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A oposição articula incluir a prisão perpétua na PEC da Segurança Pública. A proposta tem apoio de parlamentares de direita e de governadores como Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado. O governo resiste, mas a ideia ganha força como resposta ao avanço do crime organizado.

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Transcrição
00:00Inclusive, eu cheguei a mencionar que nós iríamos destacar vários assuntos ligados à segurança pública.
00:08A oposição tem articulado incluir prisão perpétua no Brasil por meio da PEC de segurança pública.
00:16Essa proposta, que ganhou força no Congresso, tem apoio de parlamentares de direita e de governadores,
00:22como Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado.
00:24A ideia da implementação da prisão perpétua enfrenta muita resistência por parte do governo,
00:31mas é vista com bons olhos pela oposição, como forma de endurecer o combate ao crime organizado.
00:38Você, delegado Palumbo, faz parte da bancada da segurança pública,
00:41vai poder compartilhar um pouco dessas discussões em torno da possibilidade de inclusão da prisão perpétua no projeto.
00:48Seria maravilhoso, mas eu acho muito difícil que isso prospere,
00:55tanto por parte de boa parte do Centrão, como da própria esquerda e do governo federal.
01:01Eu sou mais radical ainda.
01:04Com o crime, a gente tem que ser radical e tem que ter tolerância.
01:07Aliás, não tem que ter tolerância.
01:08Com o crime, a gente não tem que ter complacência, a gente não tem que ter piedade,
01:12porque eles não têm piedade com as vítimas.
01:14O criminoso tem que entender que se ele enfrentar o Estado, ele vai parar no cemitério,
01:19ou se ele descumprir a lei, ele vai parar atrás das grades e vai cumprir a pena em regime integral.
01:24Além disso, sou favorável também a trabalho, mas o preso não tem que escolher se ele quer trabalhar.
01:29Claro que no atual modelo, eles não vão optar pelo trabalho.
01:33Vai trabalhar pra quê?
01:35No máximo, eles vão fingir que estão lendo alguns livros pra diminuir um pouco a pena,
01:39pra ter remissão da pena, ou então pra tentar diminuir a pena.
01:42Mas o trabalho tem que ser obrigatório pra pagar as custas do processo,
01:46pra pagar as custas da sua hospedagem, pra pagar o que ele fez de mal pras vítimas.
01:53Ou seja, tudo que for pra prejudicar a vida de criminoso é bom.
01:58É bom porque diminui a criminalidade, inclusive acabar com a visita íntima.
02:03Acabar com todo tipo de regalia.
02:05Ah, mas você é radical.
02:06Não, eu sou radical mesmo, assumo isso, em se tratando de criminalidade.
02:12Nós temos que ser extremista.
02:14O preso tem livre-arbítrio, comete crime porque quis.
02:17Foi ele que teve o livre-arbítrio de pegar um revólver,
02:20ou então de atropelar uma mulher e sair arrastando ela,
02:23pra depois a gente ouvir a desculpa esfarrapada que não percebeu.
02:27É impossível você estar com o corpo debaixo de um carro
02:31e não perceber isso quando você está andando com o veículo.
02:36Quer dizer, fez por maldade, por pura maldade.
02:39Mas o que vai acontecer neste país por causa da nossa legislação
02:43e muitas vezes por causa do judiciário?
02:46Daqui a pouco ele vai receber algum tipo de benefício pra responder em liberdade?
02:50Pode dizer que não seja agora, porque ainda está o clamor público.
02:53Mas daqui a um, um ano e meio, dois anos, a população já esquece um pouquinho,
02:58ele sai em liberdade e responde em liberdade num processo
03:01que pode durar cinco, seis, dez anos.
03:04Ou seja, isso é um total absurdo.
03:07E eu aposto com qualquer um, se o criminoso soubesse,
03:11e eu pergunto pra eles, ainda vou em delegacia,
03:15converso com o preso, converso com os policiais, pois não, Paniato.
03:18Eu só vou receber a rede, eu já devolvo pra você finalizar.
03:21Recebendo a rede Jovem Pan, as análises dos nossos comentaristas
03:26sobre a possibilidade de inclusão de uma emenda
03:29que trate de prisão perpétua no Brasil pra alguns casos.
