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O suspeito pelo ataque a dois membros da Guarda Nacional em uma área próxima à Casa Branca,Rahmanullah Lakanwal, será acusado de homícidio. Além disso, Trump também está envolvido em uma tensão com a Venezuela e negociações entre Rússia e Ucrânia. Para falar sobre esses eventos recentes, a Jovem Pan News recebe o professor e coordenador de relações internacionais, Frederico

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Transcrição
00:00Essa última semana foi turbulenta para o presidente norte-americano, Donald Trump,
00:05um ataque a tiros perto da Casa Branca, negociações entre Rússia e Ucrânia
00:09e ainda a crescente tensão entre Estados Unidos e Venezuela.
00:13Sobre esses eventos recentes, nós conversamos agora com o coordenador e professor de relações internacionais,
00:20o Frederico Seixas, a que eu agradeço demais a presença aqui no Jornal da Manhã.
00:24Muito bom dia.
00:27Bom dia, Cristina. Ô, David, bom dia.
00:29Bom, eu gostaria de começar te perguntando porque o jornal The Washington Post fez uma publicação
00:35dizendo que o presidente Trump e o Maduro conversaram, né?
00:40Então, assim, o clima de tensão realmente está instalado entre os países,
00:45até com o envio de navios americanos ali na costa venezuelana.
00:50De que forma que a gente pode ter uma expectativa sobre essa conversa
00:54e até sobre as tratativas que devem ser realizadas daqui pra frente?
00:59Bom, eu acredito que é um bom sinal, né?
01:05Na medida em que a gente tem uma situação bastante tensa acontecendo aqui no nosso vizinho.
01:11Trump deu sinais muito ambíguos, né?
01:16Aliás, ambiguidade é o tema que talvez dá nossa conversa hoje.
01:20Ele deu, estacionou um terço da frota naval dele no Caribe, né?
01:27Suspendeu o recesso de Natal dos soldados do Comando Sul, né?
01:33Indicando uma possível intervenção terrestre, inclusive.
01:38Então, essa possibilidade aí de um contato direto entre os líderes
01:44pra evitar qualquer ação militar aqui no nosso continente
01:49é um, né?
01:50No mínimo, é um bom sinal.
01:51Mas, né?
01:52Cheio de ambiguidades aí no caminho.
01:56Bom, senhor.
01:58David?
01:59É só fazer uma correção porque foi o New York Times.
02:02Eu disse o The Austin Push, né?
02:04Mas errei.
02:05E agora que eu fiz aqui a correção, a Paula pode seguir.
02:09Professor, bom dia.
02:11Você vê um risco de escalada em relação a essa guerra na região
02:17mesmo depois, enfim, do encontro entre Maduro e Donald Trump?
02:26Bom, bom dia, Paula.
02:28Eu gostaria de acreditar que não.
02:30Porque me parece mais um blefe, né?
02:34Todas essas mobilizações que ele tem feito, né?
02:38Um ataque militar terrestre nos moldes dos ataques ao Iraque ou Afeganistão
02:45basicamente por uma tentativa de mudança de regime
02:51é um cenário que a gente jamais imaginou aqui pra América do Sul, né?
02:56Agora, a gente sabe que intervenções indiretas, né?
02:59Por exemplo, operações secretas da CIA, né?
03:04A Central de Inteligência dos Estados Unidos
03:06tudo isso é muito mais plausível de acontecer, né?
03:11Inclusive, eventualmente, o assassinato do Maduro por essas forças da CIA
03:17tudo isso é menos descartável, vamos dizer assim.
03:21Mas, enfim, né?
03:24Esperando que o momento aí de ação de graças nos Estados Unidos
03:29aqueça o coração do Trump pra evitar qualquer desastre desse tipo.
03:36Bom, e a gente segue aqui com a entrevista com o Frederico, agora também,
03:40ampliando a conversa com os nossos analistas, começando pela Jess Peixoto.
03:44Bom dia.
03:46Professor, eu tenho uma pergunta pra você em relação à situação dessa escalada de conflitos.
03:52Você acabou de analisar que acha improvável.
03:53Mas nós temos visto, em vários momentos, ataques ali aos navios.
03:58Sabemos que existe um deslocamento considerável de forças militares
04:01pra região ali do Caribe, pra proximidades da Venezuela.
04:05E que isso tem um custo político e econômico para os Estados Unidos e pra figura do Donald Trump.
04:11Ele vive um momento interno nos Estados Unidos com críticas altas,
04:15com uma popularidade em queda.
04:17E até mesmo no protesto recente, sem reis, entre aspas, como foi intitulado,
04:22nós vimos uma mobilização muito alta.
