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Governo estuda tributar até 500 empresas com "superlucros", diz Fernando Haddad
O Antagonista
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00:00
Nosso primeiro destaque de hoje, dessa quinta-feira, dia 6 de abril, é que nós vamos falar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:07
disse hoje que o governo estuda tributar até 500 empresas que têm superlucros e não pagam impostos.
00:17
O petista deu essa declaração numa entrevista à Band News e ele disse ainda que, ele reafirmou ainda que o Planalto
00:25
não tem a intenção de criar novos tributos e aumentar alíquotas existentes.
00:31
A gente vai mostrar para vocês a fala de Fernando Haddad, a gente transcreveu aí a aspas de Fernando Haddad,
00:37
então, nessa entrevista que ele concedeu nessa quinta-feira à Band News.
00:42
Está aí, foi o que disse Fernando Haddad, ministro da Fazenda, estamos falando de quem não paga.
00:48
Hoje, quem não paga são as maiores empresas brasileiras.
00:53
Estamos falando de grandes empresas que têm superlucros, de 400 a 500 com superlucros,
01:02
então, que com expedientes ilegítimos fizeram constar no sistema tributário que é indispensável
01:12
como subvencionar o custeio de uma empresa que está tendo lucros.
01:17
Se uma empresa está tendo lucro, por que o governo não vai com o dinheiro subvencionado, então, a essa empresa?
01:27
Com o dinheiro subvencionado a essa empresa, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
01:33
Então, o ministro também disse hoje que há cerca de 400 bilhões e 500 bilhões que o Estado deixa de arrecadar.
01:42
No entanto, Fernando Haddad ponderou que o governo não pretende mexer em parte desse montante
01:49
que corresponde, por exemplo, às Santas Casas ou à Zona Franca de Manaus.
01:56
Está aí esse assunto que está repercutindo muito da fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
02:01
e por isso a gente já vai chamar aqui o nosso Rodrigo Oliveira para participar do Papo Antagonista comigo
02:06
e trazer mais detalhes agora dessa fala, trazer análise do Rodrigo Oliveira
02:12
sobre essa fala de Fernando Haddad hoje.
02:15
Rodrigo, muito boa noite, seja muito bem-vindo ao Papo.
02:18
Boa noite, Kenzo, boa noite para o pessoal que está acompanhando a gente.
02:22
O Haddad continua nesse périplo aí para dizer de onde vai vir o dinheiro que ele diz que...
02:29
Na verdade, ele não diz que ele vai precisar para fazer as contas fecharem dentro dessa nova organização,
02:39
desse arcabouço fiscal, porque, na verdade, para chegar onde ele quer chegar,
02:43
a arrecadação tem que aumentar, segundo ele, sem criar novos tributos e sem aumentar alíquotas.
02:50
E aí a ideia brilhante é pegar pessoas que não pagam os impostos e fazer elas passarem a pagar impostos.
02:58
Quando ele fala aí das 400, 500 empresas que têm super lucros,
03:03
e aí é bom lembrar assim, tudo isso é meio mais ou menos,
03:07
as coisas não se encontram muito bem, os números mudam de uma hora para outra.
03:11
Outro dia ele disse que eram 300 bilhões que tinha possíveis de arrecadação,
03:17
agora são 300, depois voltou a 500, agora são 400 a 500 empresas com mais ou menos 400 a 500 bilhões
03:23
para o governo poder conseguir dinheiro de lá.
03:28
Mas a ideia aí é o seguinte, existem uns créditos de ICMS que os estados pagam,
03:36
dão para algumas empresas para ficarem lá nos estados deles,
03:40
e esses créditos são utilizados para bater do lucro total.
03:45
Então você passa a ter um lucro menor, como se fosse o seguinte,
03:49
eu vendo alguma coisa por mil reais e 20 reais, 200 reais desses mil seriam em ICMS,
03:57
eu não pago isso e eu ganho 200 reais para bater como crédito.