03:33E aí o delegado Palumno faz uma análise aprofundada
03:36sobre essa possibilidade, e ele finalizava a reflexão.
03:39Passo a palavra pra você, delegado Palumno, por favor.
03:41Se o preso, se o criminoso, ele sabe que se ele cometer um crime,
03:47ele vai ficar preso o tempo integral,
03:50ou então que ele vai ter que trabalhar na cadeia,
03:53ou então que se ele colocar fogo no colchão, ele vai dormir na pedra,
03:56ou então que se ele fizer a greve de fome,
03:58ninguém vai se importar com isso,
04:00afinal de contas o Estado não tem que ficar dando comida
04:03na boquinha de marmanjo, ainda mais de marmanjo vagabundo
04:05que cometeu o crime.
04:06Ele vai pensar dez vezes.
04:07Agora, é claro que algum partido político,
04:11não preciso nem dizer o nome,
04:13caso isso passe, vai entrar no Supremo Tribunal Federal,
04:17vai alegar que a pena perpétua, assim como a de morte,
04:21ela é inconstitucional, é uma cláusula petra,
04:24e vai virar uma discussão política.
04:26Sou favorável, inclusive, de ter uma nova constituinte.
04:28O que é isso? É uma nova constituição.
04:30Aí a gente coloca todo tipo de pena,
04:33se esquece um pouco do criminoso nessa nova constituição,
04:36porque essa nova constituição só protege bandido,
04:38e vamos pensar nas vítimas.
04:40Aí sim a gente começa a ter uma redução dos índices criminais,
04:43porque do jeito que está,
04:44o Brasil é o paraíso dos criminosos.
04:47Qualquer criminoso, do corrupto ao ladrão de semáforo,
04:50entende que aqui tem audiência de custódia,
04:52aqui tem progressão de regime,
04:53aqui tem uma série de benefícios,
04:55aqui tem auxílio e reclusão.
04:56Tem que cortar tudo isso.
04:58Tem que ser radical mesmo,
04:59para o preso entender que aqui no Brasil
05:02não vale a pena cometer nenhum tipo de crime.
05:04O Mota e o Dávila farão as análises,
05:07mas como a gente recebeu a rede há pouco tempo,
05:10eu quero só fazer um pingue-pongue com você,
05:12delegado Paulo Lungo,
05:13só para não ter dúvida.
05:15Prisão perpétua, a favor ou contra?
05:18Favorável.
05:19Pena de morte?
05:21Alguns casos sim, Caneão.
05:23Redução da maioridade penal?
05:25Com certeza.
05:26Trabalho forçado na detenção?
05:29Mas com certeza absoluta.
05:31Tá bom.
05:32Daqui a pouco a gente volta nisso.
05:33Você, Mota, a possibilidade de inclusão desse dispositivo,
05:37prisão perpétua no Brasil.
05:40Eu acho que é uma boa ideia,
05:44é uma ideia moralmente correta,
05:48há criminosos que, pelo que fizeram,
05:52precisam, merecem passar o resto da sua vida
05:56em uma cela, e em uma cela sozinho,
05:59sem nunca mais ver o rosto de um ser humano.
06:02Agora, eu acho que isso, hoje, no Brasil,
06:07funciona mais como um bode na sala
06:10do que como uma medida concreta
06:13que a gente pode esperar
06:14a que seja implantada em pouco tempo.
06:17Então, eu acho muito bom
06:18que a direita, que a oposição,
06:21esteja trazendo esse assunto para a mesa,
06:24porque ele ajuda a colocar pressão
06:29para que os inúmeros absurdos
06:32do nosso sistema de justiça criminal,
06:34que o delegado Palumbo bem citou aqui,
06:38acabem.
06:39É, cada benefício mais obsceno do que o outro.
06:43Eu fico pensando o que se passava
06:45na cabeça das pessoas
06:47que criaram visita íntima, né?
06:50O sujeito comete um crime,
06:51estupra alguém,
06:53e aí ele é preso,
06:54tem direito a fazer sexo na prisão
06:56com o visitante.
06:57Aí coloca o nome,
06:59visita íntima,
07:00que coisa fofa, né?
07:02Eu só vou discordar de uma coisa
07:04do delegado Palumbo.
