- há 6 meses
O líder da oposição, o senador Rogério Marinho (PL-RN), afirma que há um consenso no Legislativo de que é preciso ter responsabilidade nas contas públicas, mas que o governo não está sabendo conduzir as discussões do arcabouço fiscal, que ainda não teve o projeto apresentado. Ele também critica como o governo vem se comportando na questão financeira.
Em conversa com o jornalista Wilson Lima, Marinho também criticou a reversão do marco do saneamento e a falta de reprimenda do ministro de Justiça, Flávio Dino, às declarações feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST. "O que nós vemos é uma agressão sistemática ao que foi construído", diz Marinho. "É preocupante a forma como esse governo se comporta."
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Em conversa com o jornalista Wilson Lima, Marinho também criticou a reversão do marco do saneamento e a falta de reprimenda do ministro de Justiça, Flávio Dino, às declarações feitas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST. "O que nós vemos é uma agressão sistemática ao que foi construído", diz Marinho. "É preocupante a forma como esse governo se comporta."
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, eu sou o Wilson Lima e estou aqui hoje com o líder da oposição, Rogério Marinho,
00:16para falar um pouco sobre o governo Lula, como é que vai ser essa oposição ao governo Lula,
00:21medidas provisórias, orçamento secreto, que não é tão secreto assim, composição da nova base de oposição no Congresso.
00:32Enfim, senador, muito obrigado pela atenção, muito obrigado pela oportunidade, muito obrigado pela entrevista.
00:37Bom, obrigado a você hoje pela oportunidade, estamos aqui prontos para conversar um pouco sobre o momento atual,
00:44a conjuntura e o papel que a oposição deverá ter no Senado da República.
00:47Líder, eu queria começar um pouco sobre a avaliação dos 100 dias.
00:53Essa semana ficou marcada justamente pela comemoração dessa data, que ela é tão simbólica.
00:59Eu escutei muitos integrantes do PT dizendo o seguinte, olha, é pouco tempo para mostrar serviço.
01:06A oposição fala justamente o contrário, olha, se o governo tivesse um projeto, já teria dado tempo de você apresentar alguma coisa.
01:14Como é que o senhor avalia esses 100 dias?
01:17Bom, de fato o governo não começou.
01:20O presidente tem mostrado claramente que está ressentido, magoado, com o fato de ter sido preso, de ter sido processado, de ter sido condenado.
01:35E isso é uma marca que ele levou para a presidência da República.
01:41O país precisa de pacificação.
01:43O país precisa de um líder que leve em consideração o fato de que quem governa, governa para o conjunto dos brasileiros.
01:52E o Lula, praticamente em todas as suas falas públicas, deixa claro que é uma divisão no país e que ele pretende aprofundá-la.
02:02Ele trabalha muito olhando pelo retrovisor, customizando projetos antigos, ideias velhas e o pior, repetindo os mesmos erros com os mesmos personagens que causaram desastre de corrupção e de catástrofe econômica
02:23num período recente da nossa história, no final de 2016, que combinou justamente com o afastamento da ex-presidente Dilma da presidência da República.
02:35O senhor diria que tem sobrado ódio e tem faltado paz e amor?
02:39Eu acho que o presidente Lula precisa virar a página.
02:47A eleição já ocorreu, ele hoje é o presidente.
02:50Nós da oposição, de uma forma absolutamente tranquila, estamos aguardando que o governo se inicie para nos posicionarmos.
02:57Eu tenho dito, até porque o sentimento daqueles que eu lidero, que são os senadores que fazem parte dos partidos que se posicionam contrários ao atual governo,
03:12que o nosso posicionamento não é de oposição ao Brasil, ao país.
03:16É um posicionamento crítico, mas construtivo e pronto para ajudar, desde que os projetos que sejam apresentados sejam projetos virtuosos.
03:28O que nós estamos vendo agora é um desmonte de um legado virtuoso nos últimos seis anos.
03:35Então, a agressão ao sistema previdenciário, preconizado pelo ministro, que inclusive afirma que não há destes na Previdência,
03:44que causam transtorno a mais de 37 milhões de aposentados, quando pretende substituir o Banco Central,
03:51arbitrando taxa de juros de consignado, criando um colapso no sistema.
03:58É a ação do presidente da República e dos seus próceres agredindo o Banco Central,
04:06como se os juros pudessem ser baixados por golpes na mesa, por pessoas vociferando,
04:14gritando de forma descontrolada e não por ações sérias de um governo que preconiza um equilíbrio fiscal,
04:22que preconiza uma estabilidade, que preconiza segurança jurídica que falta, por exemplo,
04:28quando o governo, por um decreto, ele muda toda a arquitetura sistemática de uma ação vitoriosa,
04:35que é o marco do saneamento, quando uma portaria da Advocacia Geral da União sobresta uma determinação da Constituição,
04:47que é o caso dos precatórios, e deixa um mico de 40 bilhões de reais, aproximadamente, na mão daqueles que acreditaram
04:55que o Estado brasileiro, de fato, havia transformado esse crédito que diferentes devedores têm com o governo federal
05:07num ativo que pudesse ser utilizado na outorga e na comercialização de ativos do governo.
