Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Welber Barral, consultor em comércio internacional, analisou os efeitos prolongados das tarifas impostas por Trump sobre o comércio global. Ele destacou o impacto no crescimento mundial, os desafios nas negociações entre EUA e China, e as oportunidades que surgem para o Brasil.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Eu vou conversar agora com o Velber Barral, consultor em comércio internacional.
00:05Velber, boa noite para você, muito bom conversar com você.
00:09A gente sempre gosta quando você está aqui com a gente.
00:10Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:13Boa noite, obrigado pelo convite.
00:16A gente viu o Banco Mundial, mais uma vez, apontando as tarifas de Trump como comprometedoras ao PIB do mundo.
00:25A gente já está na metade do ano.
00:26Até que ponto um acordo, nesse momento, pode reverter essas projeções e o quanto o estrago já está feito?
00:34Bom, já está feito muito estrago.
00:36Na realidade, há uma perspectiva, principalmente das empresas, de uma queda no comércio internacional esse ano, principalmente nos Estados Unidos.
00:44E há um levantamento também do Banco Mundial de que outros países, como é o caso da própria China, do Reino Unido, da Europa, vão sofrer esses efeitos mais no ano que vem.
00:54Então, é um efeito prolongado no tempo.
00:57Evidentemente, o retorno de algumas dessas medidas pode diminuir o impacto, mas o estrago, principalmente em termos de previsibilidade de investimentos, é muito grande.
01:07Os mercados passaram o dia esperando alguma novidade sobre essas negociações comerciais entre Estados Unidos e China,
01:12mas, como a gente já falou aqui, não veio absolutamente nada.
01:16Qual a expectativa para os próximos dias?
01:19Há um impasse, porque a China quer reduzir a tarifa, que hoje é de 30%, a tarifa cobrada pelos Estados Unidos, para 20%,
01:27além das outras tarifas pontuais que os Estados Unidos têm sobre vários produtos chineses.
01:32Os Estados Unidos resistem a essa mudança e, ao mesmo tempo, existe uma negociação paralela em que os Estados Unidos querem a garantia de importação de minerais críticos da China,
01:44que a China está retendo.
01:46E a China, por outro lado, quer acesso aos chips, aos semicondutores mais avançados dos Estados Unidos.
01:51Então, tem muita coisa sobre a mesa para ser negociada ainda, não é uma situação fácil.
01:56É nada fácil, né? Vou passar para a pergunta dos nossos analistas.
02:00Vamos começar pelo Vinícius Torres Freire. Vinícius, fica à vontade.
02:03Péu, a gente está vendo esses dias uma tentativa de desemperrar a negociação, porque de um acordo maior.
02:13O que a gente está vendo é que não se está tratando da negociação maior, está se tratando de restrições específicas,
02:21embora muito importantes, como a da exportação de terras raras da China, de material para fazer chip, foguete, avião e usina nuclear na China.
02:33Então, a gente está vendo uma tentativa de limpar o campo dessas restrições.
02:37Agora, para sair um acordo maior mesmo, que vai muito além disso, quanto tempo demora entre China e Estados Unidos?
02:44Isso vai sair a tempo de dar algum alívio para a economia dos dois países?
02:49Provavelmente não, Vinícius.
02:52Em 2017, essa negociação levou vários meses, quase um ano, e além disso, depois acabou não sendo cumprida por nenhum dos lados,
02:59o que acabou, inclusive, diminuindo o comércio entre China e Estados Unidos em 2018.
03:05O acordo que os Estados Unidos fizeram com o Reino Unido, foi o único acordo que se chegou até agora,
03:10deu uma demonstração que são acordos muito pontuais.
03:13No caso do Reino Unido, houve uma concessão de acesso à carne americana e pela entrada de 100 mil veículos britânicos.
03:23Então, foi coisa muito pontual e os Estados Unidos mantiveram a tarifa média de 10% também contra os produtos britânicos,
03:29que parece algo permanente a partir de agora.
