O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, comentou a retirada de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros e confirmou que o governo se mobiliza para reverter as sanções aplicadas a ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. O objetivo é usar o canal de diálogo reaberto após o acordo tarifário para negociar a suspensão das punições da Lei Magnitsky. Reportagem: André Anelli
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00:00das tarifas, das retiradas das tarifas dos Estados Unidos nos nossos produtos brasileiros.
00:05Dessa vez, um ponto entra no debate, que é a sanção das autoridades brasileiras.
00:10E o André Anelli está acompanhando a movimentação lá em Brasília,
00:14porque tem gente já fazendo uma mobilização nesse sentido, né?
00:18Anelli, boa tarde, bem-vindo em tempo real com a gente.
00:22Mauro Vieira, alguém relacionado ao governo que esteve nessa negociação
00:26chegou a cogitar também que essas sanções poderiam ser retiradas?
00:29Boa tarde, bem-vindo.
00:33Esse é o trabalho da diplomacia nesse momento, viu, Márcia?
00:36Muito boa tarde a você e a todos aqui em tempo real na Jovem Pan.
00:39Dentro de mais alguns minutos acontece uma coletiva de imprensa aqui no Palácio do Planalto.
00:45O vice-presidente Geraldo Alckmin vai se manifestar justamente porque não apenas o Palácio do Itamaraty,
00:51a sede do Ministério das Relações Exteriores, mas também a própria Presidência da República,
00:56nesse caso representada pelo vice-geral do Alckmin, ele que também é ministro do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços,
01:03vão sim se mobilizando no sentido de que sejam retiradas as sanções que foram aplicadas pelos Estados Unidos às autoridades brasileiras.
01:12em especial contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que é alvo da lei Magnitsky,
01:19que impede, por exemplo, contas bancárias, movimentações financeiras, até mesmo o eventual bloqueio de bens nos Estados Unidos.
01:28Tudo isso, então, porque Alexandre de Moraes é relator de todos os processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro
01:34e na avaliação dos Estados Unidos teria acontecido uma espécie de caça às bruxas, ou seja, uma perseguição política ao ex-presidente da República.
01:44A gente tem agora ao vivo o vice-presidente Geraldo Alckmin falando. Vamos ouvir, já que você adiantou para a gente. Vamos lá.
01:51A avaliação brasileira para os Estados Unidos em 0 ou 10%. Tínhamos uma parte na seção 232. A seção 232 é aquela que nós e o mundo estamos iguais.
02:06Então a gente não perde competitividade frente a outros mercados. E aquela que realmente era o tarifácio, 10 mais 40%.
02:19Então quando começou, nós tínhamos 36% da exportação brasileira no tarifácio, 10 mais 40%.
02:33Gradualmente, tivemos já duas decisões anteriores, alguns produtos foram saindo.
02:41Então, celulose, ferro-níquel, suco de laranja,
02:46Alguns passaram para a seção 232, por exemplo, madeira serrada e macia, alguns tipos de armário.
02:58Agora, nesta decisão de ontem, nós tivemos o maior avanço, 238 produtos.
03:08Então, 238 produtos foram, saíram do tarifácio.
03:16Café, cacau, frutas, açaí, manga, raízes, tubérculos, fertilizantes, um conjunto de produtos.
03:33Então, nós que estávamos com 36% no início de produtos, com tarifa 10 mais 40%, reduzimos para 22%.
03:48Então, hoje nós temos no tarifácio 22% da exportação brasileira,
03:56que o ano passado foi de 40, em números redondos, 40 bilhões de dólares.
04:01Outro fato importante, retrocedeu a 13 de novembro.
04:08Então, o que foi exportado depois de 13 de novembro vai ser reembolsado.
04:16O governo americano vai reembolsar os produtos que foram, entraram na lista,
04:25saíram do tarifácio, foram excluídos, serão reembolsados.
04:29Então, essa é a boa notícia.
04:32Destacar também que, na exposição de motivos do presidente Trump,
04:38que ele assina a ordem executiva, ele destaca o diálogo que ele teve com o presidente Lula,
04:48destaca esse diálogo, que esse diálogo foi importante.
