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Em entrevista ao programa JP Ponto Final, o deputado federal Rafael Prudente (MDB-DF) apresentou uma análise da realidade do país, defendendo que o foco deve ir além do debate político para abordar soluções concretas para a população.

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00:00Salve, seja bem-vindo. Nós estamos falando diretamente dos estúdios da Jovem Pan, aqui na
00:11capital federal, Planalto Central do país. Vamos falar de política. Política, você sabe, muda a sua
00:17vida, define a escola do seu filho, a casa que você mora, ou seja, projeção de futuro, né? Nós vamos
00:24conhecer mais um deputado federal, Rafael Prudente. Ele é do MDB, daqui do Distrito Federal. E olha, já está
00:32no terceiro mandato na política por aqui. Foi deputado distrital, que é uma espécie de deputado
00:38federal, mais vereador. Aqui nós não temos vereadores, né? E o deputado estadual e vereador
00:47somam o deputado distrital. Deputado, muito obrigado por estar aqui nos estúdios da Jovem Pan.
00:52Obrigado, Zé Maria. É um prazer, é uma alegria estar aqui com você e mandar um abraço
00:57aí a todos que estão nos assistindo na tela da Jovem Pan. O senhor vive politicamente
01:01num meio assim muito nacional, muito federal, né? A Câmara dos Deputados. Uma guerra de
01:07gigantes. O senhor está em credo. Dizia que era o purgatório da política. Como é que o senhor
01:10está se virando ali daqui de Brasília e no meio da Câmara Federal?
01:15Bom, eu nasci aqui, né? Já tive o privilégio de acompanhar toda essa história política aqui
01:24do Distrito Federal e aqui a gente vive muito também a política nacional. Veja que todos
01:30os jornais, todos os sites agora que noticiam os problemas normalmente nacionais e que pouca
01:37gente tem oportunidade efetiva de conhecer o nosso Distrito Federal, né? E o Distrito Federal
01:42não é só a esplanada dos ministérios, não é só ali aquela torre de TV para baixo.
01:49O Distrito Federal é um estado com mais de 3 milhões de habitantes, com seus problemas
01:54reais, com as suas dificuldades, né? E quando eu viajo as pessoas perguntam, onde é que
01:59você veio? Ah, veio de Brasília. Ih, é só política. Não é só confusão. Eu falo, não, quem arruma
02:04confusão são os políticos que vêm de fora, né? Dos 513 deputados federais, só oito
02:10são aqui do DF. Então, mas é uma alegria poder representar a população do Distrito
02:15Federal na Câmara. Eu sempre faço esse alerta porque os políticos não ficam aqui, né?
02:20Eles chegam terça-feira e quarta-feira já estão querendo ir embora. Enfim, nem todas as
02:26semanas eles estão aqui. A maioria mora em hotéis, por exemplo, poucos nos apartamentos
02:31funcionais. E Brasília vive longe desta política nacional e tem problemas reais, né?
02:38Tem problemas reais. Tem cidades aqui, favelas enormes, que a gente chama de invasão ou
02:43ex-invasão. É, Brasília, na verdade, ela foi planejada para ter em média de 500 mil
02:47habitantes. Só que não se previu que quando criasse uma capital, muita gente ia vir para
02:54cá para tentar vencer na vida, para poder ter uma oportunidade melhor para a sua família.
03:00Então, o que aconteceu foi um grande número de pessoas que vieram para cá. Na época, o governo
03:07não tirou essas pessoas daqui porque elas vieram para cá para tentar e ajudar a construir
03:12Brasília. E aí acabou se criando de uma forma muito rápida algumas cidades, algumas
03:18hoje criadas regiões administrativas aqui do DF, o DF é indivisível, né? Nós somos
03:23compostos por 35 regiões administrativas.
03:26São as antigas cidades satélites.
