Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O Itamaraty avaliou a revogação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) como um sinal de "normalização" nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA.

Confira o Tempo Real na íntegra em: https://www.youtube.com/live/ztEG-LmMl5Q

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no X:
https://x.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#TempoReal

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Mas antes, o Eliseu Caetano está me chamando com outras informações e repercussões direto dos Estados Unidos.
00:06Eliseu, com você.
00:08Exatamente, Márcia. A nossa equipe de reportagem aqui nos Estados Unidos segue acompanhando a repercussão no mundo
00:14da retirada do nome do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes,
00:18da esposa dele, Viviane Barsi de Moraes, e da empresa dos dois, Alex, Instituto de Estudos da Lei Global Magnitsky.
00:27Esse tema já é capa dos principais noticiários aqui nos Estados Unidos, como, por exemplo, a Agência Internacional de Notícias Reuters,
00:36que está confirmando que as sanções foram oficialmente removidas pela OFAC, o Departamento do Tesouro daqui dos Estados Unidos.
00:45Muitos analistas internacionais, Márcia, estão vendo essa aplicação original das sanções, que aconteceu em julho desse ano,
00:54como algo excepcional e também controverso.
00:57Isso porque esse Global Act, a Magnitsky, ela é normalmente usada contra violações claras de direitos humanos
01:04ou de corrupção transnacional e não contra juízes de outras democracias.
01:10E, por isso, organizações de direito internacional, desde então, têm criticado bastante essa medida
01:16como uma possível, inclusive, interferência na independência judicial.
01:21A New York Bar Association, que é uma espécie de OAB aqui nos Estados Unidos, lá do estado de Nova York,
01:27que, inclusive, chegou a publicar um comunicado na época condenando as sanções e as restrições de visto
01:33como uma interferência política, que, ainda segundo a nota deles da época,
01:39ameaça a independência dos tribunais e a soberania dos países.
01:44Esse comunicado foi emitido em julho desse ano, na época da sanção, pelo equivalente à OAB daqui dos Estados Unidos.
01:51E, obviamente, isso aí criou um pano de fundo que muitos veículos internacionais estão, nesse momento,
01:55utilizando para mostrar o outro lado da moeda, no caso, o lado do ministro Alexandre de Moraes.
02:03A questão da diplomacia global, a comparação com outras sanções, também é algo que a mídia, nesse momento,
02:10vem debatendo aqui nos Estados Unidos, porque já há uma análise internacional,
02:14uma discussão no entorno da lei Magnitsky, que tem sido, segundo a mídia internacional,
02:20usada aí em casos envolvendo abusos de direitos humanos em países como China
02:26e outros regimes autoritários, por exemplo.
02:29E, daí, aplicar essa lei a um juiz de um país democrático como o Brasil,
02:34muitos viram o episódio, como vou dizer, inusitado.
02:38E, agora que essa sanção foi revertida, parte da leitura internacional
02:42é que os Estados Unidos podem estar, nesse momento, tentando ajustar a sua política externa
02:48para evitar aí procedentes, precedentes, perdão, diplomáticos considerados problemáticos.
02:56Algo que, obviamente, está sendo observado em colunas de opiniões, em colunas de análise,
03:01também por aqui.
03:03Essa retirada, portanto, também é vista pelos analistas como um gesto diplomático.
03:09Mas, atenção, um gesto diplomático e estratégico dos Estados Unidos.
03:13Possivelmente, para, quais seriam os motivos?
03:17Reduzir a tensão com o Brasil.
03:19Evitar maiores críticas sobre interferência do governo Trump
03:22em sistemas judiciais considerados independentes.
03:27Também para estabilizar as relações bilaterais,
03:30que estavam completamente deterioradas desde o início deste ano.
03:33Então, essa leitura, por exemplo, está em agências como Bloomberg, como Reuters,
03:39que trazem notícias sobre isso.
03:41Agora, Márcia, é importante a gente relembrar que essa retirada das sanções
03:47contra o ministro, a esposa dele e a empresa de ambos,
03:51ela veio a reboque de uma negociação.
03:54E, até esse momento, ninguém está falando o que foi que o Brasil ofereceu em troca,
03:59o que foi colocado nessa mesa junto aos Estados Unidos.
04:03Donald Trump fez hoje a parte dele como os nossos analistas estão vendo
04:07e como boa parte dos analistas internacionais também.
04:09Mas e a parte do Brasil? O que será que foi colocado na mesa?
04:14Ninguém ainda teceu um comentário a respeito.
04:17Não há um pio a respeito dessa situação.
04:20Nem aqui nos Estados Unidos, tampouco aí no Brasil.
04:24Então, a gente vai continuar discutindo muito provavelmente,
04:27Márcia, essa questão da independência judicial e também das pressões externas,
04:31principalmente quando chegar a notícia.
