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Após a suspensão das tarifas de Trump, o economista Roberto Luis Troster analisou no Real Time os impactos da decisão do tribunal dos EUA e os possíveis desdobramentos para a política comercial global. 

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Transcrição
00:00Após a suspensão das tarifas de importação impostas por Trump, a decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos
00:07abriu espaço para novas discussões sobre a política comercial e impactos globais.
00:12Para entender esse cenário, converso agora com o Roberto Luiz Troster, que é economista e parceiro da Troster e Associados.
00:19Boa tarde, Roberto. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:22Boa tarde. Tudo bem com você?
00:24Tudo bem. Eu queria...
00:26Antes de falar, posso falar sobre a DAD?
00:29Pode, claro.
00:30Eu acho que tem uma solução simples.
00:33Quer dizer, o IOF aumentou sobre o crédito.
00:36Por que não aumenta sobre as aplicações?
00:39A taxa de juros subiu muito, está em 14,75.
00:44Aumentar o imposto de renda sobre aplicações teria um impacto muito melhor socialmente falando.
00:52Você diminui a demanda, diminui a renda e não afeta o crédito,
00:58que é o que, em última instância, faz crescer a economia.
01:02Eu acho que tem uma solução, a solução é simples, pode ser aplicada de imediato,
01:08da mesma forma que eles aumentaram o IOF do crédito, podemos colocar um IOF sobre aplicações financeiras.
01:15É só uma contribuição.
01:16Eu tenho certeza que, no Congresso Nacional, deve ter alguém assistindo agora o nosso programa.
01:22O ministro Haddad não está, porque ele está no evento, mas essa sua sugestão, a gente sabe que vai ser ouvida por pessoas que podem decidir.
01:31Agora, falando sobre a questão dos Estados Unidos, professor,
01:33O que essa decisão judicial revela sobre os limites do poder executivo no país?
01:40Muito boa decisão.
01:41Quer dizer, você precisa ter um sistema de pesos e contrapesos e alguém fiscalizando.
01:48O que é esse sistema?
01:49É o judiciário, é o legislativo e é o executivo.
01:53E a supervisão é feita pela imprensa, que é chamada por alguns como quarto poder.
02:00Ele revela que as instituições são fortes nos Estados Unidos, como são fortes aqui no Brasil.
02:06O presidente pode fazer o que ele quiser dentro das quatro linhas que definem a Constituição e a legislação.
02:14Ele não pode fazer tudo o que quer, ele não é o imperador do país, ele é apenas o presidente.
02:20Então, é muito positivo, esse reforço institucional teve dois efeitos positivos.
02:27Um foi dar mais credibilidade às instituições americanas, mostrando um horizonte de mais longo prazo,
02:34que você não pode ter medidas abruptas por qualquer que seja presidente.
02:40É uma discussão que às vezes tem em academia, e se o presidente do Banco Central ficar louco, o que faz?
02:46Quer dizer, você tem restrições.
02:47Restrições, eu falei presidente do Banco Central para não falar presidente do país,
02:51mas você tem restrições, essas restrições são muito positivas.
02:55Dá um horizonte de longo prazo melhor.
02:58O fato da decisão ter sido tomada foi muito bom.
03:02A Bolsa subiu, o preço do petróleo subiu como reflexo de que a economia mundial vai começar a crescer um pouco mais,
03:12e os horizontes de todos se alargaram.
03:15Então, foi uma boa medida.
03:17A política de Trump, eu falei numa conversa, que é um tiro no pé.
03:23É algo que está fazendo a economia americana cair o PIB, a Bolsa caiu,
03:29e as perspectivas eram de que o desemprego aumentasse.
03:32Então, uma reversão disso é bom para os Estados Unidos e é bom para o resto do mundo.
03:37Agora, ele fica numa posição um pouco mais fragilizada com isso para negociar, por exemplo, com a China e com a União Europeia, não?
03:45Você tem que negociar dentro de certos limites.
03:48Livre mercado não é leito mais forte.
03:51Você tem algumas regras.
03:53É isso que faz os mercados funcionar.
