O turismo brasileiro projetou a maior temporada de verão da história, com receita estimada em R$ 64 bilhões. Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio-SP, explicou os fatores econômicos, o crescimento do lazer e do corporativo e os desafios de infraestrutura.
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00:00O turismo de verão da próxima temporada, dessa que a gente está vivendo, deve ser o maior da história do Brasil.
00:06A previsão é da Fê Comércio de São Paulo, que estima uma receita em torno de 64 bilhões de reais no período.
00:12Então a gente vai falar agora com o presidente do Conselho de Turismo da entidade, que é o Guilherme Dietz.
00:17Boa tarde para você, Guilherme. Feliz Natal. Seja bem-vindo.
00:22Boa tarde, Marcelo. É um prazer falar com você em todos os detalhes.
00:25Bom, o que explica essa expectativa positiva e também o que ela representa quando a gente compara com outros anos?
00:33Quando a gente olha agora para dezembro, janeiro e fevereiro, não está muito longe do que vem acontecendo ao longo do ano do turismo.
00:41Nós estamos tendo recorde de faturamento no setor ao longo do ano e isso é uma consequência de vários fatores.
00:47E aqui eu trago, primeiro, o lado do consumidor, do turismo de lazer, das pessoas com renda mais forte através de emprego, com disponibilidade de crédito.
00:57Até mesmo, né, Marcelo, porque as pessoas compram o pacote turístico em seis, doze vezes.
01:02Então precisa ter crédito, um cartão de crédito, um crédito pessoal para poder fazer a aquisição de um pacote de turismo.
01:09Então essa conjuntura econômica tem ajudado muito esse segmento do lazer.
01:14Indo para o lado corporativo, nós estamos com um país com crescimento de 2%.
01:19Por mais que seja moderado, a gente está falando de crescimento de 2% e que deve continuar também ano que vem.
01:25São empresas que saíram da pandemia querendo fazer seus eventos, suas convenções, suas feiras.
01:31E com isso você tem um movimento no segmento corporativo muito forte, sobretudo na cidade de São Paulo,
01:38que concentra os grandes centros de convenções, as conexões aéreas e tudo mais.
01:43Mas no Brasil todo, o corporativo também tem tido um resultado bastante favorável.
01:48Então a gente vê uma combinação de um lazer muito forte e de um corporativo também bastante significativo no país em 2026.
01:56E que deve continuar aí nessa alta temporada, sobretudo o lazer, né?
02:00O corporativo já deu uma reduzida em dezembro, mas o lazer está muito forte nessa época do ano, por uma conjuntura econômica favorável.
02:07Agora, o aumento de movimento nessa época, ele tem sido acompanhado com mais infraestrutura, com investimentos em infraestrutura?
02:15Ainda muito pouco, Marcelo. A demanda tem crescido muito forte.
02:19A gente está falando aí de um crescimento de 7,5% nessa alta temporada em reação do ano passado.
02:25Mas a oferta ainda demora bastante tempo.
02:28Obviamente, falta políticas públicas ligadas ao turismo.
02:32A gente está vendo aí a troca, inclusive, do ministro do Turismo.
02:35Nos últimos 3, 4 anos foram várias trocas.
02:37Isso mostra que não há uma continuidade do trabalho do Ministério do Turismo em relação às políticas públicas.
02:44Sai o ministro, depois entra uma outra ideia.
02:47Então isso tudo traz uma dificuldade para que o empresariado entenda qual é o foco do país em relação ao turismo.
02:55Então isso traz essa dificuldade.
02:57Pelo lado privado, a gente está vendo alguns ajustes de privatização em alguns aeroportes regionais,
03:03que é importante para a malha aérea brasileira, e também no setor hoteleiro, de aumento da oferta.
03:08Mas não é da noite para o dia que a gente consegue aumentar o número de leitos de uma forma significativa, Marcelo.
03:14E isso demora aí 2, 3 anos para a gente conseguir cada vez mais leitos para atender uma demanda crescente.
03:20Porque, caso contrário, a gente vai cair na lei da oferta da demanda.
03:25Ou seja, demanda muito forte e com uma oferta mais limitada, isso tem impactado no preço.
03:30E quem está nos assistindo aqui sabe como está o preço dos serviços de turismo.
03:35Quem está vendo aí as viagens de final de ano, quem está pensando em, de última hora, fazer um voo para Fortaleza,
03:41vai pagar muito caro.
03:42Um hotel, um misórdia, vai pagar muito caro.
03:44Então, é importante que haja o planejamento das famílias, mas, de qualquer forma, essa falta de infraestrutura,
03:50essa demora que a gente tem de políticas públicas mais ligadas ao turismo,
03:54isso traz um malefício, vamos dizer assim, para toda a cadeia e atrasa bastante esse aumento da oferta.
04:01Agora, apesar desse investimento aquém do necessário que você apontou,
04:05você sente que os grupos internacionais têm um apetite crescente para investir no turismo no Brasil,
04:10apesar de não estar investindo ainda num nível alto?
04:12Sim, Marcelo, o que a gente está vendo, e na conexão que nós temos no Conselho com vários empresários,
04:19tanto daqui do Brasil quanto de fora, mostra um apetite muito grande, porque os resultados têm aparecido.
