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00:00Salve, seja bem-vindo. Nós estamos falando diretamente dos estúdios da Jovem Pan aqui
00:10no Planalto Central do país, Brasília, onde tudo acontece em termos de política, né? E política
00:17você sabe, cuida da sua vida, a casa que você mora, a escola do seu filho e projeção de futuro.
00:23Nós aqui trazemos as entranhas do poder. Hoje a deputada Rosana Valle, do PL de São Paulo, está aqui nos estúdios.
00:31Deputada, muito obrigado. Eu sei da agenda da senhora e dedicou esse tempo aqui para falar com a Jovem Pan. Muito obrigado.
00:40Eu que agradeço, Zé Maria. Para mim é um prazer estar aqui, participar do ponto final, falar um pouquinho de política,
00:45dos bastidores, de mulher na política. Enfim, estou à sua disposição.
00:50Pois é, deputada senhora, é uma grata surpresa na política, né?
00:53Chegou ali, não é de uma família tradicional da política, trabalhava com comunicação, mas não era da política.
01:00E deu certo. Está fazendo um trabalho bom aqui.
01:03Eu tenho me esforçado bastante. Não é fácil esse ambiente.
01:08Quem entra com o propósito de trabalhar e eu levei para a política o meu espírito de jornalista.
01:14O ritmo, né?
01:15É, o ritmo de trabalho, de conseguir as coisas, porque o que motiva a nossa profissão é a gente alcançar o nosso objetivo.
01:23Se um jornalista mostra um buraco na rua e no dia seguinte o buraco é tampado, se realiza.
01:30Então, eu levei isso para a política.
01:34Muita frustração a gente tem, porque aqui as coisas não se movimentam da maneira que a gente espera,
01:40mas ao mesmo tempo também me deu bastante resiliência, mais coragem.
01:45A população da Baixada Santista que eu represento, o estado de São Paulo, o litoral,
01:50está satisfeita com o meu trabalho e como eu posso ver tudo isso, né?
01:54Eu fui eleita com 106 mil votos em 2018 e fui reeleita em 2022 com 216 mil votos.
02:03Então, eu fui eleita, no começo foi pelo meu nome, porque eu fiz uma história no jornalismo ali da minha região.
02:10E da segunda vez eu fui reeleita pelo meu trabalho.
02:13Pois é. A senhora está da região ali de Santos, que tem muitos habitantes, São Paulo é um mundo, né?
02:19Mas o seu trabalho é muito nacional também, entra em temas nacionais, como por exemplo,
02:25essa reformulação da política no PL.
02:28PL Mulher é hoje forte, nacional, e a senhora tem acompanhado a ex-primeira-dama
02:34e é presidente do PL Mulher de São Paulo, né?
02:38Sim, sim. É um trabalho muito bonito que eu faço com muito orgulho,
02:43porque eu entendo, Zé, que quando você trouxer mais mulheres para a política,
02:47as coisas vão melhorar, porque a mulher tem um jeito diferente de fazer política,
02:53com mais coração, com mais entusiasmo, porque é como você falou no início do programa,
02:59a política está no nosso dia a dia, está na educação dos filhos, está na ida ao supermercado,
03:06ela muda para o bem ou para o mal.
03:08E as mulheres, muito tempo, elas foram alijadas desse processo todo por uma questão cultural.
03:15A mulher não entende de política, a mulher não sabe se não é um ambiente para as mulheres,
03:20tanto que a gente colhe até hoje as consequências.
03:22É verdade. E a política é masculinizada, né?
03:25A gente nota até lá no plenário, até as deputadas, a senhora não, que continua bem feminina,
03:32mas até a roupa das mulheres são mais, assim, sóbrias e mais masculinizadas, né?
03:37É. Isso que eu acho o grande diferencial do PL Mulher.
03:43Na figura da nossa presidente nacional, Michele Bolsonaro,
03:47muitas mulheres começaram a se identificar com esse tipo de política,
03:51porque a imagem que a gente tinha, e eu também, a minha vida inteira, eu não fui política.
03:55Comecei ali em 2018.
03:57Era daquela mulher com a aparência fechada, fechada, e eu não gostava desse tipo de comportamento.