07:06Eu não acho que ele seja radical.
07:09Eu não acho que essas posições,
07:11de forma nenhuma,
07:13sejam radicais.
07:15Eu acho que essas são as posições corretas,
07:18são aquelas posições
07:19que foram adotadas
07:22em todos os países desenvolvidos.
07:25Você, Dávila,
07:27quais são as reflexões necessárias
07:29a serem feitas
07:30a partir de uma proposta como essa?
07:33O mais importante
07:35é definir quais crimes
07:37receberão pena perpétua
07:40justamente para servir
07:41como poder de dissuasão.
07:42Um desses crimes
07:43certamente é líder
07:46de facção,
07:47de organização criminosa.
07:48Isso aí tem que ter prisão perpétua.
07:50Pegou prisão perpétua
07:51sem discussão.
07:52Tem outros crimes também,
07:54feminicídio,
07:55que a gente falou aqui.
07:55Então, acho que é preciso
07:56definir bem.
07:57Definindo bem,
07:59é absolutamente importante
08:01para desencorajar
08:04determinados tipos de crime
08:05no Brasil.
08:06Agora,
08:06precisa fazer valer a lei.
08:08acho que esse é o grande problema.
08:10Só um paralelo aqui.
08:12Nós aprovamos uma reforma
08:13trabalhista
08:14que a justiça trabalhista
08:15não cumpre o que está na lei.
08:16Então, não adianta nada ter a lei.
08:18Nós tínhamos uma reforma trabalhista
08:19que era para justamente
08:20aumentar o número de empregos formais,
08:24diminuir a judicialização trabalhista
08:27e voltamos, Caniato,
08:29aos níveis de judicialização trabalhista
08:32antes da reforma
08:34simplesmente porque tem juízes
08:36na Justiça do Trabalho
08:39que não respeitam
08:40o que está na Constituição.
08:42Metade dos processos
08:44no Supremo Tribunal Federal
08:45hoje são questões trabalhistas.
08:47Ou seja,
08:48veja que absurdo.
08:49Se aprova uma lei
08:50é para diminuir a judicialização
08:53e essa lei não é cumprida
08:55pela parte da Justiça do Trabalho
08:57e isso acaba levando ao Supremo.
08:59Então,
09:00aprovar uma lei de prisão perpétua
09:02a meu ver é importante
09:03para determinados crimes,
09:05principalmente crimes hediondos
09:07e crimes de facção.
09:09Facção tem que colocar na cadeia
09:11para sempre.
09:12Isso é uma forma
09:13de desencorajar esse tipo de crime.
09:15Então,
09:16eu entendo que é sim
09:18uma coisa válida.
09:18agora.
09:20O ponto é
09:20como fazer valer a lei.
09:23Esta é a questão fundamental
09:25que temos de discutir.
09:28Não só no PL antifacção,
09:29mas como nessa PEC
09:30da Segurança Pública
09:32que agora está sendo
09:34muito aprimorada
09:36e melhorada
09:36pelo deputado Menor Safi.
09:38O Dávila lembrou
09:39de uma situação,
09:42mas que nos faz
09:43recordar de uma frase, né, Dávila?
09:46Muitos falavam
09:47no Brasil tem lei que pega
09:49e lei que não pega, né?
09:51Muitas leis foram aprovadas,
09:52mas não são seguidas à risca.
09:55Agora,
09:55Delegado Palumbo,
09:56qual seria o caminho,
09:58então,
09:58para a implementação
10:00dessas novas legislações?
10:01Uma revisão
10:03do Código Penal?
10:04Assim,
10:05há vontade política
10:06de promover
10:07esse tipo de mudança
10:08ou você acha que,
10:09inclusive,
10:09aqueles que defendem
10:10o endurecimento das leis
10:12não acham que
10:14no Brasil daria certo?
10:16Prisão perpétua,
10:17pena de morte,
10:18redução da maioridade penal,
10:20trabalho forçado
10:20na prisão,
10:21enfim,
10:21essas pautas
10:22que eu mencionei há pouco.
