Após escalada nas tarifas, representantes dos EUA e China se reúnem em Londres para tentar avançar no acordo firmado em Genebra. Mariana Almeida analisou o impacto nos dados de exportação e inflação chinesa. A expectativa é que a reunião traga avanços concretos.
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00:00E após uma rodada de negociações em Genebra no mês passado, representantes dos Estados Unidos e China se encontram hoje em Londres para tentar preservar uma trégua frágil no comércio, apesar de a tensão entre as partes ainda continuar latente.
00:16De acordo com o presidente Donald Trump, o secretário do Tesouro Scott Besant, o secretário do Comércio Howard Lutnik e o representante comercial Jameson Greer vão liderar a delegação dos Estados Unidos.
00:30O vice-primeiro-ministro chinês He Li Feng, que liderou a equipe de negociação de Pequim em Genebra, também chefiará a equipe em Londres, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China no fim de semana.
00:42De acordo com o Trump, a reunião deve ocorrer muito bem. Sua secretária de imprensa, Caroline Levitt, disse a Fox News que a Casa Branca deseja que a China e os Estados Unidos continuem avançando com o acordo firmado em Genebra.
00:57Embora o governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, tenha reiterado que não estava envolvido de forma alguma no conteúdo das discussões, um porta-voz afirmou que o país é uma nação que defende o livre comércio.
01:09As autoridades do Reino Unido sempre deixaram claro que uma guerra comercial não interessa a ninguém, por isso vão acolher as negociações.
01:19A nova rodada de negociações acontece poucos dias após Trump e o presidente chinês Xi Jinping realizarem suas primeiras conversas telefônicas anunciadas publicamente, desde que o republicano retornou à Casa Branca.
01:33Trump disse que a ligação, que aconteceu na quinta-feira, chegou a uma conclusão muito positiva.
01:39Xi Jinping foi citado pela agência de notícias estatal, Xinhua, dizendo que corrigir o curso do grande navio das relações sino-americanas exige que a direção seja bem guiada.
01:51O apelo ocorreu depois que as tensões entre as duas maiores economias do mundo aumentaram, com Trump acusando Pequim de violar um acordo de redução de tarifas firmado em Genebra em meados de maio.
02:03Em abril, Trump introduziu tarifas globais abrangentes, que tinham como alvo principal a China.
02:10Em determinado momento, os Estados Unidos aplicaram à China taxas adicionais de 145% sobre seus produtos, enquanto ambos os lados se engajavam em uma escalada de retaliação.
02:23As contramedidas da China sobre produtos norte-americanos chegaram a 125%.
02:28Na Suíça, após dois dias de negociações, os dois lados concordaram em reduzir suas tarifas altíssimas por 90 dias.
02:37Mas as diferenças persistem, inclusive sobre as restrições da China à exportação de minerais de terras raras usados em produtos de tecnologia.
02:47O impacto foi refletido nos últimos dados oficiais de exportação divulgados em Pequim.
02:53As exportações para os Estados Unidos caíram 12,7% em maio, com a China enviando US$ 28,8 bilhões em mercadorias no mês passado.
03:04Esse valor é inferior aos US$ 33 bilhões em abril, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas de Pequim.
03:11Mariana Almeida, esses números já são consequência dessa guerra tarifária iniciada por Donald Trump em abril.
03:19Então, uma queda muito acentuada de 34%, a maior queda dos últimos cinco anos.
03:26A gente também está vendo a inflação na China, ela voltou a cair novamente, quarto mês consecutivo.
03:34Então, a gente tem dados para ficar atentos.
03:37Sem dúvida. Lembrando que o mês de maio foi aquele mês onde praticamente, no nível que estavam as tarifas, praticamente o comércio ficava inviabilizado.
03:46A gente estava falando aí de uma situação de fechamento praticamente do comércio e aí os resultados vieram nessa queda super forte das exportações e das importações.
03:56Fazendo com que as exportações caíram mais do que as importações, então o saldo ficou menor.
04:00E aí, o dado que você ressaltou também sobre a inflação é também uma passagem aí para entender como que tudo isso acaba tendo de resultado dentro da China,
04:09na economia chinesa que é tão importante para o mundo, em termos de ser um dos carros-chefes de crescimento.
04:16E aí, a inflação é um sinalzinho, porque indica-se, será que a China está conseguindo repassar um pouquinho daquilo que ela não vende para os Estados Unidos para dentro,
04:24que é a grande tese, quer dizer, vou reforçar o mercado interno dado que o mercado externo vai diminuir em função da premissa aí do governo Trump
04:33de reduzir o superávit da China em relação aos Estados Unidos.
04:36Bom, a inflação já vinha caindo e ela caiu de novo, mostrando que a atividade de compra, a demanda não está forte, ao contrário, está fraca ainda na China,
04:46mas a inflação caiu menos do que se esperava.
04:48Então, essa é uma notícia que acabou criando um ambiente aí dentro da China para essa semana que é, olha,
04:52apesar de tudo, considerando toda a tormenta, todo o quase fechamento, as exportações no total ainda cresceram,
05:01o superávit caiu fortemente, mas o resto da economia conseguiu demonstrar alguma resiliência,
05:07inclusive com a demanda interna ativando um pouquinho mais do que se esperava.
05:11Então, os sinais não são definitivos, não dá para falar assim, fechar é isso, cravar,
05:17e certamente a reunião de hoje vai fazer muita diferença.
05:19É, e depois a gente falava de uma data, né, depois da ligação de uma hora e meia no final da semana passada
05:26entre Trump e Xi Jinping, eles alinharam, acertaram ali a reunião, Scott Bassett já está em Londres,
05:32um representante da economia da China também, e eles vão tentar agora dar um próximo passo
05:37para que aquela negociação, aquele acerto em Genebra no mês passado, ele não fique paralisado.
05:43Maria, é importante porque os dados estão refletindo essa guerra tarifária.
05:48É, e vamos ver se eles trazem um pouco mais de substância, né, de caldo concreto sobre quais os setores,
05:52o que vai sair desse resultado, porque a gente está olhando tudo ainda no bloco, né, está blocado.
05:56Então, olha, caiu 34% as exportações. E quais vão continuar baixas?
06:02Quais setores vão continuar não sendo exportados?
06:03Porque realmente o governo de Donald Trump não vai abrir mão de estimular a economia interna nesses setores.
06:09Quais podem ser recuperados?
06:10Do lado das importações, teve essa queda de braço aí em relação à exportação da Boeing para a China,
06:16que ela falou que não ia receber, passou a receber. É casuístico? É nesse momento ou vai mudar?
06:20Não, o avião da Boeing pousou, inclusive, neste final de semana lá na China, né?
06:23Exatamente. Esse sinal, né, de que estamos caminhando para uma conversa mais aberta e possibilitando essa troca.
06:30Então, essa concretude, né, que pode vir dessa negociação é o que vai fazer diferença, inclusive,
06:38para o posicionamento dos mercados daqui em diante, para saber onde eu invisto,
06:41o que espaço ainda tem para essa complementariedade econômica
06:44e onde que eu tenho que procurar outras alternativas enquanto agente econômico.
06:47Então, esse é algo que da ligação não veio, né?
06:50Foi uma hora e meia de ligação de o que soubemos foi, basicamente, está legal.
06:54Vamos continuar conversando.
06:56E a marcação da reunião, que é importante, mas agora vamos ver se hoje saem mais novidades
07:01concretas sobre essa relação China-Estados Unidos.
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