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NotíciasTranscrição
00:00O deputado Deltan apresentou uma proposta para manter o COAF,
00:05que é o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, no Banco Central.
00:10No mês passado, o governo Lula editou um decreto transferindo o COAF,
00:14que decreta movimentações financeiras suspeitas e atua na prevenção e no combate à corrupção e lavagem de dinheiro
00:21para o Ministério da Fazenda, que é, inclusive, comandado por Fernando Haddad.
00:26Em sua primeira proposta apresentada na Câmara dos Deputados, o ex-procurador da Lava Jato
00:33defendeu que o Conselho fique sob o guarda-chuva do Banco Central.
00:38E para conversar sobre isso, trouxemos ao Meio Dia em Brasília o próprio deputado Deltan Delanyol
00:45para conversar sobre isso, para falar sobre essa mudança e para explicar para a gente o porquê dessa iniciativa.
00:52Tudo bem, deputado? Tudo bem, Deltan?
00:54Olá, Cris. Tudo bem? Como vai?
00:56Olá a todos os telespectadores do Antagonista ao vivo aqui conosco.
01:01Eu queria agradecer o carinho de tantos de vocês, que a Kis mencionou.
01:05Estou acompanhando também aqui os comentários online.
01:07O que quiserem falar, a gente vai estar acompanhando dúvidas, questões que vocês têm.
01:11Fique à vontade para mandar para a gente ir conversando aqui com vocês, né, Kis?
01:16Obrigado mais uma vez. Kis?
01:18Deputado, e muita gente no chat, inclusive, viu?
01:20Comentando, agradecendo a sua participação e já elogiando o seu trabalho.
01:24Uma semana, primeira semana e já foi uma semana intensa, né, deputado?
01:28E antes de eu começar sobre esse tema, que é a questão do COAF, que é um tema importantíssimo,
01:33como eu falei, para a sociedade, para os contribuintes.
01:36Deputado, que agora é deputado, não é mais só Deltan, como é que foi essa primeira semana aí?
01:43Legal, Kis. Eu até, para o pessoal entender, eu falei, Kis, me chama de Deltan, assim.
01:48Eu sou Deltan, né? Deputado, uma das funções que eu exerço, não quero, não tenho apego nenhum à cadeira, à título.
01:57Aquela cadeira é um lugar para servir sua sociedade por milhões de pessoas que acreditam nas mesmas causas que nós.
02:03Bom, primeira semana de congresso. Sabe que muita gente tinha me falado assim, Deltan, o congresso é muito difícil, é muito ruim.
02:11Vá com expectativa muito baixa. E eu fui com expectativa muito baixa aqui.
02:15Cheguei lá na quarta-feira. Agora, quarta-feira, o dia da posse, é para ser um dia de celebração.
02:20É um dia de, pelo menos, ainda que a gente vá com expectativa baixa, é um dia para a gente agradecer tantas pessoas,
02:26vocês que estão aqui no chat, vocês que não estão no chat, que nos apoiaram ao longo da história,
02:30para a gente chegar aqui, esse momento. E é um dia de celebrar a oportunidade, o privilégio que Deus me dá
02:35de poder dar voz à indignação de milhões de pessoas.
02:39E com esse espírito, eu fui à Câmara.
02:42Agora, aquilo que era para ser um dia de alegria, que se tornou um dia de tristeza, um dia de frustração.
02:47E aí, o que ficou me intrigando, na quarta-noite, eu já vou contar para vocês o que me fez ficar tão frustrado.
02:54Mas, o que me intrigou, depois dessa quarta-feira, foi por que eu fiquei frustrado se a minha expectativa já estava baixa.
03:02E o que me fez ficar frustrado, é que uma coisa é você ouvir que existem crianças famintas na África.
03:09Outra coisa é você ir lá e você ver aquelas crianças.
03:13Isso mexe com você, isso transforma, isso traz dois, isso faz você chorar.
03:16Uma coisa é alguém te dizer que se pisar no teu pé, vai doer.
03:20Outra coisa é a pessoa pisar no teu pé.
03:23Aí dói.
03:24E na quarta-feira que eu estive lá, para vocês que nunca estiveram, eu quero que vocês vejam pelos meus olhos e pela minha experiência.
03:31Eu entrei naquele plenário da Câmara dos Deputados, em que só podia entrar para lamentar,
03:35e eu dei de cara com o Eduardo Cunha.
03:40Em seguida, eu dei de cara com o Beto Richa.
03:43Em seguida, eu dei de cara com o Écio Neves.
03:45Pessoas acusadas, com base em fartas, provas por crimes gravíssimos.
03:50Pessoas que no auge da Lava Jato, do trabalho que a gente fazia, vocês acompanhavam,
03:55trabalhavam conosco, nos apoiando.
03:58Pessoas que a gente achou que nunca mais iam ter poder e circular no Congresso Nacional.
04:03Isso foi um baque.
04:05Uma coisa eu vi que eles estão lá.
04:06Outra coisa é ver pela TV.
04:07Outra coisa é você estar lá e você ver eles com espaço de influência e de poder.
04:11Segunda coisa que me impactou.
04:13Nos trabalhos do dia, eu tinha a expectativa de que poderia ser eleito para o Senado Federal,
04:18Rogério Marim, e para a Câmara dos Deputados,
04:21Marcelo Van Raten, se eu não fosse eleito, poderia ter uma votação mais expressiva.
04:25Por quê?
04:26Porque o Congresso, a sociedade, elegeu uma grande parte de pessoas de direita, conservadores.
04:30Só que o que eu constatei?
04:32O fisiologismo, que eu já conhecia na teoria e eu vi na prática.
04:36Eu vi as pessoas que eram contra o governo Lula, se aproximando do governo Lula, votando nos candidatos do governo Lula.
04:43Por quê?
04:44Porque os parlamentares querem, independentemente de ideologia, muito mais do que ideologia, muito mais do que ideias,
04:50muito mais do que defender os princípios dos brasileiros que votaram neles,
04:53eles querem acesso ao orçamento, eles querem ter dinheiro para levar para o seu curral eleitoral,
04:58para a sua base eleitoral, para conseguir reeleição, para conseguir mais poder, mais influência,
05:02por meio de cargos que manejam o orçamento.
05:04Isso foi uma segunda grande decepção.
05:07E para fechar o dia, a minha terceira e talvez a maior decepção do meu primeiro dia de Congresso.
05:11Foi colocada em votação, ia ser colocada em votação no dia seguinte,
05:15e já se anunciou que isso ia fazer, no final do dia,
05:18a votação para quem vai ser o novo ministro do Tribunal de Contas União.
05:23E é uma função extremamente importante.
05:26A pessoa que for eleita e chegar lá vai ficar anos, décadas no cargo, décadas no cargo.
05:32O que a gente quer?
05:33A gente quer alguém com uma história firme, forte, conhecimento, especialização,
05:38e que seja sabatinado, escrutinado, que seja debatida a escolha dos nomes pela sociedade.
05:44Mas se atropelou tudo, tinha até uma regra, uma resolução que regia o procedimento para isso acontecer,
05:49e o presidente da casa atropelou tudo.
05:51E não tem nem como eu contestar isso, porque é uma regra interna, interna corporis.
05:55O Supremo não entra nisso.
05:57E se atropelou tudo para se fazer uma votação e foi eleito quem era apoiado pelo presidente da casa.
06:02Não estou entrando em juízo de mérito, de valor, sobre quem era bom, não era bom.
06:05Meu ponto não é esse.
06:07Meu ponto é, tem que ter escrutínio, tem que ter escolha, tem que ter debate na sociedade,
06:10tem que seguir regras e procedimento para que a gente escolha os melhores nomes.
06:13Eu saí naquele dia, Chris, frustrado, eu saí triste do plenário, saí com isso de indignação, tristeza,
06:21não consegui esconder isso dos meus liderados, não consegui esconder isso da minha mãe, da minha esposa,
06:26quando eu encontrei elas, e minha esposa me disse, meu amor,
06:30essa indignação, essa tristeza que você está sofrendo, é exatamente o que as pessoas que votarem você e te apoiam sentem.