05:16É uma portaria inclusividade da Advocacia Geral da União, se não me engano.
05:19Uma portaria que só bresta um dispositivo constitucional que determina que é auto-aplicável
05:24a mudança que foi feita em relação aos precatórios para serem utilizados como ativos na obtenção de...
05:33como crédito na obtenção de ativos do governo.
05:37Então, o que nós vemos é um... eu diria, de forma sistemática, é uma agressão ao que foi construído.
05:44São discursos, por exemplo, do Steadley, do Movimento dos Sem Terra,
05:52do presidente da MST, que apoia e é apoiado pelo governo do PT,
05:57que incita crime, que é a invasão de propriedade privada,
06:01e convoca uma coletiva de imprensa para dizer que vão fazer o Abril Vermelho.
06:06Eu não vejo uma manifestação do ministro da Justiça,
06:09porque esse tipo de ação pode causar violência, até óbito,
06:16de pessoas que se sintam compelidas a defender as suas propriedades,
06:21que o Ministério da Justiça me parece impávido,
06:25absolutamente fora de qualquer iniciativa,
06:30que seria natural de evitar que esse tipo de crime,
06:34de incitação ao crime, ocorresse no Brasil.
06:37Então, é preocupante hoje a forma como esse governo se comporta.
06:42Mas, líder, você utiliza um adjetivo curioso para o caso do Dino, impávido.
06:51Eu vou acrescentar inerte.
06:54Eu me deixaria de perguntar nesse caso da MST,
06:56será que também não tem um pouco de leniência,
06:59sendo até um pouco mais ostensivo nessa interpretação?
07:03Olha, não terminou o dia ainda, né?
07:05Eu espero que, nas próximas horas e nos próximos minutos ainda,
07:13haja uma providência por parte do Ministério da Justiça
07:15para evitar uma eventual conflagração, um conflito que não interessa a ninguém.
07:19O direito à propriedade privada é um dos pilares da nossa democracia
07:27e é um preceito constitucional.
07:31Então, ele precisa ser defendido pelo Estado brasileiro,
07:34pelo aparelho do Estado brasileiro.
07:36O que nós esperamos é que o Ministro da Justiça tenha a mesma diligência
07:43que ele tem quando, por exemplo, aciona os meios de comunicação,
07:53as redes sociais,
07:56quando, eventualmente, algum adversário
07:59faz alguma demonstração de desapreço ao governo que ele representa.
08:05Agora, Líder, eu queria tocar no ponto,
08:07já que o senhor falou dessa desconstrução
08:09de algumas políticas públicas dos últimos seis anos,
08:12eu não estou falando só do governo Jair Bolsonaro,
08:14eu também estou falando do governo Temer,
08:16tem uma que eu considero simbólica,
08:20que, inclusive, ela é muito recente, né?
08:21Que é justamente o marco do saneamento.
08:23O senhor chegou a falar um pouco rápido sobre isso.
08:27Dá para a gente falar hoje,
08:29eu queria que o senhor explicasse para a gente,
08:31explicasse para o nosso público
08:32o que representa esse decreto presidencial
08:36que praticamente acabou com o marco do saneamento,
08:39o que isso pode representar para o cidadão comum lá na ponta,
08:43para a pessoa que realmente precisa de água e de esgoto?
08:47Olha, primeiro, vamos começar pela fala do presidente Lula,
08:50quando ele, no ato em que os decretos são assinados,
08:55afirma que é necessário dar um voto de confiança
08:57às empresas estatais, estaduais,
09:02que lidam com a água e com esgoto no território nacional.
09:06Ou o presidente está brincando,
09:08ou ele vive em Nárnia, no mundo da lua.
09:11Porque há 40 anos ou mais,
09:13nós esperamos que essas empresas cumpram o seu dever
09:17e universalizem o tratamento de esgoto e de água no nosso país.
09:24Nós temos hoje uma realidade de 100 milhões de brasileiros
09:28que não têm esgoto tratado,
09:30e 35 milhões que não têm água tratada.
09:33Então, nós temos aí quatro décadas em que a incompetência
09:40foi uma marca da maioria dessas empresas.
09:42As exceções confirmam a regra.
09:44Sim.
09:44Importante fazer o parêntese aqui.
09:46Tanto é que três empresas se desligaram
09:49da associação que congrega as empresas estatais
09:54após a publicação desses decretos.
09:57Então, o presidente aumenta os prazos
10:00para que essas empresas possam comprovar
10:03a sua capacidade técnica e financeira.
10:07Ou seja, a dia é por dois anos ou mais.
10:13A necessidade de que essas empresas sejam privatizadas
10:17ou façam acordos de concessão com empresas privadas.
10:21Legaliza o que nós chamamos de contratos de programa,
10:26que são contratos que existem de forma implícita
10:29entre a empresa estatal e os municípios que recebem esse serviço,
10:36mesmo que não tenham concedido ou feito contratos
10:41na questão das concessões municipais,
10:44ainda tem essa concessão.
