A reportagem detalha a aprovação do plano da Petrobras para simular o resgate de animais em caso de acidente na Foz do Amazonas. A estatal avança na última etapa antes de obter a licença para explorar a nova fronteira petrolífera. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.
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00:00E o Ibama aprovou um plano apresentado pela Petrobras para a realização de vistorias e simulação de resgate de animais na bacia da Foz do Amazonas,
00:10em última etapa, antes da estatal obter licença com o objetivo de explorar a região, considerada uma nova fronteira petrolífera.
00:19A aprovação indica que o plano atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa,
00:26a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada,
00:32que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com o derramamento de óleo, de acordo com nota divulgada pelo Ibama.
00:41A Petrobras destacou que, com a aprovação do plano, parte para a última etapa prevista no processo de licenciamento,
00:49com o objetivo de avaliar a eficácia do plano de emergência para a atividade de perfuração.
00:54A companhia afirmou que realizará, juntamente com o Ibama, uma simulação in loco das ações de resposta à emergência,
01:03chamada avaliação pré-operacional.
01:06Serão avaliados pelo Ibama, durante o plano, aspectos como a eficiência dos equipamentos,
01:12a agilidade na resposta, o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos
01:17e a comunicação com autoridades e partes interessadas.
01:21O exercício envolverá mais de 400 pessoas e contará com recursos logísticos,
01:27como embarcações de grande porte, helicópteros e a própria sonda de perfuração NS-42,
01:34que será posicionada no local a ser perfurado.
01:38O Ibama ressaltou no comunicado que a aprovação conceitual do plano de proteção e atendimento à fauna oleada
01:45representa o cumprimento de uma etapa no processo de licenciamento ambiental,
01:50mas não configura a concessão de licença para o início da realização da perfuração exploratória.
01:57Em maio de 2023, o Ibama negou um pedido da Petrobras para a licença de perfuração offshore
02:03na Foz do Amazonas, alegando preocupações ambientais.
02:08Posteriormente, o órgão também destacou preocupações com os impactos que a perfuração poderia ter
02:15sobre as comunidades indígenas do Amapá.
02:18A bacia da Foz do Amazonas, na margem equatorial, compartilha a geologia com a vizinha Guiana,
02:24onde a ExxonMobil está explorando enormes campos de petróleo.
02:28Em nota nesta segunda-feira, a Petrobras reafirmou que a confirmação da existência de petróleo
02:34na margem equatorial poderá abrir uma importante fronteira energética para o país.
02:42Maniana Almeida, esse é um avanço importante para a Petrobras,
02:47que está tentando explorar ali, porque parece que tem recursos fantásticos ali na Foz do Amazonas.
02:54Inclusive, o presidente Lula, em fevereiro, é o que deu um aval, não?
02:58Acho que deve fazer esse estudo antes, mas que a Petrobras deveria realmente explorar ali.
03:05Mas, segundo o próprio presidente Lula, sem fazer loucuras.
03:08A gente sempre tem essa questão ambiental que, às vezes, trava um pouco investimentos
03:13ou essa questão agora da Petrobras pela exploração de petróleo, não é, Mari?
03:17Ah, sim, porque se existem recursos ali do ponto de vista do petróleo, existem muitos recursos naturais também,
03:22que fazem parte, inclusive, da biodiversidade, da capacidade do Brasil de se posicionar
03:27de maneira bastante estratégica no mundo daqui em diante.
03:30E esse é um pouco o que está ali em crise.
03:32Quer dizer, é possível você conseguir fazer a exploração de petróleo ali
03:36sem prejudicar a fauna, a flora e o ambiente que está estabelecido ali?
03:41E aí a resposta para essa pergunta é basicamente assim,
03:44provavelmente, e aí vamos definir se sim ou não,
03:48e é responder o provavelmente, mas o risco sempre há,
03:50porque você não tem pleno controle.
03:52E aí, esse plano que foi aprovado agora, o que ele tem de importante?
03:57Porque ele está tentando falar, olha, na medida em que,
03:59se acontece algo fora do controle, se tem um vazamento,
04:03quais são os possíveis protocolos e que velocidade eles têm,
04:07que capacidade que eles têm de evitar um dano ambiental significativo?
04:11Então, é dentro da seguinte situação,
04:13se existe um conflito de interesses em relação à possibilidade
04:17da exploração de petróleo e da preservação ambiental
04:20daquele ambiente tal como ele está estabelecido.
04:23Muito bem, a simples exploração não interfere necessariamente no ambiente,
04:27mas o risco que ela traz de quando algo pode sair errado,
04:31e as coisas saem errado, pode ter vazamento,
04:34aí sim ele poderia prejudicar e de maneira significativa.
04:37E aí, este plano de contenção, esse trabalho com a criação de protocolos,
04:41é um caminho para, eventualmente, criar pontes mesmo e possibilidades
04:44de uma maior aceitação para que a resposta seja o provavelmente sim.
04:48Provavelmente, você consegue fazer essa exploração sem impactar diretamente
04:52a relação das condições de vida ali estabelecidas naquele bioma.
04:58Agora, vale também ressaltar que aí tem outra parte do debate,
05:02que aí tem sido cada vez menos falado,
05:04mas provavelmente a COP30 que acontece no Brasil agora em novembro vai voltar a trazer,
05:07que é o sentido mesmo da exploração, quer dizer, qual que é a nossa demanda por petróleo,
05:12que medida que a gente consegue fazer uma transição energética,
05:15e o que a maioria dos especialistas dizem é que no mundo tal como ele está,
05:19se você não tem uma ativação mais rápida e com mais investimentos,
05:24principalmente por parte dos Estados Unidos, de países desenvolvidos em uma transição,
05:28o petróleo e essa energia vai continuar sendo fundamental,
05:30inclusive para a manutenção das condições de vida,
05:33e aí a gente fica nessa sinuca de bico mesmo,
05:35onde ou você se coloca de maneira frágil num jogo onde a energia é estratégica,
05:42ou você espera que o mundo vai conseguir avançar mais rápido
05:45num debate que infelizmente quem teria que poder puxar mais,
05:48estou falando dos países desenvolvidos,
05:50são quem mais caminharam aí na responsabilidade em relação ao aquecimento global,
05:54tem se retirado desse debate.
05:56Então, tem um pedacinho que é o aspecto de precisa ou não precisa de mais petróleo,
06:01cabe continuar esse tipo de investimento?
06:03E aí não é uma decisão só Brasil, é uma decisão internacional.
06:06E aí, em se tem sendo necessário, qual que é a capacidade de fazer esse investimento
06:10com o menor dano possível?
06:11Acho que o Ibama está tentando segurar e fazer esse debate,
06:14e esse plano é um dos passos aí importantes,
06:18que é um sinal de estamos dialogando e fazendo o que é possível nesta conversa,
06:22tentando respeitar o que avançamos até agora,
06:25mas acendendo o sinal amarelo, que a gente não pode perder de vista o concreto também de preservação
06:31que precisa voltar a estar na agenda, não só do Brasil, mas internacional.
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