06:35Nunca perca a sua capacidade de ficar triste e indignado diante do que você está vendo,
06:42porque é isso que as pessoas esperam em você.
06:46Doutor, aproveitando esse gancho aí nessa primeira, nessa sua fala,
06:50que fala um pouco da indignação e dessa até tristeza diante do cenário,
06:55o senhor avalia que os novos parlamentares, os novos deputados e senadores que entraram agora,
07:01será que eles vão conseguir fazer a diferença?
07:02Eu percebi que eles já, todo mundo já entrou querendo fazer algo novo, né?
07:06Foram mais de 300 propostas entre Câmara e Senado, só na primeira semana.
07:11Mas o senhor avalia que essa vontade, esse espírito de mudança vai permanecer ao longo do tempo,
07:17ou isso acaba sendo tomado aí, sendo sufocado pelas próprias regras
07:22e pelo que já vem sendo feito ao longo dos anos?
07:26Tem dois tipos de iniciativas que são essenciais do Legislativo.
07:30Uma iniciativa é de proposta de leis, projetos,
07:33e outro tipo de iniciativa é de fiscalização do Poder Executivo.
07:37Mas, quando você circula nos estados, nas cidades, as pessoas não querem saber disso.
07:43As pessoas querem que você leve dinheiro para as cidades.
07:45Querem que você leve recursos para as cidades.
07:47Aí as cidades ficam disputando entre si.
07:50Qual consegue eleger um parlamentar que leve recursos para ela?
07:53E uma hora uma cidade vai ganhar, outra hora outra cidade vai ganhar.
07:56As cidades ficam disputando entre si.
07:59Quem vai ter a maior fatia da torta, do bolo?
08:01Uma hora vai ser uma, outra hora vai ser outra, mas o bolo é o mesmo.
08:05O bolo é o mesmo.
08:06O dinheiro que o deputado vai levar para uma e não para outra cidade é o mesmo
08:09que tem que ser investido em favor da sociedade brasileira.
08:12E a sociedade perde a dimensão de investir e de escolher as pessoas que vão fazer o bolo crescer.
08:17Que estão preparadas para fazer melhor essa função, para oferecer bons projetos e fiscalização.
08:21Não é à toa que as duas funções que se esperam, teoricamente, do Congresso Nacional
08:25são fiscalização e legislação.
08:27É porque essa é a maior contribuição que pode ser dada.
08:30Mas isso fica negligenciado em segundo plano, quando é que isso é buscado por muitos deputados e senadores.
08:37Então a gente tem um momento inicial, agora que muita gente está oferecendo o projeto,
08:40agora tudo isso tende a não ser algo constante.
08:44E mais, o esforço de oposição que a sociedade conservadora brasileira de direita fez
08:50em eleger uma grande bancada conservadora de direita
08:53vai se perder na medida em que grande parte desses parlamentares
08:56que se comprometeram a levar dinheiro para as sociedades
08:58vão se aproximar do governo para levar mais dinheiro para as sociedades.
09:01Então, essa frustração que eu tive no primeiro dia vai se estender
09:05e vai se confirmar provavelmente nas primeiras votações de interesse do governo
09:08e vai ser a frustração de todos vocês provavelmente que nos assistem
09:11e que estão nos acompanhando aqui.
09:13Agora, para além disso, indo para as funções de fiscalizar e de legislar
09:18você propor o projeto, propor o e-mail ainda é super importante
09:22agora mais do que isso, a gente precisa de articulação
09:25para levar à frente isso para fazer acontecer
09:27mesmo contra os interesses do governo.
09:29E é muito difícil, porque como eu disse, o governo vai ter a maior base no governo
09:32o governo vai influenciar as votações, vai querer barrar tudo que é de oposição.
09:37Então, as iniciativas dos projetos tendem a avançar
09:40quando estão alinhadas com o governo
09:41tendem a não avançar quando estão desalinhadas.
09:44A não ser que a gente consiga fazer uma grande articulação,
09:46mas o óbvio é esse fisiologismo que existe,
09:48essa captura dos políticos pelo governo.
09:50Em segundo lugar, mesmo quando você tem um governo
09:54ao qual a gente se opõe, cujas ideias, retrocessos econômicos e morais
09:58a gente se opõe, a gente precisa desempenhar uma função de fiscalização.
10:01Por que não é tão desempenhada pelo Congresso?
10:04Porque, veja, você tem um elefante para comer.
10:06São 37 ministérios.
10:07Quem é você, um gabinete com poucos assessores,
10:09para você fiscalizar 37 ministérios, cada um com milhares de assessores,
10:13funcionários, contratos, bilionários?
10:16Como é que a gente pode fazer isso?
10:17Dividindo tarefas.
10:18Eu acho que a gente tem que fazer um grupo no parlamento
10:20e dividir tarefas.
10:21Eu vou buscar fazer parte de um grupo,
10:23incentivar a existência de um grupo que distribua tarefas
10:26para a gente fazer a tarefa de fiscalização
10:28do modo como a sociedade espera que nós façamos.
10:32Perfeito. E como é que funcionaria, deputado, esse grupo?
10:35Quais são as previsões em relação a ele?
10:38A ideia seria funcionar, mais ou menos,
10:39como o Shadow Ministry, na Inglaterra.
10:42Na Inglaterra, existe uma estrutura de ministérios espelhos.
10:46Deputados responsáveis por fiscalizar cada um determinado ministério.
10:51Cada deputado que ficar responsável por um ministério
10:53pode convocar e formar uma comissão de pessoas
10:55da sociedade civil para fiscalizar as políticas públicas
10:58daquele ministério.
10:59Uma comissão da sociedade civil para fiscalizar
11:01contratos daquele ministério.
11:03Isso nos permitiria ter braço para,
11:06dividindo tarefas, ter dois jeitos que comem o elefante.
11:08Ou você dá uma mordida de cada vez,
11:10e vai demorar muito tempo.
11:12Ou, se você precisa fazer uma tarefa rápida,
11:14simultânea, cobrir todas as áreas,
11:16você tem que dividir a tarefa.
11:17Chamar muita gente para fazer.
11:18A ideia é chamar muita gente,
11:19formar uma estrutura de ministérios espelhos
11:21para que a gente possa estar realizando
11:23essa atividade de fiscalização.
11:26Além disso, a gente precisa fazer uma atividade
11:27de contenção de danos,
11:30de frear retrocessos.
11:32E foi nessa direção que eu adotei
11:34as minhas primeiras medidas do Parlamento.
11:37No meu primeiro dia, depois da posse,
11:39eu já apresentei uma emenda
11:40a uma medida provisória do governo Lula,
11:43que busca tirar o COAF do Banco Central
11:47e colocar no Ministério da Fazenda.
11:48A gente vai conversar mais sobre isso.
11:49E no dia 2, na sexta-feira,
11:52no segundo dia, depois da posse,
11:54eu ofereci um...
11:56Eu encaminhei, eu acionei
11:57o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
12:00para investigar na área eleitoral,
12:03na área de improbidade e na área criminal,
12:06cada um por uma razão própria,
12:08as notícias que existem
12:10de que a ministra do Turismo
12:12teria depositado em favor de gráficas
12:16que têm todos os sinais gráficos fantasmas,
12:19mais de um milhão de reais.
12:21O que seria o sido,
12:22a hipótese investigativa vai ser
12:24de que esse dinheiro foi desviado
12:26por meio de gráficas fantasmas,
12:28que não tinham parque fabril,
12:29que não tinham lugar para imprimir os materiais,
12:32e foi um dinheiro desviado.
12:35Perfeito.
12:36São dois temas polêmicos aí,
12:37que vale a pena a gente se debruçar
12:39para explicar para quem está me assistindo,
12:41para quem está aqui ao vivo
12:42com a gente com o protagonista
12:43pelo YouTube, Instagram, Facebook,
12:45as duas vertentes,
12:47mas a gente vai começar,
12:48eu estou falando um pouquinho
12:50sobre a questão
12:50dessa vinculação do COAF
12:53ao Ministério da Fazenda,
12:54que está aí no guardativo agora
12:55do Fernando Haddad.
12:57Por que é importante tirar
12:58o COAF do Ministério da Fazenda?