10:46Então, ele retira esse poder dos municípios
10:50e passa isso para os estados de forma coercitiva,
10:54para as empresas estatais.
10:57E, ao mesmo tempo, permite que essas empresas
11:01possam prestar o serviço sem licitação,
11:03ou seja, sem concorrência pública,
11:06que são os fundamentos que nortearam o marco do saneamento.
11:10O marco, em apenas dois anos,
11:13permitiu a atração de quase R$ 90 bilhões
11:17em investimentos na área de tratamento de esgoto de água
11:21e em outorgas que foram pagas aos municípios e estados
11:25que fizeram a comercialização das suas concessões.
11:33Nós estamos falando aí de um investimento
11:36que vai permitir que 9 milhões desses 100 milhões de brasileiros
11:40em torno de 15 milhões, em torno de mais 6 milhões,
11:459 milhões tenham tratamento de esgoto
11:48e 5 ou 6 milhões tenham água de qualidade até 2033.
11:54Então, nesse crescendo pelo interesse que o mercado demonstrava,
11:59nós tínhamos a possibilidade de termos aí
12:01um aporte de R$ 45 a R$ 50 bilhões por ano
12:05investidos na área de saneamento,
12:08tanto do tratamento da água como do esgoto.
12:12E há uma necessidade de um aporte mínimo
12:14de pelo menos R$ 25 a R$ 30 bilhões.
12:17Quer dizer, um recurso, inclusive, além do necessário
12:20para que em 2033 tenhamos essa universalização.
12:22Ora, para a população pobre que o PT diz representar,
12:29esse, sem dúvida, foi um presente de grego.
12:31Nós estamos impedindo que aqueles que são mais frágeis
12:36do ponto de vista econômico, financeiro e social
12:39tenham com maior rapidez acesso a um serviço
12:44que os países de primeiro mundo têm como uma coisa corriqueira.
12:50Ou seja, o seu tratamento de esgoto e de água
12:54que vai diminuir, por exemplo, as doenças idêmicas,
12:57que vai melhorar a qualidade de vida,
12:59que vai diminuir a pressão sob o sistema de saúde público
13:03do governo federal,
13:05que vai permitir que haja mais investimentos
13:07na área de atração de turistas,
13:10de alocação de recursos em áreas distintas
13:14para fornecer infraestrutura,
13:16para girar a economia.
13:18Enfim, esse ciclo virtuoso que estava estabelecido,
13:22que é interrompido por uma visão atrasada,
13:26corporativa,
13:27de que o Estado necessariamente precisa ser leviatã,
13:36precisa ser um Estado gigante.
13:37É uma visão dos anos 70, né?
13:40E uma visão que a realidade demonstra que não deu certo.
13:46Então, é repetir as mesmas práticas com os mesmos atores
13:50e esperar resultados diferentes,
13:53quando nós já vimos o resultado do filme,
13:55que foi um desastre que culminou em 2016,
13:58com a enorme recessão,
14:00com a enorme catástrofe econômica no nosso país.
14:03Sendo bem breve, sendo bem objetivo,
14:08dá para a gente dizer que esse decreto pode inviabilizar
14:12ou estaria em via de inviabilizar investimentos
14:15da ordem de 25 a 30 bilhões por ano?
14:17Não, não tenho dúvida.
14:19E o pior, é um desrespeito ao parlamento brasileiro.
14:22Na minha opinião, um decreto não pode alterar uma lei.
14:26É uma questão clara da hierarquia legislativa.
14:29Então, o governo, além de tudo isso que eu falei,
14:34na minha opinião, ele avança o sinal
14:37e atropela o parlamento brasileiro
14:40se ele quisesse fazer as mudanças
14:42que ele acha que precisam ser feitas
14:44com a sua visão atrasada de mundo
14:46e mandasse um projeto de lei
14:48ou medida provisória, né?
14:50Para que pudesse ser discutido dentro do Congresso Nacional
14:52e não da forma que fizeram.
14:54Agora, deixa eu aproveitar um pouco esse gancho da MP
14:57de uma possibilidade de projeto de lei desse caso específico.
15:00Às vezes, me parece que o governo federal,
15:03pelo menos nesse início de governo,
15:04ou, utilizando as suas palavras,
15:06nesse início de não governo,
15:09me parece que ele começa muito enfraquecido.
15:12E isso, de fato, inviabiliza qualquer tipo
15:15de política pública do próprio governo federal.
15:17Nesse ponto, eu lhe pergunto, líder,
15:20como é que a oposição vai trabalhar, vai fazer,
15:28vai mostrar para a opinião pública
15:29o que esse governo faz ou deixa de fazer?
15:32E como é que vai ser a articulação dessa base de oposição
15:35sabendo que nós temos um governo
15:37que já tem uma base muito fraquecida,
15:40essa base um pouco mais fraca, mais frágil,
15:42facilita o trabalho da oposição ou não?
