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Após a conversa entre Lula e Donald Trump, o governo afirma que os EUA podem revogar o tarifaço “em breve”. A ministra Grace Hoffmann criticou a oposição por defender sanções e chamou adversários de “traidores da pátria”. Ela disse que o tarifaço foi usado para influenciar o julgamento de Bolsonaro e exaltou a atuação diplomática do Planalto.

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00:00Depois da conversa entre Lula e Donald Trump, aliados de Jair Bolsonaro e integrantes do governo avaliam que podem esperar em breve a maior conquista do Planalto desde o início das negociações, a derrubada das sanções contra autoridades e novos cortes no tarifaço.
00:17A ministra de Relações Institucionais, Glaise Hoffman, criticou integrantes da oposição por defenderem as taxas e punições e os chamou de traidores da pátria. Glaise afirmou que o tarifaço americano é resultado de uma conspiração para alterar o julgamento do ex-presidente e exaltou o governo pela condução desse caso, relembrando a fala de Lula de que essa negociação não tinha limite,
00:43mas que jamais cogitaria tratar da soberania do país e o parabenizando pela vitória diplomática.
00:50Nesta quarta-feira, o chefe do Executivo disse estar perto de apresentar novidades.
00:57Chamar os nossos comentaristas, Roberto Mota ao vivo, conectado com a gente lá no Rio de Janeiro, e ontem nós falávamos sobre como isso seria tratado no âmbito eleitoral, né?
01:07Você disse, não espere até lá, né? Talvez isso já comece a ser trabalhado agora, neste momento.
01:14É mais ou menos essa postura que você identifica quando os integrantes do governo comemoram cada passo dado?
01:22Esse é um fenômeno curioso, Caniato, e sob alguns aspectos, um fenômeno bonito.
01:30Boa noite a você, boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
01:34A esquerda está adotando tradicionais bandeiras de direita.
01:41A esquerda passou a defender a soberania nacional, passou a usar camiseta amarela e abraçar a bandeira.
01:51A esquerda passou a falar sobre religião e até elogiar quem é cristão.
01:58A esquerda anda até admitindo a punição de criminosos.
02:02É como eu já disse aqui uma vez, até a eleição chegar, a esquerda vai adotar o slogan Pátria, Família e Religião.
02:15Pois é, as várias repercussões após o avanço das negociações entre Brasil e Estados Unidos,
02:20as conversas entre Lula e Donald Trump,
02:23e há uma aposta de que possivelmente conseguirão reverter, inclusive, as sanções contra autoridades.
02:30Chama o Luiz Felipe Dávila, também está acompanhando essas movimentações
02:33e a retórica que vem sendo adotada por alguns integrantes do governo.
02:38Bem-vindo, Dávila, boa noite.
02:41Boa noite, Caniato.
02:43Boa noite, Diego Tavares.
02:44Mota é a nossa querida audiência.
02:45Caniato, diplomacia, quando você volta para os microfones e anuncia coisas que não existem,
02:55é um erro extraordinário.
02:57Primeiro, porque se as coisas não se concretizam, você fica com cara de bobo.
03:04Segundo, que Donald Trump só disse que viriam notícias melhores.
03:09Quem interpretou que notícias melhores é suspensão de vistos para os Estados Unidos
03:15faz isso de acordo com o seu próprio delírio, mas não de acordo com os fatos.
03:21Portanto, vamos esperar em Donald Trump só uma coisa é possível ter certeza.
03:29A imprevisibilidade.
03:31O que parece hoje uma boa notícia pode virar rapidamente amanhã.
03:37Portanto, não é momento de celebrar, é momento de ter serenidade.
03:43E o que o Brasil precisa é continuar focando nas negociações de redução de tarifas.
03:50Este, sim, é um ponto que a diplomacia pode fazer a diferença.
03:54Quanto à pauta política, isso depende exclusivamente de Donald Trump.
04:00E não é química com o presidente da república ou telefonema
04:04que fará o presidente americano mudar de ideia.
04:09Chama o Diego Tavares, hoje com a gente em Os Pingos nos Is.
