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Uma pesquisa da CBF Academy e da Atlas Intel revelou que 23% dos torcedores brasileiros investiriam em ações de clubes. No quadro Negócios em Jogo, o piloto, empresário e comentarista Cacá Bueno comentou o potencial do modelo de capital aberto para os clubes e como ele pode transformar o mercado esportivo no Brasil.

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Transcrição
00:00O futebol e o mercado de capitais, 23% dos torcedores brasileiros afirmaram que investiriam em ações de clubes caso fossem ofertadas no mercado de capitais.
00:18Isso é equivalente a aproximadamente 40 milhões de brasileiros. A descoberta é de uma pesquisa com o título Perfil Demográfico da Torcida Brasileira de Futebol, lançada pela CBF Academy em parceria com a Atlas Intel.
00:34O estudo mapeou em profundidade o comportamento, o consumo e a relação econômica da população com o futebol brasileiro. E nós vamos conversar sobre essas constatações com o piloto, empresário, campeão e notável do nosso canal, Cacá Bueno, eu no Negócios em Jogo.
00:51Oi, Cacá, bom dia.
00:52Como você está, meu amigo?
00:53E aí, você? Tudo bem?
00:53Bem demais.
00:54Sempre bom recebê-lo aqui no Real Time.
00:57Bom, Cacá, primeiro, você investiria no seu Fluminense?
00:59Investiria.
01:00Eu acho que eu investiria. Conhecendo um pouquinho do mercado, acreditando no esporte como um bom investimento, eu investiria.
01:06E não estou sozinho nessa pauta, nem a gente trouxe uma arte, mostrando o tamanho, tem uma artezinha para a gente mostrar o tamanho da confiança dos brasileiros em investir em futebol.
01:17Cara, e é um pouco o que você falou, são 48 milhões de brasileiros que querem investir.
01:24E a parte impactante disso é que até é um investimento razoável.
01:304 e 4 milhões de pessoas querem investir acima de 5 mil reais.
01:35Olha só.
01:36Mais impactante do que isso é se a gente pensar na própria B3.
01:39A B3 hoje tem 5 milhões de brasileiros ativos, pessoas físicas que investem em Bolsa, no mercado aberto.
01:47O número que investiria em futebol é muito maior.
01:49Ou seja, o brasileiro não é tão, assim, aberto a investimento e a gente tem uma percepção de que, sendo futebol, parece que eu conheço um pouco mais e eu investiria no meu clube.
02:01Olha só.
02:01Mas a gente tem um dado muito importante.
02:04Em agosto foi divulgada uma pesquisa de que a gente passou de 100 clubes brasileiros que já viraram SAF.
02:10Exato, número exato, 117 clubes no Brasil já viraram SAF.
02:15Tudo isso eu não tinha essa noção, não.
02:17A gente tem Bahia ali, o mais conhecido, Cruzeiro.
02:19Isso, tem vários mais conhecidos.
02:22Botafogo.
02:23Mais conhecidos.
02:24João Texto.
02:25Mas 117 clubes já viraram SAF e até agora nenhum, absolutamente, nenhum clube no modelo de capital aberto.
02:32Aperto, né?
02:33Nenhum dele.
02:33Todo mundo procura um grande mecenas que resolva os seus problemas e não, talvez, um modelo onde o próprio torcedor ainda continue sentindo proprietário do clube e ele acabe investindo no clube.
02:45Mas se você olhar o mundo, ele é um pouco diferente.
02:48Você tem o Manchester United da Inglaterra com a ação na Bolsa de Nova York.
02:53Você tem os gigantes italianos, Roma, Lázio, Juventus na Bolsa Italiana, Borussia na Bolsa Alemã.
02:59Olha só.
02:59Os clubes portugueses, o Esporte Benfica e o Porto na Bolsa Portuguesa, o Ajax na Holanda e vários exemplos do mundo inteiro onde o clube tem ou total ou um porcentual das ações do seu clube disponíveis aos torcedores.
03:13Para que você não tenha que buscar um grande mecenas que ponha um bilhão de reais no seu clube.
03:20É como o John Dexter que a gente estava falando.
03:21Mas que você venha no seu próprio torcedor, que ele se sinta proprietário, invista no seu clube, participe da votação, escolha a sua gestão e tenha uma gestão mais transparente.
03:31A gente tem até uma segunda arte, a gente vai mostrar um pouco isso.
03:34Porque com esses números, os clubes podem começar a repensar essa questão, porque mudaria aí o modelo de financiamento do futebol, seria interessante para o clube, que você capta mais dinheiro para comprar um jogador.
03:45Muito interessante, não só para os gigantes que já estão aparecendo aqui na nossa tela.
03:48Olha que bacana isso, hein?
03:50Que estão aparecendo na tela.
03:51Mas, na verdade, a gente tem um modelo diferente que falam que o Brasil ainda não está maduro.
03:56Mas a CVM não proíbe, tá?