03:55Não é um libertarismo, um anarco-libertarismo que pode tudo.
04:03Não é isso.
04:04Ele tem que negociar.
04:06Segundo, tem que negociar bem.
04:07Tem que ver o que é melhor para os Estados Unidos dentro dos limites.
04:13Você não pode...
04:13Quer dizer, essa ideia de pressionar muito, a bem da verdade está julgando mais a China do que prejudicando.
04:23Eu só vou dar dois exemplos.
04:25Um, a Inglaterra saiu do Brexit porque ia crescer mais sozinha, etc, etc.
04:33Bom, primeiro está crescendo menos, está com mais déficit, com mais inflação que o resto da Europa.
04:39E, segundo, na semana passada, já começou a fazer negociações de um tratado de comércio com a União Europeia.
04:49Juntos somos mais fortes.
04:51Separados, não.
04:52E a segunda coisa é que você tem que negociar com um pouquinho mais de racionalidade, com mais tempo.
04:58Não é isso.
04:59A muda hoje ou nada.
05:03E eu acho que a China está crescendo e está fazendo a coisa certa.
05:07Está aumentando sua força no resto do mundo e os Estados Unidos estão se autoemfraquecendo com a potência mundial.
05:15Agora, tudo isso que está acontecendo também nos Estados Unidos, essa confusão aí causada pelas tarifas, pela guerra comercial,
05:22está afetando a maneira do Federal Reserve trabalhar.
05:25A gente já ouviu aqui entrevistas de integrantes do Fed dizendo justamente isso,
05:29que, enquanto o ambiente não estiver um pouco mais tranquilo, fica até difícil para eles prever um horizonte aí,
05:34se baixa o juros, se mantém, enfim, se muda a política econômica cambial também.
05:40É fato.
05:43Incerteza, a pior das coisas que você pode ter, não só para o Banco Central americano, para empresários.
05:49Você não sabe hoje a quanto que você vai pagar de imposto daqui a uma semana, daqui a um mês.
05:55Você precisa ter horizontes de longo prazo.
05:59Por isso que os Estados Unidos não têm isso agora.
06:03Está com um déficit colossal.
06:06Você teve um rebaixamento da nota de crédito americana.
06:10A Moody's que rebaixou a nota de crédito dos títulos da dívida americana pela primeira vez na história.
06:18Quer dizer, você precisa ter mais personalidade na política econômica.
06:21Senão você vai chegar numa situação como o Brasil, que o juros começa a subir e é a única ferramenta de controle.
06:29Então, além da guerra comercial, tem que olhar um pouquinho mais para o que tipo de política comercial faz o país mudar.
06:40Os Estados Unidos também têm outra política que teve um passo para trás, que é o DOJ,
06:45que é aquela reformulação do Estado americano que o Elon Musk está construindo.
06:52Também exagerou na dose e teve que voltar atrás de uma série de coisas.
06:56Eu acho que política econômica é promover o bem-estar do país, promover respeitando as regras e olhando mais longe.
07:05Não é chegar hoje e querer mudar tudo.
07:07Não funciona, nunca funcionou em nenhum país.
07:10Agora, falando um pouco de Brasil, a negociação americana com o Brasil parece que está mais suave do que com a maioria dos outros países.
07:18É fato, primeiro, pela proximidade.
07:23Segundo, a diplomacia brasileira é historicamente muito boa.
07:28O Brasil aumentou, traz o Estado de Tordesilhas a tudo que ele tem de território, sem disparar um tiro.
07:35Quer dizer, o Estados Unidos, por exemplo, para conquistar o meio Oeste, teve uma guerra com o México, uma série de coisas.
07:46A gente conseguiu só na negociação comprar um Acre, mas o resto foi só na negociação com os vizinhos, boas negociações.
07:55A nossa diplomacia é um ativo muito forte do Brasil e tem uma tradição secular, literalmente.
08:01Professor Roberto Luiz Troste, muito obrigado pela sua participação nesta edição do Real Time.
08:06Boa tarde.
08:08Boa tarde.
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