13:02O que é o COAF?
13:03O COAF é o Conselho de Controle
13:05de Atividades Financeiras.
13:06O que esse nomezão quer dizer?
13:08Quer dizer que é um órgão de pessoas
13:09para monitorar as atividades financeiras
13:12que as pessoas fazem em todo o Brasil,
13:15por meio de bancos,
13:16de contratação de seguros,
13:18de corretoras de valores imobiliários,
13:20de bolsa de valores,
13:21para identificar transações
13:23nesse mundo de transações,
13:27nessa montanha de feno, de palha,
13:30você achar agulha,
13:31você achar quais são as transações
13:33que têm indicativos
13:35e que elas são lavagens de dinheiro.
13:37Quando que veio essa ideia
13:39de você criar um órgão
13:40para identificar transações
13:41que sejam potenciais,
13:43se tenham sinais de lavagem de dinheiro?
13:45A ideia veio na década de 90,
13:47aqui no Brasil,
13:48com a criação da Lei de Lavagem de Dinheiro,
13:50Lei 9.613 de 1998,
13:53quando se percebeu
13:54que se você quer combater crimes
13:56que geram dinheiro,
13:57não basta você punir o crime,
13:59você tem que punir a lavagem,
14:00você tem que tirar do criminoso
14:02a vantagem financeira
14:04que ele obtém com o crime,
14:05porque, em grande parte dos crimes,
14:08essa vantagem financeira,
14:09que é a consequência do crime,
14:10na verdade, é o motivo
14:11do crime que está acontecendo.
14:13Então, vários traficantes de droga
14:14vão praticar tráfico,
14:15não porque eles gostam
14:16de praticar tráfico
14:17ou de drogar pessoas,
14:18eles vão praticar tráfico
14:20porque eles querem
14:21recursos econômicos,
14:22eles querem obter
14:23um proveito econômico.
14:25Corruptos não vão fazer
14:26pelo bel prazer da corrupção
14:28práticas corruptas,
14:29eles vão fazer em razão
14:30da vantagem econômica
14:31que eles buscam.
14:32E se você conseguir
14:33capturar essa vantagem econômica,
14:35impedir que ele usufrua,
14:37do que há
14:37e trazer de volta
14:38para a sociedade,
14:39você está retirando
14:40o incentivo que existe
14:41na prática do crime.
14:43Então, para retirar
14:44esse incentivo
14:44veio a lei de lavagem de dinheiro
14:46que criminalizou
14:47a lavagem de dinheiro
14:48a partir de 1998
14:49no Brasil,
14:51na linha de uma série
14:52de legislações mundiais
14:53que captaram a mesma coisa
14:55e foi criado esse órgão
14:56para fazer esse monitoramento.
14:58E, para esse órgão funcionar,
15:00ele tem que ser independente.
15:02Em relação ao tráfico,
15:03não me preocupo
15:04em dependência do Coaf.
15:05Agora, quando a gente
15:06está falando de corrupção,
15:07quando a gente está falando
15:08de um governo
15:08que teve os dois maiores
15:10escândalos de corrupção
15:11da história do Brasil,
15:12Mensalão e Petrolão,
15:14e quando você está falando
15:14de um governo
15:15em que mais de metade
15:16das pessoas foram investigadas,
15:19dos ministros,
15:20foram investigados,
15:21que tinha 67 investigados
15:23e condenados
15:23ou condenados
15:24na equipe de transição.
15:26Quando você está falando
15:27de um governo
15:27em que está lá
15:28os mesmos políticos,
15:29os mesmos empresários,
15:32os mesmos assessores
15:33e os mesmos interesses
15:34com menos controles
15:36comparado ao que a gente
15:37viu no Petrolão
15:38e no Mensalão,
15:39quando a gente tem
15:40todos esses ingredientes
15:41para que existam
15:42novos crimes de produção
15:43acontecendo,
15:45você precisa
15:45desse órgão independente.
15:47Porque se esse órgão,
15:48o Coaf,
15:48estiver manietado,
15:50estiver debaixo da asa
15:51de um ministro
15:52com possibilidade
15:53de interferência
15:53político-partidária,
15:54ele não vai funcionar
15:55porque a gente precisa
15:56que ele funcione,
15:58que é identificar
15:58sinais de lavagem
16:00de dinheiro
16:00relacionados à corrupção
16:02envolvendo pessoas
16:03poderosas,
16:03inclusive do atual governo.
16:05Aliás,
16:06na sexta-feira,
16:07depois dessa minha emenda
16:08da quinta-feira passada
16:09em que eu propus
16:11que o Coaf
16:11fique debaixo
16:12do Banco Central
16:13onde ele é independente,
16:14em vez de ir
16:15para o Ministério da Fazenda
16:16como o governo quer,
16:17o governo fez uma medida
16:18provisória para tirar
16:18o Coaf
16:19do Banco Central
16:20para o Ministério da Fazenda,
16:22o dia seguinte
16:23que eu fiz isso,
16:24eu pedi a investigação
16:25da Ministra do Turismo
16:26e dentre as diligências
16:27eu pedi que fosse oficiado
16:28exatamente o Coaf
16:29para apontar
16:30eventuais sinais
16:31de lavagem de dinheiro
16:32relacionados à Ministra do Turismo.
16:34E aí eu pergunto,
16:36como é que isso vai acontecer
16:37se o Coaf
16:38estiver debaixo
16:39das ordens do Haddad?
16:41Quando isso vai acontecer?
16:42A resposta é evidente,
16:43nunca.
16:46Doutor,
16:47o que a gente tem visto
16:48na imprensa
16:48e a gente tem acompanhado,
16:49inclusive nos discursos
16:50do próprio presidente
16:52Luiz Inácio Lula da Silva,
16:53é que ele critica
16:54muito o Banco Central,
16:56ele tem colocado
16:57em xeque, inclusive,
16:58a autonomia
16:59da instituição.
17:00O senhor avalia
17:01que esses comentários,
17:03esses discursos
17:04voltados aí
17:05para tirar a credibilidade
17:06do Banco Central
17:07é uma estratégia
17:08que ele tem usado
17:09até mesmo
17:10para conseguir
17:11ter um controle maior
17:12sobre a instituição,
17:13sobre o Coaf,
17:14manter o Coaf
17:15no Ministério da Fazenda?
17:16Seria isso
17:17uma estratégia?
17:20Kiss,
17:21é até engraçado
17:22que o presidente
17:23da República,
17:24o Lula,
17:24ele falou na semana passada
17:25o seguinte,
17:26ele disse,
17:27para que serve
17:28a autonomia
17:29e a independência
17:30do Banco Central?
17:31E aí eu respondi
17:32lá no Twitter,
17:33quem não me segue
17:34eu convido já
17:34para me seguir
17:35lá no Twitter,
17:36eu respondi,
17:36olha,
17:36para evitar que você
17:37quebre o país,
17:38para evitar que você
17:39quebre o país,
17:39o Banco Central independente
17:40existe um grande
17:42número de economias
17:43ao redor do mundo
17:43que funcionam
17:44e funcionam bem,
17:45para impedir
17:46que interesses
17:47político-partidários
17:48eleitorais
17:48traga políticas econômicas
17:51que podem ser boas
17:52no curto prazo,
17:53podem ser populistas
17:54no sentido de serem,
17:57parecerem boas
17:58para a sociedade,
17:58mas que vão ser
17:59uma tragédia
18:00no médio
18:01e no longo prazo.
18:02E qual é o grande
18:03interesse do presidente Lula
18:04nesse momento
18:05de acabar com a independência
18:06do Banco Central?
18:07É reduzir juros,
18:08que eu quero
18:09que os juros
18:10sejam reduzidos,
18:11todo mundo quer juros menores,
18:13agora o problema
18:14é como você reduz juros,
18:15e como que você
18:16pode reduzir
18:17a curva de juros?
18:18atacando,
18:20reduzindo
18:20inflação
18:21ou
18:22você controlando
18:25dívida pública.
18:26Por quê?
18:26Vamos explicar isso
18:27um pouquinho
18:27para as pessoas,
18:28para as pessoas
18:29entenderem
18:29do que a gente está falando.
