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As ações da Alpargatas caíram após campanha de fim de ano com Fernanda Torres e críticas políticas, mas se recuperaram no dia seguinte. Felipe Machado analisou os impactos financeiros, o comportamento do mercado e os desafios das marcas diante de polêmicas ideológicas e engajamento online.

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Transcrição
00:00E as ações da dona da Havaianas se recuperaram de queda depois de campanha polêmica.
00:06Os papéis da empresa Alpagatas chegaram a registrar forte queda ontem
00:11após a repercussão de uma campanha publicitária estrelada pela atriz Fernanda Torres.
00:17A peça especial de fim de ano da marca foi criticada por grupos políticos
00:22por supostos viés ideológico.
00:26As ações preferenciais chegaram a recuar 3,07%.
00:31Já as ações ordinárias caíam 2,59%.
00:35Um reflexo de cautela diante do aumento do ruído em torno da marca.
00:41Hoje a marca apresentou recuperação.
00:44As ações preferenciais avançavam 3,41%, enquanto as ordinárias subiam 5,16%.
00:52E eu já chamo aqui de volta o Felipe Machado para essa conversa,
00:56porque ontem a gente falava aqui sobre os impactos dessa questão da polêmica toda
01:02em torno da empresa, dos consumidores.
01:06Mas para além da perspectiva da polêmica, vamos também ver o impacto dos investimentos,
01:11o impacto financeiro.
01:12E apesar dessa recuperação, não é algo que pode ser ignorado, né, Felipe?
01:16A questão está aí, está em todo lugar.
01:18A gente abre nas redes sociais, todo mundo fala disso, né?
01:21Esse assunto acabou virando o assunto do dia, ontem, fim de ano,
01:25acaba não tendo muito assunto e isso aí acabou virando, ganhando um grande destaque.
01:29Mas eu acho que assim, eu acho que ele tem um...
01:31Daqui a pouco a gente para de falar disso e vai falar de outra coisa,
01:34porque as ações da Alpargada, ninguém vai imaginar que o brasileiro vai deixar de comprar vaianas, né?
01:38De uma maneira geral, apesar dessa polêmica recente,
01:41é claro que você tem ali um movimento pontual, a gente vê as ações caíram, por exemplo, ontem.
01:45Hoje já recuperaram, quer dizer, o próprio investidor vê aquilo como uma possibilidade
01:49até de fazer um pouco de capital ali de uma maneira mais rápida, né?
01:53Mas eu queria falar sobre essa questão.
01:54Isso mostra como o mercado brasileiro e como, na verdade, o mundo inteiro, né, Renan?
02:00De uma olhada, se a gente olhar, o mundo está suscetível muito a essa questão das polarizações, né?
02:06Ao discurso, a narrativa online.
02:08Então, a gente viu isso, eu até escrevi um artigo, está aqui no site do Times Brasil, CNBC,
02:15que eu falo um pouco sobre isso.
02:16Por exemplo, a gente lembra que nos Estados Unidos, recentemente, a Bud Light,
02:20aquela cerveja Bud Light, ela usou na sua campanha um personagem, uma celebridade trans, né?
02:26E a Bud Light, daí, teve uma crítica muito grande dos conservadores americanos,
02:30os conservadores pararam de usar, falaram que queriam fazer um boicote,
02:34a marca perdeu um valor de mercado grande, depois ela acabou usando um outro garoto de propaganda,
02:39enfim, outra pessoa, outra celebridade para divulgar a cerveja.
02:43Depois, isso é a questão da woke, né, da questão dessa linguagem woke,
02:47que foi muito criticada pelos conservadores nos Estados Unidos.
02:51A Target, por exemplo, ela também colocou no mês do Orgulho Gay,
02:55ela colocou itens em promoção nas suas vitrines para o mês do Orgulho Gay,
02:59falando sobre isso e tal, também recebeu críticas dos conservadores.
03:02Quando o presidente Donald Trump assumiu, a Target acabou acabando com seus programas de diversidade,
03:09que ela estava investindo ali e tal, e daí o que aconteceu?
03:11Teve um boicote reverso, o boicote justamente do público mais LGBT aqui a mais e tal,
03:18acabou boicotando a Target porque ela estava fazendo uma reversão da sua política de diversidade.