04:12Diego, seja bem-vindo, uma ótima noite a você.
04:15Quais são suas impressões a respeito desse posicionamento dos integrantes do governo
04:19que se manifestam de forma muito otimista, né?
04:23Eles têm contabilizado o que eles consideram vitórias do presidente da república
04:28e agora apostam na reversão dos produtos que ainda estão taxados pelos Estados Unidos,
04:35mas também esperam a reversão das medidas que foram tomadas contra autoridades.
04:41Você entende que esse é o caminho ou há um exagero aí?
04:44Sem dúvida é um exagero, Caniato.
04:47Uma boa noite a você, boa noite ao Mota, ao Davila e a todos que nos acompanham
04:50nessa noite aqui nos Pingos nos Is.
04:53E, Caniato, o governo já passou uma grande vergonha
04:55quando tomou uma bronca pública da embaixada americana
04:58que dizia que o governo estava comemorando até fotos tiradas
05:02com autoridades norte-americanas após reuniões
05:06e o caminho não era bem por aí.
05:08A respeito dessa dissecação do tarifácio, a respeito dessa retração do tarifácio
05:15tem muito mais a ver com a pressão inflacionária norte-americana
05:18com os efeitos do tarifácio nos consumidores americanos,
05:22no mercado de consumo norte-americano, do que dos nossos esforços diplomáticos.
05:27É bem verdade que o governo teve conversas, o governo teve reuniões,
05:31mas a grande cereja do bolo, o grande fator definitivo aí
05:35foi a pressão na popularidade do próprio Donald Trump,
05:39haja vista que essa política de tarifas, não só em relação ao Brasil,
05:42mas em relação ao mundo inteiro, acabou encarecendo o custo de vida do norte-americano.
05:48Donald Trump não tem amigos no tabuleiro geopolítico,
05:50Donald Trump tem no tabuleiro os seus interesses, esse é o norte dele.
05:54Os interesses norte-americanos é aquilo que pauta se o tarifácio brasileiro
05:59persiste ou se deixa de existir.
06:02Para a sorte do atual governo, o tarifácio tem causado prejuízos aos norte-americanos
06:07e bem por isso o governo norte-americano está com as portas abertas para as negociações.
06:13Toda e qualquer vitória nesse sentido, como eu disse,
06:15deve-se muito mais ao atendimento dos interesses norte-americanos
06:18do que à eficiência da nossa diplomacia, que, digamos aqui, é verdade.
06:24Foi, inclusive, muito ineficiente desde o começo do tarifácio.
06:27O governo federal preferiu capitalizar os dividendos políticos advindos do tarifácio
06:32diante do refreamento da popularidade, da queda de popularidade que o presidente Lula enfrentava
06:40e optou por manter a guerra ideológica, a guerra contra o imperialismo norte-americano,
06:45ao invés de ir direto à mesa de negociações para fazer levar os interesses brasileiros
06:51ao presidente norte-americano.
06:52Precisou o próprio Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, chamar o Lula às negociações,
06:57se mostrar ali uma pessoa amigável, disposta aos negócios, para que tudo tivesse início.
07:03Então, como você disse muito bem ao questionar o Dávila, é pura retórica, não passa de narrativa.
07:09Ainda bem que os interesses brasileiros, nesse caso, vão ao encontro do que também são os interesses norte-americanos.
07:15Pois é, a gente faz uma porção de leituras aqui, exercícios, inclusive, com a nossa audiência, né, Mota?
07:21Qual a reflexão que você gostaria de deixar, de compartilhar com o nosso público
07:27em relação a esse ajuste de posicionamento por parte dos Estados Unidos?
07:33A que se deve essa correção de rota em relação ao Brasil, em relação à administração federal?
07:39Você acha que aquela tese de que a questão econômica foi determinante,
07:43o preço da carne, do café e da laranja, estavam mais caros para o americano,
07:49e isso foi determinante para Donald Trump promover essa correção?
07:54Não, eu não acho isso.
07:56Eu acho que isso é a última das considerações de Donald Trump.
08:02Agora, eu não tenho ideia do que motiva as ações dele.