04:25Em outros momentos da história dos Estados Unidos,
04:27guerras e conflitos foram utilizados também pra angariar suporte, apoio e até mesmo popularidade.
04:32Eu acho que o George W. Bush é um caso que demonstra isso, querendo ou não.
04:37Você não acha que existe também um fator Donald Trump imprevisível em relação a essa situação?
04:42E a caracterização dele do Maduro, que é um ditador, mas também agora caracterizado pelo governo dos Estados Unidos
04:49em muitos momentos como líder de uma organização narco-terrorista, narco-problemática ali.
04:55Como que você vê isso?
04:56Porque eu acho que a escalada, ela pode ser improvável em termos racionais,
05:00mas em termos retóricos e políticos, talvez ela seja capitalizada por Donald Trump.
05:06É, eu acredito, como eu falei no sentido de ser um possível blefe, né?
05:11O que o Trump quer conseguir é, talvez, chegar a esse limite de uma intervenção militar
05:17pra conseguir qualquer forma de ganho que anime sua base eleitoral nos Estados Unidos.
05:26Então esse ganho pode ser na forma de concessão, a exploração de petróleo na Venezuela,
05:31pode ser até a própria queda do regime do Maduro, né?
05:35A gente, você lembrou aí o George W. Bush, né?
05:39Eu tenho um exemplo ainda mais interessante que aconteceu nos anos 90,
05:43que foi justamente no caso ali do escândalo do Bill Clinton com a Monica Lewinsky, né?
05:49Em seguida, o Bill Clinton autorizou as operações militares da OTAN na Guerra da Bósnia, né?
05:56O que, inclusive, gerou, na verdade, foi quase que uma coincidência, né?
06:03Um filme, na época, que se chamava Mera Coincidência, a tradução pro português foi, de fato,
06:08feita em função da guerra que foi posterior à produção do filme, né?
06:14Mas parecia realmente uma mera coincidência.
06:16A história de um presidente americano que, em busca da reeleição,
06:19e, num caso de assédio sexual com uma jovem escoteira,
06:25acabava autorizando a ação militar dos Estados Unidos,
06:28num país muito pouco conhecido do público americano,
06:32mas que tudo, na verdade, se passava num estúdio de Hollywood, né?
06:36Então, a gente agora tem alguma coisa, inclusive, parecida, né?
06:39A gente tem o caso aí dos arquivos do Epstein,
06:43que sugerem uma série de comportamentos antiéticos, né?
06:48Com menores de idade, pelo presidente Trump,
06:52e o Trump, então, tentando desviar a atenção desse caso
06:56com a mobilização intensa, né?
06:58De tropas, de ações ali pra questão da Venezuela.
07:05Eu imagino que a gente vai falar sobre a questão da Ucrânia,
07:08mas é uma, como eu falei, uma questão ambígua demais, né?
07:12E você falou aí da imprevisibilidade,
07:15mas a imprevisibilidade do Trump pode ser bastante previsível,
07:18no sentido de que ela é um método, né?
07:21Particular desse presidente
07:23pra conseguir mover a política dos Estados Unidos no seu interesse.
07:29Então, na Ucrânia, é ambíguo,
07:30porque lá ele quer se portar como o mediador da paz.
07:35E aqui na América do Sul, no caso da Venezuela,
07:37ele sugere uma intervenção militar se aproximando.
07:40Nosso comentarista Cristiano Vilela
07:44também participa da entrevista.
07:45Vilela, sua pergunta.
07:48Professor, um bom dia.
07:50Aproveitando, inclusive, o ponto que o senhor colocou agora
07:53sobre uma certa ambiguidade do comportamento americano
07:56em relação à Venezuela, em relação à Ucrânia,
08:00trazendo um pouco isso pro cenário brasileiro.
08:02Como o senhor vê a atuação do governo brasileiro,
08:06a repercussão que isso pode ter pro governo brasileiro
08:09é considerado, pelo menos até então, até o momento,
08:12como um certo líder, né?
08:14No âmbito local, no âmbito regional,
08:16mas que diante de um contexto como esse
08:18pode acabar tendo ali a sua liderança fragilizada.
08:21Qual que é a sua leitura, a sua análise
08:23com relação às consequências que isso pode trazer
08:26pro Estado brasileiro?
08:28Bom, em termos de uma operação militar,
08:31Vilela, na Venezuela,
08:33é um desastre pra nós, né?
08:35Na medida em que isso vai gerar um fluxo migratório
08:38impensável ainda, né?
08:42E não calculado pro nosso país.
08:46Então, obviamente, pressionando muito mais
08:49as regiões de fronteira, né?
08:50O acesso desses fluxos migratórios pra dentro do país
08:55é muito mais difícil do que pros outros vizinhos
08:57da Venezuela, dada a região amazônica.
