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O Ministério da Justiça estuda um novo pacote para o combate ao crime organizado, que inclui a possibilidade de infiltrar policiais em facções. O "pacote antifacção" busca endurecer as punições e prever o bloqueio de bens e a intervenção em empresas ligadas ao crime.

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Transcrição
00:00Vamos mudar de assunto agora porque o Ministério da Justiça finaliza um projeto de lei que endurece as punições contra facções criminosas.
00:08Batizada de proposta anti-facção, a medida prevê aumento de penas, novas regras de investigação e medidas de controle dentro do sistema prisional.
00:20A punição para quem participa, financia ou lidera uma organização criminosa deve subir de 3 para até 10 anos de prisão,
00:28além de prever pena de 8 a 15 anos de reclusão para quem exercer domínio de território ou controle de atividades econômicas por meio de violência ou ameaça.
00:39O texto também amplia as penas para casos com uso de armas de fogo, explosivos, envolvimento de servidores públicos,
00:48infiltração em contratos governamentais ou o uso de crianças e adolescentes,
00:53autorizando a Justiça a intervir em empresas acusadas de envolvimento com facções.
00:58Nomeando gestores externos e suspendendo contratos com o poder público.
01:02Por fim, o projeto do governo também autoriza infiltrações de policiais e delatores nessas facções para ajudar a combater o crime.
01:11Roberto Mota, nosso especialista em segurança, como é que você vê esse projeto do governo aí?
01:16Se tudo isso acontecer, acho que a gente tem a solução, hein, Mota?
01:20Oba, eu gostaria de ter essa esperança, mas eu acho que nada substitui convicção.
01:30Quem não tem convicção firme e certa a respeito de um assunto, nunca vai conseguir propor soluções que ataquem as causas reais dos problemas.
01:41E no combate ao crime, a convicção mais essencial é a de que o criminoso faz uma escolha quando ele comete o crime.
01:50E ele deve pagar por essa escolha.
01:53Tem uma outra convicção importante que é a de que o criminoso, como todo mundo, age motivado por incentivos e punições.
02:01Então, você tem que diminuir os incentivos do crime e aumentar as punições.
02:07Esse governo já propôs um pacote anticrime, que é uma coleção de medidas inúteis, redundantes ou prejudiciais.
02:18Então, quem acredita que esse governo agora vai propor uma lei que efetivamente combata as facções,
02:26justamente as facções que o governo se recusa a classificar como terroristas.
02:33Eu não conheço o texto da lei, mas vi a notícia e fiquei pensando onde estaria a pegadinha dessa vez.
02:43Até que eu vi esse detalhe na notícia.
02:47Parece que o texto cria uma nova categoria de crime,
02:51que é o crime de pertencer a uma organização criminosa qualificada.
02:58E aí, prestem atenção nisso.
03:01Essa nova categoria de crime não admitiria fiança, anistia ou induto.
03:12Não é preciso muito esforço para adivinhar como uma nova lei como essa será aplicada.
03:19E você, hein, Luiz Felipe Dávila, o projeto está sendo batizado de antifacção.
03:26Oba!
03:27Se cumprirmos a lei, se nós acabarmos com saidinha, acabar com impunidade,
03:35se pegar 30 anos de cadeia, vai ficar 30 anos na cadeia,
03:39nós não precisaríamos mais lei no Brasil.
03:41Nós temos que fazer cumprir a lei.
03:42O problema é que a lei não é cumprida.
03:44Se tivermos capacidade de esclarecer os homicídios, né, como você sabe,
03:47só 36% dos homicídios são esclarecidos em São Paulo,
03:51nós precisamos fazer cumprir a lei.
03:53Nós temos essa mania de ficar criando lei.
03:55Agora, é preciso, sim, uma legislação específica para combater faccionados.
04:01Mas o fato é que este endurecimento com o sistema que existe de impunidade,
04:08com o sistema que existe de progressão de pena, vai ajudar a nada.
04:12Por que não quero falar? Eu não sou faccioso.
04:15Hoje tem uma vantagem de dizer que você é faccioso,
04:18porque você é protegido dentro da cadeia.
04:20Não, quando você é a pena de ficar muito complicado aqui,
04:22você vai dizer que você não é.
04:23E aí, para começar a provar que é, não é, é muito complicado.
04:27Então, essa lei antimáfia que a gente precisa ter,
04:30que eu sempre defendo aqui, estão misturando os assuntos.
04:34E essa mistura dos assuntos não ajuda a nada.
04:38No papel, aumenta-se a pena.
04:40Na ponta, nós continuamos a ser o paraíso do crime.
04:45Sua opinião também, Cristiano Beraldo.
04:49O Koba, veja, esse negócio de se infiltrar no universo do crime,
04:54para obter informação, isso quem fez foi o Tim Lopes.
04:58O Tim Lopes é um jornalista que estava tentando fazer uma matéria.
05:02Ele foi pego e o Elias Maluco, o tio do Oruan, parceiro do pai do Oruan,
05:09mataram o Tim Lopes e queimaram o Tim Lopes no pneu.
05:14Aí, essas mesmas pessoas que hoje estão aí,
05:17dizendo que estão fazendo uma lei para combater as facções e tal,
05:22são os mesmos que ficam aí aplaudindo o Oruan.
05:25Ah, o Oruan é o máximo.
05:27Quando o Oruan foi preso, porque só anda com marginal,
05:31participando do universo da marginalidade,
05:35militando a favor do Comando Vermelho,
05:37na hora que chegou na cadeia, ele sempre dizia,
05:39não, eu não tenho nada a ver com crime,
05:42esse é meu pai, tadinho.
05:44Aí ele chegou lá e se declarou do Comando Vermelho,
05:46faccionado.
05:48Ora, o senhor Oruan é faccionado.
05:50Alguém deixou de aplaudir?
05:52A emissora que empregava o Tim Lopes,
05:54que foi brutalmente assassinado, queimado,
05:58deixou de aplaudir, dar espaço para o Oruan?
06:02Não, não deixou, não.
06:04Porque este é o mundo da hipocrisia.
06:06Essas pessoas que estão aí se colocando
06:09numa posição de tentarem serem vistas
06:12como alguém que está fazendo alguma coisa
06:15para combater as facções criminosas,
06:17são as mesmas que recebem com tapete vermelho
06:21representantes de facção criminosa em Brasília.
06:25Isso foi registrado com imagem.
06:27Não é que eu estou inventando.
06:29Isso aconteceu.
06:30Esta militância permanente
06:33a favor dos faccionados
06:35contra as condições terríveis
06:38das prisões brasileiras,
06:40isso tudo acontece no dia a dia.
06:43autoridades desse governo
06:45que entram em áreas dominadas
06:47pelo crime organizado
06:49sem nenhum tipo de restrição.
06:51Me expliquem isso, meus amigos.
06:53Isso é ação
06:54de quem de fato quer combater
06:57facção criminosa?
06:59Gente que aplaude
07:0150% dos presos em flagrante
07:03saírem em audiência de custódia?
07:06Isso é a atitude
07:08de quem quer acabar com facção criminosa?
07:10Me desculpem, mas não há nada de concreto
07:13sendo feito pelo governo
07:16para resolver o problema
07:18do crime organizado.
07:20Nós sairemos deste governo
07:23com as facções criminosas
07:25mais poderosas do que elas eram
07:27em 2023.
07:30Roberto Mota, tem um trecho
07:31que a gente falou aqui
07:32que seria de criminalizar, penalizar
07:35aqueles que dominam territórios.
07:38parece que isso tem a ver
07:40com o combate à milícia, né?
07:42Como é que você vê
07:43esse ponto em específico?
07:46É incompreensível para mim, Cuba,
07:49porque eu achei que já fosse crime, né?
