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O governo Lula está avaliando acionar a Justiça dos Estados Unidos em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, condenado pela Lei Magnitsky. Entre as alternativas está a contratação de um escritório americano para representá-lo. Acompanhe a análise de Priscila Silveira, Henrique Krigner, Bruno Pinheiro e Márcia Dantas em Tempo Real.

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Transcrição
00:00Vamos voltar lá pra Brasília, porque Bruno tem bastidor por lá também. Bruno, com você.
00:06Então, aqui o seguinte, o governo Lula está avaliando, inclusive, ainda sobre essa reação dos Estados Unidos,
00:12acionar a Justiça dos Estados Unidos em defesa do ministro Alexandre de Moraes.
00:17Entre essas alternativas, em análise, está, inclusive, a contratação de um escritório de advocacia americano
00:24para representar Alexandre de Moraes em sua defesa.
00:27Os ministros do STF aguardam que a resposta à sanção ao governo americano seja coordenada pelo governo brasileiro,
00:36utilizando os recursos da Advocacia Geral da União e do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.
00:44Ainda sobre esse assunto, existe uma expectativa de que a AGU consiga fazer um questionamento à decisão do governo americano
00:51em uma ação judicial nos Estados Unidos.
00:54Informação importante, inclusive, que ontem, em meio àquela repercussão, a gente já estava também adiantando
01:01essa informação de que estavam numa certa análise entre auxiliares ali do Supremo Tribunal Federal
01:08de que a AGU seria importante, neste momento, de acionar a Justiça Internacional,
01:15não somente dos Estados Unidos, mas também de outras regiões.
01:18Vamos ouvir os nossos analistas novamente, começando com o Henrique Kriegner,
01:23que está com a gente nesta quinta-feira, nos ajudando a entender este cenário econômico, jurídico, internacional,
01:30Henrique, de que forma esperar que a AGU vai conseguir, de fato, resolver, diminuir os impactos
01:37sobre o ministro Alexandre de Moraes, uma vez, inclusive, que há informação que ele não tem investimento,
01:44não tem residência, não faz nenhum tipo de negócio com os Estados Unidos?
01:48De que forma que a AGU vai conseguir ajudar sobre esta sanção dos Estados Unidos, Henrique?
01:55Não vai, Bruno. Essa é a realidade.
01:58Cabe ao papel do governo brasileiro e também dos aliados de Alexandre de Moraes
02:03tentarem recorrer a todos os recursos possíveis e imagináveis,
02:07mas cabe aos Estados Unidos, enquanto país soberano, decidir quem é que pode entrar no seu país
02:13e quem é que pode fazer negócios com empresas e instituições do seu país.
02:18A realidade é que nós vivemos num mundo em que o sistema financeiro é controlado, na verdade,
02:24e liderado também por empresas que estão registradas nos Estados Unidos.
02:29E se o governo americano tem um empecilho, tem um problema com uma determinada pessoa,
02:35ou mesmo com uma determinada nação, como são as sanções que nós estamos vendo sendo aplicadas também
02:40contra a Rússia, depois da guerra da Ucrânia,
02:44se esses problemas acontecem, isso vai respingar para essas empresas
02:49e, consequentemente, também para essa pessoa que está sendo sancionada.
02:52Então, a AGU pode reclamar, pode entrar com processos, pode acionar organismos internacionais,
02:57mas não tem o poder de interferir numa decisão nacional.
03:02E é uma decisão, repito, de um país soberano que tomou.
03:06A gente pode discordar, concordar, questionar e tentar usar aplicações,
03:10mas não existem efeitos, instrumentos jurídicos que forcem o governo americano
03:16a remover o nome do ministro Alexandre de Moraes.
03:19O que existe, sim, como nós falamos aqui ontem, e são alguns casos muito difíceis,
03:24mas quando existe, já existe o precedente, quando existe uma mudança de comportamento
03:30por parte daquele que foi sancionado, aí, sim, o próprio governo americano
03:34pode remover o nome dessa lista aí de sanções.
03:38Ou seja, a lei Magnitsky agora deixa de fazer efeito para determinada pessoa
03:43porque a causa motivadora já não tem mais efeito.
03:46Mas a AGU, na competência de um órgão brasileiro,
03:50não consegue forçar o governo americano a remover o nome do ministro Alexandre de Moraes.
03:55Bruno.
03:55Remédio amargo nunca é bom, né?
03:5912h46, vamos ouvir aqui da nossa comentarista, da Priscila Silveira,
04:04que também está com a gente.
04:06Existe uma expectativa de que o AGU, Jorge Messias,
04:10vai conseguir um diálogo com as autoridades internacionais
04:13sobre as sanções anunciadas na última quarta-feira, professora?
04:18O que se discute ali pelo governo brasileiro é uma ameaça, né?
04:21Às instituições, ao Estado Democrático de Direito.
04:25Mas a gente precisa lembrar que os Estados Unidos,
04:27ele tem uma divisão dos poderes um pouco diferente do que acontece no nosso Estado brasileiro.
04:32Porque aqui as intervenções, quando há violações à Constituição,
04:36a gente tem o Poder Judiciário, de alguma forma, controlando essas garantias.
04:41O que diferencia um pouco dessa sanção colocada pelo presidente Trump,
04:46que competiria a ele fazê-lo.
04:48Então, a única chance disso ser, na verdade, retirado
04:52é por pedido feito ao próprio presidente.
04:56Então, ali não há, nos Estados Unidos, esse controle de legalidade
04:59com relação a essa sanção, Bruno.
05:01Muito embora, por um preceito democrático e até mesmo diplomático,
05:06nada impede que isso seja feito como se espera,
05:08porque acho que ainda não foi feito, né?
05:10Aí uma ideia de se fazê-lo.
05:12Então, não há problema algum da AGU pleitear isso aos Estados Unidos
05:16de maneira diplomática, mas legalmente dizendo,
05:20isso caberia ao presidente Trump.
05:23Obrigada, Priscila.
05:24Eu queria fazer rapidamente uma pergunta para o Kringner,
05:26porque eu ouvi de alguns analistas jurídicos, Kringner,
05:29que, por exemplo, se ele pedir a liberação
05:32para fazer uma compra das empresas americanas,
05:35o Alexandre de Moraes, né, que eu digo,
05:37mesmo com as sanções, as empresas tendo sanção lá nos Estados Unidos,
05:41mas como elas atuam aqui no Brasil, ele pode entrar com o pedido na Justiça
05:47para que, por exemplo, use o cartão de crédito,
05:49para que ele consiga comprar numa Amazon, por exemplo,
05:52que ele tenha a conta na Netflix.
05:54Por quê?
05:55Segundo a Justiça brasileira, se essas empresas atuam aqui,
05:59a lei que vigora aqui é a lei brasileira e não a lei americana.
06:05Abre esse precedente realmente?
06:07É uma área cinza, Márcia.
06:10Isso aí nós vamos ter que ver como que vai ser desenrolado.
06:14Tecnicamente, você pode fazer esse argumento,
06:16mas existe também o contra-argumento de que a empresa no Brasil
06:21não pode ferir uma norma que promova algum tipo de represália
06:27por parte da Justiça americana na sua matriz.
06:30Então, quando uma empresa que passa a fazer negócios
06:34com uma pessoa que foi sancionada pela lei Magnistic,
06:37então essa pessoa, essa empresa,
06:41ela está ferindo uma diretriz seríssima por parte do governo americano,
06:45ainda que seja via uma de suas filiais internacionais.
06:48Então, vai voltar a empresa querer arcar com esse risco.
06:53E isso vai envolver também uma questão com a Justiça americana.
06:56Agora, nós temos um diferencial aqui.
06:58O diferencial é justamente o fato de que a pessoa sancionada
07:02é alguém de extrema importância,
07:05inclusive no sistema judiciário brasileiro,
07:07é alguém do STF.
07:09E alguém que também tem tradição de tomar decisões inéditas
07:12nunca antes vistas na história do Brasil.
07:14Então, muita coisa ainda pode acontecer
07:16e mudanças ainda podem acontecer.
07:19Mas, repito, essa lei não é brincadeira.
07:21Toda organização americana precisa,
07:24antes de fazer uma contratação,
07:25de fazer uma transferência bancária para uma entidade internacional,
07:29provar que essa entidade não está sancionada pela lei Magnistic.
07:33E aí que cai justamente a questão do ministro.
07:37Uma fiscalização mesmo, por parte das empresas.
07:42Sim, sim.
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