10:25É,
10:25o que mais se vê
10:25aqui no Brasil
10:26é pseudo-especialistas
10:28de segurança
10:28falando um monte
10:31de besteira,
10:32como tivemos
10:32recentemente
10:33uma ex-secretária
10:35adjunta
10:36no Rio de Janeiro
10:37dizendo que é capaz
10:38de neutralizar
10:38um traficante
10:39usando uma pedra.
10:41E se vangloria
10:42de ter escrito
10:42vários livros,
10:44vários artigos,
10:45mas não tem
10:45nada de prática.
10:47A grande verdade
10:48é que aqueles
10:48que opinam
10:49sobre segurança
10:50pública
10:50não têm a mínima noção
10:51do que estão falando.
10:54E isso é ruim,
10:55porque eles imaginam
10:56que o preso,
10:57que o bandido
10:58é um indivíduo
10:59que ele se rende facilmente
11:00se você for lá
11:00conversar com ele.
11:02Que um faccionado
11:03com um fuzil
11:04calibre 7.62,
11:05se você for lá
11:06conversar com ele
11:07tranquilamente,
11:08ele vai ter
11:08consciência social,
11:09vai se arrepender
11:10de todos os seus erros
11:12e vai entregar.
11:13Se você tiver
11:13com uma pedra,
11:14então você vai conseguir
11:15neutralizar esse traficante.
11:17São esse tipo de absurdo
11:18que os operadores
11:19de segurança pública
11:20escutam todos os dias.
11:21E lamentavelmente
11:22o Congresso Nacional
11:24tem poucos especialistas
11:25realmente
11:26de segurança pública.
11:28Mas eu repito,
11:29o caminho seria
11:30ou uma nova constituinte
11:31que é inviável,
11:33eu acho que não seria
11:34nem inviável,
11:35eu acho que é impossível
11:36porque nós estamos
11:36às vessas
11:38de uma nova eleição,
11:40mas para que se mudasse,
11:41principalmente se tivesse
11:43uma nova constituinte
11:45não dando tantos direitos
11:46para presos
11:47como o artigo 5º
11:49da Constituição Federal
11:50que fala dos direitos
11:51fundamentais da pessoa
11:52humana,
11:52claro,
11:53tem que ser direitos
11:54fundamentais para o cidadão
11:55do bem,
11:56não para o bandido
11:57tirar banimento
11:59de já a prisão perpétua
12:01e outros artigos
12:03que estão lá
12:03para proteger-os.
12:05Mas infelizmente
12:06isso não é possível
12:07neste momento.
12:09A gente só tem as mudanças
12:10quando há um clamor público,
12:12quando acontece alguma coisa
12:13como aconteceu
12:14com a corajosa operação
12:16lá no Rio de Janeiro,
12:18aonde o governador
12:19foi extremamente corajoso,
12:21fez o que tem que fazer mesmo,
12:23que é mandar
12:23a sua força,
12:25a sua tropa de elite,
12:27core,
12:28bop,
12:28e para cima do crime.
12:30E não pode
12:31dar nenhum tipo
12:32de complacência.
12:33Vai receber crítica?
12:33Vai receber crítica.
12:35tanto é que teve
12:36manifestações,
12:37carreatas de deputados,
12:39de pessoas ligadas
12:41aos direitos humanos,
12:42de especialistas
12:43de segurança,
12:43de ar-condicionado
12:44e de gabinete
12:45que subiram lá.
12:46Mas essas mesmas pessoas,
12:48a gente não vê
12:48uma palavra,
12:50por exemplo,
12:51sobre essa moça,
12:52essa menina
12:52que teve as pernas
12:53decepadas
12:54por um crápula
12:55de um feminicídio,
12:56de um louco,
12:57que tem que ter,
12:58se deveria ter
12:59a prisão perpétua,
13:01então,
13:01a pena capital
13:02que é a pena de morte.
13:04A gente não vê
13:04como uma jovem
13:05que foi morta
13:06na frente do pai,
13:07na frente do namorado,
13:08uma outra no Rio de Janeiro,
13:10uma jovem que foi morta
13:11vítima de uma bala certeira
13:12disparada por um traficante.
13:13A gente não vê passeata,
13:15a gente não vê comitiva,
13:16a gente não vê
13:17manifestação do governo,
13:18a gente não vê
13:18absolutamente nada.