15:44Olha, um bom governo precisa de uma boa oposição também.
15:50Um governo fraco vai ter uma oposição
15:51que vai definir qual é a pauta do país.
15:56Nós torcemos a favor do Brasil,
15:57nós queremos que o governo dê certo.
16:00A hora de levantar a bandeira
16:02e subir no palanque e fazer o discurso
16:05é por ocasião da eleição.
16:07Agora, o que nós estamos vendo,
16:09infelizmente, nos leva a crer
16:11que dificilmente esse governo vai acertar.
16:14A pauta ideológica está muito forte.
16:17Dependendo da matéria que for apresentada
16:20dentro do Congresso Nacional,
16:22eu ouso dizer que o governo não tem base para ser aprovado.
16:25Então, por exemplo, se apresentarem um projeto de lei
16:28em relação à questão do saneamento,
16:32eu não acredito que nos termos que foi proposto no decreto
16:35isso vai ser aprovado pelo Congresso Nacional.
16:41Nem no Senado, nem na Câmara.
16:44Se modificarem, por exemplo,
16:46a legislação ambiental
16:48dentro de um ponto de vista
16:51que prejudique o agro brasileiro,
16:53eu não acredito que o governo tenha base
16:55para passar isso.
16:58A própria intenção do Lula
16:59de tentar exonerar o presidente do Banco Central,
17:03Roberto Campos Neto, me parece que tem outra medida que não...
17:05A autonomia do Banco Central,
17:06as questões previdenciárias e trabalhistas
17:09que já foram votadas por esse Congresso,
17:12os marcos legais que foram votados
17:15e que permitiram a modernização do país.
17:19Então, todo esse arcabouço
17:21que foi construído em um legado virtuoso,
17:23ele está em risco.
17:24Mas o governo está utilizando esses subterfúgios.
17:28Está utilizando-se de decretos, de portarias.
17:31Ele está, na verdade,
17:33ele está driblando a necessidade
17:35de submeter a sua visão de país ao legislativo.
17:40Quando fizer, vamos testá-lo.
17:42Porque quando você fala de arcabouço fiscal,
17:44por exemplo,
17:45todos nós entendemos que a necessidade
17:47é que o país tenha responsabilidade fiscal,
17:50que apresente um projeto,
17:52que se transformado em lei,
17:53vai permitir a estabilização,
17:56pelo menos a estabilização,
17:57da dívida pública,
17:58com todas as virtudes que isso representa.
18:01Com a diminuição do juro a médio e longo prazo,
18:06com a diminuição da inflação,
18:08com o aumento da atividade econômica,
18:10com a melhoria dos indicadores
18:12que vão permitir que haja
18:13uma maior credibilidade do país
18:16e, por via de consequência,
18:18a obtenção de empréstimos
18:20a menores spreads.
18:22Então, claro que nós desejamos
18:24que haja uma retomada da atividade econômica,
18:27do emprego, etc.
18:28Agora,
18:31o arcabouço fiscal,
18:32tal como foi apresentado
18:34pelo ministro Haddad
18:35no slide que nós tivemos acesso,
18:37na conversa que tivemos com ele,
18:39e nas declarações que foram dadas a posteriori,
18:43na minha opinião,
18:43não se põe de pé.
18:44Agora, claro,
18:46que nós não vimos o projeto.
18:47É o que temos nesse momento.
18:49Temos um PDF,
18:50basicamente.
18:51A gente precisa ver o projeto.
18:52Temos um protocolo de tensões ali.
18:54Até lá, eu acho que o governo,
18:55propositalmente,
18:56lançou balões de ensaio
18:58para sentir qual era
19:00a receptividade
19:02e as eventuais críticas.
19:04E a minha esperança
19:05é que o projeto
19:07possa ser modificado
19:09no sentido de torná-lo menos frouxo
19:11e mais eficaz.
19:12Porque quando o governo
19:13retira o teto das despesas,
19:16estabelece um piso
19:17para aumento dessas despesas
19:19no ano subsequente,
19:20independente do comportamento da receita,
19:22mesmo que não tenha receita nenhuma,
19:24se ela for negativa,
19:25você vai crescer em 0,60
19:27em função do comportamento
19:29de junho a julho,
19:30como é a questão orçamentária
19:32do ano anterior
19:32para o ano subsequente.
19:34E se houver um aumento,
19:36isso em termos reais,
19:37maior que 2,5%,
19:40você está balizado nos 2,5%.
19:44Ora,
19:44o governo não está fazendo
19:46nenhum esforço,
19:47pelo menos não foi demonstrado,
19:48de conter despesas.
19:50Reforma administrativa,
19:51o governo não fala mais.
19:53Qualidade do gasto público,
19:55não se gasta mais.
19:56Focalização desse gasto,
19:58não se fala mais.
20:00Ou seja,
20:02segurar despesas
20:03não está na ordem do dia.
20:06Ah, mas a gente precisa...
20:07O projeto de vendas dos Correios esquece.
20:08A gente precisa de 150 bi.