18:31Se você
18:32está na sua casa
18:33e você começa
18:34a gastar
18:35mais do que você ganha,
18:36o que vai acontecer?
18:38Bom,
18:38você vai precisar
18:39pegar empréstimos,
18:41você vai precisar
18:42emprestar dinheiro
18:42do banco,
18:43e aí você vai pegar
18:44empréstimo,
18:45só que aí vai vencer
18:46o empréstimo,
18:46como você continua
18:47gastando mais
18:48do que você ganha,
18:49você vai precisar
18:50de novos empréstimos
18:51para cobrir os empréstimos
18:52anteriores,
18:52e vai aumentar,
18:54e conforme vai aumentar
18:55os juros também,
18:56os juros vão sendo
18:57produzidos,
18:58você vai tendo que
18:58pagar juros,
19:00a conta fica mais
19:01no vermelho ainda,
19:02até que chega um ponto
19:03que você tem
19:04tanto empréstimo
19:05que os bancos
19:05dizem,
19:05ah, meu amigo,
19:06eu vou aumentar
19:07a taxa de juros
19:08de tuas,
19:09porque você representa
19:10um risco maior,
19:11só vou te emprestar
19:12mediante um juro maior,
19:13porque você já representa
19:14um risco maior,
19:15só que aí você vai
19:16continuar emprestando,
19:17até que chega um ponto
19:17que ninguém
19:18quer emprestar mais
19:19para você,
19:20aí você vai ter
19:20que buscar
19:21um ajiota,
19:22se você quiser,
19:23por um juros
19:23estratosférico,
19:24cada vez ficar maior,
19:26isso por quê?
19:26Porque você não está
19:27tendo responsabilidade
19:29no controle dos gastos
19:31dentro da tua casa,
19:31você está gastando
19:32mais do que você ganha,
19:33quando a gente fala
19:34de governo,
19:34essa responsabilidade,
19:36a gente chama
19:36de responsabilidade fiscal,
19:38responsabilidade fiscal
19:39é você controlar
19:40os teus gastos,
19:41a receita,
19:41para você gastar
19:42menos do que você ganha,
19:43e o que acontece
19:44se você gastar
19:45mais do que você ganha?
19:47Você tem três opções,
19:49primeiro,
19:49aumentar tributos,
19:51só que não é uma opção
19:52por duas razões,
19:53porque o aumento
19:53de tributos depende
19:54do Congresso Nacional,
19:55então o Lula não consegue
19:56fazer isso,
19:57e precisa de anterioridade,
19:58grande parte dos tributos,
19:59se aumentar agora,
20:00só vai valer aumento
20:01no ano que vem,
20:02só que o Brasil
20:02já é um dos países
20:03com maior carga tributária
20:04no mundo,
20:05e que menos entrega
20:06em termos de serviços públicos,
20:08isso seria desastroso,
20:09eu jamais faria isso
20:10agora desse modo.
20:11Qual é a segunda opção?
20:13A segunda opção
20:14é imprimir dinheiro,
20:16e aí o Lula
20:16vai fazer um decreto,
20:17se ele conseguir acabar
20:18com a autonomia
20:19do Banco Central,
20:20ele vai mandar imprimir dinheiro,
20:21ele vai fazer um decreto
20:22dizendo,
20:23cresça dinheiro em árvore,
20:25não seria ótimo
20:25se ele pudesse imprimir dinheiro
20:27e resolver todos os problemas?
20:28Gente,
20:29dinheiro é um bem
20:30como qualquer outro bem,
20:32é como diamante,
20:32o que vai acontecer
20:33se em qualquer esquina
20:35você tem quilos
20:36e quilos de diamante,
20:36você abre um buraco
20:37na terra,
20:38você tem quilos
20:38e quilos de diamante,
20:39diamante não vai ter valor,
20:41o valor de um bem
20:42é determinado
20:43pela oferta e procura,
20:44quando você imprime dinheiro,
20:45o que acontece?
20:46O valor,
20:47o poder aquisitivo,
20:48diminui.
20:50E qual é a terceira opção
20:51que o governo tem?
20:52Se imprimir dinheiro
20:53não é boa e não dá,
20:54porque está na mão
20:55do Banco Central independente,
20:56se o governo
20:57não consegue também
20:58aumentar atributos,
20:59agora qual é a opção
20:59que tem?
21:00É aumentar a dívida pública,
21:02e é o que o Lula
21:02está fazendo,
21:03ele está aumentando
21:04a dívida pública,
21:04e como que o governo
21:05faz dívida pública?
21:07Ele emite títulos,
21:08título é como se fosse
21:09uma nota promissória,
21:10dizendo, olha,
21:11eu vou te pagar,
21:12se você me emprestar dinheiro,
21:13eu vou te pagar
21:14o valor da dívida
21:16e mais uns juros.
21:17E qual é o juro
21:18que o governo paga?
21:19O juro que o governo paga
21:20é o juro chamado
21:21de taxa selic,
21:22é a taxa de básica
21:23de juros da economia,
21:26agora foi aumentado,
21:27se eu não me engano,
21:27para 13,75%.
21:29O governo, então,
21:30promete,
21:30para quem emprestar dinheiro
21:31para ele,
21:32para quem comprar
21:32o título público,
21:33pagar essa taxa de juros
21:34de 13,75%.
21:36Essa taxa de juros
21:38que o governo paga
21:39acaba se tornando
21:40a taxa de juros básica
21:41da economia.
21:42Por que isso?
21:42Por que é a partir dali
21:44que o banco vai emprestar
21:45e vai te cobrar
21:46um juro maior
21:47do que essa taxa
21:47de juros básica?
21:48É por uma razão simples.
21:50Se emprestar
21:51para você
21:52que está nos escutando
21:52é mais arriscado
21:55do que emprestar
21:55para o governo
21:56e o governo
21:57paga para o banco,
21:58paga para o investidor,
21:59paga para quem quer que seja,
22:0113,75%,
22:02ele só vai emprestar
22:04para você
22:04que está nos assistindo
22:05por um valor maior
22:06do que 13,75%.
22:08Então,
22:10essa taxa de juros básica
22:11ela baliza
22:11todos os empréstimos
22:13que são dados
22:13para consumidor,
22:14para industrial,
22:15para agricultor,
22:17a não ser que seja subsidiado,
22:18mas em geral
22:19isso vai balizar
22:19a taxa de juros de economia.
22:21E quando o juro
22:22fica muito alto,
22:23a gente tem consequências disso.
22:24Por quê?
22:25Porque isso desestimula
22:26a atividade econômica,
22:28muita gente acaba
22:29deixando de investir,
22:32ampliar o seu parque industrial
22:34numa indústria,
22:35montar uma empresa
22:36porque precisa tomar
22:37empréstimo do banco
22:38e aí o juro
22:39está muito alto
22:40ou ainda,
22:41muita gente tem capital
22:42para fazer um novo negócio
22:42e não faz.
22:43Por quê?
22:43Porque bota o dinheiro
22:44no banco
22:44e consegue uma taxa
22:45de juros de 3,75%.
22:47Então,
22:48é evidente que você
22:49tem que baixar juros,
22:50mas lembre
22:51que você não consegue
22:52baixar juros
22:52se você está muito endividado.
22:54Porque se você
22:55quiser baixar os juros
22:56à força,
22:56se o governo disser
22:57só vou pagar agora
22:585%,
22:59o que vai acontecer?
23:00O Brasil vai quebrar
23:01porque ele não consegue
23:02colar a sua dívida
23:03porque ele não consegue
23:04tomar mais empréstimos
23:05para pagar os empréstimos
23:06anteriores
23:06e ele não consegue
23:07rodar o Brasil,
23:09rolar essa dívida.
23:10Então,
23:10você não consegue
23:11baixar a taxa de juros
23:12de uma hora para a outra.
23:13O que você precisa fazer?
23:15Não existe uma baixa artificial.
23:16Você precisa, sim,
23:18controlar a tua dívida.
23:20Você precisa gastar
23:21a dívida.