13:20Recentemente,
13:21morreu um tenente
13:22da Polícia Militar,
13:23um oficial,
13:24preto,
13:25pobre,
13:25que estava combatendo o crime.
13:27Também não vi
13:27ninguém ligado aos direitos,
13:29essas pessoas que gostam
13:30de falar sobre minoria,
13:31defendendo esse tenente
13:33que é preto
13:33e pobre,
13:34não vi ninguém.
13:35Agora,
13:35se fosse o traficante morto,
13:37eles iam aparecer aí
13:38as pencas falando,
13:39ditando regra,
13:40curando holofote,
13:41dizendo que a polícia mata,
13:42que a polícia não deveria matar.
13:43Ou seja,
13:44é muito difícil
13:45ser operador
13:45de segurança pública
13:46neste país
13:47e é mais difícil ainda
13:49você tentar mudar
13:50as leis
13:51com um governo
13:52que apoia,
13:53infelizmente,
13:54que vê muitas vezes
13:55o bandido
13:56como vítima da sociedade
13:57ou como o traficante
13:59vítima do usuário
14:00e gente que vê,
14:01lógico,
14:01no assalto,
14:02enfim,
14:03tantas besteiras
14:04e asneiras
14:04que todos vocês
14:05já ouviram,
14:06inclusive,
14:07aí pelos canais
14:08oficiais da Jovem Plan.
14:10Nino escreveu o seguinte,
14:12é preciso revisar
14:13o código penal
14:14e a constituição também,
14:16precisa rever
14:16o sistema prisional
14:18e as regras,
14:19como visita íntima
14:20e visitas em geral.
14:21Obrigado pela mensagem,
14:23viu, Nino?
14:24Agora, Mota,
14:25o delegado Palumbo
14:26fala sobre mobilização
14:27popular,
14:28enfim,
14:29é preciso escutar
14:30o que a população
14:31pensa a respeito disso.
14:33E aí,
14:33pessoas lembraram
14:34daquele momento ímpar
14:37da nossa história,
14:38em que a população
14:39foi consultada
14:39sobre a possibilidade
14:41ou não
14:42de utilizar
14:42armas de fogo.
14:44E aí,
14:44a gente sempre lembra
14:45disso,
14:46que ouviram a população,
14:48mas não necessariamente
14:49a manifestação
14:50da população
14:50foi respeitada.
14:53Enfim,
14:54você sempre gosta
14:55de mencionar
14:56cases internacionais
14:58ou os países desenvolvidos
15:00que adotam
15:00essa legislação
15:01e nós não adotamos.
15:03Por que é tão difícil
15:04aprovar uma lei mais dura
15:06ou uma dessas
15:07que nós mencionamos
15:08há pouco aqui?
15:09Parece que aqui
15:10não vai pra frente, né?
15:12São dois motivos principais,
15:13Caneto.
15:14Primeiro,
15:15porque existe
15:15um lobby
15:16gigantesco
15:18muito bem financiado,
15:21inclusive com dinheiro
15:21de fora,
15:23que atua
15:23em praticamente
15:24todas as instituições,
15:26inclusive no Congresso
15:27Nacional.
15:28E que sempre
15:29que existe
15:30a possibilidade
15:31de endurecimento
15:32da lei,
15:33esse lobby
15:34vai lá
15:35e tenta de tudo,
15:36tenta convencer,
15:37tenta fazer propaganda,
15:39tenta entrar com ação
15:40na justiça
15:40e isso tem
15:42impedido
15:44a legislação
15:45de evoluir.
15:45esse aspecto
15:48está mudando.
15:50A gente tem visto
15:50o Congresso Nacional
15:51agora
15:52dando
15:53as primeiras
15:54derrotas
15:55pra esse lobby.
15:57Agora tem outra razão
15:58que é muito importante,
15:59Caneto,
15:59e tem a ver com
16:00exatamente isso
16:00que você falou.
16:02A maioria das pessoas,
16:03se você perguntar,
16:05elas vão dizer
16:06eu quero bandido
16:07na cadeia.
16:08Eu não me incomodo
16:09que o bandido
16:10fique o resto da vida
16:11na cadeia.
16:12Eu acho que o bandido
16:12tem que pagar
16:13pelo que ele fez.
