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  • há 4 meses
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas do deputado petista Lindbergh Farias sobre o arcabouço fiscal e disse que o plano proposto pelo governo não tem a intenção de agradar “100% das pessoas”.

Na semana passada, em entrevista à Folha, o parlamentar comparou a proposta à tentativa de pacto demoníaco descrita na obra Grande Sertão: Veredas.

“Sinceramente não fiz pacto com ninguém. Não fiz pacto nem com A nem com B”, afirmou Haddad à Folha.

“Manifestações críticas e elogiosas vão acontecer em qualquer agremiação. Agora quem fala pelo Partido dos Trabalhadores é a sua Executiva, com todo respeito a vozes internas. Nada obsta a um deputado em exercício de seu mandato apresentar o seu projeto.”

Para viabilizar a nova âncora fiscal, o Ministério da Fazenda estima que o governo precisará de uma receita adicional entre R$ 110 bilhões e R$ 150 bilhões.
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Transcrição
00:00Vamos lá, o Haddad também defendeu o arcabouço e rebateu o namorado da Glaze. O Lindbergh Faria falou que ele tinha feito um acordo com o diabo, tentou fazer um acordo com o diabo, tal qual, esqueci o nome do personagem lá do Sertão Veredas, e nem o diabo respondeu que seria o mercado financeiro.
00:20Fiz um pacto demoníaco. O nosso querido Haddad disse que, olha, sinceramente, não fiz pacto com ninguém, não fiz pacto nem com A, nem com B, tá aqui nesse senador aí, né?
00:35Manifestações críticas e elogiosas vão acontecer em qualquer agremiação. Agora, quem fala pelo Partido dos Trabalhadores é a sua executiva, com todo respeito a vozes internas.
00:46Então, mandou um aviso aí para o nosso querido Lindbergh, falando, olha, Lindinho, deixa, fica na sua aí, quem fala é a sua namorada, então deixa ela e fala.
00:57Ela não falou nada, então fica na sua. Nada óbvio está a um deputado em exercício do seu mandato apresentar o seu projeto.
01:05Seu projeto ainda chamou na xinxa, né? Cadê o seu projeto? Então, se você acha que esse está ruim, cadê o seu projeto?
01:12E o Haddad já sacou. Quem assistiu aquela entrevista com o Schwarzman nessa sexta-feira, quem não assistiu, assista de novo, né?
01:24Fazendo essa propaganda, porque a entrevista foi muito boa mesmo, mas o Schwarzman, uma das coisas, das críticas dele ao arcabouço fiscal
01:31é justamente essa parte que a gente vai falar agora, que são as despesas obrigatórias, porque elas ingestam aí o quanto você tem que gastar, né?
01:39Se sai o teto de gastos, então o governo tem um mínimo para gastar com educação e saúde, que é 100% do que subir a arrecadação.
01:49E aí ele comprime aquele 70% que o Haddad diz que vai ficar na despesa total, certo?
01:56Já que em pedaços dessa arrecadação tem obrigatoriamente que você gasta com isso.
02:01Então, o Haddad já está prometendo rever aí essa regra para os gastos obrigatórios.
02:11Está aí, o Haddad fala em criar nova regra para gastos obrigatórios.
02:14Você vê que o arcabouço foi muito bem pensado, agora ele precisa de um monte de remendo para poder funcionar, né?
02:21Queremos evitar isso que é recorrente.
02:23Os governos progressistas revogam as desvinculações.
02:26Os governos conservadores reintroduzem.
02:29O que nós queremos discutir depois da reforma tributária é uma regra que acabe com esse vai e vem,
02:34que dê uma estabilidade maior e mais consistente para esse tipo de despesa, né?
02:38Que é obrigatória ou de crescimento vinculado às receitas.
02:43Por quê?
02:44Porque isso era uma forma de você manter aí o crescimento das despesas recorrentes,
02:52as restrições que acontecem todo ano, sempre não são despesas, como a gente chama, extraordinárias.
03:01Todo ano elas têm que ser reajustadas de uma forma ou de outra,
03:04mas que isso respeitasse aí o crescimento das receitas,
03:07então você não pode pagar mais para as pessoas,
03:10ou você não pode investir mais em educação ou em saúde,
03:13em função se a receita não subir, certo?
03:17Então, isso seria um dos entraves.
03:21E o problema é que como você colocou lá no arcabouço fiscal novo,
03:25você vai colocar, vamos ver o texto,
03:28um crescimento da receita acima do IPCA,
03:33todo ano tem crescimento real de despesa, não receita de despesa,
03:38você vai ter um problema lá para frente,
03:41obviamente, é isso que o Alexandre Schwartzmann está falando,
03:44e o nosso querido Haddad também parece que sacou
03:47que isso é um grandíssimo problema
