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Fábio Damasceno, diretor de seguro rural da Mapfre, detalhou o novo bioseguro lançado na COP30, voltado para florestas e créditos de carbono. Ele explicou como a cobertura protege investidores e projetos de reflorestamento diante de eventos climáticos extremos.

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Transcrição
00:00Na COP30, a MAFRE Seguros fez o lançamento de um novo modelo de proteção para florestas
00:11e mercado de carbono.
00:12A gente vai conversar sobre isso com o Fábio Damasceno, que é diretor de seguro rural
00:16da MAFRE.
00:17Boa tarde para você, Fábio.
00:18Seja bem-vindo.
00:19Boa tarde, Marcelo.
00:20Obrigado.
00:21Você pode explicar para a gente como é que funcionam esses seguros aí que vocês lançaram?
00:25Claro, perfeito.
00:26O bioseguro lançado pela MAFRE essa semana, lá na Casa do Seguro, durante a COP30,
00:35foi um evento espetacular, nós trouxemos a solução, é um seguro de floresta que não
00:43só olha a questão do valor comercial das florestas, ele olha o valor da biodiversidade.
00:50Então, a gente tem uma cobertura específica para o mercado de carbono e durante as discussões
00:56nessa semana, durante o evento na COP30, trazendo diversos entes da cadeia, então agentes
01:03financiadores, empresas de projeto mesmo de reflorestamento, setor, mesmo o setor público,
01:10estava o MMA e o Ministério da Fazenda, todos ficaram bem interessados em relação a alguns
01:18gaps dessa cadeia de carbono.
01:20Então, essa cobertura vem para dar uma segurança para o investidor e uma segurança para quem
01:25estiver fazendo projetos.
01:26São projetos longos, são projetos de duração de 20, 40 anos e que, ao investir durante todo
01:35esse tempo, acho que tem uma questão de dúvida em relação a como eu vou garantir
01:41aquele investimento.
01:42E o seguro funciona garantindo a reposição dos créditos de carbono durante um período
01:48que dê capacidade desse investidor pegar os créditos, comprar no mercado e manter o
01:55seu projeto funcionando, até o tempo de reflorestar a área ou a área se recuperar para voltar a
02:00produzir.
02:01Esse é o tipo de seguro que as empresas que mexem com o mercado de carbono já costumavam
02:05fazer ou é um território novo que vocês estão explorando aí?
02:09Não, esse é um território completamente novo.
02:13Existem algumas garantias, algumas operações financeiras que poderiam ser feitas, mas elas
02:19trazem, no final do dia, com toda essa parte de mudança climática, ela não cobre, no caso
02:27de incêndio numa floresta dessa, os contratos financeiros não estão cobertos e esse seguro
02:33traz essa segurança.
02:34E para você ter uma ideia, é o primeiro produto da MAFRE protocolado hoje no nosso órgão
02:41regulador, a SUSEP, como um seguro sustentável, porque ele tem indicadores concretos em relação
02:48à sustentabilidade.
02:50Eu imagino que com a transição energética apareçam aí novas necessidades de seguro
02:54que até agora não estavam no radar do mercado.
02:57Você pode citar para a gente exemplos de alguns modelos e também de setores que você acha
03:03que podem começar a ser atendidos por seguros daqui para frente?
03:07Excelente ponto de vista, Marcelo.
03:11A gente apresentou também durante o evento um estudo da MAFRE Econômics que traz os gaps
03:18de cobertura no mundo em relação a perdas causadas por eventos climáticos extremos.
03:24Então, para você ter uma ideia, globalmente, a média de cobertura dos eventos catastróficos,
03:29cobertos por seguro, é de 48%.
03:32Então, mais da metade não tem cobertura.
03:35Na América Latina, nós temos uma cobertura de 19%.
03:38Então, assim, é um gap gigantesco.
03:42Esse projeto traz uma série de oportunidades para as operações agroflorestais.
03:49Você tem um mercado de café também super interessante.
03:53A questão da toda mudança de matriz energética.
03:56Então, a gente já está olhando a questão de seguros paramétricos.
04:00Então, esses seguros paramétricos, eles possibilitam à seguradora a efetivamente entregar um produto
04:09possível de indenização em áreas que hoje o seguro tradicional ou não cobre
04:14ou seria inviável cobertura por esses produtos tradicionais,
04:19diante dos riscos agravados como a gente vem enfrentando.
04:24Agora, eu imagino que em casos de grandes desastres,
04:27como o que aconteceu recentemente no Rio Grande do Sul,
04:29ou até na semana retrasada aí numa cidade do Paraná,
04:33seja muito difícil você segurar grandes áreas inteiras assim, né?
04:36Talvez o prêmio para isso ficaria inviável.
04:39Ou eu estou falando bobeira?
04:41Não, não. É perfeito isso.
04:44Acho que são dois eventos climáticos extremos,
04:48mas eles são distintos em relação ao seguro.
04:52No Rio Grande do Sul, a questão de enchente, a gente já tinha um histórico.
04:56Então, a questão da precificação é que realmente no Rio Grande do Sul,
05:02assim, fazendas seguradas pela MAFRE a 10, 15 quilômetros distantes do rio
05:08acabaram sendo inundadas.
05:11Então, foi muito grave.
05:13No Paraná, a gente conhece um pouco em relação à questão de chuvas e ventos,
05:18mas assim, da forma que foi, ela foi super extrema.
05:23Então, a gente teve quase 40 municípios atingidos
05:26e, mesmo assim, a gente vê que tem uma lacuna de cobertura muito grande,
05:31que pelo estrago e pelos números, né?
05:34A gente está consolidando na Federação Nacional das Seguradoras
05:37os números de avisos de sinistros, possibilidades de perda,
05:40a gente vê que boa parte realmente não tem cobertura de seguro.
05:46Fábio Damasceno, diretor de seguro rural da MAFRE,
05:49muito obrigado pela sua participação aqui no Real Time.
05:52Boa tarde.
05:53Obrigado, Marcelo.
05:54Boa tarde.
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