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A Polícia Civil de São Paulo prendeu temporariamente Alex Leandro Bispo dos Santos, de 40 anos, acusado de matar sua companheira, Maria Katiane Gomes da Silva, de 25 anos. Imagens de câmeras do condomínio registraram agressões no estacionamento e dentro do elevador antes de a vítima ser levada ao 10º andar. Segundo a investigação, ela foi arremessada e morreu na queda.

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Transcrição
00:00Agora eu queria chamar a sua atenção, se puder, chame os amigos, os familiares, um caso terrível.
00:05A gente vai trazer as análises com os nossos comentaristas.
00:08Um homem de 40 anos foi preso nesta terça-feira, acusado de ter jogado a sua mulher do décimo andar de um prédio na zona sul de São Paulo,
00:18depois de espancá-la brutalmente no estacionamento e dentro do elevador desse edifício.
00:23Imagens de câmeras de segurança mostraram Alex Leandro, Bispo dos Santos e Maria Catiane da Silva discutindo.
00:32E após dessa discussão, ele tenta agarrar o pescoço da vítima e a retira do local de forma brusca.
00:41Quem nos acompanha por imagens pode observar justamente o registro feito no elevador.
00:46Cerca de um minuto após sair com a vítima, o homem retorna sozinho ao elevador, coloca as mãos na cabeça e se senta em um gesto de desespero.
00:59É justamente agora esse momento.
01:01Ele fica agachado com as mãos na cabeça, parecendo que está arrependido ou desesperado após ter feito a situação.
01:09Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o crime aconteceu no final de novembro e é investigado como feminicídio.
01:17Delegado Palumbo, mais um caso chocante.
01:21Mais um caso chocante, mais uma mulher que entra na estatística de quatro mulheres que perdem a vida a cada 24 horas.
01:29Mas agora passará por audiência de custódia e esperamos aí que não seja aquele show de horror
01:36aonde o indivíduo que arrastou aquela mulher por centenas de metros, chegou a mais de quilômetros,
01:43seja visto como vítima, seja encaminhado para a cogedoria para punir os policiais,
01:49que foi exatamente isso que aconteceu.
01:51O indivíduo que tem coragem de fazer isso que este homem fez.
01:54agride uma mulher, bate uma mulher, joga ela, mata uma mulher.
02:01Eu acho que a gente não tem que ter complacência com esse tipo de pessoas.
02:04E é isso que eu venho falando insistentemente em Brasília, em todos os lugares que eu vou.
02:08Não adianta um pedaço de papel, uma medida protetiva.
02:13Não adianta a mulher de uma delegacia sair com um BO, com um papel,
02:16porque esses indivíduos aí vão por tudo ou nada.
02:20Eles vão para matar.
02:21Enquanto a sociedade não entender, e principalmente deputados e senadores de esquerda
02:27que não querem acabar, por exemplo, com a progressão de regime,
02:29entenderem que esse tipo de monstro só vai ter solução quando eles ficarem guardados numa jaula,
02:36porque isso é um monstro, é um animal, pior do que um animal,
02:39a gente não vai salvar as mulheres e esses índices vão aumentar cada vez mais.
02:43Não adianta a artista ficar subindo em trio elétrico, ficar gritando sobre o feminicídio.
02:48Não adianta deputado falar uma coisa e depois votar outra.
02:51A gente tem que ter tolerância zero contra esses indivíduos que matam as mulheres,
02:55que agridem as mulheres, que não tem complacência nenhuma com uma mulher.
02:58É só a gente se colocar no lugar de uma mãe, de uma esposa, de uma filha ou de uma namorada.
03:05A gente não pode tolerar mais isso.
03:07A sociedade tem que se posicionar.
03:09E o que vai resolver isso?
03:11Tolerância zero.
03:12Cadeia.
03:13Cadeia e não pode sair na audiência de custódia e não pode ser visto como vítima,
03:18como aquele feminicida que arrasou a mulher, foi vista como vítima,
03:21tanto pelo Ministério Público quanto pelo juiz,
03:23que não tiveram a coragem de falar.
03:25Se você quer denunciar os policiais por lesão corporal,
03:28mesmo você tendo indo para cima deles para arrancar a arma,
03:30conforme consta no boletim de ocorrência,
03:32saiba que tem um crime chamado denunciação caluniosa previsto no Código Penal,
03:35cuja pena pode chegar a oito anos.
03:37Mas nem o juiz e nem o promotor fizeram esse alerta.
03:40E agora os policiais estão respondendo na congedoria.
03:43Eles me procuraram, pediram para que eu fizesse essa defesa para eles.
03:47Estou fazendo em todos os lugares que eu vou,
03:49porque não é justo para quem cumpre a lei,
03:51para quem vai para cima do crime,
03:52para quem sofre muitas vezes represália de bandidos que tentam arrancar a sua arma
03:56e não pode se defender.
03:56Quando atira, vai para a audiência de custódia
03:58e o bandido só falta sair de lá como a vítima do ano.
04:01O homem foi preso, acusado de jogar uma mulher do décimo andar de um edifício
04:07investigado por feminicídio e nós apresentamos trechos das gravações.
04:13Câmeras de segurança mostraram esse rapaz chamado Alex agredindo a mulher,
04:20depois arrastando a companheira até a janela ali onde a investigação aponta
04:28que ele teria jogado a mulher.
04:30Diego Tavares, é cada vez mais comum esse tipo de notícia
04:34nos programas populares, nos programas policiais
04:39e a gente observa uma intensificação do trabalho de algumas instituições
04:45de tentar trazer essa discussão para o dia a dia.