04:25Como eu falei, a demanda está muito forte em alguns segmentos, o resultado no Brasil supera a cadeia hoteleira,
04:34por exemplo, em várias regiões do mundo, como na Europa, nos Estados Unidos.
04:36Então, os olhares desses empresários acabam focando também no aumento da infraestrutura no Brasil.
04:43Mas pensa o seguinte, Marcelo, mesmo com essa demanda muito forte,
04:46eu tenho que investir uma taxa de juros a 15% ao ano, que é a nossa Selic,
04:50isso você impede que haja um investimento mais forte no país,
04:54você tem uma dificuldade de contratação de mão de obra muito grande,
04:57você tem uma instabilidade política e econômica que dificulta essa mudança de regra o tempo todo.
05:03O caso agora do Santos Dumont limita o Santos Dumont no primeiro momento,
05:07no segundo momento já pensa em aumentar novamente, isso pode prejudicar o Galeão,
05:12a movimentação do Galeão.
05:14Então, toda essa instabilidade, taxa de juros elevado, custo do capital,
05:17tem trazido essa limitação do crescimento.
05:20Eu não quero dizer aqui, Marcelo, que é um cenário negativo,
05:23mas poderíamos estar em um patamar muito melhor.
05:26E falando aqui, só para terminar rapidamente essa fala,
05:29a gente está vendo na Europa o over-tourism, o excesso de turistas em Peneza,
05:34em Barcelona, em outras regiões do mundo.
05:36Então, o Brasil é o lugar bem feito, porque você tem todos os tipos,
05:39todos os perfis de turismo no país, temos praia, natureza, bem-estar,
05:44temos católico, temos religioso, enfim, tem inúmeras possibilidades
05:50que podemos trazer esses turistas.
05:53Estamos batendo o recorde, 9 milhões de turistas estrangeiros no Brasil,
05:56precisamos aumentar cada vez mais, e isso, evidentemente, tem que vir
06:01através dos investimentos, mas, infelizmente, o nosso conjunto,
06:05o nosso cenário econômico, ele é bastante difícil.
06:07Não quer dizer que isso é negativo, novamente, mas é bastante difícil.
06:11Agora, que destinos brasileiros têm despertado mais interesse aí,
06:14que você sente que estão crescendo com mais intensidade?
06:18Olha, Marcelo, quando a gente olha as pesquisas das agências de viagem,
06:22da BAV, da Brastoa, das operadoras de turismo,
06:24não foge muito dos últimos anos.
06:27Eu acho que o perfil é bastante comum, vamos dizer assim,
06:30não muda esse hábito de consumo do brasileiro,
06:33que busca sempre sol e praia.
06:35Então, a gente vai pegar as traias do Nordeste, nessa época do ano,
06:38de janeiro, fevereiro e março, até o carnaval,
06:40como Salvador, Porto de Galinhas, nós temos a Fortaleza.
06:44Esses são os grandes destinos.
06:46Alagoas tem se despontado bastante nos últimos anos,
06:49com uma excelente promoção comercial que tem feito do seu destino.
06:53tem sido um grande potencial ali de destino no país,
06:58com conexões internacionais,
06:59mas, de fato, o Nordeste brasileiro é a bola da vez do nosso turismo brasileiro.
07:04Tá certo.
07:05Eu falei aqui com o Guilherme Dietze,
07:06que é presidente do Conselho de Turismo da FEComércio de São Paulo.
07:10Obrigado pela sua participação e boa tarde.
07:13Obrigado, boas séries a todos.
07:14A partir de fevereiro, os turistas vão ter que pagar 2 euros
07:18para ter acesso à Fontana de Treve, em Roma.
07:21De janeiro até o início de dezembro,
07:23cerca de 9 milhões de pessoas visitaram o ponto turístico.
07:27O acesso a um dos maiores cartões postais da Itália
07:31vai deixar de ser de graça.
07:33A Prefeitura de Roma anunciou nesta sexta-feira
07:36que, a partir de fevereiro, os turistas terão que pagar 2 euros,
07:40quase 13 reais, para visitar a Fontana de Treve.
07:44Entre 1º de janeiro e 8 de dezembro,
07:47cerca de 9 milhões de turistas estiveram na área bem em frente à fonte,
07:52uma média de 30 mil pessoas por dia.
07:57Estimamos de forma prudente e descontando os custos de gestão
08:00uma receita de cerca de 6,5 milhões de euros por ano
08:04com este bilhete de entrada.
08:06Pode ser mais, mesmo que haja uma redução no fluxo atual de visitantes,
08:10o que não considera um resultado negativo.
08:14A Fontana de Treve, localizada em uma praça pública,
08:19continuará podendo ser vista de longe de forma gratuita.
08:22O que muda é o acesso mais próximo,
08:25que será apenas para quem possuir o bilhete de entrada.
08:28Os residentes da capital italiana
08:30continuarão usufruindo da gratuidade.
08:32A obra-prima barroca, construída na fachada de um palácio,
08:36é um dos lugares mais populares de Roma,
08:38imortalizada por La Dolce Vita, filme de Federico Fellini.
08:43Na Fontana de Treve, fazer um pedido e jogar uma moeda na água
08:47é uma tradição tão enraizada
08:49que as autoridades recolhem milhares de euros todas as semanas,
08:53que depois são entregues à organização Caritas.
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