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O senado mexicano taxou importações de 12 países. O economista Alan Ghani analisou a decisão do México de elevar as tarifas comerciais, atingindo diretamente os produtos brasileiros. A medida é vista como uma reação à pressão de Donald Trump para fechar o cerco contra a triangulação de mercadorias.

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Transcrição
00:00O Senado mexicano aprovou uma proposta que prevê o aumento de tarifas de importação para 12 países, incluindo o Brasil.
00:10Vamos conversar mais uma vez com o Alan Gani para a gente entender de onde veio essa ideia do Senado mexicano,
00:16aquela pressão de Donald Trump, talvez tenha dado um pouco de força para a aprovação dela.
00:21É, exatamente isso, Soraya. Trata-se de uma pressão de Donald Trump, porque o que acontece, né?
00:27Uma forma de você driblar a tarifa protecionista é exportar para um país intermediário, como uma espécie de um hub,
00:37e deste país você manda para o país que você tem interesse de exportar o seu produto.
00:43Então, por exemplo, no caso da China, a China exporta para o Vietnã, era uma forma de driblar a tarifa dos Estados Unidos,
00:50e do Vietnã exporta-se para os Estados Unidos.
00:54Então, o Vietnã foi apenas ali um intermediário.
00:57E esse raciocínio vale também para o México.
01:01Então, os Estados Unidos entenderam que uma forma de driblar as tarifas protecionistas que os Estados Unidos impuseram contra vários países
01:09era justamente exportar para o México e do México para os Estados Unidos.
01:14E aí, muita pressão do Trump, do governo Trump, em cima do governo mexicano,
01:20e é claro que o México e os Estados Unidos têm uma relação bastante próxima,
01:23o México tem bastante interesse econômico nos Estados Unidos,
01:27e aí acabou cedendo a pressão e coloca-se tarifas protecionistas na ordem de 20% a 35% para diversos setores,
01:38o que atinge a economia brasileira e de outros países, inclusive também a China.
01:42E aí o México tem robustez para segurar essa onda, o Gani?
01:47Eu pergunto isso, porque nós chegamos a ver aí nos Estados Unidos,
01:50muita pressão interna também exatamente por causa de tarifação.
01:54O México aguenta firme isso?
01:56Olha, uma boa pergunta.
01:59Aguenta porque tem a retaguarda dos Estados Unidos.
02:02Agora, é claro que isso também não vai ser fácil, Nonato,
02:05porque a que custo que vai aguentar?
02:08Porque, evidentemente, os outros países acabam reagindo.
02:12O que a gente observa em toda essa guerra tarifária
02:17é que, diferentemente do passado,
02:19os Estados Unidos não conseguem mais colocar as suas tarifas de uma maneira unilateral.
02:24Isso porque o mundo mudou, os países se reorganizaram,
02:27há um protagonismo maior também dos países emergentes.
02:30Então, provavelmente, a China vai reagir.
02:33E aí, como é que fica o México com uma reação da China?
02:37Que tipo de reação que a China também vai colocar em cima do México?
02:42A gente viu que a China teve poder de reação em cima dos Estados Unidos.
02:46Os Estados Unidos recuaram em relação às tarifas protecionistas
02:49porque a China ameaçou não exportar mais as terras raras,
02:53produtos minerais, para os Estados Unidos.
02:56Então, neste tabuleiro geopolítico e econômico,
03:00ele não é tão simples quanto era ali no final da década de 90,
03:06hoje, com o protagonismo maior dos países emergentes.
03:09Vamos pegar esse mesmo tema para a gente conversar aqui com os nossos comentaristas.
03:13Gani, obrigada pelas suas explicações até daqui a pouquinho.
03:16Deise, além dessas reações esperadas,
03:18tanto da China e também por parte do Brasil,
03:22essa medida pode, de alguma forma,
03:24tensionar ainda mais as relações comerciais com países,
03:29com grandes blocos como o BRICS?
03:31Pode sim, né, Soraya?
03:33O que a gente vê é essa tensão que chega no México.
03:38Em primeiro lugar, tem a tensão com os Estados Unidos
03:40e tem a guerra comercial com a China.
03:42E aí, eles acabam retaliando o Brasil,
03:45que mais uma vez, num mundo que está cada vez mais protecionista,
03:50quem não negocia, acaba perdendo.
03:52E aí, o Brasil acaba, de novo,
03:54aquilo que a gente sempre fala aqui, reagindo ao fato consumado.
03:57E como o Brasil, na sua política externa,
04:00não tem uma negociação diplomática muito firme com o México,
04:04ele acaba ficando dependente dessas alterações de humor
04:07e, principalmente, dessas alterações econômicas.
04:10Os Estados Unidos pressionam aqui a guerra comercial com a China,
04:13então, vamos tarifar ali o Brasil
04:15para proteger a nossa economia interna.
04:18E aí, o Brasil só depois vai reagir
04:20porque não tem, justamente, essa economia externa fortalecida.
04:24Roberto Motta, e por onde passa essa reação?
04:27É na busca de novos mercados?
04:28Como ocorreu assim que os Estados Unidos fizeram aquele tarifaço
04:32antes de um acordo com o Brasil?
04:36É, essa busca por novos mercados
04:38é uma atividade permanente da iniciativa privada.
04:42Isso não é uma iniciativa governamental.
04:46Agora, essas tarifas são mais um capítulo desse reajuste do comércio internacional.
04:53É possível entender as tarifas impostas pelo México contra a China, por exemplo.
05:01Deve ter sido pressão americana.
05:03É mais difícil entender as tarifas que o México impôs ao Brasil,
05:09porque os próprios Estados Unidos retiraram a maioria das tarifas
05:15que eles haviam colocado sobre as importações brasileiras.
05:19É difícil entender também essa posição do México
05:23porque não faz muito tempo uma missão do governo brasileiro
05:28esteve lá no México e voltou cheia de esperanças
05:33sobre um relacionamento comercial mais rico com aquele país.
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