03:29É, antigas cidades satélites, que foram constituídas algumas para a construção de
03:33Brasília, como o Nuco Bandeirante, como a cidade ali da Candangolândia, que são regiões
03:39administrativas, mas também com a criação da cidade de Ceilândia, a cidade de Samambaia
03:45mesmo, que foi feita às pressas, urbanizado pela companhia urbanizadora da nova capital que
03:50foi criada na época de Juscelino, para poder abrir as ruas e abrir os lotes para as pessoas
03:55poderem ganhar suas áreas, poder construir suas casas para ter onde morar.
03:59Qual é a história da sua família vinda para cá?
04:02Ó, muito parecida com a de vários, né?
04:05Meu pai veio estudar na UNB, veio de Goiânia, veio estudar na UNB e minha mãe veio de Recife,
04:12de Pernambuco, com o pai dela porque assumiu um concurso público aqui na época na Embrapa.
04:17Então, ele veio, meu avô veio para ocupar um cargo público e meu pai veio para estudar
04:23e acabaram se conhecer e constituíram a nossa família.
04:28E existe alguma característica da sua geração, que é uma geração de Brasília, não é que
04:33mora em Brasília, de Brasília, existe uma característica dessa geração?
04:37A gente absorveu a cultura de todos os lugares, né?
04:41Só que minha mãe veio de Recife, meu pai veio de Goiânia.
04:45A maior parte do pessoal aqui, na verdade, é uma mistura, né?
04:49De paulista com mineiro, de paraibano com goiano.
04:54Então, a gente recebeu todas essas pessoas do Brasil.
04:57Você vai para a feira ali de Ceilândia, por exemplo, para a Feira Central,
05:02você vai ter um pouco de tudo do Brasil, sobretudo do Nordeste.
05:05Você que é frequentador da feira lá de São Sebastião, conhece também a quantidade de pessoas
05:13de diversas regiões do Brasil que vieram para vencer na vida aqui e constituíram sua família aqui.
05:19Então, a gente pegou um pouco dessa mistura de características de todo o Brasil para construir a nossa cidade.
05:28Pois é, hoje o Brasil, indo agora para o aspecto nacional, enfrenta grandes debates na Câmara dos Deputados.
05:35Recentemente, a Câmara aprovou a chamada PEC da blindagem,
05:39que dava, transferia do Supremo para os próprios deputados e senadores
05:44a iniciativa de abrir ou não processos contra parlamentares.
05:48Foi aprovado na Câmara, rejeitado no Senado.
05:50E agora tem essa proposta de anistia ou de dosimetria.
05:55Quer dizer, são assuntos que dividem ali os deputados e provocam debates intensos.
06:03Sobre a PEC da blindagem, na verdade, eles foram alterando essa PEC ao longo do processo de votação.
06:12Colocou-se a questão da votação secreta, que a população não aceita.
06:16Colocou-se presidente de partido, no meio de uma PEC que tratava dos integrantes do Congresso Nacional.
06:25Depois voltou-se a questão da anistia.
06:28Eu, particularmente, aprovei e votei favorável na urgência.
06:33Assinei a urgência também, porque tem gente culpada, mas tem muita gente inocente
06:39que está pagando uma pena que não deveria pagar.
06:42Então, baseado nessas pessoas, eu coloquei o que eu acredito.
06:45Votei favorável, a grande maior parte ali da Câmara dos Deputados,
06:49se eu não me engano, mais de dois terços da Câmara, votou favorável também.
06:53O que me surpreendeu foi, no dia seguinte, a nomeação de um deputado de centro-esquerda
07:00para relatar esse processo, e já fazendo reuniões com os ministros do Supremo
07:05para tratar de um projeto de dosimetria, de negociação de sentença.
07:10Eu nunca vi isso acontecer, não só advogado, mas creio que não é possível.
07:14Você veja, as sentenças já foram dadas.
07:17Como é que você aprova um projeto ou faz um relatório que você vai alterar
07:22uma sentença já dada com a dosimetria?
07:25Até porque vai atenuar leis que foram recentemente aprovadas?
07:28Creio que não só eu, mas vários parlamentares se sentiram enganados.