03:32Então, essas negociações acabam sendo muito superficiais,
03:36atingem simplesmente dois ou três pontos de intercâmbio e aí o Trump acaba alegando que teve uma vitória fantástica.
03:45Então, ele tem muito mais um efeito eleitoral e político do que um efeito efetivo sobre o comércio internacional.
03:52Alberto Azental, por favor, pode fazer sua pergunta.
03:54Barral, o Banco Mundial, ele acabou de divulgar um relatório e onde ele recalcula o crescimento global.
04:04E ele atribui as quedas, principalmente a questão da guerra tarifária e a dificuldade que os países têm em estabelecer políticas econômicas em função disso.
04:15Então, como a gente já mencionou, a economia americana, a previsão é que ela cai 0,9 pontos percentuais, o México 1,3 e o Brasil cresce 0,2.
04:29Assim como as quedas são atribuídas à guerra comercial, esse crescimento do Brasil de 0,2 também pode ser atribuído à guerra comercial.
04:40Ou seja, o Brasil tem uma vantagem nesse processo ou a gente atribui a eventual boa política econômica conduzida atualmente?
04:50Alberto, a economia americana é tão grande que qualquer medida, de fato, tem efeito sobre o mundo inteiro.
04:56Agora, países como México, China, Canadá, que têm uma dependência muito grande do mercado americano, vão ser mais afetados, claramente.
05:03O Brasil hoje, ao contrário de 20 anos atrás, exporta 13% só para o mercado americano, de todas as suas exportações.
05:11Nem todas as exportações brasileiras estão sendo afetadas, porque petróleo, petroquímicos, alguns minerais foram excluídos das tarifas adicionais do Trump.
05:21Então, o Brasil ainda mantém um terço das exportações não sendo afetadas.
05:25E, por outro lado, já cresceu a exportação brasileira para a China.
05:30É bom lembrar que houve uma queda de preços.
05:32Então, ao longo deste ano, houve uma queda de preços de soja, de milho, de carnes, mas, ao mesmo tempo, subiu muito o preço do café, principalmente.
05:42Mas houve uma queda média de preço com aumento de quantidade.
05:45O Brasil está exportando mais para a Ásia e, particularmente, para a China.
05:49Então, esse aumento no comércio internacional vai ser derivado desse crescimento em relação à Ásia,
05:56que, com certeza, levou um impulso também pelas ataliações que esses países estão aplicando contra os Estados Unidos.
06:04Agora, pegando uma carona nessa pergunta que o Alberto fez, em relação ao Banco Mundial melhorar levemente a expectativa para a gente,
06:12para o Brasil, para 2,4, o quanto isso ainda pode mudar dependendo do cenário externo?
06:17É, bom, vamos lá.
06:20Esse ano, o Brasil praticamente já tem uma balança que pode ser prevista.
06:24A balança comercial desse ano vai ser também muito positiva.
06:27Nós vamos ter uma superávit de pelo menos 60 bilhões de dólares,
06:30que é menor do que o ano passado, porque o Brasil aumentou bastante a importação este ano,
06:35principalmente de insumos industriais e de bens de capital.
06:39Mas, mesmo assim, é um superávit muito grande.
06:41Agora, o que poderia mudar até o final do ano ou ter um efeito para o ano que vem?
06:46Seria, eventualmente, mais restrições no mercado internacional, não só dos Estados Unidos,
06:51mas de outros parceiros comerciais importantes, ou até, algo que hoje é improvável,
06:57mas um eventual acordo em que a China se comprometesse a comprar mais dos Estados Unidos.
07:01Isso poderia afetar as exportações brasileiras.
07:04Só lembrando que a China também fez esse acordo em 2018 e não cumpriu.
07:08Então, o Brasil acabou crescendo a exportação.
07:12Weber, muito obrigada.
07:13É sempre bom demais mesmo ter você aqui.
07:16Volte mais vezes.
07:17Um grande prazer.
07:18Boa noite.
07:18Boa noite.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado