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Lula na Celac: professor de relações internacionais comenta solidariedade à Venezuela
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00:00
Essa cobertura já a partir de amanhã, que inclusive é o dia da abertura do evento.
00:06
E logo mais, gente, o presidente Lula vai embarcar para a Colômbia,
00:10
onde ele participa de um evento lá,
00:13
a Cúpula dos Líderes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos, a CELAC.
00:18
Esse evento deve reunir 33 países da América Latina e o Caribe,
00:22
além de 27 representantes de nações da União Europeia.
00:26
Sobre esse assunto, a gente vai conversar agora com o professor de Relações Internacionais,
00:30
Marcos Vinícius de Freitas.
00:32
Bom dia, professor. Bem-vindo ao Jornal da Manhã.
00:37
Bom dia, é um prazer conversar com vocês sempre.
00:39
Professor, o senhor acredita que Lula vai tocar no assunto Estados Unidos e Venezuela
00:44
nesse momento de tensão entre os países?
00:48
Não há dúvida de que este é um assunto muito importante,
00:50
porque o presidente Trump, que enfrentou aí uma situação difícil,
00:57
eleitoralmente falando, nós tivemos aí um problema eleitoral para o Partido Republicano,
01:04
e isso de alguma forma afeta a questão política nos Estados Unidos.
01:08
E claro que Trump, nesse processo todo, começa a sentir algumas retrações
01:13
com relação às políticas que ele tem implementado.
01:15
E essa ideia de invadir a Venezuela é uma ideia que ele já teve no primeiro mandato,
01:23
e claro, busca aí uma série de medidas e de alternativas
01:30
para tentar justificar isso perante a comunidade internacional.
01:36
Mas o fato é de que é uma preocupação.
01:38
Para a América Latina seria ruim que isso acontecesse,
01:41
porque nós veríamos aí mais uma vez uma intervenção dos Estados Unidos no continente,
01:48
e considerando que desde 1947 os Estados Unidos estiveram envolvidos
01:53
em mais ou menos umas 70 operações de troca de governo,
01:59
de operações para derrubar governos,
02:01
nós vemos que isso é uma preocupação,
02:04
uma região que tem enfrentado ainda
02:07
todas as dificuldades dessas movimentações que aconteceram no passado,
02:11
e o próprio período militar no Brasil
02:14
é reflexo desse tipo de política dos Estados Unidos.
02:17
Um dos tópicos também, né professor, muito bom dia,
02:20
é a militarização em relação ao Caribe pelos Estados Unidos.
02:24
Será que realmente isso vai adiante?
02:28
Nós temos que levar em consideração que o Trump está fazendo isso
02:32
com base em quatro aspectos, né,
02:35
para a gente não deixar de levar em consideração.
02:37
Claro que existe aí já há algum tempo,
02:41
como política externa dos Estados Unidos,
02:43
uma preocupação com a ascensão de regimes de esquerda na América Latina,
02:48
porque entende que a América Latina é o seu quintal nesse processo todo,
02:53
e com isso quer manter a região dentro de um espectro ideológico
02:58
que atinja e esteja de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
03:02
Então existe um argumento ideológico,
03:04
existe um argumento econômico também,
03:07
quando você olha ali para a Venezuela,
03:09
e olha também para as Goiânias, né,
03:12
onde você tem ali um grande reservatório global de petróleo,
03:17
e embora os Estados Unidos tenham autossuficiência de petróleo,
03:21
tem ali grandes interesses das suas empresas multinacionais,
03:25
a ExxonMobil e outras empresas norte-americanas
03:29
que atuam na região e que têm, claro,
03:32
um interesse em manter o seu poder nessa região,
03:37
explorando o petróleo.
03:38
E claro que o regime de Maduro não tem sido aí
03:42
um dos mais favoráveis nesse processo todo,
03:45
e claro que também com essa ideia
03:47
de uma possível guerra entre Venezuela e Vânia,
03:50
você nota que os Estados Unidos começam aí
03:53
a tentar estar mais presentes nesse processo
03:59
para a proteção das suas empresas.
04:01
E tem um terceiro aspecto
04:03
que nós não podemos deixar de levar em consideração,
04:05
que é a questão política norte-americana,
04:08
como eu mencionei antes,
04:09
e também o próprio Marco Rubio,
04:11
que começa aí a tentar se viabilizar
04:14
como possível candidato à sucessão de Donald Trump
04:17
daqui a algum tempo.
04:19
Mas, então, essa presença norte-americana na região
04:22
tem este objetivo de assegurar os interesses
04:26
dos Estados Unidos,
04:27
e obviamente que para aqueles que têm
04:30
a recordação histórica de que todos estes processos
04:34
de intervenção dos Estados Unidos, mundo afora,
04:37
não terminaram bem para os países
04:39
que sofreram o processo,
04:41
isso é temeroso e temerário também.
04:45
É só nós olharmos para aquilo que aconteceu
04:47
no Afeganistão, no Iraque, na Líbia,
04:51
em todos os processos de intervenção
04:53
que os Estados Unidos tiveram,
04:54
que romperam a ordem institucional,
04:56
que ainda que seja ruim e péssima,
05:01
depois dos processos de intervenção
05:03
conseguem ficar ainda piores.
05:05
Então, essa é uma preocupação
05:06
que deve rodar na América Latina,
05:09
que deve estar presente,
05:10
e claro, uma presença militar dos Estados Unidos
05:13
na região gera este tipo de preocupação.
05:18
Agora, professor, vou chamar os nossos comentaristas
05:20
para esse debate também,
05:22
começando pela Ana Beatriz Rich.
05:24
Professor, bom dia.
05:26
Professor, retomando um pouco a questão
05:28
da relação entre Brasil e Estados Unidos,
05:31
o senhor acha que eventual comentário
05:33
do presidente Lula a respeito da situação
05:35
na Venezuela pode, de alguma forma,
05:38
atrapalhar esse caminho de negociações
05:41
a respeito das tarifas
05:42
que, duras penas, a gente conseguiu iniciar?
05:48
Veja, eu acho que se você quiser
05:51
ser muito amistoso ao governo Trump
05:53
e ser completamente sem vértebra
05:56
nesse processo todo,
05:58
você admitir qualquer interferência
06:03
do governo americano na região
06:05
é péssimo para o próprio Brasil.
06:06
Nós sabemos que o Donald Trump
06:09
não entende outro diálogo
06:11
senão aquele que tem ali
06:13
uma posição mais dura e severa
06:16
e de enfrentamento até.
06:18
Porque todos aqueles que buscaram
06:20
um diálogo de subserviência
06:22
aos Estados Unidos,
06:23
como a gente observa na União Europeia,
06:25
na Coreia do Sul e no próprio Japão,
06:28
eles não conseguiram ali reverter a situação.
06:32
E mesmo depois da conversa do presidente Trump,
06:34
o senhor não me colocou o presidente Trump,
06:35
em que o Brasil quis oferecer
06:37
o seu ramo de oliveira
06:40
nesse processo todo,
06:41
ao que me conto,
06:42
as tarifas também não foram alteradas.
06:45
Diferentemente daquilo que os chineses,
06:47
depois da reunião,
06:48
logo tiveram ali um anúncio
06:50
de uma redução de 10%.
06:51
Então, fica muito clara
06:53
aquela velha frase do Harry Kissinger,
06:55
dizendo que ser inimigo dos Estados Unidos
06:58
é um grande problema,
07:00
mas ser amigo pode ser fatal.
07:01
E essa é uma preocupação que a gente tem que ter.
07:04
Porque a subserviência na política externa,
07:07
com relação ao presidente Trump,
07:08
significa a possibilidade de ele fazer
07:12
e impor a sua vontade nos países e na região.
07:15
Então, é isso que a gente precisa ter.
07:16
É um pouquinho de coluna vertebral
07:19
para enfrentar esse tipo de situação.
07:20
Bom, participa aqui com a gente também
07:23
o Henrique Kriegner,
07:24
fazendo a próxima pergunta.
07:25
Professor, bom dia.
07:27
A minha pergunta tem a ver
07:28
com o relacionamento da CELAC,
07:30
do grupo como um todo,
07:32
na pauta da próxima semana.
07:35
O continente sul-americano
07:37
e também envolvendo a América Central,
07:40
defender agora a legitimidade,
07:43
talvez,
07:43
quer dizer,
07:44
a ilegitimidade
07:45
de uma intervenção americana
07:47
é uma coisa esperada,
07:49
que seja essa a pauta.
07:50
Mas o posicionamento do presidente Lula,
07:53
defendendo a questão da soberania,
07:55
dizendo que isso,
07:56
que é o que ele tem feito recentemente,
07:58
isso não fica um pouco vazio?
08:01
O discurso não fica um pouco vazio
08:03
para a política externa brasileira?
08:05
Porque a política externa brasileira
08:07
sempre foi reconhecida
08:07
por ser muito pragmática.
08:09
E, nesse sentido,
08:11
não oferece soluções para a Venezuela,
08:13
enquanto também rejeita
08:14
a intervenção americana,
08:16
que aí é uma outra discussão.
08:18
Mas não seria mais produtivo
08:19
discutir, então,
08:20
como é que nós garantimos
08:21
a autodeterminação
08:22
do povo venezuelano
08:24
que não teve o direito
08:25
de escolher seu presidente?