07:34Se sentiram enganados por quê?
07:35Porque criou-se uma expectativa que depois essa expectativa foi frustrada com a nomeação
07:40de um relator que se propôs a fazer esse acordão, já citando dosimetria.
07:48Creio que quem votou acredita que as pessoas são inocentes e têm que sair da cadeia.
07:53Deputado, a gente vê no dia a dia do Congresso Nacional e dos debates políticos,
07:57no dia a dia de todos, que a política está muito tensa.
08:01Isso não é diferente por aqui e no Congresso é o retrato claro disso.
08:07Como é que se houvesse essa nova convivência, esse jeito novo de fazer política?
08:11É difícil.
08:12Eu passei oito anos como deputado distrital.
08:17Quatro anos, a metade desse período.
08:19Tive dois mandatos, a metade como presidente da Câmara Legislativa aqui,
08:22que é a Assembleia Legislativa, como tem em outros estados.
08:25E ali eu sempre me propus a cuidar de problemas que afetam a população na ponta,
08:32como a saúde, segurança, educação, ter uma escola melhor, ter curso profissionalizante,
08:38fazer projetos para gerar emprego, cuidar ali da vida das pessoas que estão ali passando dificuldades ali na ponta.
08:46Quando a gente vai para o Congresso, você veja, nas suas últimas duas semanas,
08:51não se votou absolutamente nada que fosse importante para a população.
08:54Nós temos aí, por exemplo, o projeto que o governo mandou, já tem tempo,
09:00da questão da isenção do imposto de renda.
09:02Nem se cogitou pautar.
09:05Então isso é uma pauta importante, como várias outras que são importantes.
09:08Mas desde o período que eu estou lá, eu aprendi a fazer política de um jeito,
09:16mas ali eu estou vendo gente fazer política com fígado.
09:19Só trabalhando ali para os extremos, se reacenderem.
09:24E se preocupando com o seu quadrado.
09:25Falando só dos extremos.
09:26Todo dia ali você, qualquer pessoa aqui, pode acessar o canal do YouTube,
09:32colocar lá a Câmara dos Deputados, por exemplo, e você vai ver o que está acontecendo lá na Câmara.
09:38Você vai ver o seguinte, não sou aqui um vidente,
09:43mas você vai ver na tribuna da direita, alguém falando do presidente da República atual.
09:48E depois, alguém na esquerda falando mal do presidente da República que o antecedeu.
09:56É claro que essas polarizações existem, elas vão continuar existindo,
10:00mas a gente espera que diminua e que a gente possa cuidar mais dos problemas do Brasil,
10:05dos problemas do país.
10:06Então, eu estava falando agora há pouco, com a nossa equipe,
10:11que graças a Deus eu sou deputado aqui pelo Distrito Federal.
10:15Porque a partir do momento que você tem uma semana, você tem um dia,
10:18que não pauta nada na Câmara, que o pessoal saiu lá da Paraíba,
10:23saiu do Acre, saiu do Rio de Janeiro para vir para cá,
10:26por uma semana que se não vota nada.
10:28Eu, pelo menos, eu estou aqui, estou em casa, estou aqui no Distrito Federal,
10:32e eu vou para Ceilândia, vou para Samambá, vou para Itaguatinga.
10:35Hoje mesmo, eu passei o dia todo na cidade de Itaguatinga,
10:39conversando com os moradores, fazendo inauguração,
10:42prestando conta do mandato para as pessoas,
10:45construindo junto com os moradores e com as pessoas uma cidade.
10:50E o senhor tem um retorno também maior da população, o que eles estão pensando?
10:55Exatamente. O cidadão, claro que ele acompanha a política nacional,
10:58ele acompanha a política local, mas ele quer que o problema que ele tem,
11:03seja de saúde, seja uma dificuldade de ingresso numa creche para uma mãe de família,
11:09seja num tratamento de saúde, seja uma linha de ônibus que o governo deixou de implementar,
11:15ou retirou. São problemas diversos, mas às vezes um problema pequeno,
11:21mas que a gente estando na rua, ouvindo as pessoas, afeta aquelas pessoas.