20:11Todo ano a mais
20:13dentro do orçamento.
20:14Como vamos conseguir isso?
20:16A informação que eu tenho
20:17é que a medida provisória
20:18do CAF caiu.
20:21Então, havia uma expectativa
20:22aí de 30, de 40,
20:24de 50 bi,
20:25que foi para o saco.
20:26Então, vai vir um projeto de lei
20:27ser votado em quanto tempo?
20:30Qual é a garantia
20:30que vai ser aprovada
20:31sobre a questão
20:32do voto de qualidade?
20:34Aí vem a outra questão,
20:36que é
20:36taxar jogos eletrônicos
20:39e taxar o comércio eletrônico.
20:41Ok, nós votaríamos,
20:44mas não é suficiente.
20:46Taxar os fundos especiais
20:48que são
20:48exceptuados de tributação.
20:53Tudo bem.
20:54Taxar quem não tributa,
20:55tudo bem.
20:55Dentro de uma tributação razoável.
20:57CCSL.
21:01Aumento de tributo.
21:0380, 90 bilhões de reais por ano.
21:06Isso vai ser
21:07repassado para o consumidor.
21:11Eu, particularmente,
21:11tenho dificuldade de votar
21:12em aumento de tributo
21:13com um país
21:14com uma carga tributária
21:15que beira 33, 34% do PIB.
21:18E acho que muita gente
21:19dentro do Congresso
21:20também tem.
21:22Como é que você fecha essa equação?
21:25E vale lembrar...
21:26Exoneração da Folha,
21:27que também já estão dizendo
21:27que provavelmente não cai.
21:29E vale lembrar que a gente está falando
21:30de um orçamento
21:31que foi inflado no ano passado
21:33em 200 bi,
21:35acima do que havia sido
21:36preconizado pela Lei de Diretrizes
21:38Orçamentárias,
21:39que foi a tal da PEC
21:40chamada de transição
21:42por aqueles que gostam do governo
21:43e por nós chamar de PEC da gastança.
21:46Porque você está aumentando,
21:49inflando, inchando
21:51o orçamento de despesas
21:54do governo federal
21:54sem uma contrapartida
21:56de receitas.
21:57Nem de anulação
21:59de outras despesas,
22:00nem de alternativa
22:01de novas receitas.
22:02Você simplesmente aumentou a dívida,
22:03uma pressão de aumento
22:04de quase 2%
22:06da dívida
22:07apenas no início do meio de janeiro.
22:09É isso que a gente sabe agora,
22:10até agora, né, Lida?
22:11Porque durante essa semana
22:13surgiu a informação,
22:14inclusive pela Folha de São Paulo,
22:16de que houve uma maquiagem
22:17além dos gastos do INSS,
22:19que geraria um rombo
22:20de 7,7 bi.
22:21Quer dizer,
22:22isso é o que a gente sabe, né?
22:23Aos pouquinhos
22:24a gente vai descobrindo
22:25que o rombo
22:25pode ser até um pouco maior, né?
22:27Essa é uma situação, inclusive,
22:28que a oposição vai se debruçar,
22:30porque caracteriza
22:31uma pedalada fiscal.
22:33Pode ter empismo aí?
22:34O governo precisa
22:35corrigir urgentemente
22:37essa situação,
22:38que pode ser uma questão contábil
22:39de algum erro, tá?
22:42Mas o governo precisa
22:43recalcular a sua despesa.
22:47Eventualmente,
22:48pode haver necessidade
22:48de contingenciamento agora
22:50e de projetos
22:53de decretos legislativos,
22:55de PDLs,
22:58que vão ter que alterar
22:59o orçamento.
23:00E o governo está adiando,
23:02por exemplo,
23:03as sessões congressuais
23:04com medo da instalação
23:06da CPMI.
23:07que é outra dor de cabeça, né?
23:09Que muito provavelmente
23:10essa CPMI do 8 de janeiro,
23:12me parece que o governo
23:13não vai ter muito
23:14para onde correr, né, Lida?
23:15Aproveitando essa questão
23:16da CPMI,
23:17eu vou juntar logo
23:18duas perguntas
23:18para a gente
23:19abarcar esses dois assuntos
23:22para ficar mais fácil.
23:24por que que o governo
23:26tem tanto medo
23:27da CPMI?
23:29E segundo,
23:31o senhor acha que
23:32existe alguma possibilidade
23:33de o Lula
23:35sofrer algum processo
23:36de impeachment
23:36a partir da premissa
23:37que ele tem uma base
23:38tão frágil
23:39quanto o de 1 a 2?
23:41Olha, eu acho que
23:42o impeachment
23:42é o último
23:44remédio
23:45a ser utilizado
23:46no sentido
23:46de estabilizar
23:47e de voltar
23:50ao país
23:50uma normalidade
23:51que todos nós
23:52desejamos.
23:54O que aconteceu
23:54com a ex-presidente Dilma
23:56foi o conjunto
23:58da obra
23:59que se inicia
24:00inclusive
24:01no segundo mandato
24:03do ex-presidente Lula.
24:05Então,
24:05essa liberalidade
24:07do ponto de vista fiscal
24:08cobrou um preço.
24:10Em 2013,
24:12aqueles protestos
24:13que aconteceram
24:14no Brasil
24:14como um todo
24:15são fruto
24:16dessa diminuição
24:18dos juros
24:18de forma artificial
24:19que começam em 2011.
24:21E veja,
24:22em 2015,
24:242016,
24:24nós tivemos
24:25uma das maiores recessões
24:26que o país já atravessou
24:27sem nenhuma crise externa
24:28causada justamente
24:30pela desoneração
24:33excessiva
24:34das forças
24:34de pagamento
24:34de diferentes cadeias
24:36econômicas
24:37que foram feitas
24:37pelo ex-presidente Dilma,
24:39pelos investimentos
24:42que foram feitos
24:43sem a contrapartida
24:44de receitas,
24:45em PACs,
24:47em Olimpíadas,
24:48em Copa do Mundo.
24:51Então,
24:52a quantidade
24:52de obras inacabadas
24:54que nós herdamos
24:55na época
24:56do ex-presidente Lula,
24:57desculpe,
24:58do ex-presidente Lula
24:59e Dilma
25:00é de uma enorme idade.
25:02Tem relatório do TCU
25:03que mostrou em 2018
25:04que haviam 14 mil
25:06obras inacabadas
25:06se nós não levarmos
25:08em consideração
25:08a questão de habitação.
25:11Nós temos,
25:12nós retomamos
25:13das 180 mil
25:15unidades habitacionais
25:15que estavam paralisadas,
25:17mais de 130 mil
25:18e todas elas
25:20do período
25:22de Lula e Dilma,
25:23que haviam sido
25:24iniciadas por eles
25:25e que foram paralisadas
25:27por falta de pagamento,
25:29por projetos inadequados,
25:32por litígios
25:32ligados à dominalidade,
25:34ou quer dizer,
25:34à propriedade
25:35dos terrenos,
25:36por problemas ligados
25:37à falta
25:38de infraestrutura,
25:39porque fizeram
25:41conjuntos habitacionais
25:42a 15,
25:4320 quilômetros
25:43de centros habitacionais
25:45sem a infraestrutura
25:46de transporte,
25:48sem a infraestrutura
25:48de creche,
25:49de escola,
25:50jogaram dinheiro
25:51para cima
25:51e estão fazendo
25:52de novo agora.
25:54É, eu soube
25:54sobre essa questão
25:55do Minha Casa Minha Vida
25:55até soube, né,
25:56que alguns conjuntos
25:57que estão sendo inaugurados
25:58pelo governo Lula
25:59atualmente
26:00estavam prontos
26:01para serem inaugurados
26:02na junção anterior,
26:03mas que faltava
26:04coisa básica,
26:05tipo uma rede de esgoto,
26:07uma rua,
26:08uma ligação de água,
26:08uma ligação de água.
26:09Coisa simples.
26:10E teve prefeito e governador
26:11que não ligou de propósito
26:12para que o Bolsonaro
26:13não entregasse.
26:14O presidente Lula
26:15nos sentidos
26:16falou,
26:16entregamos 5 mil casas.
26:17Entregou 5 mil casas
26:18e foram construídas
26:19no governo
26:19do presidente Bolsonaro,
26:22que eram obras paralisadas
26:23por diferentes motivos
26:25e foram retomadas,
26:26porque nós tivemos
26:26a responsabilidade
26:28de concluir
26:29o que estava
26:30inacabado
26:30antes de começarmos
26:32qualquer obra nova.
26:33Até porque
26:34quem paga imposto
26:36é penalizado,
26:37porque a obra
26:38não pertence a este
26:40ou aquele governo,
26:41pertence ao Estado brasileiro.
26:42Aliás,
26:43essa dimensão
26:45do que é Estado,
26:46do que é governo,
26:47falta o PT.
26:48Essa agressão
26:49ao Banco Central,
26:50eu acho que é pedagógico
26:52para o país.
26:53Nós estamos assistindo
26:54uma agressão clara
26:56a um órgão
26:58que passou a ter
26:59autonomia
27:00e que todos nós
27:02desejávamos,
27:03quando demos a autonomia,
27:05que ele passasse
27:05a ser um órgão
27:06de Estado
27:07para blindar
27:08a política monetária
27:09independente
27:10da alternância
27:11do poder.
27:15Para você evitar
27:15esse tipo de interferência.
27:17Isso está gerando
27:18um ruído enorme.
27:20O presidente Lula
27:21não entendeu,
27:22não caiu a ficha
27:23de que ele não é
27:24o imperador do Brasil.
27:26É claro que
27:28nós estamos assistindo
27:29uma série de infrações
27:31à nossa legislação.
27:32Por exemplo,
27:33o Aloysio Mercadante,
27:34a revelia da lei
27:35das estatais,
27:37é escolhido
27:38como presidente
27:38do BNDES.