04:09Com a Michele Bolsonaro, e eu a conheci melhor depois de 2022,
04:14quando ela assumiu a presidência do PL Mulher Nacional,
04:18eu vejo, estou viajando, quando posso, com ela também pelo Brasil,
04:22e vejo o quanto as mulheres têm se identificado com esse jeito de fazer política.
04:26Como é a proposta do PL Mulher diferente de outras propostas?
04:29A gente tem bandeiras que são bandeiras comuns às mulheres.
04:35Por exemplo, educação dos filhos, trabalho social, a mulher como ela é.
04:42Não é porque eu sou jornalista que eu entrei para a política, eu tenho que fazer diferente.
04:46Eu não tenho que me moldar à política que eu conheço até hoje.
04:51Eu tenho que levar o que eu sou para a política.
04:53Então, se você é médica, se você é advogada, professora, enfim.
04:58E é isso que a Michele Bolsonaro, ela faz...
05:00Traz para a política essa sua experiência, né?
05:02Porque ela mantém e faz questão de falar nos discursos
05:07que ela sempre foi ligada à causa social,
05:09que ela gosta de cuidar da casa dela,
05:11que ela gosta de cuidar dos filhos.
05:13E esse jeito meigo que ela é.
05:16Ela é uma mulher fina, ela é uma mulher feminina,
05:21mas ela também, ao mesmo tempo, corajosa e firme.
05:25Então, não precisa que a gente modifique o nosso jeito de ser.
05:30E eu entendo a política, sim.
05:31A deputada Cris Tonietto disse aqui no programa
05:35que antes de ser deputada, ela é mãe,
05:38ela é mulher, tem um marido, tem uma casa para cuidar, tem família.
05:43E os homens na política não fazem muito essa divisão, né?
05:48Eles entram na política total, né?
05:51E a mulher ainda tem que fazer essa divisão.
05:54É verdade.
05:55Não é só na política, no trabalho também.
05:57A gente está falando de política.
05:59A gente, a mulher, e por que eu falo que a mulher,
06:02ela contribui muito para a política?
06:04Quando ela leva esse jeito, né?
06:07A mulher tem qualidades que não são comuns também.
06:10Os homens têm outras qualidades, as mulheres têm outras.
06:12Mas não leva esse embate, porque durante muito tempo,
06:17a esquerda defende, diz que defende as causas das mulheres,
06:22mas é muito, no meu ponto de vista, ainda muito masculinizada.
06:26E, desse jeito, o PL tem trazido muitas mulheres para a política.
06:31Nós conseguimos, por exemplo, no estado de São Paulo,
06:34aumentar muito o número de vereadoras eleitas,
06:37por exemplo, na última eleição.
06:39Eram 72 vereadoras pelo PL.
06:42Hoje, são 184 vereadoras.
06:45E como que a gente conseguiu isso?
06:47Fazendo com que as mulheres, elas se capacitem,
06:50entendam a importância que elas têm,
06:52como levar o talento delas em diversas áreas para a política,
06:57sem perder a essência do que elas são.
07:00E a Michele Bolsonaro, ela inspira muitas mulheres a seguir assim.
07:04Ela vai ser candidata a quê?
07:06Eu não sei.
07:07Eu gostaria que ela fosse candidata a presidente do Brasil.
07:10Mas a tendência é que seja candidata ao Senado,
07:14aqui pelo Distrito Federal.
07:15É a tendência?
07:16É.
07:16E quem sabe, nem ela.
07:18Isso vai depender das conjunturas, né?
07:19É verdade.
07:20Ali, mais próximas eleições.
07:22O PL está trabalhando exatamente com isso.
07:23Eu acredito que ela vai fazer bem feito
07:26e vai ter êxito em qualquer opção que ela tenha.
07:32E eu não vejo essa vontade dela,
07:39ah, eu tenho que me candidatar.
07:40Não, ela quer e ela é desse jeito, empática.
07:44Ela é desse jeito inspiradora.
07:47E ela não está preocupada nesse momento,
07:49viajando pelo país.
07:50Ela quer unir as mulheres.
07:52Em torno dos valores que ela acredita
07:56e que muitas mulheres se identificam.
