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A bancada de "Os Pingos Nos Is" debate o futuro da relação entre Brasil e Estados Unidos após o presidente Donald Trump fazer duras críticas ao governo de Lula e o país durante sua participação na ONU. Os comentaristas avaliam se a crise diplomática escalará e se Lula poderia romper relações com os EUA.
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NotíciasTranscrição
00:00Apesar de ser muito comemorado pelo governo, o discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU
00:05colocou o Planalto e o Brasil em uma saia justa.
00:09Ao citar nominalmente o país, o presidente dos Estados Unidos afirmou perante nações do mundo inteiro
00:15que o país enfrenta tarifas pesadas em razão dos esforços do Planalto e do Judiciário
00:21para interferir nos direitos e nas liberdades dos cidadãos, principalmente americanos,
00:26com censura, repressão, armamento, corrupção judicial e perseguição de críticos políticos.
00:33Trump também disse que o Brasil está indo mal e fracassará se não trabalhar junto com a América.
00:39Já em sua fala sobre Lula, o presidente dos Estados Unidos avisou que pode se reunir com o Planalto na próxima semana
00:45esvaziando as críticas feitas pelo chefe do executivo no seu discurso antes de Trump
00:51jogando a responsabilidade sobre o tarifácio ao Planalto,
00:54que teme se tratar de uma armadilha em eventual encontro presencial
00:59a exemplo do que aconteceu com o Volodymyr Zelensky e o presidente da África do Sul
01:03e aparentar não dar a devida atenção ao assunto e a próprio Trump com um encontro remoto.
01:11Vamos chamar os nossos comentaristas? Vamos ao Rio de Janeiro.
01:14O Roberto Mota vai trazer suas análises e impressões sobre as falas de Donald Trump.
01:20Assembleia Geral da ONU em destaque, Mota, seja bem-vindo, ótima noite a você,
01:25o que foi dito, as repercussões, as projeções para consequências, né?
01:29Enfim, o que achou das falas de Donald Trump e as menções ao Brasil, Mota?
01:34Mais um dia emocionante, Caniato, mais um dia cheio de acontecimentos
01:42que nem sempre são fáceis de serem interpretados.
01:47Boa noite pra você, boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
01:53O presidente Donald Trump fez um discurso duro, incisivo, direto, às vezes irônico.
02:01Ele declarou que o Brasil não vai ter sucesso se não trabalhar em conjunto com o seu governo.
02:10O Brasil está indo mal e continuará mal, disse Trump.
02:15Eles só podem ter sucesso se trabalharem conosco.
02:19Sem nós, eles fracassarão.
02:22Trump disse ainda, o Brasil enfrenta duras tarifas em resposta a esforços sem precedentes
02:32para interferir nos direitos e liberdades de nossos cidadãos americanos e de outras pessoas
02:40com censura, repressão, corrupção judicial e perseguição a adversários políticos
02:50aqui nos Estados Unidos.
02:53E aí ele disse, eu tenho um pequeno problema pra dizer isso, porque quando eu estava chegando,
03:01eu vi o líder do Brasil, e eu achei curiosa essa expressão, mas foi ele que disse, o líder do Brasil.
03:09Ele me viu, nós demos um abraço e concordamos em nos encontrar na próxima semana.
03:17E aí começou a confusão.
03:21Pois é, chamar os nossos comentaristas que aguardam também sua vez.
03:26O Cristiano Beraldo, inclusive, analisou em detalhes, participou do Jornal da Manhã, né Beraldo?
03:30Seja bem-vindo, ótima noite a você.
03:33As falas de Donald Trump, as interpretações sobre as sinalizações de uma possível reunião,
03:38mas se analisarmos o conteúdo dos discursos do presidente brasileiro e do norte-americano,
03:45são conteúdos completamente antagônicos, né Beraldo?
03:48Suas avaliações sobre o que disse Donald Trump.
03:50Bem-vindo.
03:52Pois é, Kenia.
03:53Hoje tivemos uma aula de diplomacia.
03:55Boa noite a você, Almota, D'Ávila.
03:57Boa noite a audiência que prestigia diariamente os pingos nos is.
04:00Foi interessante a dinâmica porque o presidente brasileiro fez um discurso carregado com as suas emoções habituais.
04:08Afinal de contas, ele entrou ali na ONU suportando os discursos que a ONU vem defendendo
04:14em relação à Palestina, em relação a diversas coisas que acontecem no mundo
04:18e também uma posição de hostilidade aos Estados Unidos,
04:21que vem encontrando eco de nações europeias, enfim,
04:26em pessoas que estão insatisfeitas, líderes mundiais que estão insatisfeitos com a ação de Donald Trump.
04:33Pois bem, só que na sequência da fala do presidente brasileiro,
04:38vem Donald Trump que é um craque da comunicação e que tem se mostrado um craque da diplomacia também.
04:46Donald Trump é uma figura que se falou alguma coisa hoje
04:50e amanhã ele acha que foi um equívoco, que não deveria ter falado.
04:57Ele fala outra coisa completamente diferente, mas ele não pede desculpas pelo que havia dito.
05:03A vida simplesmente segue, ele nunca reconhece um erro, ele sempre está movendo adiante.
05:09Essa é a atitude de um líder verdadeiro,
05:13que está guiando os Estados Unidos em um momento de muitas dificuldades e muitos desafios.
05:19essas tarifas, toda essa confusão que muita gente fica apontando o dedo e tal,
05:25isso na verdade tem a ver com um contexto muito mais amplo que é o contexto mundial.
05:29Pois bem, Donald Trump, na sequência da fala de Lula,
05:33que poderia estar torcendo até por algum tipo de reação mais contundente de Donald Trump,
05:39Trump vem e dá um nó nessa situação,
05:42dizendo que o líder brasileiro é uma figura com quem ele acabou encontrando rapidamente,
05:49mas que tiveram uma boa química e que ele propôs ali um encontro,
05:53que eles vão se encontrar na semana que vem.
05:55E aí fica o líder brasileiro na posição de ou encontrar e aí finalmente colocar na mesa as cartas
06:03que o Brasil tem, ou então negar este encontro e aí ficar muito mal para ele,
06:09na imagem dele como alguém que não está disposto a abrir diálogo.
06:13Enfim, eu acho que hoje foi Donald Trump que saiu por cima desse jogo de xadrez com o líder brasileiro.
06:20Pois é, esse ponto destacado pelo Beraldo no final, sobre a possibilidade da reunião,
06:25isso requer uma análise aprofundada?
06:28Deixa eu só passar para o Dávila,
06:29Mas no próximo giro a gente vai se atentar justamente à possibilidade dessa reunião
06:34e à situação em que o líder brasileiro ficou após essa sinalização, né?
06:39Deixa eu só chamar o Dávila, também está conectado com a gente.
06:42Dávila, seja bem-vindo, ótima noite a você.
06:44As falas de Donald Trump, ele que sucedeu presidente brasileiro no discurso na Assembleia Geral da ONU.
06:51Enfim, um longo discurso, apesar da recomendação de 15 minutos, quase uma hora de discurso na sua defesa ali,
07:00tratou de vários pontos, mas sempre praticamente na contramão do que disse o presidente brasileiro,
07:06quando a gente olha as pautas separadamente, né, Dávila?
07:09O que achou? Quais foram os recados enviados por Donald Trump? Bem-vindo.
07:13Boa noite, Caniato, Mota, Beraldo e a nossa querida audiência dos Pingos nos diz.
07:18Nós podemos fazer uma análise dupla aqui.
07:23Eu queria começar pela atitude de Donald Trump e de Lula.
07:27Muito parecida as duas atitudes, no sentido de que ambos utilizam o palco da ONU
07:35para defender a sua política externa, e não para pensar em termos de como manter a ordem mundial funcionando.
07:44Esse é um primeiro sinal claro.
07:46No mundo de hoje, o realismo da defesa dos interesses nacionais se sobrepõe a uma visão mais ampla e generosa
07:57da importância de se manter uma ordem global funcionando.
08:01Tanto Trump como Lula não acreditam mais na ordem mundial.