04:34O que foi que o Brasil ofereceu, colocou na mesa para conseguir a retirada do nome do ministro Alexandre de Moraes
04:40da lista de sancionados pela Lei Magnitsky?
04:44É, talvez ainda não tenha feito nada, né?
04:46Talvez essa cobrança venha a partir de agora.
04:49Vamos ver os próximos passos do governo federal nessa contrapartida,
04:53que talvez comece a partir de agora, já que esses foram os pedidos do governo Lula.
04:58O que será que Trump pediu nessa ligação também é que Lula ainda não disse, né?
05:02Vamos aguardar algum posicionamento, então, do Palácio do Planalto.
05:06Eliseu Caetano, obrigada pelas suas informações.
05:09E sóstene Escavalcante, que a gente mostrou agora há pouco uma primeira mensagem,
05:14ele completou a mensagem também agora há pouco nas redes sociais com esse trecho.
05:19Obrigado, Donald Trump.
05:21A guerra para tirar a suprema esquerda do poder no Brasil será nossa, dos brasileiros.
05:28Mas obrigado por toda a ajuda.
05:32Vamos, então, novamente aqui com os nossos analistas, a Mônica Rosenberg e o Acácio Miranda.
05:38Acácio, você acredita que Trump ajudou nessa guerra contra a esquerda,
05:42ou só acirrou ainda mais os ânimos e essa polarização, hein?
05:46Eu tenho até dificuldade em ver uma guerra contra um, contra outro.
05:55Eu acho que divergências são naturais do processo político.
06:00Mas a partir do momento que a direita trata como uma guerra contra a esquerda
06:04e a esquerda trata como uma guerra contra a direita,
06:08o país e os interesses reais e os problemas reais que deveriam ser solucionados
06:15são jogados num papel secundário.
06:18É óbvio que Donald Trump, lá atrás, ajudou a tumultuar ainda mais as instituições e o povo brasileiro.
06:27Mas ele acabou, neste momento, retirando essas medidas
06:31e ele deu uma pitadinha, deu elementos, deu argumentos
06:36para que esse tumulto permaneça por mais um tempo.
06:40Fato é que, no dia a dia das pessoas, a decretação ou não decretação da Lei Magniste
06:47contra a Autoridade A, B ou C não muda nada.
06:51Não vai resolver o problema da Enel.
06:54No dia a dia, não ter relações com os Estados Unidos,
06:58aí sim, isso muda o dia a dia das pessoas.
07:01Porque importações deixam de acontecer, exportações deixam de acontecer
07:06e a nossa balança econômica, a nossa já combalida economia,
07:12fica ainda mais prejudicada.
07:16Então, menos Magniste e mais economia.
07:19Quem diria que Donald Trump, no final do ano, não vou nem falar no final do dia,
07:25faria o papel de adulto na sala.
07:27Agora, Mônica Rosenberg, vamos lembrar que houve aí um crescimento
07:34da popularidade do presidente Lula no meio de toda essa confusão,
07:39que ele acabou aproveitando da narrativa para criar um inimigo comum ali
07:43para lutar pela soberania.
07:46Agora, perto da eleição, você acredita que mais essa conquista pode interferir
07:52aí nessa popularidade que já estava dando uma caída?
07:54E tem uma segunda pergunta também para você.
07:57Ainda temos muitos produtos com tarifaço dos Estados Unidos.
08:02A tendência é que isso seja retirado também?
08:05Então, Marcia, eu vejo isso mais como uma derrota da extrema-direita,
08:09uma derrota desses que acham que a guerra deles é contra a esquerda
08:13e não contra a falta de luz, a falta de saneamento, a falta de educação e saúde,
08:18do que como uma, realmente, vitória do Lula.
08:20É difícil ele dizer que foi ele, apesar de ele dizer que foi ele que pediu
08:23e que ele negociou, não enxergo isso como uma grande vitória.
08:26Vamos ver nas próximas pesquisas.
08:28Mas é certo que toda essa situação, Lula estava caindo nas pesquisas
08:32e a hora que começou tudo isso, houve uma subida e ele vai continuar surfando essa onda.
08:36Vamos ver quanto que isso vai realmente seguir impulsionando.
08:40Mas é certo que o efeito, o impacto econômico, esse sim é positivo e esse vai render frutos.
08:46É, e esse impacto econômico talvez a gente não vá sentir agora, né?
08:51Agora, agora, né?
08:52Ele é a longo prazo, no ano que vem.
08:55A gente até trouxe com a Denise Campos de Toledo que a inflação está estável,
08:59mas os juros ainda estão muito altos.
09:02Então, é uma situação que o Banco Central também não tem o que fazer, está de mãos atadas.
09:07A gente tem trazido esses reflexos na economia.
09:09Vamos ver como a Bolsa vai se comportar também, né, Acácio?
09:13Porque relembro que há pouco, uma semana, foi uma semana, foi na sexta-feira passada,
09:18anúncio de Flávio Bolsonaro.
