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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (02) que não precisa dos dez dias estabelecidos pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, para apresentar alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF. O ministro afirmou que é preciso corrigir outras distorções de tributação e retomar as reformas estruturais para rever a alta contestada do IOF.
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NotíciasTranscrição
00:00E se é pra falar de polêmica, não vamos perder tempo.
00:04O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta manhã que não precisa dos 10 dias
00:13estabelecidos pelo presidente da Câmara, Hugo Mota, para apresentar alternativas ao decreto
00:20que aumentou mais o imposto, o Imposto sobre Operações Financeiras, que é o IOF.
00:25O ministro afirmou que é preciso corrigir outras dissorções de tributação e retomar
00:32as reformas estruturais para rever a alta contestada do IOF.
00:37Vamos ouvir um trecho que eu não entendi direito.
00:42As reformas estruturais vão voltar pra mesa, porque senão o que vai acontecer?
00:47Todo ano nós vamos ter que fazer ajustes pontuais pra preparar a peça orçamentária do ano seguinte.
00:55Isso não é bom.
00:57Imagina todo ano você ter que fazer o que nós tivemos que fazer no ano passado, no final do ano passado,
01:02pra fechar o orçamento de 2025.
01:05Então o que eu conversei com o presidente Lula e com os dois presidentes das duas casas é o seguinte.
01:10Olha, eu tenho duas alternativas.
01:13Uma é, com uma medida regulatória, resolver um problema de forma paliativa
01:20pra cumprir as metas do ano.
01:23A outra, que interessa mais a Fazenda, é fazer, voltar pras reformas estruturais
01:29que nós conseguimos fazer, sobretudo no primeiro ano.
01:33Quando você faz uma coisa mais estrutural, você passa mais confiança.
01:37Pelo que eu entendi, ele não precisa de dez dias, mas de dez anos.
01:42Nesse domingo, o presidente Lula pediu mais diálogo com o Congresso
01:46e um esforço maior dos partidos de esquerda
01:50para eleger parlamentares nas eleições só de 2026.
01:55A fala do presidente aconteceu por causa da pressão que o governo vem sofrendo
01:59com o anúncio da alta do IOF.
02:01Meu amigo, Sérgio Marques, parece aquela música,
02:05tá todo mundo louco, oba, tá todo mundo louco.
02:08Eu não consegui entender.
02:09Primeiro, eu não sei se o Haddad falou que ele vai atender
02:12a exigência do Hugo Mota ou se não vai atender.
02:17Nós precisamos de reformas estruturais, tá parecendo um rolando lero.
02:22Explica uma coisa, afinal de contas, o IOF vai retroceder ao ponto que estava,
02:27vai aumentar o imposto.
02:29Como é que vai ficar diante desta fala do Haddad?
02:33Uma fala procrastinatória, no mínimo.
02:37Capês, colegas de bancada e a todos que nos prestigiam,
02:40uma ótima tarde.
02:41Entramos no mês das quadrilhas.
02:46Enfim, festa junina, mês de junho.
02:50Mas falando sobre o PT, o ministro não falou nada
02:55e o grande problema que nós temos é em relação ao IOF.
03:00Foi uma medida que foi tomada pelo governo, repercutiu muito mal no mercado.
03:06O governo teve que recuar e agora ele tenta negociar com o Congresso,
03:13em especial com a Câmara Federal,
03:16para poder o IOF ser ressuscitado de uma forma mais sucinta, mais simples.
03:21Mesmo assim, em forma de taxação.
03:24E o próprio presidente da Câmara já falou que o IOF não passará.
03:32Então, vamos verificar o que vai acontecer daqui para frente.
03:36Bom, Felipe Monteiro,
03:38esse imposto sobre operações financeiras.
03:41O interesse da Fazenda é arrecadar.
03:44Eles querem aumentar os impostos,
03:46porque o governo não para de gastar
03:47e precisa equilibrar, atingir as metas fiscais.
03:51Se não, é alta de juros, é inflação, é recessão, enfim.
03:55Então, eu pergunto a você.
03:56Como você acha que ficará a questão do IOF
04:00e se é correto tratar um imposto como esse,
04:04que é um imposto estratégico
04:05que pode assustar investimentos dos estrangeiros no Brasil,
04:08como se fosse um simples meio de aumentar a arrecadação?
04:13Fala um pouquinho, que todo mundo quer te ouvir.