27:41Nós vemos
27:42a falta
27:42de critério
27:44na profissionalização
27:45da gestão
27:45das estatais
27:46e dos fundos
27:47de pensão
27:48quando um sindicalista
27:49é escolhido
27:51para ser
27:52presidente
27:53da Previ
27:53e a biografia
27:55e a questão
27:56técnica dele
27:57é porque ele foi
27:58sindicalista
27:58a vida inteira.
27:59Eu não tenho nada
28:00contra a idoneidade
28:01desse cidadão,
28:02nem o conheço,
28:02o Fukunaga.
28:03Nem o conheço.
28:05Mas tudo
28:05contra o fato
28:06de você botar
28:07alguém sem apuro
28:08técnico
28:09para gerir
28:09um fundo
28:09de 250 bilhões
28:10diante do que foi feito
28:12pelos governos
28:14do PT
28:14nas administrações
28:15anteriores.
28:16Nós temos aí
28:17vários fundos
28:17de pensão
28:18que foram depenados
28:19por má administração,
28:21malversação
28:21de recursos,
28:22por equívocos
28:24de alocação
28:26de investimentos
28:27que estão penalizando.
28:27Sim, o próprio julgamento
28:28do Mensalão
28:29foi isso,
28:29ele foi um simbólico
28:30porque falamos
28:31de fundo de pensão.
28:32É só perguntar
28:33aos pensionistas
28:34que estão pagando
28:34até hoje,
28:35vão pagar durante 15,
28:3720 anos
28:37em alguns casos,
28:38um aporte
28:39na sua mensalidade
28:41para fazer frente
28:42ao rombo
28:43ocasionado
28:43pela má gestão
28:44e pela falta
28:45de profissionalização.
28:46Em 2015,
28:48que foi o último ano
28:48do governo Dilma
28:50na integralidade,
28:51porque em 2016
28:52ela cai
28:52entre julho e agosto,
28:55o déficit
28:56apontado
28:57pelas estatais,
28:58pelas empresas públicas,
28:59foi de 32 bi de real.
29:00Agora, em 2022,
29:04em função
29:04da profissionalização
29:05das empresas estatais,
29:07nós vamos ter
29:08um lucro
29:08de 250 bi de real.
29:10Então,
29:10isso tudo
29:11está sendo revertido,
29:12quer dizer,
29:12tudo que foi feito
29:13para deter
29:15o descalabra,
29:16a malversação,
29:17o aparelhamento
29:18da máquina pública,
29:19a corrupção
29:20que caracterizou
29:21o governo do PT,
29:23todos os mecanismos
29:24que foram criados
29:25estão sendo
29:25destruídos.
29:27e o pior
29:29sobre a inércia,
29:31a letargia
29:32de grande parte
29:35da nossa imprensa
29:36e da opinião pública.
29:38As pessoas
29:38estão achando
29:39que isso é normal.
29:40Não é normal.
29:42Eles estão repetindo
29:43os mesmos equívocos
29:45e, pior,
29:47com os mesmos personagens.
29:49Nós começamos
29:49um governo
29:50que tinha 23 ministérios
29:52e inflou para 37,
29:53todo mundo achou
29:53que está normal.
29:54Aumentou 14 ministérios.
29:56Para quê?
29:57E aí o PT
29:58ressuscitou o Mercadante,
29:59ressuscitou o Padilha.
30:01Para ver o troca-troca
30:02que foi tão vilipediado,
30:06foi tão repudiado
30:07por todos nós,
30:09que não deu certo
30:10e ia puxar
30:10as suas anteriores.
30:12Então,
30:12esse aparelhamento
30:13da máquina pública
30:14é uma marca do PT
30:16que, infelizmente,
30:16volta com muita força
30:17e, nesse momento,
30:20ou sobre a inércia
30:21ou sobre o aplauso
30:21de boa parte
30:22daqueles que publicam
30:23a opinião nesse país.
30:24Lida,
30:25só para fechar
30:25e sendo bem objetivo
30:26para encerrar
30:27a nossa entrevista.
30:29Reforço,
30:30por que o governo Lula
30:31tem tanto medo
30:32da CPMI
30:33dos atos do 8 de janeiro?
30:35Olha,
30:35quem tem que dizer
30:35é o governo Lula.
30:38Agora,
30:39me parece claro
30:40que a forma
30:42como as investigações
30:43estão ocorrendo,
30:45elas estão levando
30:46em consideração
30:46o que fez
30:49ou deixou de fazer
30:50o governo
30:51do Distrito Federal,
30:53seu secretário
30:54de Segurança
30:54está preso
30:55até hoje,
30:56mas não está
30:58levando em consideração
31:00o que foi feito
31:01ou deixou de ser feito,
31:02a omissão eventual
31:03daqueles que comandam
31:06o governo federal
31:07na área de segurança.
