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A analista Mariana Almeida comenta os impactos diretos no agronegócio e nas exportações brasileiras, especialmente para empresas com laços comerciais na região, um reflexo que já afeta as ações do setor na bolsa.

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Transcrição
00:00A guarda revolucionária do Irã, em um comunicado citado pela agência de notícias oficial Irna,
00:06disse que havia atacado Israel com sucesso e prometeu realizar operações eficazes,
00:12direcionadas e mais devastadoras no futuro.
00:15Autoridades israelenses relatam cinco mortos e mais de 90 feridos.
00:20O serviço de emergência israelense disse que cinco pessoas foram mortas e 92 ficaram feridas
00:27nos últimos ataques de mísseis do Irã contra o país,
00:30elevando o número anterior de mortes desde o início do conflito.
00:35As vítimas foram atingidas por ataques em quatro locais no centro de Israel,
00:39de acordo com um comunicado acrescentando que entre os mortos estavam duas mulheres e dois homens com cerca de 70 anos.
00:47Até a última atualização do serviço de emergência, 92 feridos foram levados para hospitais,
00:53incluindo uma mulher de 30 anos em estado grave, com ferimentos no rosto,
00:58seis em estado moderado e 85 em estado leve.
01:03O Irã lançou uma série de ataques com mísseis contra cidades israelenses na manhã de segunda-feira,
01:09depois que Israel atingiu alvos militares no interior do Irã,
01:12com ambos os lados ameaçando causar mais devastação.
01:16O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou que os moradores de Teherã
01:21pagariam o preço pelos ataques iranianos contra civis israelenses.
01:26Após décadas de inimizade e uma prolongada guerra oculta travada por meio de agentes e operações secretas,
01:33o ataque surpresa de Israel ao Irã na semana passada desencadeou os combates mais intensos até agora
01:40e provocou temores de um longo conflito que poderia envolver o Oriente Médio.
01:45Israel diz que seus ataques atingiram instalações militares e nucleares
01:50e mataram muitos comandantes e cientistas atômicos.
01:53Mas uma autoridade dos Estados Unidos disse no domingo que o presidente Donald Trump alertou Israel
02:00para recuar no plano de matar o líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei.
02:06E o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee,
02:10informou hoje que um prédio da embaixada em Tel Aviv sofreu pequenos danos,
02:14causados por um ataque de míssel iraniano nas proximidades.
02:18Não há informações sobre feridos.
02:21E a escalada do conflito entre Israel e Irã ameaça cadeias do agronegócio no Brasil.
02:27Na sexta-feira, logo após os primeiros bombardeios,
02:30óleo de soja e óleo de palma subiram mais de 2% nas bolsas internacionais.
02:36Produtos como suco de laranja, aveia, borracha e óleo de canola
02:40também apresentaram ganhos superiores a 1%.
02:44O principal efeito imediato está na alta dos preços do petróleo.
02:48E para o Brasil, isso pode resultar em aumento no custo dos combustíveis,
02:52pressão inflacionária e novos reajustes na política de preços da Petrobras,
02:56com efeitos diretos sobre a produção agropecuária.
02:59O setor rural também pode enfrentar encarecimento de fertilizantes e defensivos,
03:05já que o petróleo influencia o custo destes insumos.
03:08O Irã, inclusive, é fornecedor de ureia ao Brasil.
03:11Cerca de 17% das importações brasileiras do produto vêm dos iranianos.
03:16E novas sanções ou retaliações comerciais podem dificultar o abastecimento.
03:21Além disso, a escalada da tensão aumenta o chamado risco geopolítico,
03:26provocando fuga de capitais e desvalorização cambial.
03:29Isso pode levar os custos de importação de máquinas e tecnologia agrícola,
03:34afetando diretamente a competitividade do setor produtivo.
03:40E quem já está com a gente aqui no estúdio do Agora é a Mariana Almeida, nossa analista.
03:45Oi, Mari. Muito bom dia para você. Como é que foi de fim de semana?
03:47Muito bem, Eric. Bom dia para você também e para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
03:52Mari, o setor do agronegócio também já atento nos desdobramentos do conflito entre Israel e Irã.
03:58A gente percebe, falamos aí da importação da ureia pelo Brasil.
04:0317% vem do Irã. Isso é uma preocupação.
04:07Mas também é uma preocupação em relação até a escoamento de produtos.
04:11Existe uma percepção, por exemplo, que se tivesse uma interrupção da navegação ali no porto de Suez,
04:17ou no canal de Suez ali no Egito, que faz aquela ligação do mar vermelho com o mar Mediterrâneo,
04:24e que faz com que os navios da Europa naveguem até a Ásia sem precisar contornar ali a África,
04:29isso poderia prejudicar o escoamento para a Ásia, para o norte da África,
04:35e carga parada representa custo também.
04:38Então, o agronegócio de olho em todo esse cenário, né Mari?
04:41Sem dúvida. Acho que a gente sabe e reconhece bem que quando você tem conflito,
04:45o conflito gera instabilidade, essa instabilidade é ruim para os negócios de maneira geral.
04:49E aí, em particular, o agro que tem essa sensibilidade mais rápida à movimentação de preços,
04:57e no caso também a movimentação da parte logística, que é o que você estava trazendo.
05:00Ou seja, os riscos de qualquer tipo de conflito inviabilizar ou dificultar o escoamento,
05:05o escoamento significa ser mais lento, mais tempo para escoar a produção,
05:09significa, como o Eric tinha acabado de falar, mais tempo parado, custo mesmo, fica mais caro.
05:14Agora, o que parece que está acontecendo também é que esse conjunto de riscos,
05:20ele está começando a já ser precificado pelo mercado, e aí fica numa toada de espera.
05:25Por quê? Porque que existe um conflito acontecendo, isso já está dado,
05:28isso já elevou, então, um pouco os preços do petróleo, de alguns outros óleos, como a gente trouxe,
05:33e no caso específico da venda de fertilizantes, também já acendeu um alerta
05:36em relação à oferta desse fertilizante aqui para o Brasil, vindo do Irã.
05:41Agora, feito isso, o resto depende do quanto o conflito vai ou não escalar ainda mais,
05:45quem mais vai se envolver, e se ele se estende ou não se estende por essas rotas
05:49que estão ali no entorno, seja do Golfo ali, seja do Mar Mediterrâneo, com o Mar Vermelho.
05:55Então, na verdade, é o momento de ficar com cuidado, olhando e sabendo que, no caso brasileiro,
06:02o efeito sobre o agro seria um dos principais.
06:05Um último detalhe é a questão do câmbio, que foi trazido aqui inicialmente,
06:08que é, será que vai ter desvalorização ou não do câmbio?
06:11Para onde correm esses capitais?
06:13Via de regra, você costuma ter uma busca pela moeda forte, pela moeda do dólar,
06:18mas isso, neste momento, ainda tem sido um pouco ambíguo.
06:20Você tem algumas moedas que se valorizaram, outras que se desvalorizaram,
06:23e aí a gente provavelmente também está num clima de espera também,
06:27considerando, e não dá para esquecer, as instabilidades que já existiam
06:29no comércio internacional antes do começo do conflito.
06:32É, Maria, a gente viu, por exemplo, na sexta-feira, o dólar subiu aqui no Brasil,
06:36mas subiu bem pouquinho, em outras situações, a gente viu uma disparada,
06:40já uma fuga para o mercado cambial, fazendo hedge, os investidores se protegendo,
06:45subiu lentamente.
06:47E você falou da questão do petróleo, que houve uma precificação, o preço do petróleo subiu bastante,
06:54passou da casa dos 80 dólares, uma cotação que não se via, ou a maior cotação desde 2022.
07:01Então, agora se estabiliza e aí é dia após dia.
07:04Se escalar mais o conflito, você faz algum movimento, se não, você mantém ali naqueles preços.
07:10Isso é o que muitos analistas têm falado e é o que a gente tem observado,
07:15será consistente com o que a gente está vendo no movimento das bolsas.
07:18Então, semana passada, esse posicionamento em relação ao dólar atingindo esse pico,
07:24depois, sem nenhuma notícia nova, não em termos do conflito, porque o conflito continuou,
07:28mas nova no sentido de ampliação desse conflito, com mais engajamento de novo,
07:33de outros países e uma escalada mais intensa.
07:36Isso ainda tem que aguardar, tendo novas notícias, talvez o mercado se mova com mais intensidade de novo.
07:42Por hora, pagando petróleo mais caro, com um risco, maior instabilidade, mais essa instabilidade já precificada.
07:47E já já nós vamos dar uma passada pelos mercados internacionais, Bolsa Ásia e também da Europa.
07:53Até daqui a pouquinho, Mari.
07:55Sete horas nove minutos, em meio a tensões entre Israel e Irã,
07:59o fim de semana foi marcado por manifestações pró-Palestina em diversas cidades do mundo.
08:05Na Europa, manifestantes exigiam sanções governamentais contra o Estado de Israel,
08:10pelo fim dos bombardeios em Gaza.
08:13Grupos de manifestantes gritavam palavras de ordem e carregavam faixas com os dizeres
08:18A Europa precisa agir.
08:20Em uma marcha de uma semana de Paris a Bruxelas, que exige sanções da União Europeia contra Israel.
08:27Entre eles, ativistas pelos direitos humanos, médicos, escritores e artistas.
08:31A marcha pretende chegar à capital da União Europeia antes do Conselho de Relações Exteriores,
08:37de 23 de junho, onde os ativistas esperam pressionar os líderes europeus
08:42a suspender o acordo de Associação União Europeia e Israel.
08:47Em Haia, nos Países Baixos, milhares de pessoas se reuniram na sede do Tribunal Penal Internacional
08:53para pedir mais ajuda do governo holandês para a população da faixa de Gaza.
08:58Dezenas de milhares de pessoas se reuniram em um protesto pró-Palestina
09:02organizado por partidos de oposição no distrito de Ushkudar, na capital turca.
09:08Na Praça Sintagma e em frente à Embaixada de Israel, em Atenas,
09:12milhares de manifestantes se reuniram para demonstrar apoio ao povo palestino.
09:17E no Canadá, lideranças internacionais se reúnem para o início da cúpula do G7.
09:25Formado pelas principais nações industrializadas do mundo,
09:28o grupo tem como membros Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e Canadá.
09:35A guerra entre Israel e Irã é um dos principais temas a serem discutidos no encontro.
09:40O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente francês, Emmanuel Macron
09:46e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, chegam a Calgary, no Canadá,
09:51para a cúpula de líderes do G7, em Kananaskis, em Alberta.
09:56A cúpula é formada pelas principais nações industrializadas do mundo
10:00e tem como membros Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e Canadá.
10:08Donald Trump afirmou que há uma boa chance de haver um acordo entre Irã e Israel,
10:13mas, em suas palavras, às vezes eles precisam lutar.
10:17A declaração aconteceu ao deixar a Casa Branca para embarcar para o encontro de líderes.
10:24Também, durante conversas com a imprensa,
10:26o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que perguntará ao americano Donald Trump
10:32durante a cúpula do G7 se ele está aberto a novas sanções contra a Rússia
10:36devido ao conflito na Ucrânia.
10:38O primeiro-ministro do Reino Unido, Kurt Sturmer,
10:41se encontrou com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni,
10:45para seu primeiro encontro bilateral em Kananaskis, antes da cúpula do G7.
10:49A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,
10:55afirmou ter dito ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,
10:59que a diplomacia seria, em última análise, a melhor opção para o Irã,
11:04mas não chegou a pedir um cessar-fogo imediato.
11:07Von der Leyen disse que acredita que uma solução negociada
11:11é, ao longo prazo, a melhor solução.
11:13Maria Almeida, quando foi marcado esse encontro do G7,
11:19essa reunião dos líderes, ainda não tínhamos o conflito Israel-Irã
11:23e a agenda estava toda tomada pelas questões comerciais,
11:27iam dominar a agenda do G7.
11:30Agora, muito da pauta vai para esse lado do conflito,
11:34porque também pode gerar problemas econômicos ou reflexos econômicos
11:40negativos, além das tarifas de Trump.
11:42Sem dúvida, a gente vinha falando aqui o quanto o conflito gera instabilidade,
11:46toda instabilidade dificulta o processo de precificação, de análise,
11:50principalmente de quem trabalha com o mercado externo,
11:52todos os setores do mercado externo, no nosso caso, o Brasil,
11:56o canal de transmissão principal sendo o agro.
11:59Agora, é importante indicar que, nesta reunião,
12:01lembrando que qual era o posicionamento específico dos Estados Unidos
12:06até o conflito Israel-Irã?
12:07Ele estava mais num posicionamento de ser questionado e sofrer um pouco dentro do debate
12:15com as demais nações do G7, pressionado para uma aceleração em termos de organização
12:21e assumir compromissos com os processos comerciais que vinham em negociação
12:25que tinham se iniciado com os Estados Unidos.
12:27Ou seja, Estados Unidos vai, provoca aquele distúrbio gigantesco internacional
12:32com a colocação de tarifas, segue depois em acordos bilaterais
12:36que não necessariamente resolvem, não chegam ao fim.
12:39Estávamos aí numa semana de esperar ainda mais notícias
12:43sobre qual foi o acordo efetivo com China
12:45depois da negociação que esteve na Inglaterra.
12:48Muito bem, esse era o cenário.
12:50Ia chegar um acordo com os líderes do G7,
12:53ficando um pouco mais aquado, digamos assim.
12:55Agora, frente à situação Israel-Irã, o papel dos Estados Unidos
12:59para esses outros países passa a ser mais relevante,
13:02porque no cenário de geopolítica, os Estados Unidos têm,
13:04além de um poderio militar significativo,
13:07uma ascendência sobre Israel que importa neste momento.
13:10Então, tem uma virada no central de qual a capacidade, inclusive,
13:14de pressão do lado comercial em relação aos Estados Unidos,
13:18dado que no lado geopolítico ele passa a ser um fiel da balança,
13:21de alguma maneira, de como você vai caminhar para a estabilidade e a paz nesse caso.
13:26Então, economia precisando dos dois lados.
13:28De um lado, sinais do ponto de vista da guerra comercial,
13:31mas de outro, sinais do lado do conflito bélico em si
13:35que está se instalando ali naquela região.
13:37Bom, os Estados Unidos não necessariamente é o fiel da paz para nenhum dos dois,
13:41mas ele passa a ser mais necessário ainda e aumenta o seu poder de barganha.
13:45Vamos ver se sai alguma coisa diferente,
13:47algum sinal que rumo a alguma estabilidade desse encontro.
13:51Mas, certamente, agora os Estados Unidos chegam mais fortes ainda nessa mesa de negociação.
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