07:58Deputada, o PL, que é o partido da senhora,
08:02está envolvido em uma articulação muito forte
08:04para definir estratégias.
08:06Não é só o PL, o PT também, todos os partidos.
08:09Para eleger senadores, né?
08:12Já existe alguma programação para São Paulo,
08:14já uma definição de candidatos do PL?
08:16Então, havia, né?
08:19O que se entendia é que a candidatura seria
08:21uma pelo PL do Eduardo Bolsonaro
08:24e talvez a outra do nosso secretário de Estado
08:28da Segurança Pública,
08:29que está fazendo um excelente trabalho,
08:32que é o Guilherme de Ritchie.
08:34Agora, com essa situação que envolve o Eduardo Bolsonaro,
08:37o campo ficou aberto.
08:39Então, tem várias pessoas que eu vejo, né,
08:42se colocando à disposição.
08:44É uma escolha que vai passar pelo ex-presidente Bolsonaro,
08:50pela própria Michele Bolsonaro,
08:51pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
08:55E nós estamos...
08:56Está muito ainda nebuloso o que vai acontecer.
08:59Ainda não há uma definição?
09:00Não, não há.
09:01No Paraná tem?
09:03No Paraná, eu creio que também não.
09:05Torço para alguma mulher lá?
09:06Não, eu torço para as mulheres.
09:10Eu torço para fazer uma corrente de mulheres senadoras, né?
09:14Está forte a disputa lá no PL.
09:15Sim, sim.
09:17Eu tenho acompanhado em alguns lugares a presidente Michel.
09:21A Carolina de Tony, ela pode ser...
09:23Ah, a Carolina de Tony em Santa Catarina, né?
09:25Santa Catarina deve ser candidata também.
09:27Então, eu gosto muito dela também.
09:29O trabalho que ela faz é um trabalho, assim, excepcional.
09:32Agora, ela está curtindo, acho que a licença maternidade dela, né?
09:35Está para ter nenê.
09:36O presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
09:39Exato. Líder da minoria.
09:40E com o BB.
09:41É verdade, né?
09:42É muito...
09:43É assim, né?
09:44Eu gosto de ver essas mulheres na política, assim.
09:49Elas me representam, né?
09:50A gente tem vários segmentos.
09:53Nada contra quem está representando o outro lado.
09:56Mas elas me representam.
09:57A senhora chegou num momento muito tenso na política, né?
10:00Há um afastamento muito forte.
10:04Não era assim.
10:05Sempre existiu os lados.
10:08Política sempre tem o lado.
10:09Não tem jeito.
10:10E muita emoção.
10:12Mas agora, além da disputa interna no Congresso Nacional, existe esse relacionamento com os
10:17outros poderes.
10:18Inclusive, Supremo.
10:20Como é que a senhora lida com isso?
10:21Como é que a senhora avalia essas cotoveladas entre poderes?
10:25Ah, eu acho que o Brasil perdeu um pouco o rumo.
10:30Está tendo...
10:31Não dá para a gente olhar e achar que está tudo bem.
10:35Não está tudo bem.
10:36Há uma interferência profunda, uma perseguição.
10:41Eu sou dessa opinião.
10:43Desde o 8 de janeiro.
10:45A gente está vendo ali, desde antes até, do 8 de janeiro.
10:50E a gente está vendo a escalada crescer cada vez mais.
10:53Estou bastante preocupada com isso.
10:55E daí, o fato do PL, dos partidos de direita, se unirem em torno de nomes para ocupar as vagas
11:03do Senado.
11:04Porque qual é o órgão, qual é o poder que pode se contrapor ao que a gente está vendo
11:12hoje, que eu entendo que é uma politização do judiciário.
11:18O que pode fazer?
11:19São os senadores.
11:20E uma judicialização do Congresso.
11:22Exato.
11:22Porque os deputados e senadores cada vez mais recorrem.
11:25É verdade.
11:25Ao Supremo Tribunal Federal.
11:27Isso é horrível.
11:27Isso é inadmissível num país democrático.
11:32Você vota um projeto, ele é aprovado ou ele é rejeitado pela ampla maioria de senadores
11:40e deputados.
11:41E depois, nós que representamos o povo, e depois o projeto vai ser discutido no STF
11:48para saber se pode ou se não pode.