04:14Não, primeiro é bom lembrar que o IOF continua em vigor.
04:17A prerrogativa para aumentar o IOF é do Poder Executivo.
04:20É um imposto regulatório, é um imposto extrafiscal,
04:24é um imposto que não tem por objetivo arrecadação.
04:26É claro que o próprio Haddad, na entrevista que ele deu agora,
04:29que a gente noticiou aqui,
04:31falou que é errado fazer essa alteração de forma casuística
04:35e é muito melhor você pensar numa reforma estruturante,
04:38estruturais para o Brasil,
04:40para você não ter que, todo ano, ficar revisando imposto,
04:44revisando gastos,
04:46de modo a respeitar o novo arcabouço fiscal
04:48que o governo resolveu aprovar no início do seu mandato.
04:53E eu sou a favor disso também.
04:54Claro, quem é contra a reforma estrutural?
04:56Mas qual é a reforma estrutural que o ministro está falando?
04:58Reforma administrativa?
04:59Reduzir a máquina pública?
05:01A nova reforma da Previdência?
05:03Haja vista que todo mandato dos presidentes da República,
05:06a gente fala em nova reforma da Previdência,
05:07porque toda a reforma da Previdência que foi feita no Brasil
05:10foram feitas de forma tímida,
05:12não de modo a resolver, de fato,
05:15os gastos e os problemas que aplicam a Previdência social
05:19que o Brasil, infelizmente, tem e vai ter ainda.
05:22Mas é uma medida completamente impopular
05:25quando você mexe na Previdência.
05:27Então, eu concordo,
05:29o governo tem que pensar, de fato,
05:30num governo, no Brasil,
05:31oposição à situação e reformas estruturais para o Brasil.
05:35Reforma administrativa, reforma previdenciária,
05:37e uma reforma, no meu modo de ver,
05:38que é mais importante,
05:40que é a reforma tributária, de fato.
05:42Não adianta a gente ter no Brasil o IVA de 28%,
05:46que, ao que tudo indica,
05:47é o estimado com a reforma da tributária
05:50que foi aprovada recentemente,
05:52e ter uma tributação na renda,
05:55no meu modo de ver, muito baixa,
05:57e no máximo 27,5%.
05:58Nós temos que reduzir o imposto sobre o consumo,
06:01que é o imposto que penaliza as pessoas mais pobres no Brasil.
06:05O imposto que, de fato, ingessa o setor produtivo no Brasil,
06:10porque faz com que as pessoas consumam menos,
06:12porque a tributação está elevada.
06:14Então, eu concordo com o que o Haddad colocou,
06:16que nós temos que pensar em reformas estruturais para o Brasil.
06:19Não dá para todo ano
06:20a gente ficar fazendo medidas casuísticas e pontuais
06:24de modo a atingir a meta fiscal.
06:26Então, não, nós temos que resolver esses peduricários do Brasil.
06:30Capês, o governo arrecada com a nova medida do IOF
06:3420 bilhões de reais esse ano apenas.
06:37Só com peduricário de isenção fiscal,
06:40o Brasil chega a 400 bilhões de isenção fiscal.
06:43É muito melhor você revisar,
06:45revisitar esses subsídios tributários,
06:48esses peduricários,
06:49que, no modo de ver, ingessa,
06:50e não tem lógica nenhuma,
06:52do que buscar aumentar a arrecadação
06:54de forma completamente míope.
06:57Então, temos que pensar, sim, em reformas estruturais.
07:00Agora, o Henrique Kringner,
07:02o governo pega, aumenta o IOF,
07:06o ministro da Fazenda não consulta o presidente do Banco Central,
07:10o ministro da Fazenda não é economista.
07:12O presidente do Banco Central é um economista de renome,
07:16ortodoxo, que segue ali a pauta dos princípios econômicos.
07:20O presidente do Banco Central não gostou do aumento,
07:23mas não conversam.
07:25E agora vem todo o setor financeiro que vai ser afetado
07:28e pressiona a Fazenda para voltar.
07:30A Fazenda precisa desse aumento.
07:32É 20 bi a mais para o governo gastar esse ano
07:35e 40 bi para gastar o ano que vem,
07:39em razão do aumento do IOF.
07:41Você acha que o governo está enrolando o Congresso Nacional
07:44e tentando ganhar tempo para não revogar a medida?
07:46Porque ele está falando, olha, vamos discutir medidas reestruturantes.
07:50Isso aí vai levar 10 anos para discutir.
07:52Enquanto isso, nós vamos aguentar mais um aumento de imposto?
07:55É, eu acho, Capês, primeiro boa tarde.
07:57Boa tarde aqui aos colegas de bancada
07:59e também todos que nos acompanham.
08:00Eu diria, Capês, que essa foi talvez uma das falas
08:03mais acertadas do ministro Haddad nos últimos tempos,
08:07quando ele fala sobre a necessidade de reformas estruturantes.
08:10É acertada no conteúdo, mas é equivocada no timing.
08:13O timing disso aí era 2023, era janeiro,
08:17lá quando assim que assumiu, sentou na cadeira,
08:19já começou a trabalhar de uma forma efetiva
08:21para essas reformas estruturantes que são urgentes no Brasil.
08:24Mas ficam travadas porque o governo não prioriza,
08:27porque o Congresso não coloca em prática.
08:29Quando o governo prioriza, o Congresso não acompanha.
08:32Quando o Congresso aventa a possibilidade,
08:34o governo não cede junto.
08:36Então, nisso, o Brasil fica travado nesses códigos
08:40e também nessa lógica tributária antiga,
08:43para falar da parte tributária.
08:45Mas o que a gente viu é uma estratégia que não deu certo
08:48do ministro Haddad.
08:50Primeiro que é uma atrapalhada do começo ao fim.
08:53Quando a ministra Gleisi vem a público dizer
08:56que na reunião em que a proposta do IOF foi apresentada
09:00ao presidente da República,
09:02nem todos os detalhes foram abertos,
09:05e eles confiaram, e ela usou o termo sinoso,
09:08porque o ministro Haddad sempre foi muito sinoso
09:10com essa questão do IOF.
09:13Então, a gente confiou e disse, ok, está aprovado.
09:16Aí você vê a maneira como tem sido o processo
09:19de tomada de decisão nesse governo Lula 3.
09:22Tem sido dessa maneira.
09:23Aí eu confio que você tem boas intenções,
09:25você tem um plano aí, tá bom, assinado, aprovado, toca.
09:28É assim que tem sido.
09:29E tem sido assim no meio ambiente,
09:31tem sido assim na parte da Fazenda,
09:32tem sido assim com todos os outros ministros,
09:35Paulo Teixeira por um fio aí, brigando com o MST.
09:37Essa é a bagunça generalizada que está acontecendo nesse governo.
09:41Não se levam as coisas, os comentários.
09:44Cadê a equipe técnica, econômica do governo
09:47para poder dizer se essa é uma boa medida ou não?
09:50Cadê agora os economistas que embasaram
09:52essa decisão do ministro Haddad
09:54para poder defender diante do mercado e dizer,
09:56não, isso aqui é uma boa ideia.
09:58A gente sabe que não é uma boa ideia,
09:59mas da onde ele tirou isso?
10:01Essa é a pobreza de argumentação
10:04e de defesa das políticas que o governo tem adotado.
10:07E aí nisso, Capês, aí realmente prejudica demais
10:10todo e qualquer diálogo com o Congresso.
10:12E piora quando também,
10:14quando o Congresso se posiciona dizendo
10:16aqui não vai passar,
10:18o ministro Haddad fala,
10:19bom, então estamos correndo o risco de um shutdown,
10:21evocando um conceito aí que não existe no Brasil,
10:24mas que existe lá nos Estados Unidos.
10:26Então fica uma briga,
10:27uma disputa aí de braço,
10:28uma briga de lado,
10:29que você entra no pior estágio
10:31de qualquer negociação,
10:33que é a negociação por posição.
10:34ou eu vou negociar porque eu preciso ganhar.
10:37E o outro lado está dizendo,
10:37eu também preciso ganhar.
10:39Então nessa, ninguém ganha.
10:40E quem perde ainda mais
10:42é o próprio povo brasileiro.
10:44É nesse lugar que nós estamos agora, Capês.
10:46Pois é.
10:47Ô, Guilherme Mendes,
10:47a UIOF foi alterada
10:49para investimentos no exterior,
10:50de 0,38,
10:51alíquota para 1,1.
10:53E para compras foi alterada
10:54para 3,5.
10:56A pergunta que eu te faço é o seguinte,
10:58esse governo está meio perdido,
11:00não está não, Guilherme?
