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O Chile realiza neste domingo (16) o primeiro turno das eleições presidenciais, que definirão o sucessor do atual presidente Gabriel Boric.

O pleito ocorre em um cenário de polarização política e alta incerteza, com a disputa concentrada entre um candidato da direita e um da esquerda, que buscam maioria absoluta para evitar o segundo turno.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/j87YttU88Xk

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Transcrição
00:00Aqui na América do Sul, todo mundo de olho no que vai acontecer com o Chile.
00:03Bem-vindo, boa noite.
00:04Boa noite, Thiago. Boa noite a todos que acompanham o jornal Jovem Pan.
00:08As pesquisas indicam segundo turno lá no Chile.
00:12Nenhum dos candidatos tem, nesse momento, pelo menos de acordo com os levantamentos,
00:16a maioria dos votos para conseguir levar essa disputa já no primeiro turno.
00:21Mas é bom a gente ficar de olho, porque o voto no Chile é obrigatório.
00:25Pelo menos nessa eleição será obrigatório pela primeira vez desde 2012.
00:30E aí o número de eleitores indecisos é considerado, nesse momento, muito alto,
00:35às vésperas da eleição.
00:36Ou seja, a gente pode ter alguma mudança, pode ter alguma surpresa.
00:39Vamos dar uma olhadinha no que apontam as pesquisas que a gente trouxe aqui.
00:45Segundo a agência de notícias Reuters, a candidata do governo, Reanete Rara,
00:50ela está aqui com cerca de 26% das intenções de votos.
00:54Ela é seguida por José Antônio Caste, deputado do Partido Republicano,
00:58de extrema-direita, está aqui na segunda posição, aproximadamente 20%.
01:04E aí você tem outros dois candidatos também da direita, na margem dos 10%, 12%,
01:10e uma quantidade considerável de indecisos aqui também batendo 10%.
01:15Ou seja, você pode ter alguma mudança, seja para algum candidato que, de repente,
01:20pode se surpreender e levar no primeiro turno, seja nessa expectativa aqui,
01:24em relação aos dois candidatos que irão para o segundo turno,
01:28que deve ser realizado em 14 de dezembro.
01:31A gente lembra que o presidente Gabriel Boric não pode disputar reeleição,
01:35um presidente no Chile não pode disputar reeleição,
01:38então, por isso, ele mandou Reanete Rara, que é centro-esquerda,
01:43ela é ex-ministra do trabalho, foi ministra do trabalho nessa atual gestão,
01:47e José Antônio Caste, candidato derrotado nas duas últimas eleições presidenciais,
01:52é deputado e tem um passado um pouco nebuloso, porque o pai dele é alemão,
01:57e enquanto ele morava na Alemanha, antes de emigrar para o Chile,
02:01era membro do partido nazista, literalmente, o partido nazista aquele mesmo de Adolf Hitler.
02:06E José Antônio Caste, inclusive, é um admirador, isso notório,
02:09do ex-ditador, o general Augusto Pinochet, isso pesa bastante contra ele.
02:15Agora, quais são as prioridades dos eleitores chilenos e por que isso importa?
02:19É isso que a gente vai dar uma olhadinha a partir de agora.
02:23Aqui a gente tem um gráfico que compara as prioridades nessa eleição,
02:27comparado com 2021, as últimas eleições presidenciais,
02:30quando a abstenção no Chile foi de mais de 50%,
02:34até por isso a volta do voto obrigatório,
02:37para que as pessoas, de fato, compareçam às urnas.
02:40Em 2021, havia uma questão muito grande envolvendo a criminalidade,
02:44era uma preocupação muito grande, aliás, era a maior preocupação,
02:47a maior prioridade do povo chileno.
02:50Só que isso aumentou consideravelmente, olha só.
02:52Mais de 40% dos entrevistados lá no Chile
02:57dizem que a criminalidade é o principal tópico atualmente nessas eleições.
03:02E aí tem uma explicação.
03:03Se você pegar, por exemplo, o primeiro semestre de 2025,
03:08nacionalmente falando,
03:09o Chile registrou quase 35% a mais de casos de crimes
03:14que em comparação com 10 anos atrás, com o primeiro semestre de 2015.
03:19Na região metropolitana de Santiago,
03:22esse número bateu quase 40%.
03:24Então há uma preocupação muito grande em relação a isso.
03:27O que também pega muito no pé dos candidatos à eleição para a presidência do Chile?
03:34A questão da imigração.
03:35Em 2017, você tinha aproximadamente 83 mil imigrantes venezuelanos no Chile.
03:43Em 2024, quase 700 mil.
03:47E esses imigrantes, claro, trazem sempre uma série de questões sociais para você lidar.
03:52Uma delas foi a aparição do crime organizado com o grupo Trenda e Aragua,
03:56que a gente tem ouvido muito falar por conta da questão dos Estados Unidos.
03:59Então é isso que a gente está de olho,
04:01mas as expectativas apontam para um segundo turno que vai ser realizado em dezembro.
04:05Em caso de segundo turno,
04:07Renate Rara é derrotada por qualquer candidato da direita
04:10porque há a expectativa de que haja uma união dos candidatos de oposição
04:14e aí ela seria derrotada.
04:16Perfeito. Fabrício Nates, que você continua aqui com a gente,
04:18porque a gente vai seguir nesse tema.
04:20O nosso entrevistado agora é o jornalista Humberto Frederico,
04:24que participa como observador internacional lá no Chile.
04:28Tudo bem, Humberto? Bem-vindo.
04:29Muito obrigado por nos atender.
04:31Tudo bem, boa noite.
04:33Estamos aqui no Chile vivendo um pouco dessas eleições presidenciais.
04:38Pois é. E o Fabrício, que participa também dessa nossa conversa aqui,
04:42ele traz esse panorama das questões que mais preocupam os chilenos nesse momento.
04:48E a segurança pública disparada é a principal preocupação dos eleitores aí.
04:55Você, conversando com as pessoas, claro, você vive um pouco essa situação
05:00por que eles estão tão aflitos, além do crime organizado,
05:04por que isso está mexendo muito com a eleição nesse ano?
05:07Totalmente. Você percebe que o assunto segurança pública é a grande pauta da eleição presidencial aqui no Chile.
05:17Todas as pessoas com que você conversa, os chilenos e também os imigrantes,
05:21todos eles falam sobre a questão da segurança pública.
05:25Esse foi o principal tema da oposição, para poder falar sobre esse assunto.
05:31E também existe um combate muito grande na questão imigratória.
05:37Se percebe que o chileno, e logicamente, que por conta da narrativa colocada dentro da eleição presidencial,
05:45o chileno junto com a questão da segurança pública, ele traz a questão da imigração.
05:51Ele coloca a culpa quase que totalmente no número de pessoas, venezuelanos, colombianos, haitianos,
06:00que foram para o Chile nos últimos anos devido a sua boa estabilidade econômica.
06:06É um país que, comparado ao Brasil e outros países da América do Sul,
06:10tem um índice de criminalidade muito menor,
06:12porém, mesmo assim, eles tratam isso como uma questão principal.
06:19Ontem eu estava na praça, no centro, aqui em Santiago,
06:25e, por exemplo, eu vi um assalto e policiais correndo atrás desse assaltante,
06:34e todos falavam em volta, falavam, está vendo?
06:36É estrangeiro, é estranheiro.
06:42Então, essa é a principal pauta, o que não foge muito do Brasil.
06:48Eu estava vendo uma pesquisa da Quest e a entrevista do próprio Felipe Nunes,
06:54também trazendo essa questão que o presidente Lula tem sofrido um pouco de dificuldade
06:58de crescer dentro do centro, justamente por conta da segurança pública.
07:02Então, quando a gente analisa a eleição chilena,
07:05ela traz muita similaridade para 2026 dentro do Brasil.
07:09Humberto Fabrício Nunes, que faz a próxima pergunta.
07:12Fabrício.
07:13Boa noite, Humberto.
07:14Se a gente voltar um pouquinho no tempo,
07:16falar de 2021, quando Gabriel Boric foi eleito,
07:19uma das promessas de campanha dele era levar à frente a reforma constitucional do país,
07:23reduzir a questão da desigualdade social,
07:26ter uma Constituição mais moderna, mais, digamos assim, democrática, cidadã,
07:31porque a Constituição chilena é da época do Pinochet.
07:33Só que esse projeto acabou sendo enterrado com o tempo.
07:36Os deputados chilenos não conseguiram chegar a um acordo em relação a isso.
07:40Como você tem visto essa questão no Chile atualmente
07:44e se há a possibilidade desse debate voltar à tona nos próximos meses?
07:50Voltar à tona?
07:51E o Boric enfrentou uma dificuldade, né?
07:53Ele enfrentou uma direita muito unida, muito forte, de oposição a ele.
07:59E, como você falou, Fabrício,
08:01as pesquisas apontam que a Hanath Hara deve estar no segundo turno,
08:06inclusive deve passar do primeiro para o segundo turno em primeiro lugar,
08:11dentro das intenções de voto.
08:14Porém, ela perde para todos os outros candidatos da direita.
08:20Isso mostra, na verdade, que a direita trouxe muita dificuldade para o Boric
08:24durante o seu governo inteiro.
08:29Sem dúvida nenhuma, se o candidato da direita vencer a seleção,
08:34ele terá um espaço muito maior dentro do Congresso
08:39para poder fazer as reformas que ele acha necessárias e a população também.
08:44E, Humberto, não tem mesmo como cravar favorito?
08:49E, claro, no segundo turno as projeções ficam mais fáceis, né?
08:53Porque o próprio Fabrício explicou para a gente que os candidatos de direita se unem, né?
08:58Mas é impossível saber?
09:01Olha, tem um outro fato interessante.
09:05Eu não vi de quando essa pesquisa, Fabrício, que você colocou ali,
09:09mas aqui não se pode divulgar pesquisas eleitorais
09:12até duas semanas antes da eleição, olha só, né?
09:17Então, isso se torna ainda mais nebuloso o cenário eleitoral, né?
09:25Ainda mais difícil de você poder cravar.
09:30O que você começa a enxergar, conversando com os chilenos,
09:32que eles começam a ter um pouco de voto útil, né?
09:36Então, às vezes eles querem votar em um candidato como Kaiser, por exemplo,
09:43porém o Caste parece ser o candidato que tem crescido nas últimas semanas
09:48devido ao voto útil das pessoas entenderem que ele é o candidato com mais chances
09:54de vencer a Hanete Hara dentro de um possível segundo turno.
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