11:24Qual o maior problema hoje de Brasília?
11:27Sem dúvida alguma, nós temos vários, mas sem dúvida nenhuma não é só Brasília.
11:32O Brasil como um todo, nós temos um problema muito sério de atendimento à rede pública de saúde.
11:37Aqui o governo tem feito, e a gente tem ajudado,
11:40a nossa bancada aqui da Câmara dos Deputados e do Senado colocou mais de 300 milhões de reais
11:49destinados à saúde pública, específica aqui do Distrito Federal.
11:55A gente tem cobrado a obra do Hospital de São Sebastião,
11:59que é uma cidade grande, que não tem um hospital.
12:02Mais de 100 mil habitantes?
12:04Tem mais de 100 mil habitantes, tem o Hospital do Recanto das Emas, que já está em obra,
12:08tem o Hospital do Câncer também, que está faltando um ajuste junto à Caixa Econômica.
12:12O governo, até o final desse mandato, vai entregar 7 UPAs, mais 15 unidades básicas de saúde.
12:19Vai agora, no início de janeiro, fazer uma série de nomeações que vão somar os outros governos todos.
12:27Não vai dar o que este governo, do governador Ibanez, conseguiu fazer de nomeação junto à Secretaria de Saúde,
12:33mas tudo o que faz na saúde é pouco.
12:36Tudo o que faz na saúde é muito pouco.
12:38Então o governo tem feito um esforço muito grande para melhorar e dar essa pronta resposta.
12:42Seria uma falência do SUS que o senhor fala, mas é uma ideia nacional de que a saúde não está bem atendida.
12:49Eu não acho que o SUS está falido.
12:52Eu acho que o SUS é extremamente importante, tem que ser valorizado, tem que investir.
12:56Mas nós temos outros modelos também que podem dar um suporte.
13:00Vou dar dois exemplos aqui.
13:01Nós temos o exemplo aqui do Distrito Federal, que é a criação do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde.
13:08O IGES-DF, que é um híbrido, não é uma organização social e não é uma entidade pública.
13:16Ele é uma entidade que foi criada através de uma legislação para poder ter facilidade na contratação de pessoal.
13:22Vamos explicar isso nacionalmente.
13:25Esse sistema aqui, ele propicia uma gestão de saúde de uma maneira que não seja totalmente pública, gerida por uma entidade privada.
13:35Mais ou menos como funciona o SARAC, o Bixec, que é conhecido nacionalmente, né?
13:40Exatamente.
13:41Então, o governo constituiu um instituto, nomeou um presidente e a Secretaria de Saúde contrata o serviço desse instituto.
13:50É que tem facilidade de contratar pessoal.
13:54Tem mais agilidade.
13:54Tem mais agilidade para fazer compra de materiais e equipamentos.
13:59Então, é uma gestão um pouco menos burocrática do que o sistema convencional.
14:04E nós temos um modelo também, que isso já é convencional em boa parte do país e que funciona muito bem quando é bem contratado,
14:13que é o sistema de organizações sociais.
14:15Nós temos aqui um exemplo de sucesso, que é o Hospital da Criança, que é referência em todo o Brasil,
14:22com atendimento de excelência.
14:25Então, o que a gente quer, pelo menos o que eu luto e o que eu vislumbro para o Distrito Federal,
14:30são mais hospitais da criança, com atendimento de excelência à população aqui do DF.
14:35Agora, aqui existe também um projeto que o senhor foi uma parte importante dele, que é a formação.
14:43O Distrito Federal tem uma boa empregabilidade, tem oferta de empregos,
14:49mas faltam, como em várias partes do país, trabalhadores especializados.
14:55E aí o governo decidiu treinar o trabalhador.
14:59Exatamente.
15:00E treinar o trabalhador com base em dados.
15:04Muitas vezes a gente vê instituições fazendo curso de capacitação pelo Brasil todo,
15:10mas muitas vezes sem conversar com o empresário para saber o que ele está precisando de contratar.
15:16Então, por exemplo, aqui em Brasília, precisa treinar mais vigilantes?
15:20Não precisa, tem mais gente formada do que vaga.
15:23Ao mesmo tempo, precisa de eletricista, precisa de mecânico, precisa de padeiro.
15:29Qualquer dono de padaria, se falar que tem um padeiro aqui para contratar agora, ele vai contratar,
15:33só que não tem gente formada no mercado para poder contratar.
15:37Então, o governo pegou nas agências do trabalhador, junto à Secretaria do Trabalho,
15:41e viu quais eram as principais demandas do setor produtivo, do setor empresarial.
15:46Juntou os sindicatos patronais, juntou os empresários e falou assim,
15:50nós vamos formar, mas vocês têm que contratar.
15:54Então, a gente tem hoje, inscrição para 12 mil pessoas no programa Qualifica DF.
16:02No ano passado, nós formamos mais de 40 mil pessoas através desse programa.
16:07O senhor tem ideia de futuro?
16:09O que eu vejo com grande preocupação.
16:12Nós temos problemas para a humanidade.
16:15E o Val Harari, um autor que eu leio e gosto muito, ele identifica três, né?
16:20Armas de destruição em massa, exaustão da natureza e, principalmente,
16:25a possibilidade de desprezar os atuais funcionários diante do desenvolvimento da tecnologia,
16:32da inteligência artificial.
16:34E isso criaria uma horda de dispensáveis e é uma grande preocupação.
16:39É impossível treinar pessoas três vezes.
16:42Uma vez vai lá e já dói, né?
16:45Três vezes.
16:46O senhor vê um futuro assim, um futuro meio caótico, como estão pregando?
16:50Acho que não.
16:51Isso ainda vai um tempo, né?
16:53Mas, certamente, nós temos que focar muito na qualificação de pessoas nessa parte de tecnologia.
17:01Sem dúvida alguma.
17:03Nós estamos aí com inteligência artificial, que hoje tem gente que passa o dia inteiro no celular
17:09conversando com ela, pedindo dica de restaurante.
17:12Então, não precisa mais de guia turístico.
17:14Meu emprego está ameaçado.
17:19Então, você fala assim, faz um roteiro para mim em tal cidade, escolhe um restaurante assim para mim.
17:24Hoje tem muita gente que pega uma peça de um advogado e coloca lá,
17:28critica essa peça aqui e veja quais são os erros, os problemas que podem ser apontados ou melhorados.
17:34Então, você veja pessoas que não têm formação nenhuma acadêmica do direito, mas consegue criticar uma peça de um advogado que ele contratou.
17:44E, às vezes, ele pode até trocar de advogado por tanta crítica que uma inteligência artificial pode gerar.
17:50Então, claro que a gente tem essas preocupações, a gente tem que formar esses profissionais.
17:54Mas tem profissões simples que jamais vão ser substituídas por robô.
17:58Falando aqui de auxiliar de cozinha, estou falando aqui de garçom, de auxiliar de garçom, de um padeiro, por exemplo.
18:05Eu creio que esses profissionais, poderia falar de vários outros aqui, que uma inteligência artificial dificilmente vai...
18:11Muita gente já disse que 2025 é o limiar, né? Nós estamos agora partindo para uma nova fase da humanidade.
18:19Você acredita realmente nesse novo desenrolar aí?
18:23O mundo tem avançado de uma forma muito assustadora e muito rápido, né?
18:30É, muito rápido.
18:31Mas, enquanto... A gente vai tentando acompanhar essas evoluções, sobretudo na parte tecnológica.
18:37Mas, enquanto isso, nós temos profissionais e pessoas que precisam ser capacitadas em outras áreas.
18:42O senhor acha que a legislação, o Congresso Nacional, está entendendo isso?
18:46Está entendendo essa dificuldade?