23:21Você ganha
23:22para sobrar o dinheiro
23:23para você diminuir a dívida,
23:24para você controlar os juros
23:25para as pessoas verem,
23:26o mercado vê,
23:27as pessoas que emprestam
23:27para o governo
23:28verem que esse governo
23:29não vai dar um calote,
23:30que ele é solvente
23:31e aí eles vão aceitar
23:32uma remuneração mais baixa
23:33pelo capital
23:34que eles estão emprestando
23:35para o governo.
23:36E quem que empresta
23:37dinheiro para o governo?
23:38É um mundo maquiavérico
23:40de investidores?
23:40Não, é você que está
23:41nos assistindo.
23:42Quando você coloca
23:43dinheiro no banco
23:43e coloca lá
23:44num fundo de renda fixa,
23:46o que o banco faz
23:47com o teu dinheiro?
23:48Ele compra título
23:48da dívida pública.
23:50Então, se o governo
23:50der um calote,
23:51quem vai pagar a conta
23:52não são os grandes investidores,
23:54são os fundos de pensão
23:56em que o funcionário
23:57do Banco do Brasil,
23:58da Caixa,
23:58tem uma aposentadoria,
24:00é você que está
24:01com dinheiro no banco,
24:02todo mundo.
24:02E quem dá calote
24:03se ferra.
24:04A Argentina deu calote,
24:05foi de mal a pior,
24:06grande crise econômica,
24:07deu no começo
24:08dos anos 2000,
24:09ainda não se recuperou,
24:10teve inflação no ano passado,
24:11ainda 98% ao ano.
24:13Então, não tem atalho.
24:15Se a gente quer
24:15um Brasil melhor,
24:16se a gente quer baixar juros,
24:17a gente precisa
24:18de responsabilidade fiscal,
24:19gastar menos do que ganha.
24:20O problema é que o governo
24:21faz contrário,
24:22e aí quer milagre,
24:23quer interferir no Banco Central,
24:24que vai nos conduzir
24:25a uma ruína,
24:26a um caos,
24:27é um retrocesso econômico,
24:29além do moral,
24:30que o governo do PT
24:31quer nos impor.
24:33Eu estou aproveitando
24:34esse trecho da sua fala
24:35que você fala da Argentina,
24:37e da situação
24:38que se encontra hoje,
24:39agora,
24:40nesse momento,
24:40agora há pouco,
24:41está acontecendo a posse
24:42do Aloysio Mercadante,
24:44a frente,
24:44que ele vai ficar
24:45à frente do BNDES,
24:46e o Lula,
24:47que está participando também,
24:48em seu discurso,
24:51falou que
24:51não veio problema algum
24:53em o Brasil ceder
24:55e emprestar dinheiro
24:56para outros países,
24:57inclusive a Argentina,
24:58e ele citou
24:59que a questão
25:00de um possível calote
25:01é desrespeito ao Bolsonaro.
25:03A gente tem um trechinho
25:04para vocês,
25:05dêem uma olhada,
25:05por gentileza.
25:07Outra grande mentira
25:08é que o BNDES
25:10dava dinheiro
25:10para os outros países,
25:12que outros países
25:13viviam recebendo
25:14dinheiro do BNDES,
25:15que o PT era farto
25:16em dar dinheiro
25:17para outros países.
25:18O BNDES
25:19nunca deu dinheiro
25:20para países amigos
25:21do governo.
25:23O banco financiou
25:24o serviço de engenharia
25:25de empresas brasileiras
25:27em nada menos
25:28que 15 países
25:29da América Latina
25:30e do Caribe
25:30entre 1998
25:32e 2017.
25:36O que é importante
25:37agora
25:38numa matéria
25:39publicada
25:39no jornal Valor.
25:41De um total
25:41de 10 bilhões
25:43e 500 milhões
25:44financiados,
25:45o BNDES
25:46já recebeu
25:4612 bilhões
25:47e 800 milhões.
25:49Assim,
25:50alguns contratos
25:51em atraso,
25:52todos cobertos
25:53por garantia.
25:54Mas o fato
25:55é que essas operações
25:56deram lucro
25:57além de gerar dinheiro
25:58e milhares de empregos
26:00no Brasil.
26:01E vamos ser francos,
26:02os países que não pagaram,
26:03seja Cuba,
26:05seja Venezuela,
26:06é porque o presidente
26:07resolveu cortar
26:08a relação
26:09internacional
26:10com esses países
26:11e para não cobrar
26:12para poder ficar
26:13nos acusando,
26:14deixou de cobrar.
26:15E eu tenho certeza
26:16que no nosso governo
26:17esses países
26:18vão pagar
26:19porque são todos
26:20os países
26:20amigos do Brasil
26:21e certamente
26:22pagarão a dívida
26:23que tem
26:24com o BNDES.
26:26E o discurso
26:35fica cada vez
26:36mais forte
26:37no sentido
26:37de ceder
26:39empréstimos
26:41para os países
26:41vizinhos,
26:42especialmente para a Argentina,
26:43já que eles tiveram
26:43reunião recente.
26:45Qual a sua visão,
26:45Deltan,
26:46sobre essa possibilidade?
26:48Quer dizer,
26:49essa fala do presidente
26:49é indigna,
26:50ela faz a gente
26:52de otário,
26:52de bobo.
26:53Ninguém tem aqui
26:54escrito otário
26:54na testa,
26:55bobo na testa,
26:56como ele quer
26:56nos fazer crer.
26:57Quando ele fala
26:58que os países
26:59não pagaram
26:59porque rompeu
27:00relações,
27:01não,
27:01é obrigação
27:01contratual
27:02não pagaram
27:02porque não quiseram,
27:03porque o governo
27:03Lula colocou
27:04como garantia
27:05do empréstimo
27:05charuto cubano.
27:07Aí não tem como
27:08você cobrar efetivamente.
27:10Veja que as obras
27:11do exterior
27:11financiadas pelo governo
27:14do PT no passado,
27:15elas foram ruins
27:16não só porque tiraram
27:17do financiamento
27:17de obras brasileiras
27:18para colocar na Argentina,
27:19em Cuba,
27:20Venezuela,
27:21onde for,
27:22mas porque
27:23esse dinheiro
27:24aplicado,
27:25ele voltava em propina
27:27para o próprio PT,
27:29para os governantes
27:29de lá e daqui,
27:31expandindo uma visão
27:32ideológica de esquerda.
27:33Então,
27:33esse financiamento,
27:33ele sempre foi um projeto
27:35político partidário
27:36ideológico.
27:38Isso é absurdo.
27:39Odebrecht,
27:40eles querem agora
27:41fazer o Odebrecht
27:41grande de novo,
27:42make o Odebrecht great again.
27:44Esse é o grande lema
27:44agora do Lula.
27:45Odebrecht foi beneficiado
27:46com 76%
27:48do valor
27:48desses empreendimentos,
27:49um valor
27:50de 7,9 bilhões
27:52de dólares.
27:54Enquanto você tem,
27:55então,
27:56muitas obras
27:56não acabadas
27:57no Brasil,
27:58numerosas,
27:59outras necessidades
27:59urgentes
28:00do Brasil,
28:01o país
28:02quer financiar,
28:03o Lula
28:03quer financiar,
28:04quer mandar
28:04o nosso dinheiro
28:05para financiar
28:06obras em outros valores,
28:08como Venezuela,
28:09como Cuba,
28:10ditaduras,
28:11que sozinhas
28:11receberam
28:1211 bilhões de reais
28:14e nos deram
28:15um calote
28:16de 3,5 bilhões
28:18de reais.
28:18A própria Argentina,
28:21que onde o Lula
28:22estava quando ele
28:22falou de levar
28:23esses financiamentos,
28:24ainda tem uma dívida
28:25conosco superior
28:26a 100 milhões
28:28de reais.
28:30Então,
28:30eu não consigo
28:32entender como,
28:34eu consigo entender
28:35por que ele está
28:35falando isso,
28:36por que eles querem
28:37fazer isso,
28:37porque isso torna
28:38o ambiente favorável
28:40para os mesmos esquemas
28:42que rodaram no passado
28:43rodarem de novo.