11:00Parece que falta um planejamento econômico.
11:04Cada hora eu solto uma bomba,
11:06uma bomba de festim.
11:07Agora, isenção de imposto de renda
11:09para ganhar até 5 mil reais,
11:10salário mínimo.
11:13Acaba não acontecendo nada.
11:15Agora nós vamos acabar com a tragédia dos aeronaves.
11:17E começa um monte de conversa
11:18que ninguém entende mais nada.
11:19Agora estou falando do aumento do IOF.
11:22Vai aumentar?
11:22Ah, não vai?
11:23Por que o governo está batendo tanto cabeça?
11:24Não cria insegurança isso no meio econômico?
11:26Quem vai investir num país
11:27com tanta confusão?
11:29Parece uma bruta de aeroporto
11:30ou será que eu estou sendo muito ácido?
11:32Boa tarde, Capês.
11:33Amigos de audiência,
11:34meus amigos aqui de bancada,
11:36sem dúvida que você está sendo muito ácido, Capês.
11:38E a ideia justamente é
11:39passar essa ideia de confusão,
11:42de não-orquestração,
11:44de um certo amadorismo,
11:46porque assim se barram as medidas
11:48que são necessárias de ser feitas.
11:50O ministro Haddad fala agora
11:52em reformas estruturantes
11:53e quando ele fala em estrutura,
11:56ele está falando na estrutura fiscal
11:57e tributária do país,
11:59que é o que está a cargo dele nesse momento.
12:01Capês,
12:02infelizmente a população brasileira
12:04sofre em ouvir esse mantra
12:07não aguentamos pagar mais impostos,
12:09o país os impostos e tudo mais,
12:11que em parte é verdade.
12:13Só que a discussão tem que ser
12:14muito mais profunda.
12:15Então, a semana passada,
12:17lá nos Estados Unidos,
12:18o presidente Trump,
12:19numa medida inclusive que desagradou
12:21os republicanos,
12:23propôs o aumento
12:24da tributação sobre as grandes fortunas.
12:27Para você que está em casa,
12:28você acha que não existia,
12:29mas existe.
12:30Os Estados Unidos
12:31têm um tributo
12:32que cobra 37%
12:35sobre as transmissões gratuitas,
12:37que são as grandes fortunas,
12:38acima de 5 milhões de dólares.
12:40Então, você que está em casa,
12:41que tem aí um milhão,
12:42uma casa,
12:42fica tranquilo,
12:43você jamais seria atingido
12:44se esse imposto
12:46fosse implementado no Brasil.
12:48E o presidente Trump lá
12:49diz o seguinte,
12:50vamos aumentar de 37%
12:52para 39,6%.
12:53Foi uma grita generalizada.
12:56E por que ele queria fazer isso?
12:57Ele não é comunista,
12:58ele não é socialista,
12:59ele não é democrata.
13:00Por que?
13:00Com esse aumento
13:01de 2,6%
13:03nesse tributo,
13:04que atinge, repetindo,
13:06só aqueles que transmitem
13:07patrimônio
13:08acima de 5 milhões de dólares,
13:11ele conseguiria diminuir
13:12uma série de tributos
13:14que afetam
13:15a população local.
13:17Aquele cara que compra,
13:18que paga o aluguel,
13:19que bota gasolina,
13:20isso daria
13:21um maior conforto
13:23orçamentário
13:24para que ele pudesse
13:25implementar políticas
13:27de distribuição de renda.
13:28É exatamente isso
13:29que eu estou falando,
13:29distribuição de renda
13:30nos Estados Unidos.
13:32Aqui no Brasil,
13:33a proposta
13:34da isenção
13:34dos 5 mil reais,
13:36que seria
13:36uma política
13:37fantástica
13:38para diminuir
13:40as distorções tributárias
13:41que o Felipe
13:41bem aqui colocou,
13:42ou seja,
13:43tirando a compressão
13:44daqueles que consomem,
13:45consomem o básico,
13:46roupa, comida,
13:48itens de higiene,
13:48medicamentos,
13:50ela não consegue passar
13:51por quê?
13:51Porque a nossa sociedade
13:52extremamente
13:54conservadora
13:57não admite
13:58qualquer
13:59tipo de discussão
14:01que faça
14:02com que
14:02essa discrepância
14:03do país,
14:04que é um dos mais
14:04desiguais do mundo,
14:06diminua
14:06um pouco
14:07de uma política fiscal.