18:48Porque lá está o projeto que já passou pelo Senado, né?
18:52Sobre a regulamentação da inteligência artificial, que é muito sério.
18:57Exatamente. Isso é uma legislação que chegou agora na Câmara, que certamente vai ser aperfeiçoada
19:04e daqui a um ano vai ter que ser modificada de novo, daqui a dois anos, daqui a três anos vai ser aperfeiçoada novamente,
19:09porque as coisas avançam muito rápido.
19:12Eu li uma matéria no início do ano de que Pequim já tinha obrigado os alunos, a partir de seis anos de idade,
19:19a começar a estudar noções básicas de inteligência artificial.
19:24E a partir dos 14 anos de uma formação um pouco mais robusta a respeito de inteligência artificial.
19:30Isso não é... isso é de forma obrigatória.
19:35Então, poxa, se a China já está colocando, já treinando os meninos de seis anos, nós temos que fazer a mesma coisa aqui.
19:41Então, eu apresentei uma legislação na Câmara dos Deputados.
19:45Espero poder aprovar, espero inclusive poder incluir no Plano Nacional de Educação que está sendo discutido na Câmara.
19:51Para fazer a inclusão da mesma forma que a China está fazendo, a gente colocar na rede pública de educação,
19:57e particular também, a matéria de inteligência artificial, para que a gente já comece a abrir a mente dessas crianças para o futuro.
20:07E, diante da inteligência artificial, que é um projeto importante de regulamentação, colocar limites.
20:14Ninguém sabe qual é o limite da inteligência artificial.
20:18Mas é preciso regulamentar porque se trata de uma novidade.
20:20Agora, no bojo desse trabalho de regulamentar, virou um palavrão essa palavra, regulamentar.
20:25Tem a história de regulamentar as mídias, as plataformas sociais.
20:31Essas plataformas, hoje, elas estão soltas.
20:34Não são responsáveis pelos seus produtos.
20:36O produto de uma plataforma é a publicação.
20:39Continua assim?
20:41Olha, isso é uma matéria tão complicada que, desde que eu entrei lá na Câmara,
20:46cada um pensa de um jeito, tem um relatório e, na hora que acha que chega num consenso, não chega num consenso,
20:54desanda tudo.
20:55Desanda tudo porque, realmente, é muito difícil.
20:58Até o Supremo tomar a frente e querer fazer, por decisão judicial, essa regulamentação que tem que sair.
21:05Acredito eu, mesmo que não saia perfeita, porque não vai sair perfeita, né?
21:09Também não vai sair, creio eu, que se for votado de forma muito restritiva também.
21:14Porque, com o tempo, a gente vai entendendo e vai aperfeiçoando a legislação.
21:18Mas, também, não acredito que proibir, proibir o livre-arbítrio das pessoas falarem,
21:22das pessoas venderem os seus produtos e colocar tudo que as pessoas falarem também,
21:26colocar sobre o responsável da plataforma.
21:29Não sei se é esse o caminho.
21:31Mas, realmente, é uma pauta complexa.
21:33Ainda mais eu que não sou assíduo, que utilizo assiduamente as redes sociais.
21:41Até uma falha minha.
21:43Não sou o mais expert para poder dar um palpite.
21:47Mas, é uma matéria complexa, tem que ser debatida.
21:50E colocar os especialistas para colocarem uma redação que seja o mais perto da realidade possível.
21:56É, um dos principais pontos de debate sobre esse assunto é a identificação.
22:02A própria Constituição obriga, admite a liberdade total de expressão, veta anonimato.
22:10Então, a identificação e o que o senhor chamou também de responsabilização das plataformas.
22:15Exatamente. Mas, esse debate foi muito contaminado.
22:18Foi.
22:18Ele foi muito contaminado.
22:20Parecia que a regulamentação das redes era só para os políticos.
22:23só para que você possa falar tudo o que você acha do governo,
22:28ou xingar o presidente da república, ou xingar quem você quer.
22:31É da mesma forma do outro lado.
22:33Então, parece que esse debate de regulamentação da rede
22:36era por conta dos políticos que estavam sendo cerceados de poder falar aquilo que queriam.
22:41E, realmente, não pode se falar tudo.
22:43Porque, para se falar, para acusar, minimamente, você tem que ter algum tipo de prova
22:47comprovando aquilo que você está falando.
22:48A ideia é que se pode falar absolutamente tudo, a Constituição garante,
22:53mas que se responsabilize pelo que falou, né, deputado?
22:56Eu acredito que sim.
22:57Tem que ter...
22:58Essa arena tem que ter um...
23:00Tem que ter um certo controle, né?
23:02Deputado, a gente falou, assim, de vários problemas, né,
23:04e, realmente, não é o maior problema daqui do Distrito Federal, mas é do país.
23:09A segurança pública, né, é um grande debate do Congresso
23:12e está identificado aí como o assunto principal
23:15nas próximas disputas para a presidência, senador e tal.
23:19Aí, o governo colocou no Congresso Nacional a PEC da Segurança Pública, né?
23:25Um assunto polêmico, né?
23:27Qualquer coisa que você coloque para regulamentar de forma nacional
23:31ou normatizar de forma nacional,
23:34segurança pública, saúde pública,
23:38ou na parte da educação...
23:39As características regionais, né?
23:41E o Brasil é muito diverso.
23:43Aqui, a segurança pública, ela é diferente de Goiás,
23:48que é o nosso estado vizinho,
23:50que é diferente das particularidades do Ceará,
23:53que é diferente das particularidades do Norte ali,
23:56que tem fronteira, que tem tráfico de drogas,
23:58que tem indígenas.
24:02Então, são regionais, é muito difícil você normatizar
24:07algo que seja parecido nos estados.
24:11Então, naturalmente, é um debate muito grande
24:13que a gente tem acompanhado de perto.
24:17Essa questão das...
24:18Inclusive, tinha alguns requerimentos de urgência
24:20para votar alguns projetos no que diz respeito
24:23ao aumento de pena, de crime de terrorismo,
24:25de crime de facções, né?
24:28De pessoas que fazem parte...
24:31De criminosos que fazem parte das facções.
24:33Tem um tratamento diferente no judiciário brasileiro.
24:38Então, sem dúvida alguma, nós vamos ter que ver isso
24:40porque a gente está vendo...
24:42Inclusive, aqui na capital da República,
24:44nós começamos a ver algumas coisas
24:45que não aconteciam historicamente.
24:48Eram grandes apreensões de droga
24:50e grandes apreensões de armamento pesado.
24:53Nós tivemos aqui, inclusive, há alguns dias,
24:56já algumas quadrilhas que são de fora do Distrito Federal,
25:01trazendo armamento pesado,
25:04trazendo o centro do crime organizado aqui para o DF.
25:06E isso aconteceu porque o ministro Moro,
25:11quando era ministro da Justiça,
25:13no governo anterior,
25:15trouxe para cá...
25:16Isso começou lá no governo da Dilma,
25:18mas ele determinou que trouxesse para cá.
25:20Primeiro, a Dilma construiu um presídio
25:23ao lado do Congresso Nacional,
25:26ao lado do Centro Nervoso do Poder do Brasil,
25:29construiu ali, perto de São Sebastião,
25:31em linha reta, num das 5 quilômetros,
25:33da sede do Palácio do Planalto,
25:36construiu um presídio federal.
25:38Enorme, grande.
25:39O primeiro erro foi aí.
25:41Porque você trazendo esses presos mais perigosos do Brasil,
25:45você traz todo o aparato dessa turma
25:47que precisa estar perto de receber ordem,
25:50receber informações desses presídios,
25:52que acabam chegando mesmo.
25:55E aí o Moro, quando era presidente,
25:57que era ministro da Justiça,
25:59trouxe um presente para o Distrito Federal,
26:01que foi o Marcola,
26:04o líder nacional do PCC,
26:06para dentro do Centro Nervoso da Capital da República.