11:50Muita gente entende, eu já conversei com juristas e até com ministros do Supremo, ex-ministros,
11:56que dizem o seguinte, que o natural é isso, porque a Constituição de 88 deu ao judiciário
12:05uma força muito grande.
12:06A gente vê esse retrato no interior.
12:09Os juízes estão ali mandando em cidades do interior.
12:12Quando se unem aos promotores, então, onde o prefeito vai colocar uma escola, um ponto
12:17de ônibus, não seria a Constituição?
12:20Eu acho que é a interpretação com o uso de um poder que não lhe compete.
12:28Eu acredito nisso.
12:29Outra situação que eu creio que não é admissível.
12:34Partidos políticos recorrem a todo momento.
12:38Eles chegam a falar no plenário.
12:41Não, tudo bem, nós perdemos aqui, mas nós vamos recorrer lá no STF.
12:44E entregam a outro poder.
12:46E entregam eles mesmos.
12:48Suas competências.
12:49Exatamente.
12:50Há uma interferência que eu vejo crescer e que precisa ser controlada.
12:56A gente precisa pacificar o país.
12:59A gente precisa virar a página.
13:01Tudo o que foi acontecendo, as investidas já durante o processo de reeleição do presidente
13:10Bolsonaro, que não teve êxito, desde ali eu percebo essa insistência e essa interferência
13:18nas eleições, enfim, no processo mesmo.
13:24É um debate muito profundo.
13:25Existem pautas ali no Congresso Nacional que são consideradas, vamos dizer, sagradas.
13:32Não se leva ao plenário exatamente para não provocar desgaste na imagem dos deputados e senadores.
13:41Mas algumas típicas de mulheres, a senhora, inclusive, levou um assunto muito importante, que é a mamografia.
13:48Um exame simples, mas o SUS só fazia depois de 50 anos.
13:53Exato.
13:54E recomendava aos planos de saúde que fizesse antes, até premiava.
14:00Por que esse tipo de comportamento aí do governo federal e da iniciativa privada tendem a ser diferentes?
14:09Olha, nós fomos descobrir, através dessa divulgação que houve da consulta pública para os planos de saúde,
14:18que o SUS recomenda exames de mamografia somente a partir de 50 anos e de 2 em 2 anos.
14:24Ora, já está mais do que provado, as estatísticas mostram que 40% dos diagnósticos de câncer no seio
14:31acontecem em mulheres entre 40 e 50 anos.
14:35E se você descobre o câncer de mama mais tarde, você tem mais gastos, inclusive, no serviço público,
14:44para que faça o tratamento, a mulher faça o tratamento e menos chances de cura.
14:49Então, nós conseguimos, e eu protocolei um projeto de lei, ele foi aprovado agora recentemente,
14:56que obriga os médicos do SUS a pedirem esses exames para as mulheres.
15:02A mulher vai numa unidade de saúde, numa consulta ginecológica, tem entre 40 e 50 anos.
15:08Até antes dessa aprovação, ainda precisa aprovar no Senado, mas o médico, não, não,
15:13não vou pedir o exame porque você não está na faixa dos 50 anos.
15:16Então, agora, com essa aprovação, as mulheres entre 40 e 50 vão sair com o pedido.
15:21Eu sei que é o primeiro passo, porque você estar com o pedido não significa que a cidade vai ter
15:25como fazer a mamografia.
15:28Aqui, a capital federal, a fila é muito grande, de meses e meses.
15:34Agora, se o médico nem pede, é pior ainda.
15:36Pior ainda.
15:37A saúde no Brasil, ela é diferente.
15:42Durante o processo constituinte, foram buscar na Inglaterra esse tema muito bom, o SUS, né?
15:47Onde todo brasileiro, seja ele índio, mora aqui, ali, sem nenhuma identificação, estrangeiro, né?
15:56A gente sabe, por exemplo, que 80% dos partos em Pacaraima, que fica lá na divisa,
16:0080%, são de venezuelanos, para você ter uma ideia, ocupam a maternidade de lá,
16:08porque o SUS é, assim, gratuito e universal, né?
16:12E é uma boa prática, mas é muito caro, né, deputada?