14:08fiscal.
14:08Então,
14:09falar em imposto
14:09de grande fortuna
14:10aqui é praticamente
14:11uma pornografia.
14:13Falar em isenção
14:14de imposto de renda
14:14para quem ganha
14:155 mil reais,
14:16esse assunto
14:17sequer é tocado.
14:18E aí,
14:18o ministro Haddad,
14:20junto com o presidente Lula,
14:21tem sim que ficar
14:22tomando essas medidas
14:23pontuais e casuísticas
14:24para tentar manter
14:26um pouco
14:26as políticas de distribuição,
14:28que o governo
14:29disse que não vai
14:30desacelerar,
14:31mas que estão causando,
14:32sim,
14:32um problema
14:33orçamentário no país.
14:34Então,
14:35qual é a solução?
14:36Então,
14:36uma hora aumenta o IOF
14:37aqui,
14:38outra hora mexe
14:38num tributo ali,
14:39mas no fundo,
14:40o que o ministro agora
14:41falou com todas as letras
14:42é o seguinte,
14:43se nós não mexermos
14:45na estrutura tributária
14:46do país,
14:47as desigualdades
14:48não vão diminuir.
14:49É isso que ele quis dizer.
14:51Agora,
14:51para enfrentar esse assunto,
14:53você tem que mexer
14:53com a bancada
14:54do agronegócio,
14:55você tem que mexer
14:56com a Faria Lima,
14:57você tem que mexer
14:57com aqueles que são pobres
14:58e acham que são ricos,
15:00porque tem um pensamento,
15:01porque tem uma casa,
15:02um carro e uma poupancinha
15:03que ele tem grande fortuna,
15:05ele não tem nada.
15:06Se você for olhar
15:06esse conceito
15:07dentro dos Estados Unidos
15:08e trazer para valores reais,
15:11esse imposto
15:12que lá é aplicado
15:13já há muito tempo,
15:14não é coisa de agora não,
15:15e que o Trump
15:16quer aumentar,
15:17equivaleria a pessoas
15:18aqui no Brasil
15:19que teriam uma fortuna
15:20acima de 35 milhões de reais.
15:22Eu te pergunto,
15:23você que está em casa,
15:24quantas pessoas
15:25acima de 35 milhões de reais
15:26você conhece?
15:28Eu acho que talvez nenhuma.
15:30Agora,
15:30você toma muitas vezes
15:31essa postura
15:32contra uma taxação
15:33que não te atinge
15:34e não atinge os seus,
15:35mas que ajudaria muito
15:37aquele que está trabalhando
15:38na sua casa,
15:39o porteiro do seu prédio,
15:41aquele que não tem
15:41um dinheiro para comprar
15:43um leite para uma criança,
15:44uma fralda,
15:45pagar um ônibus.
15:46Por quê?
15:46Porque aquele rico
15:47vai pagar mais
15:48e o imposto vai cair
15:49para aquele que paga menos.
15:51Então,
15:51é isso que o Haddad
15:52está querendo dizer.
15:52Agora,
15:53esses assuntos
15:53são indelicados,
15:54esses assuntos
15:55são praticamente pornográficos
15:57quando a gente quer discutir
15:58questão tributária no Brasil.
15:59é muito mais fácil
16:01fazer videozinho
16:02dizendo que você vai ser enganado,
16:03que vai acontecer,
16:04como nós vimos agora há meses
16:05e a população brasileira
16:07compartilhando aos milhões.
16:09Infelizmente,
16:10essa é a nossa realidade.
16:11Muito bem.
16:12Henrique Kriegner,
16:13eu gosto do Alain Mendes
16:15porque ele acredita
16:17no que ele fala
16:17e isso é muito bom,
16:20mas tem uma veia poética
16:21que eu queria
16:22que você pudesse
16:23confrontar.
16:25Olha,
16:25nos últimos 25 anos,
16:29somente
16:30caiu de 12
16:31para 4 países
16:32na OCDE
16:34que taxam
16:35grandes fortunas.
16:36Olha aqui,
16:37Áustria,
16:39Dinamarca,
16:40Alemanha,
16:41Holanda,
16:42Finlândia,
16:43Islândia,
16:44Luxemburgo,
16:46Suécia
16:46e Espanha
16:48acabaram revogando
16:49os impostos
16:50sobre grandes fortunas.