03:58Ela soltou um comunicado em 2023, ainda só botando, olha, precisa ter governança, transparência, botando aqui alguns alertas para clubes que fossem nesse caminho, mas que não é algo proibitivo no Brasil.
04:12Simplesmente a busca ainda continua de um grande mecenas.
04:16Mas a gente tem grandes clubes onde a torcida, um percentual de sua torcida, nem muitas delas acreditam no modelo SAF ou não concordam com o SAF.
04:26Mas, em outro ponto, investiriam no seu clube.
04:3043% da torcida do Flamengo, por exemplo, ou da pesquisa em geral, na verdade, essa é da pesquisa em geral, investiriam seu dinheiro no Flamengo, no Palmeiras.
04:40Isso quer dizer, tamanho de torcida e resultado esportivo influencia na opinião.
04:45A gente já vê, né?
04:46Os dois que brigavam até então pelo Campeonato Brasileiro, parece que já ficou mais pelo Flamengo ou para o Flamengo, e que vão disputar ali, olha, no final de semana, a final da Libertadores.
04:55Então, você tem os dois principais clubes brasileiros no momento aqui, liderando a lista de investimento.
04:59Liderando de confiança e de investimento.
05:02Mas não é o Corinthians que aparece aqui em terceiro.
05:05Isso chama atenção.
05:06Isso chama atenção.
05:08É o Bragantino.
05:09Mostrando que um profissionalismo em sua gestão, uma transparência, leva a confiança do brasileiro no geral de falar,
05:17opa, deixa eu investir o meu dinheiro em algum lugar aqui.
05:21Na sequência, aparecem clubes, o quarto é o São Paulo, o quinto é o Fluminense e o sexto é o Botafogo.
05:28Você vê que nem Santos e nem Corinthians aparecem nessa lista.
05:31Então, nem sempre você precisa de ser um gigante.
05:35Clubes de torcidas menores, mas com mais transparência na sua gestão, aparecem na preferência de investimento para clube.
05:40O Bragantino, que tem uma grande empresa por trás, que tem, inclusive, gestão em outros clubes, clubes alemães, como o Leipzig.
05:49Nos Estados Unidos.
05:50Nos Estados Unidos, na Áustria.
05:51Então, você tem, como você disse, uma gestão profissional, você dá mais confiança, tranquilidade para aquele investidor.
05:56Mais já reconhecido pela população brasileira.
05:59Então, você acaba tendo um grupo grande de opções e você poderia ter essas opções, levando para o mercado uma ideia um pouco mais nacional.
06:11A gente tem clubes hoje no Brasil que têm torcidas gigantescas, mas não estão na Série A, B, C ou D.
06:17Apesar de 117 clubes já terem virado SAF, a gente tem um universo gigantesco de clubes no Brasil.
06:21A gente tem o Remo, por exemplo, que agora, recém, está subindo, uma torcida muito grande, gigantesca, mas você tem outros times no mesmo lugar, não querendo já criar um conflito em Belém, mas em outro lugar, o Paysandu acabou caindo de divisão.
06:41Pois é, o Remo sobe, o Paysandu desce, mas você tem vários clubes no Norte, no Nordeste, mesmo no Sudeste, de torcidas muito grandes e que estão na Série D, ou mesmo sem série.
06:52E eles ficam limitados na sua capacidade de fazer receita e estão buscando grandes mecenas.
06:57Talvez o caminho fosse até outro, fosse um caminho de um capital aberto, onde você quitaria suas dívidas e multiplicaria a capacidade de fazer receita com mais transparência e profissionalismo.
07:08Uma continha básica para a galera entender em casa.
07:12Um clube hoje que tem uma capacidade de fazer receita de 200 milhões de reais por ano.
07:16Esses aqui passam de um bi hoje de receita, claro, mas você tem um clube hoje com capacidade de fazer 200 milhões.
07:22Aí vem a grande pergunta, Kaká, mas se tem acionistas, eles querem aferir lucro.
07:27Você quer a ação valorize, que a distribuição de dividendos tenha?
07:32Sim, mas quando você faz uma gestão profissional e você leva um clube médio, ou que está em divisão muito inferior, mas tem uma torcida gigantesca,
07:39que hoje está fazendo 150, 200 milhões de receita anual, você fazendo uma gestão boa e quitando as dívidas que ele fez no passado com esse mercado aberto, com essa entrada na Bolsa,
07:51você pode multiplicar ela para 400, dobrar a capacidade desse clube de fazer receita.
07:55Mesmo que no final do ano você distribua 15% do seu lucro, que você distribua 60 milhões de reais, você salta de 150 para 340 milhões de receita para ser gasto no futebol.
08:07Porque o modelo que a gente conhece no Brasil é sempre, sobrou dinheiro, deixa eu investir no meu time.
08:12Eu quero, meu investimento é desportivo e não financeiro.
08:15E muitos clubes, durante muito tempo, nem sobrando dinheiro, gastavam dinheiro para investir no clube.
08:20Pois é, e por isso que a gente vem aí para um modelo de SAF, que cai no modelo de SAF, que 36% são favoráveis.