08:06É irônico que o governo brasileiro considere um eventual reestabelecimento
08:12dos vistos dos ministros, se isso vier a acontecer, como a sua maior vitória.
08:18Eu acho que tem ironia nisso.
08:20Agora, não há dúvida de que isso seria um acontecimento surpreendente.
08:26Mas olha, Caniato, os últimos tempos têm sido muito cheios de surpresas, né?
08:30Desde aquele problema com o teleprompter na ONU, tudo mudou.
08:36Não há nenhuma dúvida que a pressão que o governo Trump fazia sobre o Estado brasileiro
08:43foi aliviada.
08:45Me parece que por uma decisão unilateral de Donald Trump.
08:50Mas há um elemento chave que vai determinar o que vai acontecer no futuro próximo.
08:57É a situação da Venezuela.
09:00De um jeito ou de outro, há muito mais coisas em jogo ali do que sonha a nossa vanfilosofia.
09:10Dávila, essa relação alcançou um patamar de segurança?
09:14Porque o governo brasileiro parece muito mais tranquilo e crente
09:19que conseguirá subir alguns degraus nessa negociação, né?
09:24Reverter totalmente o tarifácio e até conseguir negociar a reversão
09:29das medidas que foram tomadas contra as autoridades.
09:33Quando você fala da imprevisibilidade do líder norte-americano,
09:37você está querendo dizer o quê?
09:38Muitas vezes o governo brasileiro entende que a relação é ótima,
09:42mas pode ser surpreendido com uma decisão tomada à noite na Casa Branca?
09:48A imprevisibilidade de Donald Trump é da sua própria personalidade política.
09:55Você sempre está pisando em ovos.
09:58Nunca sabe quando ele está favorável a alguma coisa
10:01ou quando ele vai disparar alguma ideia completamente contraditória
10:07ao que ele havia dito o dia seguinte ou um dia antes.
10:11Então, isso acontece com Donald Trump.
10:13Aliás, é só ver a sua atuação na guerra da Ucrânia e da Rússia.
10:18Quanto vai e vem, já teve.
10:19Já teve desde o momento que a Ucrânia tinha que entregar tudo
10:22até o outro momento que ele dizia para os elenios
10:25que se ele estava preparado para jogar um míssel nuclear na Rússia.
10:29Então, tem de tudo.
10:30É uma gangorra.
10:31A gente nunca sabe o que acontece.
10:33Então, não dá para ter certeza de nada,
10:36a não ser quando as coisas são anunciadas.
10:38O caso das tarifas é um bom caso.
10:41Começou, como na sua primeira carta de Donald Trump,
10:45com uma retaliação política,
10:47que 10% era o ajuste de tarifa a todos os países
10:52e 40% na carta Donald Trump alegava que eram as questões políticas do Brasil.
10:58Só que ele derrubou todas as tarifas
11:01em praticamente quase toda a exportação brasileira
11:05e o cenário político no Brasil não melhorou em nada.
11:07Pelo contrário, só piorou, só degenerou ainda mais.
11:11Então, não faz o menor sentido que aquele argumento que ele havia dito
11:14que era político, se esse valesse,
11:17hoje a tarifa tinha que estar nos 50%,
11:20porque ela só piorou.
11:22Não melhorou em nada do que ele anunciava
11:25como medidas que o Brasil tinha que fazer
11:27para melhorar a liberdade de expressão, etc.
11:29O que mostra que, por trás desta fachada de discussão política,
11:35Donald Trump está zelando pelos interesses norte-americanos.
11:39Primeiro, o Supremo parou de pegar no pé
11:43e cometer arbitrariedades contra empresas americanas,
11:46como foi o caso do X aqui no Brasil, Starlink.
11:49Segunda coisa, as tarifas tiveram um impacto nefasto no bolso dos americanos.
11:57Subiu, sim, os produtos e até uma subida importante em itens como café, carne, etc.
12:05Terceiro, colocou em risco muitos empregos nos Estados Unidos.
12:10Só para dar um setor, Canhato,
12:14quando a primeira negociação, que ele derrubou a tarifa de suco de laranja,
12:18a indústria de suco de laranja nos Estados Unidos,
12:21e aí a cadeia toda,
12:23disse que poderia perder mais de 60 mil empregos.
12:27Se era blefe ou não, não sabemos nunca.
12:32O fato é que Donald Trump recuou.
12:34Então não é só no bolso do consumidor ao comprar um submercado.
12:38É a perda de empregos diretos e indiretos
12:42que esses setores movimentam na economia americana.
12:45Então, para salvar empregos,
12:48diminuir o impacto inflacionário no bolso dos americanos
12:51e fazer com que o governo recuasse,
12:54pelo menos na perseguição de empresas norte-americanas no Brasil
12:59com atitudes arbitrárias,
13:00esses três objetivos foram conquistados.
13:04Quanto à questão de Jair Bolsonaro
13:07e o autoritarismo nessa Donald Trump vai ter que contar uma história melhor,
13:13porque nisso o Brasil só regrediu.
13:16Agora, Diego, por diversas vezes nós acompanhamos
13:20integrantes da oposição,
13:22mesmo apoiadores do ex-presidente,
13:25manifestando uma crença de que os Estados Unidos e Donald Trump
13:30poderiam tomar alguma atitude,
13:31alguma medida que pudesse corrigir,
13:34algo que na visão dessas pessoas ou grupos
13:37não funcionaria corretamente nas instituições brasileiras.
13:41Havia uma crença lá atrás
13:42de que alguma coisa poderia ser feita por Donald Trump
13:45para corrigir ou pelo menos
13:48avisar o governo federal
13:51de que algumas coisas precisariam ser feitas, por exemplo.
13:55Agora, diante dessa aproximação do governo federal
13:58com a administração de Donald Trump,
14:00muitos ainda acreditam que isso vai acontecer.
14:03Muitos se manifestam mais ou menos dizendo o seguinte,
14:05calma, em breve todos terão uma surpresa.
14:09Daqui a pouco os Estados Unidos vão descer as cartas,
14:11deixar claro exatamente o que eles querem.
14:14Essa aproximação seria estratégica.
14:16Daí o Dávila menciona aquela questão que envolve as big techs.
14:19Você acha que essa aproximação também tem esse lado?
14:22Daqui a pouco os Estados Unidos entregam coisas que o Brasil pede.
14:25Mas daqui a pouco os Estados Unidos também vão pedir,
14:28olha, aquele projeto da regulamentação
14:30não pode seguir dessa forma,
14:32vai prejudicar as nossas empresas.
14:34Você acha que pode avançar num sentido também
14:36que atenda aos anseios dos Estados Unidos?
14:40Olha, Caniato, se envolver os interesses norte-americanos,
14:43principalmente das empresas norte-americanas,
14:45sem dúvida nenhuma.
14:46De fato, existia essa crença
14:48de que o governo norte-americano
14:50poderia intervir a favor de Jair Bolsonaro.
14:53Mas essa crença, ela era muito mais calcada
14:56naquilo que pregava o sumo pontífice dessa religião,
15:00Eduardo Bolsonaro,
15:01e com o seu trabalho nos Estados Unidos,
15:04do que uma realidade em si.
15:06Está muito claro, principalmente com os últimos capítulos
15:09que nós tivemos dessa relação entre Estados Unidos e Brasil,
15:12que a questão de Bolsonaro
15:13e toda essa nuvem de fumaça
15:16levantada pela oposição ao governo federal,
15:18era nada mais, nada menos do que narrativa.
15:20Aquilo que mantinha o público bolsonarista engajado,
15:24principalmente com a figura de Eduardo Bolsonaro,
15:26que até então almejava suceder o seu pai
15:30no posto de presidenciável da direita brasileira.
15:34A história provou que Bolsonaro nunca foi uma questão
15:37para Donald Trump,
15:39que a única questão para Donald Trump
15:40eram os interesses norte-americanos.
15:43E alguém pode perguntar,
15:44mas e a questão dos vistos,
15:46a questão da sanção com a lei Magnitsky
15:49sobre Alexandre de Moraes.