04:51Também as informações da sua equipe e nós dissemos anteriormente que estávamos otimistas
05:02e queremos reiterar que nós continuamos otimistas e o trabalho não terminou.
05:10Quer dizer, ele avança e agora eu diria que com menos barreiras.
05:16Quer dizer, nós avançamos aí bastante.
05:19Mas tem quais produtos ainda, produtos chaves, permanecem com tarifas altas?
05:25Você tem alguns produtos ainda de alimento, tipo pescado, tipo mel, uva.
05:37E você tem produto industrial, máquinas, motores, calçados, enfim.
05:44Então, esse é o empenho que temos a fazer pela frente.
05:48Mas eu diria que esse foi o maior avanço.
05:55Nós saímos de 36% inicial para 22% no 10 mais 40.
06:05Medidas também contra autoridades brasileiras também vão ser negociadas?
06:08O presidente Lula, quando conversou com o presidente Trump, ele fez os dois pleitos.
06:17O pleito de redução tarifária, colocando os nossos argumentos, argumentos do Brasil,
06:25porque os Estados Unidos tem superávit na balança comercial,
06:29tanto de serviços quanto de produtos, superávit importante, do G20.
06:37Só três países dos Estados Unidos tem superávit na balança.
06:42Reino Unido, Austrália e Brasil.
06:46E também colocou a questão da lei Magnits em relação aos ministros que foram afetados.
06:57O senhor tem alguma informação sobre a investigação da Sessão 301, que foi aberta?
07:03Os senhores ainda vão continuar tratando aquelas discussões a respeito de políticas brasileiras,
07:07do PIX, PICTEX.
07:09Isso ainda vai continuar sendo tratado?
07:11Tem negociação sobre isso?
07:13Isso já está sendo tratado.
07:16O trabalho continua.
07:18As barreiras estão sendo vencidas.
07:22Abrimos aí mais um...
07:24Foi um canal muito importante de negociação.
07:29O presidente Lula sempre orientou diálogo e negociação.
07:34Quero destacar também o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado Marco Rubio.
07:42E o trabalho continua.
07:44Nós queremos excluir mais produtos e avançar na negociação.
07:50Já deve ser aí dizendo que o plano Brasil Soberano, esses setores que agora não estão mais sendo tarifados,
07:57vão deixar de ter acesso aos benefícios ou continua do jeito que está?
08:01Não.
08:01O programa Brasil Mais Soberano, o plano, continua.
08:05Porque você ainda tem setores que estão atingidos pela...
08:11Não, à medida que eles forem saindo, é sempre uma proporção do faturamento.
08:20Então, é uma relação entre o faturamento que a empresa tem e o quanto ela foi atingida.
08:28Nós, inicialmente, era 5% do faturamento, que tinha acesso ao crédito.
08:36São 30 mais 10, 40 bilhões de crédito para as empresas com fundo garantidor,
08:42mais o drawback, mais o reintegra, mais a postergação de recolhimento de tributos.
08:49Depois, isso foi reduzido para 1% e uma outra medida foi não apenas o exportador,
08:58mas o fornecedor de insumos.
09:01Imagina que você tem uma empresa que exporta a máquina,
09:06mas tem várias empresas que atendem esta empresa exportadora.
09:11Ela também foi atingida.
09:13Porque se a empresa não exporta, não compra do fornecedor dela.
09:18Então, o Brasil Mais Soberano também agora beneficia, através do crédito,
09:25as empresas fornecedoras dos exportadores.
09:29Então, ampliou o escopo do programa.
09:31Presidente, a CNI está dizendo que o lado americano, os americanos,
09:35esperam uma proposta concreta e detalhada por parte do governo brasileiro
09:40antes de ampliar as exenções e tal.
09:43Como essa proposta existe?
09:46Vocês vão apresentar?
09:47Olha, 4 de novembro, né?
09:51No dia 4 de novembro, foi feita uma primeira proposta.
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