26:11Então, essas apreensões grandes de droga,
26:14essas apreensões de armamento pesado,
26:16o comboio do cão,
26:18outras facções aqui que já se filiaram ao PCC,
26:22e o próprio PCC aqui dentro,
26:24o Comando Vermelho,
26:25essas grandes facções já chegaram aqui no Distrito Federal,
26:27por conta do presente que a presidente Dilma Rousseff
26:31poderia levar isso para qualquer lugar do Brasil,
26:33mas trouxe para o Centro Nervoso do Poder,
26:36e o ministro Moro, à época,
26:38trouxe o líder do PCC para a capital da República.
26:41Isso a população de Brasília nunca vai esquecer.
26:43Eu ouvi dizer que essa transferência
26:46interferiu até no mercado imobiliário da região.
26:49Os imóveis ficaram mais caros,
26:52tamanha a demanda que se criou
26:54em imóveis ali na região próxima da Papuda.
26:57A região da Papuda,
26:58que sempre houve uma penitenciária,
27:00que é uma área de penitenciária,
27:03a Papuda, o deputado está se referindo
27:06a um novo presídio federal de segurança máxima,
27:11realmente no meio de uma mancha de habitações,
27:15de moradores.
27:16Mas, na verdade, nenhum governador ou prefeito
27:20quer um presídio na sua região.
27:23É uma obra maldita.
27:25Me disse, na época, o ministro Sérgio Moro
27:28que não conseguia lugar para conseguir construir presídio.
27:31Poxa, olha o tamanho do Brasil.
27:34Tem muito lugar remoto que você pode construir um presídio
27:36e levar um presídio para lá.
27:38Agora, dizer que não tem outro local,
27:40o único local que tem é 5 quilômetros
27:42do Congresso Nacional, da sede do poder do Brasil,
27:45é, no mínimo, muito estranho ele falar
27:49que não tem nenhum lugar do Brasil.
27:51E é irreversível, não tem força política
27:52que tira aquilo ali.
27:55Construiu, está ali.
27:57Ampliou.
27:58Ampliou, é uma política nacional.
27:59Então, o governador, infelizmente,
28:01não tem gestão sobre isso.
28:03Para quem entra e quem sai.
28:04Quem é o gestor da penitenciária,
28:06se está tendo boa gestão,
28:08se não está tendo boa gestão.
28:09Se vem o líder, ou vem o segundo escalão,
28:12ou vem o primeiro escalão,
28:13ou o terceiro escalão dessas grandes facções.
28:17Mas, bem da verdade, é o que já está posto.
28:20Fizeram, construíram um presídio,
28:22porque, na época,
28:23o governo aqui era o governo Agnello,
28:27era o governo da Dilma Rousseff,
28:28os dois governos do PT.
28:30O governo federal disse que queria colocar um presídio aqui,
28:33acabou que se deixou construir.
28:35Não devia ter deixado construir, né?
28:37Não devia ter arrumado o terreno para poder fazer essa obra.
28:40Mas está feito.
28:41Agora é a polícia civil do Distrito Federal.
28:45É uma grande polícia,
28:46que tem tentado de todas as formas
28:49e tem feito operações muito bem organizadas,
28:52com inteligência.
28:53Tecnicamente, muito preparada.
28:54Tecnicamente, muito preparada.
28:55Nós somos, sem dúvida alguma,
28:56uma das melhores polícias de todo o mundo,
28:59junto com a polícia militar,
29:00fazer o trabalho para remediar
29:01esse presente indevido que veio para a nossa cidade.
29:05Muito bem, o deputado federal Rafael Prudente,
29:09aqui no Ponto Final,
29:10mostrando Brasília
29:11e também a preocupação com essa política nacional.
29:15Obrigado, deputado.
29:16Obrigado a você por participar aqui dessa conversa.
29:19A opinião dos nossos comentaristas
29:27não reflete necessariamente
29:29a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
29:36Realização Jovem Pan
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