04:02
Então para ter esse benefício fiscal, o meu lucro final fica 200 reais menor.
04:09
Então vamos supor que esse lucro era de mil, passou para 800,
04:12
e o governo só consegue arrecadar sobre essa base dos 800.
04:16
O que o Haddad quer é que volte esses 200 para ele poder arrecadar em cima de tudo.
04:22
Qual é a argumentação?
04:24
Olha, isso foi criado lá atrás para que isso subvencionasse,
04:29
para que isso ajudasse para criar espaço para as empresas investirem.
04:33
Se elas investem mais, elas criam mais empregos, elas crescem e a economia toda gira melhor.
04:39
Ótimo, essa era a ideia e é isso que veio sendo feito até 2017,
04:43
quando tem uma lei complementar que muda isso e fala o seguinte,
04:47
qualquer crédito de ICMS vai ser considerado investimento.
04:53
Então essa subvenção virou investimento mesmo para quem está usando esse crédito
04:59
para, como é que a gente vai dizer, subsidiar custeio,
05:04
que é compra de insumo, pagamento de salários, etc.
05:07
Então o raciocínio do Haddad de que, olha, esses caras têm lucro,
05:10
e por que eu estou ajudando se eles têm lucro?
05:13
Bom, aí poderiam ser duas discussões.
05:15
Uma é, olha, tem lucro, por que você ajuda?
05:20
E a outra é, realmente, se você não ajudar esse pessoal, deixa de ter lucro?
05:25
Não, então por que não tributar?
05:26
O problema disso que, até embora a tese não seja totalmente esdrúxula ou incabível,
05:36
o problema disso é como é que você vai negociar isso dentro do Congresso Nacional.
05:40
E isso coloca todo o arcabouço sob suspeita.
05:44
E as contas do governo quase nunca batem.
05:47
Nessa entrevista onde ele fala sobre essas 300, 500 empresas de super lucros,
05:51
ele também fala, não, a gente vai taxar apostas, e-commerce internacional, etc.
05:59
A gente tinha feito uma conta que a gente conseguiria arrecadar aí
06:02
com esse negócio do e-commerce, 6 bilhões.
06:04
Mas aí o pessoal do setor chegou para a gente e disse, não, vale 12 bilhões.
06:09
Agora imagina, o pessoal do setor com quem ele está falando
06:11
é o pessoal daqui de dentro, que tem interesse,
06:14
que você tribute esse pessoal lá de fora
06:17
para que os preços aqui cheguem mais competitivos para eles.
06:20
Então, assim, a gente não pode ser simplista nesse raciocínio
06:25
achando que é simples melhor.
06:26
Olha, agora eu descobri.
06:28
É ali, tem 500 bilhões para arrecadar
06:31
e está tudo ali facinho com esse negócio do ICMS,
06:34
que inclusive é discutido judicialmente também.
06:38
E precisa você organizar com todos esses grupos de interesse
06:42
no Congresso Nacional para fazer isso andar.
06:43
É um mau sinal para a robustez que se esperava do arcabouço fiscal.
06:52
Rodrigo, fica aqui comigo que eu vou chamar o Carlos Graieb também
06:55
para fazer uma análise sobre essa fala de Fernando Haddad,
06:58
sobre essa entrevista de Fernando Haddad que ele concedeu
07:01
nessa quinta-feira e que trouxe também outras declarações
07:05
bastante polêmicas.
07:07
Né, Graieb?
07:08
Boa noite, muito bem-vindo, Graieb.
07:10
Boa noite, Kenzo.
07:12
Boa noite, Rodrigo.
07:12
Tudo bem?
07:13
Boa noite, pessoal do chat.
07:17
Rodrigo, eu estava vendo aqui notícias
07:20
sobre essa história da desoneração do ICMS
07:26
e de como isso se reflete na cobrança de tributos federais e tal.