04:52Alertar as famílias, conscientizar os homens.
04:56Só que, peraí, tudo bem, é possível discutir e tratar dessa questão
05:02de uma maneira diferente, mas eu acho que tudo passa pela legislação.
05:07A gente fala em endurecimento da pena, muitos falam que a impunidade
05:11acaba fomentando esse tipo de atitude.
05:15Queria que você fizesse análise desse caso terrível,
05:18mas também apontasse caminhos.
05:19Caniato, um teórico clássico do direito penal,
05:23Cesare Beccaria, diz que o que inibe o crime não é o rigor da pena,
05:28é a certeza da punição.
05:29Essa frase já tem centenas de anos e hoje, mais do que nunca,
05:33se mostra uma realidade.
05:35Existe no Brasil, infelizmente, um ambiente de permissibilidade
05:40para a prática do crime.
05:42Isso começa quando o crime organizado passa a fazer parte da paisagem
05:46e com isso puxa também a relação de permissibilidade com a criminalidade urbana,
05:52onde está inserida também a violência contra a mulher.
05:56O Palombo trouxe uma estatística aqui que ela já é assustadora por si só
05:59e ainda ela é subnotificada.
06:02Não existe uma notificação maior a respeito dos crimes contra mulheres,
06:06mas quatro mulheres perdendo a vida por dia
06:09já é algo que nós não podemos normalizar.
06:12Essa pessoa que você, educadamente, como é do seu feitio,
06:15chama de rapaz e eu não vou aqui nominá-lo de outras coisas,
06:18muito embora não me falte vontade,
06:20ele foi ao velório da vítima no Ceará.
06:22Ele chorou em cima do caixão diante de toda a família dessa moça
06:26que, infelizmente, foi vítima desse crime bárbaro.
06:29E agora ele tem ao seu dispor toda a cartilha de direitos e garantias fundamentais
06:35que sempre um jurista gosta de vir e dourar a pílula.
06:38Isso é o que nos faz diferente de civilizações bárbaras,
06:43mas que, na verdade, só serve de desculpa
06:45para que esses criminosos tenham cada vez mais direitos.
06:49Para resolver um problema do Estado,
06:50que não consegue ter controle sobre o sistema penitenciário,
06:53e com isso tem que ficar jogando o criminoso na rua,
06:55colocando o criminoso com o convívio do cidadão de bem,
06:58das pessoas que optam por não transgredir a lei.
07:01Então, é até um pouco complicado,
07:03eu peço até desculpa, eu sou pai de três meninas,
07:06tenho uma esposa, tenho quatro mulheres na minha casa,
07:09e crimes como esse, que são cada vez mais comuns,
07:12que, infelizmente, tomam a cada dia os noticiários,
07:15me chocam bastante.
07:17E, de fato, é necessária uma resposta do Estado.
07:20Nós precisamos deixar de ser o país da impunidade,
07:23jogar fora de uma vez essa alcunha.
07:25E, claro, isso passa por uma profunda reforma
07:29da nossa legislação penal,
07:30do nosso sistema de justiça criminal,
07:32que, como eu disse, oferece muitos direitos aos criminosos,
07:36muitas facilidades aos criminosos,
07:39e, infelizmente, cumpre pouco aquele papel,
07:41tanto o papel de punir efetivamente essas pessoas,
07:44quanto o papel de ressocializar.
07:46A ressocialização é uma fantasia,
07:47isso nem existe no Brasil,
07:49considerando que, em muitos estabelecimentos prisionais,
07:52o Estado sequer tem acesso às dependências totais do presídio.
07:55A maioria dos presídios são controlados integralmente
07:58por facções criminosas,
08:00e o Estado nem sabe, de fato, o que acontece lá dentro.
08:03Então, é uma situação calamitosa,
08:05e passa, sim, por uma reforma completa
08:07daquilo que nós conhecemos como sistema de justiça penal.
08:10Mais um caso de feminicídio,
08:12um episódio bárbaro, né, Dávila?
08:14E as discussões sobre o que a sociedade,
08:17as autoridades precisam fazer
08:19para mudar esse cenário, Dávila?
08:23É, Caniato, até quando nós vamos ter de exibir crimes bárbaros
08:28para que nós tenhamos rigor na punição,
08:32para que nós tenhamos, como bem lembrou o Diego Tavares,
08:35certeza de que esses criminosos serão punidos?
08:38Porque a barbaridade desses crimes,
08:42ela retrata uma coisa,
08:44a incompetência, a incapacidade do Estado
08:47mobilizar os recursos do Estado,
08:50seja a força, o encarceramento, a lei,
08:53para fazer com que monstros como esse indivíduo
08:56fiquem na cadeia para o resto da vida.
08:59Esse é o ponto.
09:00Então, no fundo,
09:01mostra, mais uma vez, a incompetência do Estado.
09:04Esse Estado que faz com que nós tenhamos
09:07essa estatística vergonhosa
09:11de quatro assassinatos por dia de mulheres.
09:15Este Estado vergonhoso
09:18que consegue fazer com que o crime organizado
09:21cada vez mais se infiltre,
09:23não só nos negócios do crime,
09:25como também nas atividades do país,
09:28na economia formal.
09:29Ou seja, é um fracasso total.
09:32E esse fracasso só começa com duas coisas.
09:36Indignação das pessoas
09:37que se transformam em penas duras
09:40e certeza de que criminosos serão punidos.
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