16:15Agora tem um aspecto
16:17cultural
16:17que é incidioso,
16:19Caniato,
16:20e que as pessoas
16:21muitas vezes
16:22não percebem
16:23como as atitudes
16:25delas,
16:26inclusive a atitude
16:27de consumo,
16:29indiretamente
16:29apoiam
16:30esse ecossistema
16:31de bandido.
16:32Eu poderia falar,
16:33por exemplo,
16:34do uso de drogas
16:35aqui no Rio de Janeiro.
16:37Em qualquer lugar
16:37que você vá,
16:38no Rio hoje,
16:39tem cheiro
16:40de maconha.
16:41e muitas
16:42das pessoas
16:43que você vê
16:44usando maconha
16:45são menores
16:46de idade.
16:47Onde estão
16:48os pais
16:49dessas crianças?
16:50Tem outro aspecto.
16:52A quantidade
16:53de filmes,
16:55de novelas,
16:56de minisséries
16:58sobre vida
16:59de criminosos,
17:01criminosos
17:01que cometeram
17:02crimes brutais.
17:04As pessoas
17:05assistem,
17:06tem muita audiência,
17:08as pessoas comentam,
17:09como se fosse
17:11uma obra
17:12de arte.
17:13Você fazer
17:13uma minissérie
17:15sobre uma pessoa
17:16que mandou matar
17:17os pais
17:17ou que matou
17:19o marido.
17:20Por último,
17:21mais um aspecto
17:21dessa tolerância,
17:22Caniato,
17:23são as músicas
17:25que são toleradas
17:27pelas melhores
17:29famílias,
17:30por famílias
17:30de classe média,
17:31por famílias
17:32que cuidam
17:33dos seus filhos,
17:34mas nunca
17:35prestaram
17:36atenção
17:36às músicas
17:38que tocam
17:39nas festas
17:40desses jovens.
17:41São músicas
17:42que fazem
17:43apologia
17:44de pornografia
17:45e de crime.
17:47Bem interessante
17:48esses aspectos
17:49trazidos
17:50e destacados
17:51pelo Mota.
17:52Você, Dávila,
17:52quer também
17:53trazer a sua
17:54reflexão
17:55sobre
17:56as defesas
17:57que muitas vezes
17:58nós escutamos
17:59de grande parte
18:00da população
18:00e a dificuldade
18:02de se alcançar
18:03esse objetivo
18:04via
18:04poder legislativo.
18:06parecem
18:07em alguns momentos
18:08que nós estamos
18:08próximos
18:09a alcançar
18:11a aprovação
18:12de um projeto
18:13ou dar um salto
18:14em relação
18:15ao endurecimento
18:17da legislação,
18:18mas a gente
18:20fica sempre
18:20na praia,
18:21a gente morre
18:22na praia,
18:22fica sempre
18:23no quase.
18:24Parece que ia
18:25dar certo,
18:26mas não deu.
18:26Agora tem as eleições
18:27só na legislatura
18:29que vem.
18:30Na legislatura
18:31que vem
18:31já vai aparecer
18:32um outro problema
18:33e a tal aprovação
18:35se apresenta
18:36como inviável.
18:37É sempre difícil,
18:37né?
18:39É muito difícil,
18:41Caniato,
18:42pelas razões
18:43pelas quais
18:44o Mota
18:44acabou de descrever.
18:46Tem uma questão
18:46cultural
18:47e mudança
18:49de cultura
18:49demora,
18:51é lento,
18:52é gradual.
18:54Por outro lado,
18:55neste exato momento,
18:56nós temos
18:57dois projetos
18:58de segurança
18:59pública
18:59que,
19:00a meu ver,
19:01quem pode falar
19:02isso melhor
19:02é o delegado
19:03Palumbo
19:03e o próprio Mota,
19:05são avanços.
19:06O PL
19:07e a antifacção
19:08e essa PEC
19:09da segurança
19:10que deve ser
19:10apresentada em breve
19:11pelo deputado
19:12Mendonça Filho,
19:14me parecem avanços
19:15justamente
19:16nesta linha
19:17de endurecimento
19:18de penas.
19:20Ontem,
19:20eu fiquei
19:20conversando
19:22com o deputado
19:22Mendonça Filho,
19:24fiquei impressionado
19:25com essas ideias
19:25de que
19:26vai acabar
19:27progressão de regime,
19:29zero,
19:30né?