08:28
O fato é de que também
08:30
você querer que o Washington decida
08:33
quem vai ser o próximo presidente
08:35
da Venezuela
08:35
também é equivocado, né?
08:37
Porque nós fizemos isso já
08:38
quando o governo dos Estados Unidos
08:41
decidiu que o presidente da Venezuela
08:42
era o Guaidó
08:44
e não aconteceu nada.
08:45
E muitos países latino-americanos
08:47
embarcaram naquela decisão
08:50
de não reconhecer a Venezuela.
08:52
O fato é
08:52
de que diplomacia
08:55
é conversar com seus inimigos.
08:58
Diplomacia não é conversar
08:59
com quem você se dá bem, não é?
09:01
Então, a arte da diplomacia
09:04
é justamente manter o contato
09:06
com países com os quais nós discordamos.
09:09
E não somente
09:10
tentar reverter as situações
09:13
por meio de sanções
09:14
ou por meio de atuação militar.
09:18
Então, isso vai contrariamente
09:20
toda a ideia de diplomacia, não é?
09:23
A partir do momento que você só acha
09:25
que diplomacia é conversar com seus amigos.
09:27
Então, a postura do Brasil
09:28
nesse sentido tem de ser
09:30
de que o diálogo
09:31
é a melhor forma,
09:33
embora nós reconheçamos
09:34
que o diálogo tome tempo, não é?
09:36
Ele demora muito mais tempo
09:38
para resolver as situações.
09:39
E é claro que neste diálogo
09:41
nós podemos ter instrumentos de pressão
09:44
através do comércio,
09:46
nós podemos ter aí
09:47
uma tentativa de fazer
09:49
com que Maduro compreenda também
09:51
a sua...
09:53
que a longevidade do seu governo
09:56
já está chegando ao fim.
09:58
Então, é preciso que haja aí
10:00
a conversa neste processo todo.
10:02
Mas abster-se da diplomacia,
10:04
querer aí, através de imposição,
10:07
alterar o quadro
10:09
é temerário nesse processo todo.
10:11
E o grande desafio
10:12
que nós enfrentamos
10:13
é de que qualquer presidente
10:15
que vier a assumir na Venezuela,
10:19
se não tiver aí
10:20
um processo de amnistia,
10:24
um processo de inserção
10:26
ou de reinserção
10:28
daqueles que apoiaram Maduro
10:30
ao longo dos anos,
10:31
você vai ter ali
10:32
um regime político
10:33
muito complicado posteriormente.
10:35
O grande desafio,
10:37
na minha opinião,
10:38
em todo esse processo,
10:39
é que quebrar a ordem institucional
10:42
pode ser muito pior
10:44
em razão do tempo
10:45
que vai tomar para ser reconstruído.
10:48
E a única coisa
10:48
que nós não gostaríamos
10:50
de ter na América Latina
10:52
e particularmente nós,
10:54
no Brasil,
10:54
que somos um país
10:56
que tem fronteira com a Venezuela,
10:58
é ver uma ordem institucional
11:00
quebrada
11:00
que leve o país ali
11:02
a se tornar ainda pior
11:05
do que já está
11:06
e levarmos aí
11:07
a uma situação
11:08
de um Estado falido
11:09
num país que foi,
11:11
historicamente,
11:12
um grande baluarte
11:13
da democracia
11:14
na América Latina
11:15
e que se perdeu
11:17
nos últimos anos,
11:18
claro que por enormes erros
11:19
que ocorreram politicamente
11:21
dentro do país,
11:22
mas que não consegue aí
11:24
reverter essa situação
11:26
porque o fato
11:28
de estar sob ameaça constante
11:30
fortalece o regime
11:31
que está no governo atualmente.
11:34
Então é muito fácil
11:34
para tanto Chávez
11:36
como Maduro
11:37
utilizarem
11:38
dessa situação
11:39
com os Estados Unidos
11:40
para se fortalecerem
11:41
politicamente.
11:42
Então é um erro,
11:43
é um erro diplomático,
11:45
é um erro da diplomacia
11:46
norte-americana
11:47
e é um erro também
11:48
dos europeus
11:49
que caminham
11:50
nos mesmos passos
11:52
sem levar em consideração
11:53
que o diálogo
11:54
é fundamental
11:55
para que isso
11:55
mude eventualmente.
12:00
Muito obrigada
12:01
professor Marcos Vinícius
12:03
de Freitas
12:04
e a gente vai acompanhar
12:06
claro os desdobramentos
12:07
da SELAC
12:08
desta reunião
12:09
que acontece hoje
12:11
e também o discurso
12:12
do presidente Lula
12:13
ao longo da nossa
12:14
programação aqui.
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