03:50que ele devia ter olhado até um pouquinho antes, né?
03:55O Haddad diz também, porque ele sabe que isso tudo vai passar pelo Congresso,
04:00e as coisas não estão tão fáceis lá no Congresso,
04:02que sem Lira e Pacheco não estaríamos aqui.
04:06Olha que coisa bonita, né?
04:08Sem Lira e Pacheco nós não estaríamos aqui hoje,
04:13eles foram os grandes responsáveis pela transição,
04:15tem que assinalar isso,
04:17isso é um reconhecimento justíssimo, eu sou testemunha,
04:19não creio que eles vão faltar agora,
04:22sobretudo com a agenda da recuperação fiscal
04:24e aquilo que a política de Estado não é política de governo, né?
04:29Segundo Haddad, gastar mais é uma política de Estado,
04:32é basicamente isso que ele está dizendo.
04:34E lembrou, obviamente, ele está se referindo aí ao Pacheco,
04:37ao Lira, em função da PEC e da gastança,
04:40aquela que passou o déficit de 70 a 80 bi para 200 e pouquinhos bilhões,
04:47e agora a gente está tentando voltar para 100 bi, né?
04:50De vez em quando o governo fala que vai ser 50,
04:52mas ninguém consegue saber como é que essa conta fecha.
04:56E aí o Ciro Nogueira já mandou um recado,
05:01Ciro Nogueira, presidente do PP, partido do Arthur Lira lá na Câmara,
05:05o senador Ciro Nogueira falou, olha, do jeito que está,
05:07vai ser uma surpresa se o arcabouço for aprovado,
05:11já mostrando que vai ter dificuldades no Congresso Nacional
05:16para aprovar o arcabouço e não só o arcabouço, hein, gente?
05:19A gente também tem a reforma tributária.
05:21Lembrem-se que o arcabouço está apoiado na reforma tributária.
05:27E a reforma tributária também não está indo tão bem,
05:29a gente já vai falar disso.
05:30Olha aqui, diz o Ciro Nogueira numa entrevista à Veja,
05:34com certeza, aliás, quem não assistiu a entrevista do Wilson,
05:39aqui, nosso do antagonista com o Ciro Nogueira,
05:41assista também, porque foi bem antes dessa aí da Veja.
05:44Na verdade, as pessoas foram atrás do Ciro depois que a gente colocou aqui.
05:49E o Ciro já falava sobre isso também, mas repetiu lá,
05:51com certeza a gente vai propor muitos ajustes,
05:54mas são ajustes preocupados com o país, com a economia, com a inflação.
05:58Nós temos muita preocupação com o projeto.
06:01Do jeito que está, vai ser uma surpresa para mim,
06:04se o arcabouço for aprovado.
06:06Tem muita resistência, diz aí o Ciro Nogueira,
06:10pelo menos lá no Senado, as coisas vão ser meio difíceis.
06:13Aquilo que a gente já falou, o Ministério da Fazenda diz
06:17que vai ter que arrecadar entre 110 a 150 bilhões a mais
06:20para chegar, zerar o resultado primário lá em 2024.
06:25E os auditores fiscais da Receita Federal disseram que,
06:28pelas contas deles, são pelo menos 200 bilhões por ano
06:33para chegar nesse equilíbrio aí.
06:36Então, prepara o bolso.
06:40Para mostrar como as coisas também não estão indo tão bem,
06:43na reforma tributária, o governo já sabe que está enfrentando resistência
06:47para cortar isenções ao setor de turismo.
06:50Lembre-se, lá na Zona Franca de Manaus, já saiu da pauta, não vai ser mudado.
06:56As isenções do setor de turismo estão aí nessa briga,
07:01que é essa MP do PC.
07:02Inclusive, depois a gente vai falar disso lá no Sucupira High Frequency,
07:07mas isso aí está nessas MPs, nesse MP 1147, concede isenção fiscal
07:12a empresas do ramo de turismo e eventos.
07:15O que o deputado aí, o Filipe Carreiras, que é presidente da Frente do Turismo,
07:20está dizendo sobre esse negócio é o seguinte, olha.
07:23Vamos lutar pela classe mais penalizada na pandemia e que nunca teve incentivo fiscal
07:28na história.
07:30Óbvio, tendo um olhar para aqueles que, de fato, precisam do benefício
07:33e fazem parte da essência do projeto.
07:37Segundo o Andrade, o Haddad, nas contas da equipe econômica,
07:42essa renúncia fiscal aí para o setor custa mais ou menos 20 bilhões ao ano.
07:49Pode ser que eles tentem aí uma saída aos pouquinhos do benefício,
07:54vai diminuindo aos poucos, mas o problema é que o arcabouço fiscal
07:58precisa de dinheiro e precisa de dinheiro para ontem,
08:02senão não fecha a tal da meta e aí já baixa o nível de gasto
08:10para subir só, só, para subir 50% do aumento da receita.
08:15É claro que tem aquela trava, tem que subir IPCA mais 0,6,
08:19então ninguém está se importando muito também,
08:20se não der certo pelo lado da receita.
08:24Legenda Adriana Zanotto
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