28:45Eu não consigo
28:45entender outra lógica
28:46para isso,
28:47quando há compromisso
28:48básico nosso
28:49como servidor público,
28:50é com o nosso país,
28:51é com os brasileiros,
28:52é com o bom emprego
28:53do dinheiro,
28:54e não colocar o dinheiro
28:55em outro país
28:56a fundo perdido
28:57com garantia
28:58de charoto cubano,
29:00deixando dívidas
29:01bilionárias
29:01e ainda
29:03em sistemas
29:06que já mostraram
29:06no passado
29:07altamente tendentes
29:09à prática de corrupção
29:10e de desvios
29:10como aconteceu.
29:13Perfeito.
29:13Deltan,
29:14apesar das declarações
29:16e foram inúmeras ainda
29:17do ministro da Fazenda,
29:18do Alckmin,
29:19da própria Tebet,
29:20a respeito
29:21do teto de gastos
29:22e da responsabilidade fiscal,
29:24o mercado ainda vê
29:26sinais ambíguos
29:27nessa fala,
29:27inclusive,
29:28nesse discurso
29:28do presidente Lula,
29:29isso fica claro também
29:30que são emitidos
29:31pelo próprio governo.
29:33A falta de clareza
29:34aos olhos do mercado
29:36sobre os rumos
29:36da economia
29:37pode vir
29:39aumentar a cautela
29:40dos investidores
29:41e travar projetos
29:42voltados para o Brasil,
29:43para os projetos
29:44nacionais,
29:45inclusive?
29:48Claro,
29:49se você tem
29:50um caminho
29:51para a ruína econômica,
29:53você vai ter recessão,
29:54você tem perda de emprego,
29:55perda de renda.
29:57Veja que se você não controla,
29:58por que o mercado
29:59passa a não mais
30:00acreditar no Brasil?
30:01Porque quando ele vê
30:02a dívida aumentando,
30:04aí você tem o Haddad,
30:05vem e faz,
30:06junto com a Tebet,
30:07uma coletiva
30:08apresentando uma solução,
30:09mas essa solução
30:11é para inglês ver?
30:12Ela não é consistente?
30:14O mercado faz conta,
30:15o mercado pega
30:15aquelas soluções
30:16que eles falaram
30:17que ia reduzir
30:19o tamanho
30:19do déficit público
30:21para cerca de 1%,
30:23faz as contas
30:23e fala,
30:24olha,
30:24a conta não fecha.
30:25Um dos modos
30:27de eles reduzirem
30:28o tamanho do déficit
30:29foi refazer projeção.
30:30Olha,
30:31a gente está refazendo
30:31a projeção,
30:32a gente refez
30:33uma projeção agora
30:34para ela ser mais otimista
30:35do que a gente vai arrecadar
30:36um pouco mais.
30:37Gente,
30:38isso é contabilidade
30:39criativa,
30:40coisa em que
30:41o PT
30:41é muito escolado,
30:44tanto que eles fizeram
30:44a contabilidade criativa
30:46que levou ao impeachment
30:47da Dilma
30:47em 2016.
30:50O que a gente quer
30:51são soluções reais
30:52para o problema,
30:52o que a gente quer
30:53é controle de dívida pública
30:54e eu não quero isso
30:55porque eu não quero
30:56que gaste,
30:56porque eu não quero
30:57que resolva o problema social.
30:58Pelo contrário,
30:58eu quero isso
30:59porque eu quero
30:59que resolva o problema social.
31:01Não tem como você
31:02resolver problema social
31:03sem você ter controle
31:04de dívida pública.
31:05Mais uma vez,
31:06se você descontrola
31:07a dívida pública,
31:08os credores vão pedir
31:09cada vez mais
31:10um juro mais alto.
31:11Quanto mais sobe o juro,
31:13mais dinheiro vai para
31:15pagamento de juro
31:15em vez de ir para
31:16serviço social
31:17e maior é o desestímulo
31:19à atividade econômica,
31:20porque, de novo,
31:21os investidores vão deixar
31:22o dinheiro no banco
31:23para receber recursos lá
31:25e não vão ter como
31:26emprestar dinheiro
31:27porque o juro está muito alto
31:28para investir
31:28na atividade produtiva.
31:30Então, você tem
31:30desaceleração econômica,
31:32perda de investimentos,
31:33você tem perda
31:35de empregos,
31:36perda de renda,
31:38você pode ter ainda
31:39uma inflação
31:40e se você não
31:41pagar a dívida,
31:41aí a história
31:43do calote
31:43é uma escolha
31:45muito dura.
31:46É a escolha
31:46que fez a Argentina,
31:47é a escolha
31:48que fez a Grécia
31:48de simplesmente
31:49não pagar a dívida
31:50e que conduziu
31:51a uma imensa
31:52recessão econômica.
31:53Então, eu tenho
31:54a mesma preocupação
31:55que as pessoas têm,
31:56as pessoas que são
31:57os economistas
31:59que a chama
31:59de ortodoxos.
32:00Quem são os
32:01economistas ortodoxos?
32:02São aqueles,
32:0395% dos economistas
32:04que vêm nesse quadro
32:06e falam
32:06que não tem atalho.
32:08O único caminho
32:08é o caminho
32:09do controle
32:10da dívida pública.
32:11Só que aí o PT
32:12se arvora,
32:13se fundamenta,
32:14se apoia
32:14nos economistas
32:15heterodoxos.
32:16O que são os heterodoxos?
32:17Gente, toda profissão
32:18tem as pessoas
32:19que pensam diferente
32:20da grande massa
32:21dos pensadores,
32:22dos críticos,
32:22dos analistas.
32:23Então, se você vai
32:24para a área do direito,
32:25da punição criminal,
32:27todo mundo acha
32:27que a punição criminal
32:28não é ideal,
32:29mas o mecanismo
32:30que a gente tem
32:31para desestimular
32:31a prática de crimes.
32:32Por isso,
32:33a gente segue punindo
32:33homicídio,
32:35estupro,
32:36deveria punir a corrupção
32:37para desestimular
32:39a prática de crimes.
32:39Mas tem uma fatia
32:41heterodoxa
32:42de criminalistas,
32:44de juristas,
32:45que querem acabar
32:46com as penas,
32:47que acham que o direito penal
32:48não serve,
32:48que a pena não serve
32:49para nada
32:49e que são o que a gente
32:50chama de abolicionistas,
32:51querem simplesmente
32:52acabar com as penas criminais.
32:53Do mesmo modo,
32:54na economia,
32:55você tem os economistas
32:55ortodoxos,
32:57que têm uma reflexão
32:58ponderada,
32:59olha o que aconteceu
32:59no mundo,
33:00e aí você tem os heterodoxos,
33:01que ficam querendo
33:02inventar novas teorias
33:04para permitir o governo
33:05fazer o que ele quer fazer,
33:06que vai nos colocar
33:07num rumo
33:09de desastre econômico,
33:10como aconteceu
33:11na Argentina
33:12e em outros países.
33:13Essa é a grande preocupação,
33:14essa é a preocupação
33:15do mercado,
33:16então eu estou
33:16respondendo objetivamente
33:17a tua pergunta.
33:18se se seguir nesse caminho
33:19de aumentar a dívida,
33:21de fazer empréstimos
33:23subsidiados
33:24para outros países.
33:25Gente,
33:25por que as empreiteiras
33:27dos outros países
33:28não pegam empréstimos
33:29nos seus próprios países?
33:31Olha,
33:31só consideram
33:32pegar do Brasil
33:33porque o empréstimo
33:34vai ser subsidiado,
33:35então se vai ter
33:36o empréstimo subsidiado,
33:37a gente vai colocar
33:37dinheiro público
33:38para as obras lá
33:39em vez das obras aqui,
33:41e isso vai aumentar
33:42a dívida pública,
33:43porque você está subsidiando,
33:44você está colocando
33:44dinheiro público
33:45no final das contas
33:46e aumentando o dinheiro
33:47de dívida pública,
33:49você coloca a gente
33:49no rumo oposto
33:50daquele rumo
33:51ao qual a gente precisa ir,
33:53que é o rumo
33:54de garantir condições
33:55para que o Brasil produza,
33:56para que a economia
33:57prospere,
33:58para que as pessoas
33:59tenham bons empregos,
34:00tenham renda,
34:01tenham estabilidade econômica,
34:02não tenham hiperinflação.