07:51Imagina, se nós,
07:52há quatro aqui, resolvêssemos
07:54comprar uns fuzis
07:55e tomar um quarteirão ali
07:57da Avenida Paulista
07:58e dizer que essa área aqui é nossa,
08:00aqui só entra quem a gente quiser,
08:02aqui a venda de gás
08:04vai ser controlada por nós,
08:05aqui não se pode cobrar eletricidade.
08:08Eu acho que levaria quanto tempo
08:10para a gente ser preso?
08:11Vinte minutos?
08:12Quinze minutos?
08:13No entanto, aqui no Rio de Janeiro,
08:15mas não conta para ninguém não, pessoal,
08:17que eu acho que a turma do governo
08:18não sabe disso.
08:19Tem mais de mil e quinhentas áreas
08:22dominadas pelo tráfico de drogas.
08:26Eu já vi estimativas da polícia
08:28que dizem que há aqui no Rio de Janeiro
08:30mais ou menos
08:31cinquenta mil criminosos armados.
08:35É mais do que as forças armadas
08:38de muito país.
08:38Não faz muito tempo
08:40uma médica da Marinha
08:42foi atingida com um tiro na cabeça.
08:45Ela estava dentro de um hospital da Marinha
08:48aqui no Rio de Janeiro.
08:49Esses incidentes são múltiplos.
08:52Aqui no Rio,
08:53são inúmeros os casos.
08:55No Rio de Janeiro,
08:56eu acho que é onde tem mais visibilidade.
08:58Eu tenho certeza que já aconteceram
09:00em outros lugares também,
09:01onde um turista mal informado,
09:03mal orientado por um aplicativo,
09:05entra numa rua errada
09:07e é condenado à morte.
09:10É política oficial, Cobar.
09:13É política oficial do Estado brasileiro,
09:15inaugurada aqui no Rio de Janeiro.
09:18A divisão dos criminosos
09:20nos presídios,
09:22de acordo com as facções.
09:23Essa história que o Beraldo contou,
09:26é verdade.
09:26O sujeito é preso,
09:28e perguntam para ele.
09:29Meu filho,
09:30a que facção você pertence?
09:32Porque é para ele ser enviado
09:34para um presídio
09:35controlado por aquela facção.
09:37Quem defende isso,
09:39diz que não,
09:40isso é essencial
09:41para o controle do sistema prisional.
09:44Ou seja,
09:44você controla o sistema prisional
09:46deixando o controle
09:48nas mãos dos criminosos.
09:50Os assassinos do Tim Lopes,
09:52o crime bárbaro,
09:54que não fez com que
09:56a maioria da mídia mudasse
09:57a sua ideia de que um criminoso
09:59é um bandido,
10:00como mencionou o Beraldo.
10:02Dois,
10:03os principais criminosos
10:04que torturaram o Tim Lopes,
10:06depois mataram,
10:07um
10:08passou para progressão de regime
10:11depois de cinco anos.
10:13O outro
10:14passou
10:14depois de sete anos.
10:16os dois fugiram.
10:19O ministro
10:19da Justiça
10:20aplaudiu
10:22que cinquenta por cento
10:23dos criminosos
10:24presos
10:24saem na audiência
10:26de custódia
10:27porque isso é importante
10:28para controlar
10:29a população
10:30dos presídios.
10:31E a gente já ouviu
10:32também
10:33uma declaração
10:34que essa tem que ser
10:35gravada
10:35no mármore
10:37de alguma,
10:38de algum monumento
10:40aos policiais
10:40do Brasil.
10:42A gente ouviu
10:43o governo
10:43dizer isso.
10:44Não há nada demais
10:46em um jovem
10:47roubar um celular.
10:49É só
10:50para tomar
10:50uma cervejinha.
10:52Só que esses
10:52celulares roubados,
10:54eles custam
10:55o sangue
10:56e a vida
10:56de muita gente.
10:57Agora nós vamos
10:58acreditar
10:59que este governo
11:00vai sugerir
11:02um projeto
11:02para realmente
11:04combater
11:05as facções.
11:06Mais uma vez,
11:07acredite quem quiser.
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