15:51Isso também tem muito mais a ver com as decisões
15:53da Suprema Corte,
15:54que prejudicaram empresas norte-americanas,
15:57como o X,
15:58que a época era,
15:59ainda é,
16:00de titularidade de Elon Musk,
16:02que a época era um aliado de primeira hora
16:04de Donald Trump.
16:05Quem aqui não se lembra
16:06da briga que ambos travaram
16:08pela própria rede social X,
16:11enfim,
16:11com diversas mensagens de Elon Musk,
16:14dizendo que iria atrás
16:16de Alexandre de Moraes
16:17para que ele pagasse por crimes
16:19que estaria cometendo no Brasil.
16:21Então,
16:22essa decisão
16:23de sancionar as autoridades brasileiras,
16:25na minha avaliação,
16:26tem muito mais a ver
16:27com as sanções
16:28que o judiciário brasileiro impôs
16:30sobre empresas norte-americanas
16:32do que com a questão política
16:33de Bolsonaro.
16:34É que a época
16:35da carta
16:36que Donald Trump encaminhou
16:38ao presidente Lula,
16:40ele já havia rompido
16:41as suas relações
16:42com Elon Musk,
16:44já tinha um outro contexto político
16:45norte-americano.
16:46Então,
16:46acho que a questão
16:47de Bolsonaro
16:48foi para dar
16:48um escopo político.
16:50Trump não podia dizer
16:51nessa carta,
16:51olha,
16:52eu estou preocupado
16:53com o avanço do BRICS,
16:54eu estou preocupado
16:55com essa ideia
16:56da desdolarização
16:58da economia mundial.
17:00Jogou ali
17:00a questão de Bolsonaro
17:01para dar um plano
17:02de fundo político
17:03para esse contexto.
17:05Mas,
17:05repito,
17:06desde o que o Mota
17:07chamou aí
17:08de problema
17:09com o teleprompter
17:10na ONU,
17:11está muito claro
17:12que a questão
17:13para Donald Trump
17:14são os interesses
17:15norte-americanos,
17:16é o desenvolvimento
17:17da economia,
17:18a reindustrialização
17:19norte-americana
17:21e que as questões
17:22políticas domésticas
17:23de outros países
17:24tornam-se um elemento
17:26irrelevante
17:27caso não estejam
17:28atrelados umbilicalmente
17:29a esses interesses.
17:30Então,
17:31novamente,
17:32toda essa questão,
17:33toda essa nuvem
17:34de fumaça
17:35que foi levantada
17:36sobre uma possível
17:37interferência
17:38de Donald Trump
17:39só acontecerá,
17:41só se tornará
17:41realidade
17:42caso esses mesmos
17:43interesses norte-americanos,
17:45mesmos interesses
17:46de empresas
17:46norte-americanas
17:47entrem em cheque
17:48em razão
17:49dessas contas.
17:50Do contrário,
17:51dificilmente Donald Trump
17:51vai intervir
17:52para mexer na política,
17:54no tabuleiro político
17:55brasileiro.
17:56Mota,
17:57quer só arrematar,
17:58fechar essa discussão?
18:00Porque eu me lembro
18:01lá atrás,
18:01quando a gente analisava
18:02aqueles primeiros
18:03comunicados de Donald Trump,
18:05as questões políticas
18:06estavam em destaque,
18:08né?
18:08Depois parece que
18:09a situação virou
18:10e aí começaram a falar
18:12somente da agenda
18:13comercial,
18:13agenda econômica.
18:16É,
18:17eu acho que
18:18a crença
18:19de que o interesse
18:20de Trump
18:21na situação
18:22política brasileira
18:23foi baseada
18:25em uma fantasia
18:26bolsonarista
18:27se sustenta
18:28na realidade.
18:29Essa crença
18:30foi baseada
18:31nas declarações
18:32do próprio Trump,
18:33aliás,
18:34não só de Trump,
18:36a fartura
18:37de declarações
18:37também
18:38de Marco Rubio,
18:40da Embaixada Americana,
18:42do Scott Byssen,
18:44o secretário do Tesouro,
18:45tá tudo online.