16:52Por quê?
16:52Porque provoca
16:54fuga de capital
16:55para paraísos fiscais.
16:56Ou seja,
16:57no afã de abocanhar
16:59as riquezas,
17:01você acaba
17:01perdendo-as
17:02para outros países
17:03que mantêm
17:04suas riquezas
17:05através de paraísos fiscais.
17:07Então,
17:08como é que você vê
17:08primeiro esse discurso
17:09entre o sonho vendido
17:12de justiça social,
17:14o Robin Hood social
17:15e a realidade
17:16que é um fracasso econômico?
17:18E por que
17:19que o Gabriel Galípolo,
17:20que é economista,
17:21que preside o Banco Central,
17:24que foi indicado
17:24pelo ministro da Fazenda,
17:26foi contra o aumento do IOF
17:28porque ele,
17:28entendendo que isso aí
17:29pode afastar
17:30a entrada de capital
17:32estrangeiro em investimentos.
17:33Comenta um pouco isso
17:34que eu quero um pouco
17:35de confronto.
17:36O Guilherme dá um lado
17:38com lentes cor-de-rosa
17:39e eu quero que você
17:40tente buscar
17:41uma realidade
17:42um pouco mais
17:43pé no chão.
17:44E o Guilherme,
17:45o Felipe,
17:45o Sérgio Marques,
17:46vamos discutindo aqui,
17:47vamos debater.
17:48Aqui é para debater,
17:49porque é do confronto
17:50de ideias que surge,
17:52é da tese quantitice,
17:53que surge a síntese.
17:53Quero te ouvir.
17:54Eu acho que a lente do Guilherme
17:56não é que ela é cor-de-rosa,
17:57é que ela talvez
17:58é importada.
17:59Ela não se aplica
18:00aqui no Brasil.
18:01O Guilherme talvez
18:02passou um pouquinho fora
18:03e viajou para outros países
18:05e está imprimindo
18:07essa realidade aqui.
18:08Porque,
18:08em primeiro lugar,
18:08vamos lá,
18:09na análise dele,
18:10o que ele colocou
18:11foi que o problema
18:12da justiça social,
18:14o problema da desigualdade
18:15social no Brasil,
18:16é a parcela conservadora
18:17da sociedade
18:18que impede avanços tributários
18:20para fazer essa justiça.
18:21Ou seja,
18:22se não fossem os conservadores
18:23na sociedade,
18:24estaria tudo certo.
18:25Esse é o primeiro ponto.
18:26Errado.
18:27Segundo ponto que ele coloca
18:28é que,
18:28enquanto tem essa parcela
18:29representada no Congresso,
18:31Lula e Haddad
18:32estão fazendo o melhor.
18:33E o melhor que eles podem fazer
18:34é ações pontuais
18:35e casuísticas.
18:36Errado.
18:37O que Haddad está fazendo agora
18:39com a questão do IOF
18:40e de outras políticas também,
18:42não é porque,
18:43ah,
18:43é o que sobrou
18:44para ele fazer.
18:45Não,
18:45é falta de planejamento.
18:46Qual é o programa econômico,
18:48a proposta,
18:49o projeto,
18:50qual é a base
18:51e até a questão filosófica
18:54da política econômica
18:56do Haddad
18:56que ele tem apresentado agora.
18:58A gente teve isso
18:59no Lula 1.
18:59A gente teve uma grande mudança
19:01também quando entrou
19:02no Dilma 1.
19:03A gente teve isso
19:04com Paulo Guedes
19:04no Bolsonaro.
19:05Isso não existe no Lula 3
19:06e não é uma questão
19:07de opinião política.
19:08Isso é fato.
19:09É assim que Haddad
19:10tem tentado fazer
19:12algum tipo de movimentação
19:14na economia do Brasil
19:15sem nenhum tipo de respaldo
19:17por parte do presidente Lula.
19:18O problema está lá dentro,
19:19não está na sociedade.
19:21Quando ele traz
19:21que o problema
19:22é a sociedade,
19:23que é o pensamento
19:24da sociedade,
19:25que é retrógrado,
19:26dá uma olhada então.
19:27Bom,
19:27vamos olhar os partidos
19:28que se dizem
19:29mais inclinados à direita.
19:31Olha as propostas
19:31do Partido Novo
19:32na questão de reforma tributária.
19:34Existem inúmeras.