09:00Mas, enfim, continua sendo um grande problema humanitário
09:04também vindo pro Brasil, né?
09:06E o Brasil, o governo Lula em particular,
09:10por causa da tradicional aproximação
09:14com o governo da Venezuela,
09:16apesar dessa situação, tem evitado
09:20tomar a frente nessa mediação,
09:23entendendo que já existem problemas demais
09:25do Brasil com os Estados Unidos
09:26em relação ao tarifácio
09:28e os ganhos que o Brasil tem obtido, né?
09:31Nesse contexto podem ser ameaçados
09:34se o Brasil buscar qualquer forma de mediação
09:38que pareça nos aproximar mais da Venezuela
09:41do que do interesse dos Estados Unidos na região.
09:44Então, o Brasil tem se colocado alheio
09:47praticamente a essa situação,
09:50mas isso pode ter um limite, né?
09:52Quer dizer, a intervenção militar na Venezuela
09:56pode chamar o Brasil pra esse jogo
10:00e talvez levar uma deterioração
10:04das relações brasileiras com os Estados Unidos.
10:07E a possibilidade também do acordo
10:09entre Rússia e Ucrânia.
10:11Há poucas horas a gente tem o registro
10:14de mais um ataque da Rússia
10:16em território ucraniano,
10:18de acordo com o presidente ucraniano,
10:19Volodymyr Zelensky.
10:21Mais de 600 mil pessoas
10:23ficaram sem energia
10:24e três pessoas também, infelizmente, morreram.
10:28Em mais essa ofensiva,
10:30um ataque por drones,
10:31foram cerca de 500 drones
10:33utilizados, além de mísseis também.
10:35Porque as tratativas do governo americano
10:37são realizadas,
10:38mas as conversas também
10:40pouco têm avançado, né?
10:43É, os Estados Unidos
10:44propôs aí um plano de 28 pontos, né?
10:47Um novo plano,
10:48uma nova tentativa
10:49de se chegar à paz
10:51na questão da Ucrânia.
10:55O novo plano tem uma tendência
10:57de esclarecer as propostas, né?
10:59Dos Estados Unidos,
11:00mas, de qualquer forma,
11:02continua sendo um plano, né?
11:04Visto aí pela comunidade internacional,
11:07leia-se,
11:07é praticamente União Europeia,
11:09como excessivamente
11:12concedendo vitórias à Rússia, né?
11:16Existem até suspeitas
11:18de que esse plano proposto
11:19pelos Estados Unidos,
11:20na verdade,
11:21é uma versão
11:22de um documento russo, né?
11:25De proposta
11:26para o fim da guerra, né?
11:28Então,
11:29nesse contexto
11:32em que a Rússia entende
11:33que os Estados Unidos
11:34têm, de hoje, né?
11:35Do governo Trump,
11:36tem uma posição mais favorável
11:37ao fim da guerra
11:39do que era o caso
11:40com o governo Biden,
11:41a Rússia tenta avançar
11:44ao máximo, né?
11:45Nas suas conquistas
11:48territoriais
11:48no leste da Ucrânia
11:50para que elas sejam incluídas
11:52nesse possível acordo, né?
11:54O acordo já entende
11:56que é necessário
11:57que a Ucrânia abra mão
11:59de toda a região
12:00do Dombás, né?
12:01Nessa versão americana.
12:02Os europeus fizeram
12:03uma contraproposta
12:05recentemente, né?
12:06Nos últimos dias,
12:08em que,
12:09no caso desse ponto, né?
12:10Ainda há concessão
12:12territorial da Ucrânia
12:14para a Rússia,
12:15mas ela é feita
12:16a partir das linhas
12:17de contato
12:18dos exércitos, né?
12:19Que ainda não ocupam
12:21dos exércitos russos
12:22ucranianos, né?
12:23Que ainda não
12:25toma todo o Dombás, né?
12:27Então, qualquer conquista
12:28de território, né?
12:30Na Ucrânia
12:31pela Rússia,
12:32os russos
12:34é visto como
12:34uma oportunidade mesmo
12:36antes que esse
12:37acordo se efetive.
12:40Nós conversamos
12:41com o professor
12:42de Relações Internacionais,
12:44Frederico Seixas,
12:45que trouxe pra gente
12:46alguns esclarecimentos
12:48de alguns assuntos
12:48internacionais pra gente.
12:49Professor,
12:50muito obrigada
12:51pela participação
12:51no Jornal da Manhã
12:52de hoje.
12:53Seja sempre bem-vindo.
12:55Obrigado, Paulo.
12:56Obrigado, Cristiano.
12:56Bom dia.
12:57Até mais.
12:58Tchau.
12:58Tchau.
12:58Tchau.
12:58Tchau.
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