34:05Perfeito.
34:07Deltan,
34:07e quais são as suas expectativas
34:09para os próximos meses
34:10na Câmara dos Deputados?
34:12Eu sei que a agenda fiscal
34:13vai estar muito intensa
34:14nesse primeiro semestre,
34:16vários deputados
34:17têm colocado isso
34:18como pauta
34:19e para a Câmara
34:21principalmente,
34:21mas também para o governo
34:23em geral,
34:24mas a gente avalia
34:24que isso vai vir a ser
34:26de fato
34:26uma política fiscal
34:28mais ortodoxa,
34:30talvez,
34:30que venha contemplar
34:31os anseios da população,
34:33ou de alguma forma
34:34o governo vai acabar
34:35interferindo
34:35nessa tramitação aí,
34:37tanto dessa agenda fiscal,
34:40quanto até das propostas
34:41que vieram a ser apresentadas
34:42na Câmara dos Deputados.
34:43que vai depender muito
34:45de como resultarem
34:47o jogo de forças políticas.
34:49Imagina a política
34:49como o seguinte,
34:50quando a gente estudava física,
34:52a gente estudava força,
34:53vetores,
34:53não sei se você vai lembrar disso,
34:55mas a gente estudava lá
34:55uma pessoa faz uma força
34:57na direção horizontal
34:58de a força de 10,
35:00outra pessoa faz uma força
35:01na diagonal para baixo
35:03de 5,
35:04qual é a força resultante?
35:06Ora,
35:06o governo vai vir
35:07fazendo força
35:08para descontrole fiscal.
35:09O Congresso tem que fazer
35:11um balanceamento,
35:12a gente tem que frear
35:13os retrocessos.
35:14Agora, a questão é,
35:16qual vai ser a nossa força
35:17no Congresso
35:17para frear retrocessos?
35:18Qual vai ser o poder
35:19de captura do governo
35:21em relação ao Congresso?
35:22O quanto que a gente vai conseguir
35:23despertar a opinião pública
35:26para aclamar
35:27aos seus representantes,
35:28conversistas,
35:29para que freiem esses retrocessos?
35:31Então, você tem
35:32a força do Congresso,
35:33a força da presidência,
35:35a força da sociedade
35:36e o resultante,
35:38digamos,
35:39o vetor resultante
35:40de todas essas setinhas
35:42e todas essas forças
35:43é o caminho que a gente vai seguir.
35:45Eu sei qual é a força
35:46que eu vou fazer.
35:47Vai ser para barrar retrocessos,
35:49retrocessos morais,
35:50retrocessos na política
35:51de combate à corrupção
35:52e retrocessos econômicos.
35:55É muito importante
35:56avançar na direção
35:57de uma reforma tributária,
35:59assim como é uma reforma
36:00administrativa
36:00e uma reforma política.
36:02Mas quando você fala
36:03que você quer reforma tributária,
36:04administrativa e política,
36:05não basta falar
36:06que você quer,
36:06todo mundo quer.
36:07A questão é,
36:08qual é a reforma
36:09que você quer?
36:11O governo Lula
36:12já sinalizou
36:12que ele quer uma reforma tributária
36:14para aumentar tributo.
36:15Gente, a gente tem
36:15uma das maiores cargas
36:16tributárias do país.
36:18A gente tem um sistema
36:18altamente complexo,
36:19a gente tem que simplificar
36:21sem aumentar
36:22a carga tributária.
36:23A gente tem que trabalhar
36:24hoje no lado
36:25de reduzir despesas
36:26e não despesas sociais,
36:28despesas com privilégios,
36:29com desperdícios,
36:30com ganho de eficiência,
36:32com número de cargos
36:33que eles ficam distribuindo
36:34para conseguir apoio
36:35do parlamento.
36:35É nesse lado
36:36que a gente tem que trabalhar.
36:38Então, a expectativa
36:38é que a gente possa
36:39enfrentar esses bons temas
36:41que precisam ser enfrentados
36:42com o apoio,
36:44com a força
36:45de um Congresso
36:46que faça a política
36:47pública sobre evidência
36:48e com uma opinião
36:49pública desperta,
36:51que clame ao seu parlamento,
36:52que participe dos debates
36:53e que nos faça
36:54conseguir um vetor
36:55resultante das forças
36:56em jogo
36:56que contribua
36:57para um país melhor,
36:59mais próspero,
37:00menos intervencionista,
37:01um país
37:02em que
37:03a carga tributária
37:05não aumente.
37:06Isso já vai ser
37:06um grande avanço.
37:07Acho muito difícil
37:08hoje de diminuir
37:09por causa do déficit público.
37:11Não creio que fosse hoje,
37:12nesse momento,
37:13a medida mais responsável.
37:14A hora é de diminuir
37:14despesa.
37:16Então,
37:16essa é a minha expectativa.
37:18Kis,
37:18o que você pode ver
37:20é que é em grande medida incerta,
37:21porque, como eu disse,
37:22depende das forças em jogo
37:23e de como elas vão operar
37:24entre elas,
37:25inclusive,
37:26de vocês que estão nos assistindo.
37:27É uma grande quebra de braço
37:30entre as forças.
37:32E, realmente,
37:32a gente segue acompanhando aqui.
37:33A gente que está nesse meio,
37:34a gente que está acompanhando
37:35enquanto imprensa,
37:35a gente sabe
37:36que não é tão fácil
37:37quanto para quem está de fora.
37:39Eu sei que a população
37:40que está nos assistindo
37:41fica, muitas vezes,
37:42indignada e fala
37:43por que o fulano não fez?
37:44Por que o deputado tal
37:45não fez isso?
37:46Mas a gente sabe
37:47que, realmente,
37:48é uma queda de braço
37:50e que não é tão simples assim.
37:51Eu vejo muita gente
37:52comentando aqui no chat,
37:53inclusive,
37:54Elodiano,
37:55Rosely Sarmento,
37:56falou assim,
37:57que aula de economia.
37:59Parabéns, deputado Deltan.
38:01Muita gente também elogiando,
38:02falando da sua primeira semana
38:06na Câmara dos Deputados
38:08e elogiando a sua atuação.
38:09Parabéns, deputado.
38:11Parabéns, Deltan,
38:12que, além de deputado,
38:13é o Deltan,
38:14que todo mundo conhece.
38:15Muitíssimo obrigada
38:16pela gentileza
38:17de vir ao Meio Dia em Brasília
38:18conversar com a gente,
38:19explicar para a gente
38:19esse projeto também,
38:21fazer lançar a luz
38:22sobre esse tema
38:22que é tão complexo,
38:23que a população
38:24precisa entender mais
38:25para conseguir ter argumentos,
38:26para conversar
38:27com os políticos,
38:28com as autoridades.
38:29Obrigada pela gentileza.
38:31Legal,
38:32quer dizer,
38:32eu que agradeço.
38:33Como a gente viu,
38:34na quinta-feira
38:35a gente entrou com a medida
38:36para barrar a transferência
38:37do COAF,
38:38na sexta-feira
38:38a gente fez o pedido
38:39de investigação
38:40da ministra do Turismo,
38:41de modo muito consistente,
38:42para os órgãos competentes.
38:44A gente vai seguir,
38:45atuando de modo firme
38:46nessa semana,
38:47todos os dias.
38:48e se você é indignado
38:50com o modo como funciona
38:51a política,
38:51o nosso país,
38:52o Congresso Nacional,
38:53a presidência,
38:54se você é indignado
38:54com o governo Lula,
38:55conte comigo
38:56para ser a voz
38:57da sua indignação
38:58no Congresso Nacional
38:59contra os abusos
39:00de Lula e do PT.
39:02Obrigado,
39:02Kis,
39:02um grande abraço.
39:03Obrigada,
39:04inclusive,
39:04já podem seguir,
39:05se vocês não seguem ainda,
39:07o Deltan,
39:08no Twitter,
39:08eu sigo acompanhando,
39:09inclusive,
39:10sempre estou lá
39:10vendo as suas postagens,
39:12estou sempre de olho
39:13a sua vinda aqui,
39:14inclusive,
39:14foi um pedido meu
39:15após um tweet
39:16ser relacionado
39:17ao governo Lula.