19:35É só você entrar lá no site,
19:36tem lá
19:36o que eles colocaram
19:38como conteúdo.
19:39Então,
19:39não é que a direita
19:40no Brasil,
19:41e eu estou citando
19:41o Partido Novo
19:42como um exemplo,
19:43mas não é que a direita
19:44do Brasil
19:45não está disposta
19:46a discutir reforma tributária.
19:48É só que a direita
19:48no Brasil
19:49não está fazendo
19:50aquilo que o PT
19:51quer fazer,
19:51que é essa bagunça
19:52casuística,
19:53irresponsável,
19:55e que vai de pouquinho
19:55em pouquinho
19:56fazendo pequenas alterações.
19:58Agora,
19:58a outra coisa
19:59que a gente precisa entender
20:00é o que está por detrás
20:01desse discurso.
20:02Quando o Guilherme
20:03traz aqui
20:04quantas pessoas
20:04com mais de 35 milhões
20:06que você conhece,
20:08isso aí
20:09acho que não vem ao caso,
20:10é irrelevante.
20:11Agora,
20:12o ponto é,
20:13o nosso objetivo
20:14é fazer com que
20:15todo mundo
20:16pague muito imposto
20:17ou o nosso objetivo
20:18é fazer com que
20:19as pessoas paguem
20:20cada vez menos imposto
20:21para ter mais autonomia
20:23no que elas vão investir,
20:24no que elas vão gastar,
20:25e todos,
20:26ainda assim,
20:27a gente garanta
20:28uma base social,
20:30equalitária e justa
20:31para todos.
20:32Ou seja,
20:33a gente acabe
20:33com a extrema pobreza,
20:34que isso é pauta sim,
20:36a gente diminua
20:37as injustiças sociais,
20:38a gente garanta
20:39um ponto de partida
20:40mais equalitário
20:41para todas as pessoas.
20:42Esse é o ponto.
20:43O objetivo da esquerda
20:44aparece muitas vezes
20:45nos discursos,
20:46não estou dizendo
20:46que o Guilherme
20:46afirmou isso,
20:47mas nos discursos
20:48parece que esse
20:49é o grande objetivo.
20:50Vamos fazer com que
20:51todos paguem muito imposto.
20:53O fulano paga menos,
20:54o ciclano paga mais,
20:56então põe mais
20:57no fulano,
20:58porque ele está pagando pouco.
20:59Vamos tentar reduzir
21:00para todo mundo
21:01e fazer essa máquina
21:02rodar de uma forma eficiente.
21:03Isso passa por planejamento,
21:05aí concordo
21:06com o ministro Haddad,
21:07passa por reformas estruturais,
21:08mas tem que ser feitas
21:09com seriedade.
21:11Não adianta levantar
21:12a carta da reforma estrutural
21:13dizendo que precisamos
21:14mudar o Brasil,
21:15uma vez que agora
21:16você está coado
21:16pelo Congresso
21:17e sem respaldo político
21:18pelo teu presidente.
21:19Agora, Sérgio Marques,
21:21não parece que há uma disputa
21:23entre duas correntes,
21:25o pragmatismo econômico
21:28e a ideologia,
21:30porque é uma ideologia
21:31marxista
21:31que joga nós
21:33contra eles,
21:34ou seja,
21:35os ricos
21:35são os culpados
21:36de toda a desgraça
21:37do país.
21:38Então, vamos taxá-lo.
21:39Cria-se, então,
21:40uma imagem ideológica
21:42simpática
21:43a um certo nicho
21:45de eleitorado.
21:46Mas olha aqui
21:47uma coisa interessante.
21:49Isso é no Observatório
21:50de Política Fiscal
21:51que eu estou buscando.
21:52Os impostos
21:53sobre a riqueza
21:54geralmente representam
21:56uma parcela muito pequena
21:58das receitas tributárias.
22:00Em 2016,
22:01as receitas tributárias
22:02dos impostos individuais
22:03sobre patrimônio líquido
22:05representavam
22:06só 0,2% do PIB
22:09e na França
22:10só 0,5%
22:11da receita tributária.
22:13Então, quer dizer,
22:14há o risco
22:15de fuga de capitais,
22:17uma imagem
22:18de um país
22:18que não tolera
22:20o capitalismo
22:21e o crescimento econômico,
22:22a pujança
22:23das empresas
22:23e, ao mesmo tempo,
22:25um proveito
22:26muito pequeno.