08:32Ou seja, muita gente é favorável, 27% é contrário, 35% ainda não sabem.
08:39Talvez você trazendo um modelo novo de SAF, você conquiste o coração desse porcentual aqui.
08:44E olha, você sabe, né, Cacá, que essa questão do SAF, ou de mercado aberto, tem ultrapassado aí as fronteiras.
08:51O Real Madrid já está ventilando um novo modelo de negócio no clube.
08:57Um dos maiores clubes da Europa, mais rentáveis, ou mais rentáveis, não posso talvez dizer mais rentáveis, mas que atraia mais dinheiro, né, o que...
09:05Capacidade de fazer receita.
09:06Capacidade de fazer receita.
09:08E já está pensando também um novo modelo.
09:11Sim.
09:11Porque atualiza, então é interessante a gente falar, né?
09:13Óbvio que oscila, eu dei uma olhada hoje nas ações de alguns clubes que têm mercado na bolsa, e tem clubes que nessa semana subiram 2% ou 3% das suas ações.
09:22Então, passa a ser um modelo que, por brasileiro, que gosta de investir em esporte, e ele acha que ele entende muito mais do clube dele, de que talvez uma ação de uma empresa que ele não reconheça.
09:30É verdade.
09:30Ele vê a capacidade da gestão e faça um investimento.
09:33Muito se ventilou nessa pesquisa até um advento das SAFs, por exemplo, em relação às casas de apostas, as famosas betss.
09:42Muita gente, no começo, confundiu, Bet, que é entretenimento com investimento, né?
09:49E alguns influenciadores mal intencionados levavam a entender que era um investimento.
09:54Então, muita gente fez ali como se fosse um investimento e não apenas um entretenimento, uma diversão.
10:00Nesse modelo de ação, passa a ser realmente um investimento direto ao seu clube, com a capacidade de você ter uma valorização.
10:09Tanto na distribuição de lucros no final do ano, quanto uma valorização da sua própria ação.
10:14Investi no meu clube, saínei minhas dívidas, meu clube saiu lá da Série D, eu tenho um clube de torcida imensa, cheguei na Série A, como o Remo fez, a minha ação valorizou e eu posso vender ela ao mercado.
10:24Então, aí sim, passa a ser um investimento direto no seu clube e não através das casas de apostas, que aí é uma outra conversa para um outro dia, mas que ela funciona muito bem para o mercado brasileiro despejando dinheiro, mas ela é um entretenimento e não um investimento direto no clube.
10:40Olha, Cacá, acho que você trouxe um dos temas mais interessantes aqui dos últimos tempos em relação a investimentos no esporte, porque realmente é uma questão muito, hoje, relevante, importante, porque você vê...
10:53Eu lembrei de um time que tem uma grande torcida que poderia alavancar mesmo com esse investimento, o Santinho, o Santa Cruz, lota o Arruda, estamos lá na...
11:01Uma das torcidas mais engajadas e grandes do Brasil, mas que hoje, pela dificuldade de fazer receita, porque fica jogando uma Série D ou às vezes sem série, tem uma capacidade reduzida de fazer receita.
11:13Talvez a Alissa nasce um pouco das dívidas, fizesse uma receita maior e começasse a subir divisão valorizando suas próprias ações.
11:19Então, talvez fique o alerta, 117 clubes no Brasil viraram SAF, nenhum no modelo de mercado aberto e no mundo é muito utilizado esse modelo de capital aberto.
11:30Será que não era hora de olhar um pouquinho com mais carinho sobre isso e não só achar um cara que salve o seu clube?
11:36Alguns clubes, você perguntou do meu Fluminense, alguns clubes têm ido para um lado um pouco mais híbrido dessa questão, trazendo não só uma pessoa física para ser o dono de uma SAF, mas um grupo para ser.
11:49Mas ainda é um grupo limitado, não só uma ação, não é ali um papel negociável direto dentro de uma B3, por exemplo.
11:56É isso, e pelo jeito está dando certo, porque você deu exemplos de alguns times europeus que são verdadeiros canhões.
12:02Na Itália, na Alemanha, Portugal, na Inglaterra.
12:04E olha, seria benéfico até para o mercado brasileiro, não falando só de esporte para a própria B3.
12:10Ela tem 5 milhões de hoje pessoas investindo na B3.
12:13Se você leva a SAFs ali para dentro, imagina a quantidade de gente que começa a investir, começa a estudar investimento,
12:19entra na bolsa de negócios e começa talvez dali diversificar um pouquinho o investimento.
12:25Falta um pouquinho de educação financeira para o brasileiro, a gente sabe disso, talvez o esporte seja uma porta de entrada para isso.
12:31Sensacional.
12:32Cacá Bueno, que bacana esse tema que você trouxe.
12:35Muito bom falar contigo.
12:36Obrigado.
12:37Um grande abraço e uma ótima quarta-feira para você, Tati Fala.
12:40Até mais, Cacá.
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