16:17É verdade, é muito caro.
16:18Vem enfrentando dificuldades, né?
16:19A saúde não tem recurso suficiente, os gestores nos municípios e mesmo nos estados,
16:26eles não conseguem suprir a demanda.
16:29A gente percebe, há muito também desperdício e uso político de uma questão que é saúde,
16:37que deveria estar, né, acima de qualquer disputa política.
16:41Por exemplo, o que eu vejo muito, as vésperas de eleição, o prefeito, se quer se reeleger,
16:47ele vai lá e fala que vai construir uma unidade de saúde, vai construir um hospital
16:51e sem saber como é que vai custear.
16:54Então, ao mesmo tempo que a gente vê, né, toda essa situação,
16:59a gente vê também que os lugares que existem já, já são prédios constituídos, hospitais,
17:0630% não está funcionando porque não tem estrutura.
17:12Então, não adianta nada você construir um prédio e se gasta muito dinheiro assim.
17:16Quanta campanha é feita com a promessa ou com a construção de uma unidade de saúde,
17:22se quer saber se ela vai ter como você custear.
17:25Será porque que os políticos adoram isso, construir prédio, construir isso?
17:29Porque aparece, aparece.
17:32Tem 10% também.
17:34É, também, também, né, os desvios, enfim.
17:37Agora fica por conta do prefeito, a manutenção, a contratação de profissionais, né.
17:42É verdade, que o mais difícil é manter, né, é você custear, ter médico,
17:47adianta você ter um prédio lá construído e a população, ela precisa aprender a cobrar tudo isso, né,
17:53não cair nessas balelas de pré-campanha, que é comum, né.
17:58E eu fico bem chateada com essas questões políticas, porque eu acredito que o Brasil tem recursos e poderia estar muito melhor do que está
18:10se não fosse todas essas situações onde a política do toma lá, dá cá é feita, onde a política dos acordos.
18:19Um dia a gente tem que fazer uma faxina e acabar com esse tipo de política.
18:23Eu tenho esperança que a gente vai conseguir ainda, né, não podemos desistir.
18:27É, eu defendo, eu falo muito do Congresso Nacional, faço críticas e tal, mas eu defendo o Congresso como uma instituição.
18:34É uma instituição necessária, né, para fazer o acompanhamento do governo federal, para fazer exatamente essa fiscalização necessária.
18:45Mas o Congresso Nacional tem aqui representantes, né, ninguém apareceu de repente aqui como deputado.
18:53Acordou de manhã, colocou um terno e falou, ah, hoje eu quero ser deputado.
18:57Não, precisa do seu voto, precisa do seu apoio para chegar aqui ao Congresso Nacional.
19:03Por que essa fama de que o Congresso sempre vai piorar?
19:05Então, porque eu também falo muito assim, o político ele não veio de Marte, né, ele veio da sociedade.
19:15Então, se você quer um político...
19:17E cada deputado é uma instituição.
19:18A gente chega no gabinete de um deputado e entende pelas fotografias, cada gabinete tem um porquê.
19:25E se o eleitor, ele cobra, todo mundo quer um político honesto, né, para eleger, para chamar de seu, todo mundo quer um político honesto.
19:34Mas e a reflexão também do eleitor na hora de dar o voto para essa pessoa?
19:40Se ele decide dar o voto para essa pessoa porque é o amigo do outro que deu emprego, porque é o que deu a cesta básica,
19:47ah, porque prometeu que vai dar emprego, se a questão for individual, ele também se corrompe, né, ele também está fazendo errado.
19:54E aí, dá no que dá, né?
19:56Mas tem que ser no coletivo, né?
19:57Então, tem que ser uma mudança no coletivo.
20:00Você não pode ser político porque você quer enriquecer, roubar o dinheiro dos outros.
20:05Você não pode ser político porque você quer se dar bem.
20:08Você tem que querer ser político por uma vocação.
20:12Porque político tem que gostar de gente, tem que saber ouvir, tem que correr atrás das coisas para resolver o problema.
20:19Tem que se satisfazer resolvendo o problema, né, porque é para isso que a sociedade te escolhe.
20:23Para você ser a voz das pessoas que querem ser ouvidas.
20:27Então, mas infelizmente a gente tem que mudar ainda muito, temos que aprender muito essa mudança no conceito.
20:34O dia que a gente tiver políticos vocacionados, como tem bombeiro, né, vai falar para o bombeiro não entrar lá para apagar o fogo,
20:41ou vai falar para mim, eu não vou.
20:43Eu não é minha vocação.
20:44Jamais entraria num lugar para salvar alguém do fogo, porque eu tenho medo.
20:49Mas é vocação, né, assim como tem o policial, como tem o padre, deveria ser.
20:55Mas não é, não está dessa forma, né.
20:58Se tornou para muita gente um ambiente onde você vai lá para se dar bem.
21:03E sente isso aqui entre os colegas, né, todo mundo sabe o que cada um quer, né.
21:07É.
21:08É incrível, né.
21:08É.
21:09Existem os bons.
21:10Existem.
21:11E aqui eu me surpreendi também.
21:13Porque quando a gente está do lado de lá, fala, ai, ninguém presta.
21:16Não.
21:16Eu falo, a política não dá o passo para trás, né.
21:18Não, mas tem muita gente que presta, tem muita gente que trabalha muito, que está lá honrando realmente a confiança.
21:25Carrega um piano, alguém tem que trabalhar.
21:28Deputada, é claro que a intenção é eleitoreira, é política.
21:33E o ano que vem já chegou, que o calendário da política é diferente, o calendário nosso de cada dia.
21:38E o tema segurança pública, que é uma grande demanda, tomou conta do Congresso Nacional.
21:45E existem projetos ali, fortes na pauta, né.
21:49E de repente, depois dessa mega operação no Rio de Janeiro, né, descobriram que existe o crime organizado no país.
21:59É.
22:00É o que a gente está vivendo, é lamentável também, perdendo território dentro do nosso próprio território.
22:06Fala tanto em soberania, e a gente está perdendo o nosso próprio território.
22:11Eu enfrentei uma campanha política recente, prefeita da minha cidade, e lugares onde eu não pude entrar.
22:18E na dimicílio, isso, eu não pude entrar, porque para entrar, para fazer campanha e falar com as pessoas, tinha que pedir para o dono lá.
22:26E aí, eu vou pedir?
22:27Eu tenho família, imagina, eu prefiro não ir.
22:30Então, é uma situação que precisa mudar, porque eles são terroristas.
22:33Realmente, esses grupos e essas organizações criminosas, essas facções, elas fazem terrorismo com a comunidade.
22:42Tanto que a pesquisa que saiu depois da ação que houve no Rio de Janeiro, mostra que até a própria população ali,
22:48estava a favor da ação da polícia, né, do que foi feito ali.
22:52Lógico que ninguém quer que as pessoas morram, bandido tem que estar preso, né.
22:57Não é porque é a justiça com as próprias mãos, mas a gente entende o que os policiais passam nesse enfrentamento dessa violência e do crime organizado.
23:08Então, eu sou uma das deputadas do Estado de São Paulo que mais investem em segurança.
23:13Trouxe para a minha região até lancha blindada para o BAEP, que é de fiscalização ali do estuário,
23:20porque eu moro numa região que tem o Porto de Santos, que é rota internacional do tráfico de drogas.
23:25Tem projetos na área da segurança para que o bandido que comete crime, hediondo, por exemplo, fique mais tempo preso.
23:33Não é possível que tenha tanta prerrogativa que ele consiga essa progressão de pena,
23:39que às vezes é condenado a 16, 20 anos, fica assim, 2, 3, né, às vezes.
23:44Então, nós precisamos endurecer as penas, mas elas precisam ser cumpridas.
23:49Eu estou aqui com o secretário também, que essa semana, o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derritte,
23:57que é meu amigo, foi meu colega na última legislatura também,
24:02ele se licenciou para fazer a relatoria de um dos projetos que eu acho que é de extrema importância,
24:07que é enquadrar as facções criminosas em terrorismo.
24:13É terrorismo, não tem outra definição.
24:14Quem faz isso com a comunidade é terrorista.
24:17Existem dois projetos, esse das facções que cria, tipifica o crime de facção criminosa,
24:24que é o domínio territorial ou econômico mediante ameaça.