31:08a um protocolo
31:10desde 1986
31:12em relação
31:12ao explanado
31:13dos ministérios,
31:14quando Sarney
31:14ainda era presidente
31:15da República,
31:16de que forma
31:17as forças de segurança
31:19atuam
31:21de forma coordenada
31:22na eventualidade
31:23de uma invasão
31:25dos prédios
31:25que simbolizam
31:27a nossa democracia,
31:29o judiciário,
31:31o legislativo
31:32e o executivo.
31:32Então,
31:34toda a comunidade
31:35de informações
31:36do governo federal,
31:39a PRF,
31:40a BIM,
31:41a Polícia Federal,
31:43os órgãos ligados
31:44ao setor de transporte,
31:46todos eles
31:47certamente
31:47municiaram
31:48o Ministério da Justiça
31:50com informações
31:52a respeito
31:53do que poderia ocorrer.
31:54E é curioso
31:55que uma parte
31:56significativa
31:58daqueles que
31:58ordinariamente,
31:59ou seja,
32:00independente de haver
32:01ou não
32:01uma manifestação,
32:02deveriam estar
32:04guarnecendo
32:05os prédios públicos,
32:07não estavam
32:08naquele momento,
32:09excepcionalmente
32:10não estavam.
32:11Então,
32:11é necessário
32:11se apurar também
32:12a eventual omissão
32:13de quem quer
32:14que tenha sido,
32:15porque a barbárie,
32:17o delapidar
32:19patrimônio público
32:20ou privado,
32:22essa depredação,
32:24essa intimidação
32:25de pessoas,
32:26sempre foi combatido
32:27por aqueles
32:27que fazem a direita
32:28no Brasil.
32:29Sempre foi combatido.
32:31E, ao contrário,
32:32a esquerda
32:33relativiza
32:34esse processo.
32:35E isso é verdade
32:36porque quando houve
32:37a votação
32:37da lei
32:39que regulamentava
32:41o terrorismo,
32:42eu estava no
32:43Parlamento Brasileiro
32:44em 2016,
32:45quando nós
32:46defendíamos
32:47que a motivação
32:47política
32:48é um dos elementos
32:49que caracteriza
32:50o terrorismo.
32:51e a esquerda
32:53trabalhou violentamente
32:54contra
32:55e a presidente Dilma
32:56vetou
32:56esses
32:57artigos
33:01dentro da lei.
33:02Esse tema voltou,
33:03inclusive,
33:03a CCJ,
33:04depois da Comissão
33:05de Segurança
33:05da Câmara
33:06e a esquerda
33:07fez a mesma estratégia
33:08com medo
33:08de que isso
33:08atingisse o MST.
33:09O MST
33:10e as centrais
33:11sindicais
33:12todas
33:12que quando fazem
33:13seus movimentos
33:14via de regra
33:15terminam
33:15com depredação
33:16do patrimônio
33:17privado
33:18ou público.
33:20Então,
33:20nós estamos agora
33:21num processo
33:22de inversão
33:22de papéis
33:23e não vai ser
33:25eu que vou
33:26passar a mão
33:26na cabeça
33:26de quem depredou,
33:27de quem invadiu.
33:28Então,
33:29quem fez isso
33:30tem que pagar.
33:31Como tem que pagar?
33:32Quem estimulou.
33:33Como tem que pagar?
33:33Quem se omitiu
33:34para isso acontecer.
33:35Eu acredito
33:36que a CPMI
33:37vai ser importante
33:39para que isso tudo
33:40fique às claras
33:41e a opinião pública
33:42tenha conhecimento
33:44na integralidade
33:45desse triste episódio
33:47e os responsáveis
33:48sejam punidos
33:49e nós possamos
33:50ter como produto
33:51um aperfeiçoamento
33:52dessa legislação.
33:54Senador,
33:54obrigado pela entrevista.
33:56Alguma consideração
33:57para a gente encerrá-la?
33:59Não,
33:59só dizer que
34:00a exemplo
34:01do que falei
34:01quando começamos
34:02a nossa entrevista,
34:03nós vamos fazer
34:05uma oposição
34:05construtiva,
34:07vigilante,
34:09mas uma oposição
34:10a essa pauta
34:11que é anunciada,
34:12uma pauta
34:13de retrocesso,
34:14uma pauta
34:15bizantina
34:17que nada tem a ver
34:18com os tempos
34:19que nós estamos vivendo.
34:21Mas não faremos
34:21oposição
34:22ao Brasil.
34:23Nós estaremos
34:24prontos
34:25a ajudar o governo
34:26na hora em que ele
34:27quiser ser ajudado
34:28e que tenha projetos
34:29que sejam virtuosos.
34:31Muito obrigado.
34:32Esse foi o líder
34:33da oposição
34:34no Senado,
34:34Rogério Marinho.
34:35Líder,
34:36muito obrigado
34:36pela entrevista,
34:37obrigado pela atenção
34:37e até a próxima.
34:39Obrigado também.
34:40Até a próxima, gente.
34:41Tchau, tchau.
34:42Tchau, tchau.
34:42Tchau, tchau.
34:44Tchau, tchau.
34:45Tchau, tchau.
34:46Tchau, tchau.
34:47Tchau, tchau.
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