08:05acreditam, um, na diplomacia ideológica e partidária, que é o caso de Lula,
08:12e no caso de Trump, a defesa dos interesses dos Estados Unidos,
08:16acima do papel que os Estados Unidos sempre tiveram desde o fim da Segunda Guerra Mundial,
08:23como uma espécie de guardião da ordem internacional.
08:26Então, nesse sentido, os dois estão muito afiados, cada um da sua maneira.
08:33O segundo ponto importante não é o teor do discurso de Trump,
08:39porque o discurso de Trump é mais o que Trump sempre foi defendendo seus pontos de vistas,
08:45suas prioridades e suas críticas contumazes a tudo que ele vê como obstáculo
08:52para o renascimento dos Estados Unidos, principalmente da sua economia doméstica.
09:00Agora, o fato mais importante foi o gesto de Donald Trump
09:04com essa sinalização de que teve simpatia em relação ao presidente brasileiro,
09:11deu um abraço, teve boa química e ele está disposto a negociar.
09:15Esta é a palavra-chave ou gesto-chave que abre espaço
09:21para uma ligação do presidente brasileiro ao presidente norte-americano
09:26ou um contato entre os dois
09:28e que não haverá desaforo ou nenhum tipo de descompostura
09:33como Trump passou em Zelensky ou no presidente da África do Sul.
09:39É apenas um sinal de que podem conversar cordialmente e chegar a um entendimento.
09:45Então, o gesto foi muito importante.
09:49É uma espécie de carta branca que Lula não será confrontado.
09:55E isso é importante, porque parte da justificativa do presidente Lula
10:00não ter procurado Donald Trump é que ele tinha medo que esse embate ia azedar,
10:05ia ter alguma reação intempestiva do presidente dos Estados Unidos,
10:10como foi no caso, por exemplo, de Zelensky na Casa Branca.
10:15Agora, Caniato, conhecendo Donald Trump não significa que o aval dado hoje
10:22possa valer amanhã.
10:24Exatamente.
10:25E essa é a avaliação de muitos que fazem parte da diplomacia do Brasil.
10:30Será que não poderia ser uma arapuca, como muitos falam?
10:34Chega lá, presidente brasileiro muito animado para tentar reverter, por exemplo, o tarifácio,
10:40mas aí se deparem em uma situação parecida com aquela que Zelensky constatou
10:47com o presidente e com o vice também, J.D. Vance.
10:51Você, Mota, aquelas falas do presidente norte-americano
10:56mencionando a ótima química que teve com o presidente brasileiro,
10:59um cara legal.
11:00Chegamos a conversar por quase um minuto ou alguns segundos, enfim.
11:05E aí a sinalização para essa reunião.
11:07E aí mil interpretações e projeções sobre o que poderia acontecer nessa reunião, Mota.
11:16Total, Caniato.
11:17Depois que Trump falou isso, a internet pegou fogo.
11:21Agentes sociais, todos os especialistas, dizendo coisas absolutamente opostas
11:27e apresentando raciocínios que você olha e diz, não, realmente faz sentido.
11:33Isso é uma coisa ótima?
11:34Não, não.
11:35Isso é uma coisa péssima.
11:37Isso é uma grande oportunidade?
11:38Não, não.
11:39Isso é uma armadilha.
11:40Olha, o que o Trump disse, e essas foram as palavras que sacudiram a rede,
11:44ele disse o seguinte, tivemos uma boa conversa e concordamos em nos encontrar na próxima semana.
11:53E aí eu vou fazer a minha tradução livre aqui do que ele disse.
11:56Ele me pareceu uma pessoa agradável.
12:01Ele gostou de mim e eu gostei dele.
12:04Eu, confesso, fiquei surpreso com essas palavras.
12:10Porque eu me lembrei de uma música de uma banda de rock brasileira chamada Raimundos.
12:16Não sei se vocês conhecem essa música.
12:19De 1995, o título da música é I Saw You Say.
12:25A música é muito engraçada porque ela fala de um sujeito que encontrou a Madonna,
12:30a cantora Madonna, no jardim da casa dele.
12:33E aí ele foi lá falar com a Madonna.
12:36Só que o sujeito não falava inglês.
12:38E a Madonna não falava português.
12:40Olha, se vocês não conhecem essa música, eu recomendo que vocês escutem.
12:45Porque ela é divertidíssima.
12:46Bom, aí ficou aquela confusão no ar.
12:49Isso aí é armadilha ou é oportunidade do século?
12:54Isso aí é aquele fator que agora sim vai decidir a eleição em primeiro turno a favor da esquerda?
13:01Ou agora acabou tudo porque o Donald Trump vai aplicar um golpe Zelensky no governo brasileiro?
13:09Ninguém sabe.
13:10Mas aí a gente tem uma pista.
13:12Porque parece que em uma entrevista a uma rede de TV dos Estados Unidos,
13:18um chanceler brasileiro teria dito que não, a agenda do governo está muito cheia.
13:24Não dá para acontecer um encontro semana que vem e o encontro seria substituído por uma ligação.
13:33Aí você fica se perguntando, caramba, quem é que recusa um encontro com o Donald Trump?
13:40Quem é que recusa uma visita à Casa Branca?
13:44Bom, uma ligação telefônica tem vantagens sobre o encontro presencial.
13:51Uma das vantagens é que o intérprete fica escondido.
13:54Não fica aquela coisa chata de você falar com o intérprete, o intérprete fala e fala lá, aí volta.
14:00A outra vantagem é que o encontro não fica registrado em vídeo.
14:05E assim, os dois lados podem depois divulgar a versão do encontro que eles quiserem.
14:12O encontro foi ótimo, chegamos lá, entramos com as nossas demandas, eles aceitaram tudo.
14:19Agora, mais uma vez, é difícil de acreditar que alguém recuse um convite para ir à Casa Branca.
14:27Eu já estive lá e é um lugar magnífico.
14:32Você, Geraldo, quais são as suas considerações sobre essas teses aventadas a respeito da reunião presencial
14:39versus por telefone, oportunidade ou armadilha?
14:44Olha, Caniato, é interessante, né?
14:48Porque cada grupo segue reagindo da forma que melhor lhe convém, sendo que nós não temos absolutamente nada de concreto.
14:56Ao que parece, o presidente brasileiro ficou inseguro, que é natural, ele não esperava por isso.
15:02Ele foi construindo uma imagem extremamente, não digo nem negativa, mas hostil de Donald Trump em relação ao Brasil.
15:11Donald Trump contribuiu com isso pelas cartas que escreveu, a forma como vem se referindo ao Brasil, ao presidente brasileiro.
15:18Então, agora, quando o Donald Trump quebra esse curso que era imaginado ser o curso natural da sua atitude em relação ao presidente brasileiro,
15:32o presidente brasileiro claramente ficou atônito e é capaz até de ter concordado com esse encontro no susto,
15:39sem se dar conta do que efetivamente estava acontecendo numa conversa de 30 segundos, segundo o próprio Donald Trump.
15:47O fato concreto é que não vejo condição do presidente brasileiro evitar essa conversa.
15:54Essa conversa deve acontecer.
15:57É claro que, para que ela aconteça, alguns elementos têm que ser previamente negociados pelo corpo diplomático dos dois países,
16:04para que a conversa faça algum sentido, digamos assim, seja minimamente produtiva para, esperamos, os dois lados.
16:13Pois bem, caso haja um encontro ali de interesses e a coisa seja levada a sério para que o Brasil possa destravar,
16:23sobretudo alguns setores que estão sofrendo brutalmente, hoje o Jornal da Manhã da Jovem Pan trouxe já mais de 10 mil pessoas
16:31perdendo emprego no setor madeireiro no Brasil.
16:34Então, isso tudo causa um impacto muito grande e há oportunidade de se encontrar um equilíbrio.
16:40Portanto, o presidente brasileiro vai ter que se despir dos seus preconceitos para que ele possa ter um encontro produtivo.
16:51É óbvio que a insegurança o deve levar a evitar aquele encontro presencial para que não aconteça com ele o que aconteceu com Zelensky.
16:59O Donald Trump se colocou como o macho alfa, aquela figura que domina os ambientes.
17:06O discurso dele hoje deixa isso muito claro e isso pode ser assustador para algumas pessoas.
17:14Portanto, usar de forma positiva esse encontro, Caniato, é uma obrigação do presidente brasileiro.
17:22O problema são as influências que sofre o presidente brasileiro fazendo cálculo eleitoral
17:30diante de algo tão importante como a preservação e, sobretudo, o fortalecimento das relações entre Brasil e Estados Unidos.
17:38Você, Dávila, será que você vai colocar para fora aquele seu lado otimista?
17:43Se pensarmos em uma reunião produtiva, ela deve tratar especialmente de quais pautas?
17:52Me parece que não dá para esperarmos somente uma reunião que trate das questões econômicas e comerciais.
17:59Eu acho que veríamos a discussão a respeito de outros temas.
18:04E aí, não pode ser justamente uma situação delicada para o presidente brasileiro confrontar o norte-americano?
18:13É, Caniato, é preciso muita inteligência emocional para lidar com Donald Trump, coisa que o presidente brasileiro não é craque nisso.
18:22Por que eu digo isso?
18:24Porque, na verdade, o que há de comum em todo comportamento de Donald Trump, o imprevisível, o imponderável,
18:32como foi a reação dele ao dizer que teve química com o presidente brasileiro, que está aberto à negociação.
18:39O ponto é o seguinte, se isso vai se tornar algo de maior tensão ou de entendimento entre os países.
18:48E isso, Caniato, não depende de Donald Trump, depende do presidente brasileiro.
18:55Se o presidente brasileiro está disposto a negociar pontos sensíveis para o governo americano.
19:03E o que são pontos sensíveis para o governo americano?
19:07Aquilo que tem a ver com o interesse dos Estados Unidos.
19:12Esquece Bolsonaro, esquece STF.
19:15Nada disso é ponto sensível para os interesses norte-americanos.
19:21Vou dar aqui três exemplos de assuntos sensíveis que o Brasil terá de negociar seriamente com Donald Trump,
19:29que, muito antes de ser presidente, era um homem de negócio.
19:32Então, o homem de negócio quer chegar a um acordo.
19:34O acordo é o seguinte, primeiro assunto, o Brasil vai ter que deixar de comprar petróleo da Rússia.
19:41Esse é o primeiro ponto.
19:42Vai ter que comprar petróleo dos Estados Unidos, da Noruega, ou liga para o Beraldo.
19:47O Beraldo conta para onde é que ele tem que comprar petróleo, de quem é?
19:49Mas da Rússia não vai poder comprar mais daqui para frente.
19:52Então, esse é o primeiro ponto.
19:53Isso afeta o interesse dos Estados Unidos.
19:57Estados Unidos, aí ela quer dificultar a vida de Vladimir Putin nessa altura do campeonato.
20:04Segundo ponto, tem a ver com os minerais raros.
20:08Algo que os Estados Unidos já jogou duro com Zelensky
20:11e só amenizou a relação com o presidente da Ucrânia
20:15quando teve um acerto sobre exploração de minerais raros.
20:19Então, esse é outro ponto de enorme interesse dos Estados Unidos nessa relação.
20:27E o terceiro é simplesmente não criar problemas para as empresas americanas,
20:34como foi o caso da decisão do Supremo Tribunal Federal
20:37ao fazer com que o Starlink pagasse por uma multa do X.
20:44Isso não existe.
20:45É lógico que Lula vai dizer que isso ele não tem nada a ver com isso,
20:49que essa é uma decisão do Supremo e tal.
20:51Mas, pelo menos, ele vai ter que mostrar que vai ter um bom sinal do presidente americano
20:57para sensibilizar a turma do Supremo a não importunar empresas norte-americanas
21:03que atuam no Brasil com decisões absolutamente estapafúrdias
21:08que fogem ao bom senso de qualquer regramento do mundo.
21:12Então, se você tocar esses três pontos,
21:16é capaz que tenha acordo e entendimento
21:18e que saia até abracinhos e beijinhos no fim do encontro.
21:23Mas o fato é que se o Brasil não estiver disposto
21:26a tratar de assuntos que mexem diretamente com interesses norte-americanos,
21:34aí pode ser que a conversa acabe azedada numa situação alazelenski.
21:40E aí
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