03:22Então, a gente lembra também o caso da Nike, a Nike usou o Kellen Kaepernick,
03:28que era um jogador de futebol americano.
03:29Você vai lembrar, Renan, não lembro se foi no ano passado ou no ano retrasado,
03:34quando a gente teve aquele caso de racismo do George Floyd nos Estados Unidos,
03:38acho que retrasado, né, ou até um pouco mais de tempo.
03:40Foi em 2020.
03:41É, foi mais tempo atrás.
03:42Ela usou, o jogador americano, ele ajoelhava,
03:46antes, durante o hino americano, ele ajoelhava em protesto ao combate,
03:50em relação ao combate ao racismo,
03:52e a Nike usou ele de garoto propaganda.
03:54O que aconteceu?
03:55Sofreu muitas críticas também de conservadores,
03:57até do público mais racista, enfim,
04:00mas os jovens acabaram comprando aquela ideia
04:03e as vendas aumentaram da Nike, a Nike teve um resultado positivo,
04:08apesar de se envolver numa polêmica.
04:09Então, o que eu quero dizer com isso?
04:11Eu quero dizer que é muito delicado para qualquer marca hoje em dia
04:14você poder fazer.
04:15A gente não sabe exatamente se a Havaianas teve a intenção
04:18de fazer um comentário político
04:20ou se apenas a extrema-direita acabou usando isso
04:23como uma forma também de impulsionar a sua narrativa online,
04:27que também isso é um pouco da estratégia, né?
04:29Você cria uma polêmica onde não tem
04:31e você mobiliza os seus seguidores em torno de uma polêmica
04:34para ter esse movimento e também se popularizar
04:39e também ganhar engajamento.
04:41Então, não sei exatamente qual foi a intenção,
04:43mas a única coisa que fica de lição é o seguinte,
04:45ano que vem, eleição.
04:47Direita e esquerda são duas palavras
04:49que a gente tem que ficar muito, muito de olho, né?
04:52Muito convidado, principalmente as marcas,
04:55na hora de falar sobre esses assuntos,
04:56porque isso vai estar muito presente na eleição do ano que vem.
04:59E os dois casos, né, que você citou,
05:01são lugares com eleição aqui no Brasil e nos Estados Unidos,
05:03que tem eleição de meio de mandato, né?
05:05Então, essa questão do woke, né,
05:07como o presidente Donald Trump veio com essa onda
05:09contrária à diversidade, né,
05:11tem custado às marcas também.
05:13Um pouco de reputação nos Estados Unidos,
05:14porque os clientes, né, aqueles que são fiéis à marca,
05:17ficam um pouco decepcionados, né,
05:20quando a empresa muda de posição,
05:22porque quer ceder aos interesses do presidente dos Estados Unidos.
05:25Então, é uma linha bastante tênue, né?
05:28Ao mesmo tempo, a empresa que vai contra o presidente dos Estados Unidos,
05:32ela sofre algum tipo de sanção do presidente, né?
05:35Então, é um balanço complicado, né, nessa questão de marcas.
05:38Não, com certeza.
05:39Então, o exemplo da Target, lembrando mais uma vez,
05:41então, a Target estava com políticas de diversidade,
05:43muito fortes, contratando minorias e tudo mais,
05:46e daí, de repente, os conservadores eram contra.
05:49Quando a Target, presidente Donald Trump,
05:51entrou e a Target reverteu essas políticas
05:53para agradar o presidente Trump,
05:55aí quem não gostou foram justamente os mais progressistas.
05:58Então, você vê que, assim,
05:59as marcas têm que ter esse cuidado
06:00para não tentar atuar de um lado ou de outro
06:04e focar na sua comunicação, focar no seu produto,
06:07porque, embora isso possa ter um resultado até positivo, às vezes,
06:11né, o engajamento, a polêmica e tudo mais,
06:13geralmente, o que acontece é que você divide,
06:15você acaba prejudicando a sua marca,
06:18associando a algum lado ou ao outro político, né?
06:21Tá certo, Felipe.
06:21Daqui a pouco a gente conversa mais.
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