18:47Inclusive,
18:48três cartas
18:49assinadas
18:50por Trump
18:51que nós lemos aqui.
18:52Eu fiz questão
18:53de ler bem devagar
18:54na época
18:55porque tava acontecendo
18:56problemas de interpretação
18:58de texto.
18:59O primeiro
19:00parágrafo
19:01inteiro
19:01de duas
19:02dessas cartas
19:03falava exclusivamente
19:05sobre a situação
19:06política
19:06de Jair Bolsonaro.
19:08foi o próprio
19:11Trump
19:11que disse
19:12só Trump
19:14pode explicar
19:15se ele mudou
19:17de ideia,
19:18se isso não é
19:19mais importante,
19:20se ele recebeu
19:21alguma informação
19:22que ele não tinha
19:23antes.
19:24Agora,
19:24eu acho que não tem
19:25sentido a gente
19:26imaginar
19:27que
19:28não ocorreu
19:30uma coisa
19:30que ocorreu
19:31só porque a gente
19:32não tem uma boa
19:33explicação pra ela.
19:34Eu acho
19:34que nenhuma
19:35das explicações
19:36que estão
19:37dadas
19:38sendo discutidas
19:40publicamente
19:40tanto por um lado
19:42quanto por o outro
19:44nenhuma dessas
19:45explicações
19:46pra mim
19:46faz nenhum sentido.
19:48Eu acho
19:49que é evidente
19:49que Donald Trump
19:50tem em primeiro lugar
19:51os interesses americanos,
19:53isso nunca esteve
19:54em dúvida,
19:55agora
19:56claro,
19:58é claro
19:58nítido
19:59que ele mudou
20:01a direção
20:02mudou a estratégia
20:04dele
20:04porque
20:05só ele
20:07vai poder
20:07explicar.
20:08Ou talvez
20:09não queira explicar
20:10nesse momento,
20:11talvez alguma coisa
20:12possa explicar
20:13essa mudança
20:14de posicionamento
20:15porque de fato
20:16se a gente analisa
20:17essa carta
20:17que o Mota
20:18destacou,
20:19aquele primeiro
20:20comunicado,
20:21boa parte
20:22do texto
20:22dedicado a Jair Bolsonaro,
20:24depois as pessoas
20:25fazem comparação
20:26sobre o que disse
20:27Donald Trump
20:28quando foi informado
20:29sobre a prisão
20:30de Jair Bolsonaro.
20:31Aí o presidente
20:32americano
20:32se resumiu a falar
20:33é uma pena,
20:34é uma pena.
20:36Dávila,
20:36por que essa mudança?
20:38Você acha que
20:38os auxiliares,
20:40os secretários
20:41de Donald Trump
20:42informaram
20:43sobre os impactos
20:44do tarifácio
20:46na economia americana?
20:48Foi só isso?
20:49Tem alguma coisa
20:49talvez que a gente
20:50não saiba, né?
20:52Com certeza,
20:53Caniato.
20:53mas uma coisa
20:54é óbvia,
20:56ele percebeu
20:58que o custo
20:59de manter
20:59tarifas políticas
21:01pesa demais
21:02nos Estados Unidos,
21:04pesa demais
21:05emprego,
21:06pesa demais
21:07no bolso americano.
21:08A gente nunca pode
21:09esquecer uma coisa
21:09fundamental,
21:10Caniato,
21:11tarifa
21:12é imposto.
21:14Quando você aumenta
21:1550% de tarifa,
21:16você está aumentando
21:17como se fosse
21:1850% de imposto
21:19em cima
21:19daqueles produtos.
21:21Isso é fato.
21:21Então,
21:22o que aconteceu
21:23é que talvez
21:24Donald Trump
21:25tenha percebido
21:26que a utilização
21:28de aumento
21:29de imposto
21:30como retaliação
21:31política
21:31não é uma boa
21:33coisa para o
21:34interesse americano,
21:35principalmente
21:36para o interesse
21:37do consumidor
21:38e dos trabalhadores
21:39americanos
21:40que ele diz
21:41que defende.
21:42E qual deve ser
21:44o próximo episódio
21:45ou os próximos capítulos
21:47nessa relação
21:48Brasil-Estados Unidos?
21:49Como o governo
21:51deve tentar
21:51administrar essa
21:52boa relação,
21:54Diego?
21:56Olha,
21:56Caniato,
21:57nós tivemos
21:58uma boa amostra
21:59do impacto
22:00que causa
22:01um abalo
22:02nas relações
22:02comerciais
22:03norte-americanas.
22:04Alguns setores
22:05que foram salvos
22:06nos 45
22:07do segundo tempo
22:08previam
22:09verdadeiros colapsos
22:10com demissões
22:11em massa
22:12e nós tivemos
22:13também
22:14uma retração
22:15forte
22:15na nossa balança
22:16comercial.
22:17Estados como
22:17o estado de São Paulo,
22:18por exemplo,
22:18o estado do Rio de Janeiro
22:19que tem os Estados Unidos
22:21como principal
22:21parceiro comercial.
22:23No geral,
22:23os Estados Unidos
22:23são o nosso
22:24segundo maior
22:25parceiro comercial,
22:25mas para alguns
22:26estados
22:26representa a
22:28primeira
22:28colocação.
22:30Esse impacto
22:31foi muito
22:31significativo.
22:33Eu acho que
22:33o Brasil tem que
22:34prezar agora
22:35pelo pragmatismo
22:36das relações
22:37comerciais,
22:38precisa enxergar
22:39essa relação
22:40com muito
22:41menos ideologia
22:42e mais
22:42como negócio
22:43que são
22:44o que de fato
22:45essas relações
22:45são e
22:46num segundo momento
22:48buscar também
22:49a diversificação,
22:51buscar acordos
22:52com a União Europeia
22:53que tem uma porta
22:53aberta muito grande
22:55agora para que o Brasil
22:56faça negócios,
22:57tentar diminuir
22:58também um pouco
22:59a dependência
23:00do mercado chinês
23:01que cada vez mais
23:02ancora
23:04a nossa balança
23:05comercial
23:06porque é aquela história
23:07quando nós colocamos
23:08todos os ovos
23:09na mesma cesta
23:10essa cesta
23:11não pode
23:11sob nenhum pretexto
23:12ser derrubada
23:13a diversificação
23:14é sempre aquilo
23:15que garante
23:16que eventuais
23:17abalos
23:17que eventuais
23:18atritos
23:18das relações
23:19comerciais
23:20não pesem
23:21tanto assim
23:22sobre o setor
23:22produtivo
23:22e obrigue
23:23o governo
23:24a ficar buscando
23:24esses pacotes
23:25de socorro
23:26o projeto
23:27que foi
23:28encampado
23:29para atendimento
23:31aos setores
23:31mais afetados
23:32agora não conseguiu
23:33nem sair do papel
23:34a sorte é que
23:35como eu disse
23:36em razão dos interesses
23:37norte-americanos
23:38coincidirem com os
23:39interesses brasileiros
23:40nessa pauta
23:41nós tivemos
23:42a retração
23:43desse tarifácio
23:44do contrário
23:45muitos setores
23:46ainda estariam aí
23:47de cabeça quente
23:48como estão
23:49tem uma expectativa
23:50para redução ainda mais
23:51das tarifas
23:52mas muitos setores
23:53ainda estão
23:53na Berlinda
23:54então o que nós
23:55precisamos é
23:56redesenhar
23:57o nosso padrão
23:58econômico
23:59deixar de ter menos
24:00parceiros
24:00passar a ter mais
24:01parceiros
24:02diversificar mais
24:02a nossa balança
24:03comercial
24:04é quase como
24:05uma lição
24:05de economia
24:06doméstica
24:07que na verdade
24:08é a gestão
24:09da economia
24:09pública
24:10não é diferente
24:10da economia
24:11que nós fazemos
24:11na nossa casa
24:13temos que tomar
24:13melhores decisões
24:14e claro
24:15sempre bom também
24:16pensar na responsabilidade
24:17fiscal
24:18para aliviar um pouquinho
24:19também a conta
24:20para o lado
24:20do contribuinte
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