09:19O que aconteceu com a Bolsa?
09:21Despencou.
09:22Aí, depois, ele disse no final de semana que podia sair,
09:26que essa candidatura poderia não ser completa ali,
09:30ele poderia renunciar caso fosse pago um preço.
09:33Foram palavras dele, né?
09:35Esse preço seria a anistia, a justiça.
09:37Aí, PL da dosimetria.
09:39Olha, é tanta coisa nessa semana que eu estou tentando relembrar aqui na minha cabeça,
09:43Acácio Miranda, que parece que a política do nosso país é todo dia um 7 a 1, né?
09:50De tédio nós não morremos no Brasil, a verdade é essa.
09:54Mas o mercado, a economia, ele gosta de estabilidade, a verdade é essa.
10:00E a nossa economia não tem sido estável.
10:03Você bem disse, há a questão dos juros, há a questão do tarifácio,
10:09mas há um ponto que não depende do Banco Central, mas depende muito do governo federal,
10:16que é o superávit fiscal.
10:19O governo brasileiro gasta mais do que arrecada, e o tem feito nos últimos anos.
10:25E o mercado tem cobrado a manutenção desse superávit fiscal,
10:31que é o primeiro elemento de uma tríade relacionada a essa estabilidade econômica.
10:38Porém, a única lição que o governo brasileiro poderia fazer,
10:43o governo brasileiro não está fazendo.
10:47Você disse, acho que vale reiterar, a questão dos juros não dependem do Banco Central.
10:54O Banco Central é um pouco passageiro, ele vai ali toreando na medida do possível.
10:59Porém, repito, o superávit fiscal depende do governo federal,
11:05e o governo federal não faz força nesse sentido.
11:09Então, toda a instabilidade política tem uma cerejinha do bolo,
11:14que torna tudo isso mais complexo.
11:17E aí, o mercado vai se mostrando dessa forma,
11:22e há um problema no mercado brasileiro.
11:25Essa falta de estabilidade faz com que o mercado brasileiro
11:29funcione quase que uma aposta,
11:32funcione quase como uma aposta, efetivamente.
11:36E essa aposta que afasta investidores sérios,
11:41que afasta aqueles investidores que investem a longo prazo,
11:46faz com que a gente viva essa gangorra econômica.
11:50Gangorra política impulsiona a gangorra econômica.
11:55E eu quero lembrar, Mônica Rosenberg,
11:57que o mercado tem um nome preferido para as eleições do ano que vem.
12:03Esse nome é Tarcísio de Freitas.
12:06Por isso houve a queda com o anúncio de Flávio Bolsonaro.
12:09O mercado não quer a manutenção do governo Lula, né?
12:12A gente precisa deixar claro isso.
12:13Tudo indica, pelos analistas de mercado,
12:17que há uma preferência pelo nome de Tarcísio
12:18por um nome ser mais moderado.
12:20E aí, como é que a gente pode analisar essa situação?
12:24Será que essa pressão pode chegar ali para fevereiro, março, abril, Mônica?
12:30Márcia, só antes de comentar, e concordo com você,
12:32sim, o mercado quer o nome de Tarcísio,
12:35e por isso que ninguém de nós está embarcando muito nessa candidatura do Flávio.
12:39Mas eu só quero fazer um comentário aqui sobre a questão dos juros.
12:42Porque você disse que o Banco Central está de mãos atadas,
12:45e o Acácio também disse que o banco não pode fazer nada.
12:47Gente, o Banco Central manda nos juros.
12:50O Copom define a taxa de juros.
12:52Ontem o Fed anunciou a terceira redução de taxa de juros nos Estados Unidos.
12:57E aqui no Brasil, nós continuamos com a taxa de juros mais alta do mundo.
13:01Nós somos o segundo mais alto do mundo.
13:03É absurdo.
13:05A nossa inflação vem caindo.
13:07Os juros, realmente, você sobe quando você precisa controlar a inflação.
13:11Roberto Campos Neto fez isso no momento adequado.
13:14Subiu, talvez, demais.
13:15Foi conservador demais.
13:16Mas já passou da hora de começar a baixar essa taxa.
13:20Ela está sufocando as empresas, está quebrando a economia brasileira.
13:23E é falta de coragem da equipe do Galípolo, que é de esquerda, não faz o menor sentido.
13:28Eles têm que baixar essa taxa.
13:30A inflação está caindo.
13:32O que não quer dizer que os preços estão caindo,
13:34porque inflação baixa continua sendo inflação,
13:36mas ela vem caindo.
13:38E se eles não começarem imediatamente a fazer o que os americanos já estão fazendo,
13:43que é começar a baixar essa taxa,
13:45o Tesouro é quem paga porque a dívida continua subindo,
13:48porque ela está ligada aos juros.
13:50Então, por favor, Banco Central, está na sua mão.
13:53Comecem a baixar os juros.
13:55É o meu pedido para o ano que vem.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado