ele tiver
07:26informação nova, ele volta a falar com a gente, volta a trazer informações aqui para toda a
07:30programação do Times Brasil. Valeu, Gair, bom trabalho aí.
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