19:30Isso é muito bom,
19:32isso é uma das coisas
19:32que a gente está aqui discutindo
19:34e que são consideradas
19:35medidas importantes.
19:37Então, assim,
19:38veja só como o Congresso,
19:40de certa forma,
19:41está avançando
19:42com dois projetos
19:44importantíssimos
19:46para endurecimento
19:46de pena.
19:47Agora,
19:48esta mudança cultural,
19:50esta hipocrisia
19:51em querer leiduras,
19:53mas quer fumar maconha
19:54na esquina,
19:54essa hipocrisia
19:55de querer que dá
19:57para combater o crime
19:58e ficar escutando
19:58música
19:59elogiando o criminoso
20:01ou ficar dando audiência
20:02para programas
20:03que enaltecem
20:04a vida de criminoso,
20:06quase que romantizando,
20:08é um problema
20:08que a gente tem que resolver
20:09ao longo do tempo.
20:11Mudança cultural
20:12não é fácil.
20:13E isso é
20:14a influência,
20:15sim,
20:16desse pensamento
20:17de esquerda
20:17no nosso sistema
20:18educacional
20:19que trata
20:20essa história
20:21como a esquerda faz
20:23que acha que o criminoso
20:24é vítima da sociedade.
20:25Então,
20:26é preciso
20:26uma enorme mudança cultural.
20:29Não só a atitude
20:30dos pais
20:30nas famílias
20:31educando seus filhos,
20:32mas nas escolas
20:34e isso
20:35requer
20:36tempo.
20:37Mas o importante
20:38é que estamos
20:39avançando na legislação,
20:40coisa que
20:41ultimamente
20:42nós não vimos.
20:44Dois projetos
20:45importantes
20:46endurecendo
20:47penas.
20:48E isso
20:49é uma notícia
20:50favorável
20:52a nós
20:53que defendemos
20:54endurecimento
20:55de penas.
20:56A gente vai trazer
20:57daqui a pouco
20:58as informações
20:59sobre a PEC
20:59da Segurança Pública
21:00e também
21:01o PL
21:02Antifacção.
21:03Deixa eu só passar
21:03rapidamente
21:04para o delegado
21:05Palumbo
21:05que
21:06atua há muito tempo
21:08nas ruas,
21:09né?
21:09No seu trabalho
21:10na Polícia Civil
21:12tem uma interlocução
21:13direta
21:14com policiais
21:15civis
21:15e militares,
21:17sabe o que acontece
21:17nas ruas.
21:19Delegado,
21:19esse é o cenário,
21:20né?
21:20Há um
21:21culto
21:23à criminalidade,
21:25músicas que enaltecem
21:27a atuação
21:27dos bandidos,
21:29série que aparece
21:30como a mais vista
21:31no streaming
21:32por contar
21:33os casos
21:34dos presos
21:35famosos
21:35na penitenciária
21:37de Tremembé.
21:38Tudo isso
21:39junto
21:39acaba culminando
21:40nesse cenário
21:41que a gente
21:42vive hoje?
21:45É uma cultura
21:46de tornar o bandido
21:48como herói, né?
21:49Não deveria acontecer.
21:50Tivemos dois episódios
21:51recentes aqui na cidade
21:52de São Paulo
21:53e um dos casos
21:55um indivíduo
21:56dá um tapa
21:57por trás,
21:57um soco
21:58por trás
21:58do policial
21:59e toma um tiro.
22:00E aí eu vi muita gente
22:01criticando o policial.
22:03O policial não é pago
22:04para morrer,
22:05o policial não é pago
22:06para apanhar.
22:08Se você
22:08está disposto
22:09a dar um soco
22:10no policial
22:11por trás,
22:12quem te garante
22:13que você não vai pegar a arma?
22:14Então ele tomou um tiro
22:15e foi um tiro
22:16que tinha que ser tomado mesmo.
22:18Ele que teve
22:18o livre-arbítrio
22:19de ir lá
22:19tentar
22:20agredir o policial
22:22e sabe-se lá
22:23o que ele ia fazer.
22:24Se esse policial
22:24toma um soco na nuca,
22:26desmaia,
22:27o que ele iria fazer?