39:19Então,
39:19se você não segue ainda,
39:20deputado,
39:20pode só falar para a gente
39:21o seu Twitter
39:22para o pessoal já seguir.
39:24Legal,
39:24o meu arroba no Twitter
39:26é DeltanMD,
39:27de Martinazo Lainhol,
39:28são as iniciais
39:29do meu sobrenome,
39:30e é diferente
39:31do meu Instagram,
39:31que é arroba
39:32DeltanDalagnol.
39:33Todas as redes
39:34eu sou Deltan Dallagnol,
39:35menos o Twitter
39:35que acabou abrilhado,
39:37DeltanMD.
39:38Obrigado,
39:38Kis,
39:38obrigado a todos
39:40que nos acompanham,
39:40um grande abraço
39:41e que a gente possa servir juntos
39:43e lutar juntos
39:43pela transformação.
39:44Kis,
39:44posso deixar uma mensagenzinha final?
39:47Claro,
39:48com certeza,
39:48fica à vontade.
39:49O seu perfil no Twitter
39:51está aqui,
39:52para quem quiser
39:52já seguir e acompanhar,
39:54sempre importante
39:55ficar por dentro.
39:57Legal,
39:57Kis,
39:58eu estava olhando
39:59um grupo
40:00que atuou
40:00na transformação
40:01da Inglaterra
40:01na época da escravidão.
40:03Eles lutaram arduamente
40:04contra a escravidão
40:04na Inglaterra
40:05e conseguiram vencer
40:06esse mal,
40:07essa tragédia humana
40:08de direitos humanos,
40:09igualdade,
40:10de tudo que a gente
40:10possa imaginar,
40:11conseguiram vencer
40:12isso no começo
40:13do século XIX.
40:14Mas eles começaram
40:14uma luta muito antes,
40:15lá por idos
40:16de 1790,
40:18e um dos expoentes
40:19dessa luta
40:19foi uma pessoa
40:20chamada William Wilberforce.
40:21Não sei se você conhece
40:22essa história,
40:23mas William Wilberforce
40:24foi uma pessoa
40:24que em um determinado momento
40:25ele se converteu
40:27e ele decidiu
40:28sair da política,
40:31ele era um deputado
40:32lá da Câmara dos Comuns,
40:33e aí o John Newton,
40:35que foi um pregador
40:36muito conhecido,
40:37ele que foi responsável
40:38por uma música
40:39muito conhecida,
40:40Amazing Grace,
40:40até tem um filme
40:42sobre o William Wilberforce,
40:43o nome do filme
40:43é o nome dessa música,
40:44Amazing Grace,
40:45ele convenceu o William Wilberforce
40:48e dizia,
40:48não,
40:48teu papel é na política,
40:50você tem que servir as pessoas,
40:51servir a Deus,
40:52amar,
40:52por meio da política.
40:53E aí eles constituíram um grupo,
40:55ele era amigo do John Wesley,
40:56pessoas muito famosas
40:57no ambiente cristão,
40:59eles formaram um grupo
40:59de Clapham,
41:01esse grupo de Clapham
41:02era um grupo de pessoas
41:03que lutavam
41:03por essas transformações,
41:05e eles deixaram aqui
41:05um conjunto
41:06de 12 princípios
41:07para seguir,
41:08que são princípios
41:09que eu queria deixar
41:10para as pessoas,
41:11porque nos inspiram
41:12sobre como nós devemos
41:13nos comportar
41:14em modo correto,
41:15adequado,
41:15em amor às pessoas,
41:16mesmo aos adversários,
41:17ainda que a gente se digne
41:18com o comportamento,
41:19com respeito a todas as pessoas,
41:21mesmo aos criminosos,
41:23ainda que a gente odeie
41:23os crimes,
41:25como a gente se comportar
41:26nesse meio
41:26e buscar a transformação.
41:27Primeiro,
41:28estabeleça objetivos
41:29claros e específicos.
41:30Segundo,
41:31pesquise cuidadosamente
41:32para produzir uma proposta
41:33realista e refutável.
41:35Terceiro,
41:36construa uma comunidade
41:37comprometida
41:37que apoie uns aos outros.
41:39A batalha não pode
41:40ser vencida sozinha.
41:41Convido todo mundo
41:42para fazer parte
41:43dessa nossa comunidade.
41:45Quarto,
41:45não aceite retiradas
41:47como uma derrota final.
41:48A gente está tentando
41:49aprovar a prisão
41:50em segunda instância,
41:51fim do foro privilegiado,
41:52várias vezes a gente
41:53não vai vencer.
41:54Não aceite as nossas retiradas
41:56como uma derrota final.
41:57Quinto,
41:58comprometa-se a lutar
41:59de forma contínua,
42:00mesmo que a luta
42:01demore décadas,
42:02como foi lá na Inglaterra
42:03na luta contra a escravidão.
42:05Sexto,
42:05mantenha o foco
42:06nas questões.
42:07Não permita
42:08que os ataques malignos
42:09de oponentes
42:09o distraiam
42:10ou provoquem
42:11respostas similárias.
42:13Sete,
42:13demonstre empatia
42:14com a posição do penante
42:15de forma que o diálogo
42:16significativo aconteça.
42:19Oito,
42:19aceite ganhos parciais
42:20quando tudo o que é desejado
42:21não puder ser obtido
42:22de uma só vez.
42:23Nove,
42:24cultive e apoie
42:24suas bases populares
42:26quando outros
42:26que estiverem no poder
42:27se opuserem a seus projetos,
42:29como a gente está vivendo agora.
42:30Nove,
42:31cultive e apoie...
42:32Desculpa,
42:33dez agora.
42:34Transcenda a mentalidade
42:35simplista
42:35e direcione-se
42:36às questões maiores,
42:37principalmente as que envolvem
42:38questões éticas.
42:39Onze,
42:40trabalhe através
42:40de canais legítimos,
42:42sem lançar mão
42:43de táticas sujas
42:44ou violentas.
42:45Muito importante isso.
42:46Doze,
42:47prossiga a consenso
42:48de missão e convicção
42:49de que Deus o guiará
42:50providencialmente
42:51se estiver verdadeiramente
42:53a seu serviço.
42:54E eles tentaram
42:55abolir a escravidão lá
42:56em 1689,
42:571791,
42:5992,
42:5994,
43:0096,
43:0098,
43:0199,
43:02nada dava certo.
43:03Conseguiram pela primeira vez
43:04derrubar o tráfico negreiro
43:07em 1800 e alguma coisa,
43:131812,
43:15não, desculpa,
43:151800 e...
43:17Eu perdi aqui.
43:18Aqui, 1807,
43:19conseguiram isso
43:19e só foram conseguir
43:21derrubar a escravidão
43:23na Inglaterra
43:24em 1833.
43:29Essa lei da emancipação
43:31famosa
43:31foi promulgada
43:32quatro dias antes da morte
43:34de William Wilberforce.
43:35Então,
43:35a gente está se preparando
43:36para uma jornada,
43:37para uma luta de muitos anos
43:38por justiça
43:39e pelo bem das pessoas.
43:41Não vamos desistir
43:42e que a gente possa seguir
43:43bons princípios de comportamento,
43:45tratando todos com dignidade,
43:47lutar com amor e por amor.
43:48Obrigado, Kis.
43:50Muitíssimo obrigado,
43:51Doutor.
43:52O sucesso à frente aí
43:53do seu mandato.
43:54Obrigada.
43:55Bacana.
43:55Obrigado.
43:55Grande abraço.
43:56Obrigado, Kis.
44:03Obrigado, Kis.
44:03Obrigado, Kis.
44:03Obrigado, Kis.
44:08Obrigado, Kis.
44:09Obrigado, Kis.
44:11Obrigado, Kis.
44:12Obrigado, Kis.
44:13Obrigado, Kis.
44:14Obrigado, Kis.
44:15Obrigado, Kis.
44:17Obrigado, Kis.
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