22:27Como é que você analisa
22:28esse discurso
22:29do imposto
22:29sobre os ricos
22:30e esse aumento
22:31do IOF
22:32com uma fúria
22:33arrecadatória
22:34em cotejo
22:35com a imagem
22:36que se projeta
22:37de um país
22:37que faz controle
22:38de capital
22:39e não gosta muito
22:41de quem vem aqui
22:42investir,
22:43pelo menos
22:43essa imagem que fica.
22:44Eu queria ouvir você
22:45para depois
22:46o comentário
22:46do Felipe Monteiro
22:47e, é claro,
22:48a réplica
22:48do Guilherme Mendes
22:50que está nervoso aqui.
22:51Calma, Guilherme,
22:52você vai ter seu tempo
22:54para falar,
22:55mas agora
22:55é hora da pancadaria,
22:57depois a contra-pancadaria.
22:59Quero te ouvir.
23:00Em primeiro lugar,
23:02o governo,
23:03ele não faz
23:04a lição de casa.
23:05Por quê?
23:06Porque o governo,
23:07ele é grande,
23:09inchado
23:09e ineficiente.
23:11São 39 ministérios,
23:13não há necessidade
23:14desse número
23:14gigantesco
23:15de ministérios,
23:17mas eles existem
23:18para que possam
23:20ser colocados
23:21os aliados políticos,
23:23tanto da esquerda
23:24quanto do centrão,
23:26então o Estado
23:26fica gigante
23:27e ineficiente.
23:28um segundo aspecto
23:29é os próprios
23:31estatais brasileiros
23:33que têm dado
23:35prejuízos
23:35gigantescos,
23:37então houve um momento
23:38histórico
23:39para a passagem
23:41para a iniciativa
23:42privada,
23:44hoje há uma resistência
23:45gigantesca
23:46e, ao mesmo tempo,
23:47essas estatais brasileiras
23:49consomem
23:50muito
23:51daquilo que o Brasil
23:53produz.
23:53produz.
23:54Temos também
23:54o aspecto
23:55da classe média,
23:57sempre a classe média
23:59acaba pagando
24:00o pato,
24:01aumentos
24:02de taxas
24:03e impostos
24:04generalizados,
24:05a classe média
24:06acaba bancando
24:07isso e vamos lembrar
24:09que os países
24:10mais desenvolvidos
24:12têm classes
24:13médias
24:14gigantescas,
24:16eles não têm
24:16muitos ricos
24:17e não têm
24:18muitos pobres,
24:19eles têm
24:19uma classe média
24:21grande e forte
24:23e o Brasil
24:24justamente
24:24acaba retirando
24:26da classe média
24:27aquilo que deveria
24:28ser o objetivo
24:30principal do Estado
24:30brasileiro
24:31e aumentar
24:31a classe média.
24:33E, exemplo,
24:34a taxação
24:35dos super ricos,
24:37evidentemente
24:37que aqui no Brasil
24:38o que seria
24:39super rico?
24:41Inicialmente
24:41quem ganha
24:42até 50 mil reais
24:44por mês
24:45já poderia
24:46ser considerado
24:47super rico.
24:48Tem um exemplo
24:49na história,
24:50um ator famoso
24:51Gerard Departier
24:53francês.
24:54Gerard Departier.
24:55O que aconteceu?
24:56A França acabou
24:57aumentando
24:58esse imposto
24:59sobre os ricos.
25:00O que aconteceu?
25:01Fuga do dinheiro
25:02na França.
25:04O Gerard Departier
25:05foi para a Rússia
25:06porque lá
25:07os valores
25:08são muito mais
25:09convidativos.
25:11Isso em 2013.
25:12Será que isso
25:13não poderia acontecer
25:14também no Brasil?
25:15E o inverso?
25:16E o dinheiro
25:17que entra no Brasil
25:18para investimento?
25:19será que
25:21ele também
25:22o estrangeiro
25:24ao investir no Brasil
25:25será que ele não vai ficar
25:26pensando duas vezes?
25:28É isso aí.
25:28Quem não tem rico
25:29quem não tem empresa rica
25:31quer receber os ricos
25:32porque eles fazem investimentos
25:33aplicam os seus recursos
25:35investem
25:36ou geram riquezas.
25:37Então a gente não tem
25:38que tratar o rico
25:39com essa fobia toda.
25:40não tem
25:51nada.
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