07:30
E os economistas começaram a fazer cálculo
07:33
e já descobriram que o valor anunciado pelo Haddad
07:37
seria alguma coisa como R$ 85 bilhões de reais
07:41
que poderiam ser arrecadados com isso.
07:44
Não é.
07:45
Os caras já estão falando
07:46
olha, se der R$ 50, R$ 60, já vai estar de bom tamanho.
07:51
Então os números nunca batem mesmo, né?
07:53
É impressionante, né?
07:54
É impressionante.
07:55
E eu só queria lembrar
07:58
o Haddad nessa entrevista
08:01
ele falou
08:01
que esse tipo de manobra tributária
08:06
essa especificamente foi de 2017
08:08
governo Temer, né?
08:12
Ele falou que esse tipo de manobra tributária
08:14
acaba desorganizando as finanças públicas
08:17
principalmente as finanças do governo federal, né?
08:20
E daí eu fiquei me lembrando
08:22
que a Dilma, o SEF
08:26
presidente do PT, né?
08:30
Petista
08:30
foi a campeã de todos os tempos
08:33
talvez se tiver um campeonato mundial
08:36
de desonerações malucas
08:39
é capaz que a Dilma ganhe
08:40
porque ela decuplicou
08:43
ou seja, multiplicou por 10
08:45
as isenções e as desonerações
08:48
que o governo Lula tinha dado
08:50
passou de 40 e poucos bilhões
08:53
em desonerações
08:54
para 450 bilhões
08:56
em desonerações
08:58
no governo Dilma
08:59
e o FMI
09:01
alertou
09:02
o governo Dilma
09:03
e falou assim
09:03
olha
09:04
vocês estão
09:05
exagerando
09:07
na dose desse negócio
09:08
e daí quem que era o ministro
09:10
quem que era o Haddad da época?
09:11
O Guido Mântega
09:12
Guido Mântega foi lá
09:14
fez piadinha
09:15
com o alerta do FMI
09:17
falou
09:17
nada a ver
09:20
estava certíssimo
09:22
o alerta
09:23
eles sim
09:24
desorganizaram
09:26
completamente
09:27
as finanças federais
09:28
abriram esse buracão
09:30
que até hoje
09:32
ninguém sabe
09:33
como fechar
09:34
né?
09:34
então é isso
09:37
tá bom Haddad
09:39
você tá querendo reorganizar
09:40
mas vamos lá
09:42
você tá brigando
09:43
com a lei
09:45
que foi feita
09:46
no governo Temer
09:47
mas vamos lembrar
09:48
que antes disso
09:49
a sua companheira Dilma
09:51
fez uma lambança
09:53
muito maior
09:54
com essa questão
09:57
das desonerações
09:58
e isenções tributárias
09:59
o problema do Brasil
10:03
é esse
10:04
a gente tem uma carga
10:05
tributária alta
10:06
e ao invés de fazer
10:07
uma reforma
10:08
séria
10:09
ampla
10:10
que realmente
10:12
crie um sistema
10:14
mais lógico
10:15
ao longo do tempo
10:17
as pessoas foram criando
10:18
foram achando jeitinhos
10:20
para pagar menos impostos
10:21
né?
10:22
então é benefício
10:22
para todo lado
10:23
e isso acaba
10:24
resultando
10:26
numa balbúrdia
10:28
num caos
10:29
tributário
10:29
que não beneficia
10:30
ninguém
10:31
né?
10:31
então a premissa
10:32
tá certa
10:33
precisa reorganizar
10:34
precisa
10:34
mas vamos também
10:37
atribuir as responsabilidades
10:38
a quem dê direito
10:40
né?
10:41
o PT
10:41
foi um dos grandes
10:43
responsáveis
10:44
por essa desorganização
10:45
que a gente
10:45
assiste hoje
10:46
né?
10:54
que a gente
11:15
que a gente
11:19
que a gente
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