22:28Então a população
22:29do mal, né?
22:31Porque quem ataca
22:31um policial
22:32é do mal,
22:33tem que entender
22:33que não se coloca a mão
22:35em nenhum policial
22:36porque corre o sujeito
22:37de tomar um tiro,
22:37como acontece
22:38nos Estados Unidos.
22:40O outro,
22:41numa década,
22:41fazendo uma
22:42perturbação tremenda
22:44ao sossego alheio
22:45e é uma contravenção penal.
22:47A polícia militar,
22:47tem que agir
22:48no caso de contravenção penal,
22:50que é a perturbação
22:51do sossego,
22:52salvo engano,
22:52artigo 42
22:53da lei de contravenção penal
22:55e a polícia militar
22:56vai lá e acaba
22:57o show.
22:58Show de horror
22:59porque quem está
23:00com um barulho desse
23:00na porta de sua casa
23:01não consegue dormir,
23:02não consegue chegar,
23:03não consegue sair,
23:04tem um filho
23:05com transtorno de espectro autista,
23:06tem um idoso,
23:07é um inferno,
23:09é um inferno.
23:10E já que a polícia militar
23:11conversou,
23:12não saiu,
23:13cacetete
23:13não é objeto sexual.
23:15Foi feito pra bater.
23:16E aí o que que acontece?
23:18Vem um monte de especial
23:19de segurança,
23:19olha como a polícia
23:20é violenta.
23:21É simples,
23:22é só você acatar
23:23o policial.
23:25Abaixe o som,
23:26respeite a sinalização
23:28de trânsito,
23:29não impeça
23:29que as pessoas
23:30entrem e saiam
23:31da sua casa,
23:32que você não vai ter problema.
23:33Então eu vejo
23:34uma cultura
23:34aqui no Brasil
23:35de ataque
23:36às forças de segurança.
23:37E a gente não tem
23:39uma designação
23:39que proteja
23:41esses policiais.
23:42Muito pelo contrário,
23:44o policial
23:44pega um preso,
23:45algema esse preso
23:46e em 24 horas
23:48ele vai passar
23:48perante o juiz
23:49e o juiz vai perguntar
23:50como o preso
23:51foi tratado.
23:52Mas ninguém pergunta
23:53como o policial
23:54foi tratado.
23:56Ninguém pergunta
23:57pra um policial
23:58em menos de 24 horas,
23:59como tivemos um exemplo
23:59aqui na Parisópolis,
24:00onde o policial
24:00tomou um tiro no pescoço,
24:02se ele tá precisando
24:03de alguma coisa,
24:03se a família
24:04tá precisando de alguma coisa.
24:04Não, vamos perguntar
24:05pro preso
24:05se ele foi bem algemado,
24:07se ele foi bem tratado,
24:09se apertaram
24:10a algema do coitadinho,
24:11se ofereceram
24:12uma refeição.
24:13Então a gente tem que parar
24:14de ficar passando
24:16a mão na cabeça
24:16de criminoso.
24:18Porque senão
24:18quem vê isso de fora,
24:20olha,
24:21ele foi lá
24:21e deu um soco
24:22na nuca do policial
24:23e não aconteceu nada.
24:24O policial
24:25foi chamado
24:26pra impedir
24:27um baile,
24:27um pancadão,
24:28uma adeca
24:29que tava fazendo barulho
24:30e a gente veio,
24:31eles vieram aqui
24:32com duas, três viaturas
24:33e nós jogamos
24:34garrafa neles,
24:35agredimos,
24:36eles entraram na viatura
24:37e foram embora.
24:38Não, é o Estado,
24:39o policial
24:40representa o Estado
24:41e tem que mostrar
24:42força quando isso existe.
24:44Policial
24:45não foi feito
24:45pra apanhar,
24:46policial não foi feito
24:48pra morrer.
24:49Policial
24:50que é afrontado,
24:51o indivíduo
24:52que resolve afrontar
24:52um policial
24:53corre um risco
24:54de tomar um tiro
24:55e morrer.
24:56Faz parte do jogo.
24:57Se não tivesse
24:58dado um soco
24:59no policial,
24:59estaria vivo.
25:00que não foi feito.
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