24:29Eles se transformam em donos da situação, inclusive com as próprias leis, a própria Constituição.
24:35E, é claro, eles concedem benéficas, ajudam moradores e fazem o que o Estado não é capaz de fazer.
24:43Eles fazem refém, eles fazem a comunidade refém.
24:47E tem outro projeto também, que esse é o mais polêmico, né, que é a PEC da Segurança.
24:53Que aí, eu acredito também que tem que ser muito bem avaliado para que não faça uso político também dessa situação, dessa PEC.
25:02Porque o que a gente tem estudado até esse momento é que o governo federal quer trazer para ele,
25:09centralizar as decisões dos Estados no governo federal, no Ministério da Justiça.
25:18E eu não concordo também, porque cada Estado tem uma realidade
25:22e a gente precisa dar autonomia para os governadores, por exemplo.
25:27Como hoje, né?
25:28Como é hoje.
25:30Então, são essas duas discussões que estão caminhando.
25:33Eu acho que a PEC da Segurança Pública ainda precisa ser melhor discutida.
25:38Eu sou a favor de endurecer as penas, de dar mais poder para as polícias poderem agir.
25:45Os que fazem coisa errada no meio policial, que respondam.
25:49Nem a polícia gosta do policial, né?
25:52Exatamente, exatamente.
25:53Bandido, né?
25:54Eles são menos de 1%.
25:55Eu fiquei assustado com a avaliação da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
26:02Veja bem, hoje o miliciano ou o faccionado, ele domina o streaming, né?
26:08Vende a TV, né?
26:10Sinal de TV, vende a internet, controla o gás, mototáxi, transporte coletivo ali das vans.
26:20E isso rende 16 bilhões de reais.
26:23E o incrível é que é mais rentável do que venda de drogas.
26:29Para vender drogas é preciso importar, transportar e depois vender.
26:33Ou seja, há riscos em cada uma dessas operações.
26:38Riscos graves do traficante for pego, né?
26:41E na venda desses outros produtos não há risco.
26:45Veja como mudou.
26:47Quer dizer, miliciano e traficante hoje são a mesma coisa.
26:51Exatamente.
26:52É assim que eles dominam os territórios.
26:54E é assim que fazem a comunidade refém.
26:57E é assim que eles avançam cada vez mais.
27:00E é preciso criar alguma alternativa para que...
27:04Eles não têm medo hoje.
27:05Eles não têm medo.
27:06E tem muito dinheiro.
27:07O poder econômico é muito forte, né?
27:08Exato.
27:08Estão infiltrados em todos os meios da sociedade.
27:12Tem jeito de colocar um freio nisso?
27:14Alguém que enfrente com coragem, que não se renda, que seja incorruptível.
27:22Que é uma pessoa que realmente seja um estadista e que veja para onde o Brasil está indo.
27:27Para onde nós queremos que o Brasil seja no futuro dos nossos filhos, dos nossos netos.
27:34Se não tiver um enfrentamento corajoso da violência, do crime organizado, dos traficantes,
27:41aí a situação eu percebo, né?
27:44E já não é de hoje.
27:45Eu percebia como jornalista, há 30, 40 anos, não tinha nenhum lugar na minha região
27:51que o jornalista não pudesse ir, que o bombeiro não pudesse ir, que a polícia não pudesse entrar.
27:57Olha o que eles foram.
27:58A omissão, os acordos, sei lá, de anos e anos que foram sendo feitos,
28:04permitiram que a situação chegasse aonde está hoje.
28:07É isso.
28:08Cidades pequenas estão assim.
28:10Deputada, muito obrigado.
28:11Agradeço.
28:12Foi uma conversa muito boa aqui no Ponto Final.
28:15E apareça mais vezes aqui no Estúdio do Itáculo Jovem Pan.
28:17Eu que agradeço, Zé Maria, pela oportunidade, a todos que acompanharam também.
28:22Estou sempre à disposição e não perco a esperança de fazer com que um dia
28:28a gente tenha 99% ou 100% de boa política.
28:33A gente tem que caminhar para isso.
28:34Isso, esperança sempre.
28:37E muito obrigado a você.
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